O IBC-Br acumula alta de 0,53% no trimestre móvel encerrado em maio, na margem e considerando a série com ajuste sazonal
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), conhecido por sinalizar uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto), avançou 0,25% em maio, na comparação com abril, na série com ajuste sazonal. No mês anterior, havia subido 0,26%, conforme o dado revisado nesta segunda-feira (15). O indicador atingiu 149,6 pontos, o maior nível da série histórica.
O resultado de maio ficou aquém da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que indicava alta de 0,3% para o IBC-Br. As estimativas das 25 instituições consultadas iam de queda de 0,6% a alta de 0,9% da atividade econômica nacional.
Na comparação com maio de 2023, o IBC-Br subiu 1,3%, também menos do que sugeria a mediana da pesquisa, de 1,4%. Na série sem ajuste sazonal, o índice atingiu 148,86 pontos, o maior nível para o mês na série histórica.
Trimestre
O IBC-Br acumula alta de 0,53% no trimestre móvel encerrado em maio, na margem e considerando a série com ajuste sazonal. Na série sem ajuste, o índice sobe 1,24% no trimestre frente aos mesmos três meses de 2023. No ano, o IBC-Br sobe 2,01% e, em 12 meses, acumula alta de 1,66%, todos na série sem ajuste sazonal.
Anúncio ocorre após ataque contra ex-presidente em comício na Pensilvânia e põe fim às especulações sobre escolha para o cargo
Após meses de especulações, o ex-presidente dos EUA Donald Trump anunciou nesta segunda-feira J.D. Vance como sua escolha para vice-presidente nas eleições estadunidenses deste ano. O candidato republicano retornou à arena política como estrela da Convenção Nacional Republicana em Milwaukee — antiga cidade socialista que, aliás, não elege um republicano desde 1908.
“Após longas deliberações e reflexões, e considerando os imensos talentos de muitos outros, decidi que a pessoa mais adequada para assumir o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos é o senador J.D. Vance, do grande estado de Ohio”, escreveu Trump em sua rede social. “J.D. teve uma carreira empresarial muito bem-sucedida em Tecnologia e Finanças e, agora, durante a campanha, estará fortemente focado nas pessoas por quem lutou tão brilhantemente”, acrescentou.
Senador por Ohio, o republicano não foi um apoiador de primeira ordem de Trump, mas tem fama de bom arrecadador de recursos — um fator importante em um país onde as vitórias políticas são obtidas ao custo de bilhões de dólares. Aos 39 anos, Vance serviu no Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e chegou a ser enviado para missão no Iraque, antes de retornar ao seu país se formar em Ciência Política e Filosofia pela Universidade Estadual de Ohio e Direito pela Universidade Yale.
Até então, Trump tinha sido bastante discreto sobre seu potencial companheiro de chapa. Sem dar mais detalhes, nos últimos meses ele se limitou a dizer que seria “um grande vice-presidente”. À emissora conservadora Fox News, o republicano afirmou que era necessário que o candidato fosse “alguém que nos ajude a vencer”, ou seja, um nome que o ajude a ampliar a base de seus eleitores. Ao mesmo tempo, Trump desejava “alguém capaz de realizar um ótimo trabalho como presidente”.
Conforme publicado pela Associated Press, a escolha de Trump deve definir o principal candidato à nomeação presidencial republicana nas próximas eleições caso o ex-presidente vença o pleito em novembro e tome posse de seu segundo mandato, atingindo o limite constitucional dos EUA. Após o tiroteio de sábado, a escolha de Trump tem um peso consideravelmente maior. Se uma bala tivesse atingido um pouco mais à direita, provavelmente ele teria sido morto ou gravemente ferido.
Antes do tiroteio, Trump havia deixado claro que gostaria de revelar dramaticamente sua escolha na convenção, o que ele disse que tornaria o evento mais “interessante”. Horas antes do comício, ele foi questionado pela Fox News sobre o quão perto estava de sua escolha para vice-presidente — e se ela poderia mudar caso o atual presidente dos EUA, Joe Biden, desistisse de concorrer à reeleição. Trump afirmou que a decisão era “muito importante, especialmente se algo ruim acontecer”.
Na lista de potenciais candidatos, o senador Marco Rubio parecia ser um dos favoritos até poucas horas antes do anúncio oficial, quando, segundo três pessoas envolvidas no assunto, ele teria sido informado de que não seria o escolhido. Uma quarta pessoa disse que a possibilidade de um impedimento eleitoral se tornou uma preocupação crescente para o ex-presidente nos últimos dias (a Constituição estadunidense proíbe dois moradores do mesmo estado de compartilhar a chapa presidencial).
Rubio havia dito em particular que estaria disposto a se mudar para Washington, D.C., para se juntar à chapa de Trump. Filho de imigrantes cubanos, Rubio poderia ajudar Trump a atrair eleitores hispânicos, além de tranquilizar doadores do partido e eleitores moderados. Os assessores do senador se recusaram a comentar o assunto.
Precedentes
De acordo com o New York Times, Trump escolheu seu companheiro de chapa nas últimas 24 horas. A demora para anunciar o escolhido foi maior do que o usual, mas, segundo a AP, não é sem precedentes. Em 1980, Ronald Reagan (1911-2004) negociou com o ex-presidente Gerald Ford (1913-2006) por horas, mas escolheu seu ex-rival nas primárias, George H.W. Bush (1924-2018). O anúncio foi feito menos de 24 horas antes de Reagan aceitar a nomeação do Partido Republicano.
Bush também esperou até a convenção republicana de 1988 em Nova Orleans para surpreender muitos dos participantes — e até alguns dos seus conselheiros — e escolher o pouco conhecido senador Dan Quayle para ser seu número dois.
Desde então, porém, a tradição tem sido escolher o vice-presidente pouco antes de a convenção do partido do candidato começar. Em 2016, Trump escolheu o governador Mike Pence dias antes da convenção republicana daquele ano abrir em Cleveland.
O ex-presidente de 78 anos é a esperança republicana para retornar à Casa Branca. A tentativa de assassinato que o republicano sofreu no sábado, quando foi atingido na orelha direita, continua dominando o noticiário. O atirador, um jovem de 20 anos que foi morto pouco após ter disparado, matou um espectador do comício em Butler e feriu outras duas pessoas. No dia seguinte ao ataque, Trump chegou a Milwaukee, cidade de 570 mil habitantes, e afirmou que “nenhum atirador” mudaria sua agenda.
Líder nas pesquisas, apesar de seus problemas jurídicos e de uma condenação, o magnata republicano parece a caminho da vitória, enquanto o democrata Joe Biden, de 81 anos, recebe apelos de integrantes do próprio partido para abandonar a disputa eleitoral devido ao suposto declínio em suas capacidades cognitivas.
Segundo apuração, houve registros de pesquisas no sistema FirstMile em operação denominada “Adelito” pelos investigados
A Polícia Federal (PF) apura a utilização do software de monitoramento espião FirstMile para realizar uma investigação paralela sobre a facada contra o então candidato Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2018.
A informação está na representação da PF que resultou em buscas e prisões na última quinta-feira (11), na quarta fase da operação Última Milha, que apura a existência de uma “Abin Paralela” no governo Bolsonaro.
Segundo o documento, houve registros de pesquisas no sistema FirstMile de uma operação denominada “Adelito” pelos investigados, uma possível referência a Adélio Bispo, autor do atentado.
A polícia encontrou 114 pesquisas no software feitas pelo grupo, entre os dias 13 a 27 de abril de 2020, em que parte das coordenadas foi registrada justamente na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais, onde houve o crime.
“As diligências de análise para tentar identificar a motivação para a possível investigação paralela ao caso Adélio e outras circunstâncias que indiquem o desvio institucional estão em andamento”, diz o relatório da PF.
Ainda de acordo com o órgão, a chamada “Abin paralela” também buscou saber se havia relação entre Adelio com rivais do ex-presidente, incluindo o ex-ministro José Dirceu (PT).
O relatório afirma que o ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL) determinou ao policial federal Marcelo Bormevet que realizasse uma análise dos dados disponíveis relacionados ao caso Adélio em março de 2022.
Preso na quinta-feira (11), Bormevet foi segurança de Bolsonaro na campanha de 2018 e, depois, nomeado para integrar o CIN (Centro de Inteligência Nacional), estrutura criada pelo atual deputado na Abin.
Em junho deste ano, a PF reiterou que Adélio agiu sozinho no crime e que o caso da tentativa de assassinato de Bolsonaro estava encerrado.
Em um caso politizado desde a origem — e explorado por Bolsonaro, apoiadores e oposicionistas conforme as circunstâncias —, também a apuração sofreu pressões políticas. Três inquéritos da PF concluíram que Adélio agiu sozinho, sem ordem de mandantes ou auxílio de comparsas.
Colocando em xeque o trabalho da PF, Bolsonaro e seu núcleo insinuaram ao longo do mandato e depois de sua saída do cargo que a ação foi um exemplo de como seus inimigos desconhecem limites nas ações para aniquilá-lo política e juridicamente.
Acadêmicos que pesquisam a direita apontam a facada como elemento importante da estética bolsonarista, ao emplacar a vitimização — como prenunciou uma foto do candidato na cama do hospital ao receber os primeiros socorros quando estava entre a vida e a morte — e forjar a imagem de mártir.
Nesta sexta-feira (12), Ramagem disse que “finalmente” houve indicação de que será ouvido pela PF, “a fim de buscar instrução devida e desconstrução de toda e qualquer narrativa”.
Ramagem também afirmou que “fica claro” que a PF despreza os “fins de uma investigação” com o objetivo de “levar à imprensa ilações e rasas conjecturas”.
Espionagem
A PF também investiga se policiais lotados no CIN utilizaram o software de geolocalização e se produziram relatórios sobre ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e políticos adversários do ex-presidente.
Os policiais federais vinculados a Ramagem alegam que desconhecem o uso do sistema. De acordo com a polícia, o argumento “desafia a lógica da própria estrutura de inteligência”.
Segundo a PF, “seria impossível que um dos principais setores da Abin utilizasse a ferramenta de alta sensibilidade sem o conhecimento da alta gestão”.
“A existência e o uso do sistema FirstMile, em verdade, eram de plena ciência dos altos gestores da Abin e foi tão-somente um dos sistemas empregados nas ações clandestinas”, diz a polícia.
Filho do ex-presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) também está na lista de investigados da operação por envolvimento no uso do software.
O FirstMile foi utilizado pela Abin entre 2019 e 2021. Ele foi adquirido e ficava “hospedado” em computadores da Diretoria de Operações de Inteligência, mas depoimentos de servidores e documentos de apurações internas da Abin mostram o uso por solicitação de pessoas ligadas ao CIN.
O software foi produzido pela empresa israelense Cognyte — antiga Suntech/Grupo Verint e adquirido pela Abin ainda no governo de Michel Temer (MDB) por R$ 5,7 milhões.
Gleisi e Lupi devem reiteram o desejo de indicarem o vice mas sabem da dificuldade de serem atendidos e nem por isto ameaçam deixar a aliança.
RICARDO BRUNO
O prefeito Eduardo Paes recebe daqui a pouco para almoço no Palácio da Cidade os principais partidos de sua provável aliança para a reeleição. Estarão à mesa os caciques do PT, PDT, PSB e Solidariedade. Confirmaram presença a presidente petista Gleisi Hoffmann; o presidente regional João Maurício; o manda-chuva do PDT, atual ministro Carlos Lupi; além de Carlos Siqueira, do PSB, e o deputado Áureo, do Solidariedade.
Anfitrião e convidados vão enfrentar o debate sobre a escolha do vice. Paes está decido a escolher o companheiro de chapa entre os seus colaboradores mais próximos. Oscila entre Pedro Paulo e Eduardo Cavalieri. PT e PDT reivindicam o posto. Os petistas sugerem André Ceciliano e Adilson Pires. Carlos Lupi patrocina a indicação da deputada Martha Rocha.
Gleisi e Lupi devem reiteram o desejo de indicarem o vice mas sabem da dificuldade de serem atendidos e nem por isto ameaçam deixar a aliança. Querem, entretanto, construir um cenário de negociação através do qual PT e PDT tenham compensações políticas para renunciarem ao pleito. Buscam, na verdade, uma saída honrosa para o impasse em torno da escolha do vice. PSB e Solidariedade se movimentam com a mesma estratégia.
O almoço de hoje é para reaglutinar as forças do campo de Eduardo Paes, que se distanciaram com o acirramento do debate sobre o vice. Sem abrir mão da indicação, o prefeito deseja retomar o diálogo com os parceiros firmando compromissos administrativos e eleitorais compensatórios. A rediscussão de espaços na administração em um novo mandato e a composição da provável chapa ao governo do estado e ao senado em 2026 estão jogo.
Quaquá, Lindbergh e Ceciliano miram principalmente a capital, Baixada Fluminense e Região Metropolitana
Caciques do PT fluminense investiram em pré-candidaturas a prefeito e vice em municípios do estado, com vistas a fortalecer suas posições em 2026, quando haverá novo pleito, dessa vez para governador, deputados e duas vagas no Senado.
A estratégia de fortalecer “afilhados” nas eleições de outubro deste ano foi adotada pelos deputados federais Lindbergh Farias, Washington Quaquá e pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa André Ceciliano, como informa Marcelo Remígio, em O Globo.
Quem for bem-sucedido este ano sairá com forças renovadas para o novo embate daqui a dois anos.
Capital, Baixada Fluminense e Região Metropolitana, que reúnem a maior parte do eleitorado, despertaram maior atenção desses caciques. Lindbergh aposta principalmente a cidade que governou, Nova Iguaçu, na Baixada, onde emplacou o ex-vereador Tuninho da Padaria a prefeito.
A eventual vitória do afilhado manteria Lindbergh como principal liderança do PT na cidade, quarto colégio eleitoral.
Lindbergh também atuou em Nilópolis, com o ex-prefeito Sérgio Sessim (PT), e em Duque de Caxias, segundo colégio eleitoral do Rio. O deputado foi um dos defensores do apoio ao nome do PV, o ex-prefeito José Camilo Zito. No entanto, a paternidade da aliança é reivindicada por Ceciliano.
Disputa por espaço
Já em Queimados e na capital, os dois divergem. O ex-presidente da Alerj conseguiu levar o PT a apoiar o deputado federal Max Lemos (PDT), enquanto Lindbergh defendia a aliança com o prefeito de Queimados, Glauco Kaizer (União).
Na capital, Ceciliano seguiu as diretrizes do PT nacional e apoia a reeleição de Eduardo Paes (PSD). O ex-deputado é um dos nomes do partido para a vaga de vice na chapa do prefeito, ainda indefinida.
Lindbergh, por sua vez defende uma aliança com o candidato do PSOL, o deputado federal Tarcício Motta, e propôs o movimento “petistas com Tarcísio”.
Ceciliano também lançou a pré-candidatura do filho, o deputado estadual Andrezinho (PT), em Paracambi. Ceciliano tem ainda como aliados a candidata à reeleição em Japeri, Fernanda Ontiveros (PT), e Lorena Zacarias (PT), a Madrinha, em São João de Meriti, numa tentativa de ampliar sua influência na Baixada.
Quaquá tenta voltar ao comando de Maricá
Já Quaquá busca reforçar suas bases na Região Metropolitana. Ex-prefeito, ele concorrerá em Maricá e lançou sua ex-mulher, a deputada estadual Zeidan (PT), em Itaboraí. Quaquá ainda aposta no deputado federal Dimas Gadelha em São Gonçalo, terceiro colégio eleitoral.
Em Duque de Caxias, Quaquá teve divergência com Ceciliano e Lindbergh. Até fechar a aliança com Zito, ele defendia o nome do deputado federal Marcos Tavares (PDT). O petista procura agora uma aproximação com Zito.
Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo
O senador Carlos Portinho (PL-RJ) foi convidado pelo vice-prefeito do Rio de Janeiro, Nilton Caldeira (PL), para acompanhar a partida entre Botafogo x Palmeiras, que irá ocorrer na quarta-feira (17), às 21h30, no Estádio Nilton Santos
O senador Carlos Portinho (PL-RJ) irá acompanhar de perto a partida entre Botafogo x Palmeiras, que protagonizam, fora das quatro linhas, a maior rivalidade do futebol brasileiro. O duelo entre o líder (Botafogo) e o vice-líder (Palmeiras) está marcado para quarta-feira (17), às 21h30, no Estádio Nilton Santos.
O dono da SAF do Botafogo, John Textor, e a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, acirraram a rivalidade entre os clubes, nos bastidores, devido às denúncias de suposto favorecimento ao time paulista apresentadas por Textor. A briga entre os cartolas foi parar na Justiça.
O suposto favorecimento ao Verdão, por meio de intervenções ou ausência de verificação do VAR, é uma das linhas de investigação da CPI da Manipulação dos Resultados e Apostas Esportivas do Senado Federal.
Portinho, que é um dos membros do colegiado, passou a receber o apoio de alvinegros pelas redes sociais, devido ao interesse em aprofundar as investigações sobre a atuação do VAR no Campeonato Brasileiro.
“Não há padrão algum nas decisões da arbitragem e não há padrão algum para o VAR. É cada um por si. Ou no interesse de alguém, que suscita a hipótese de manipulação das decisões ou por interesse político ou por apostas, o que ainda vamos aprofundar”, afirmou Portinho, pelas redes sociais.
Durante depoimento na CPI, Textor acusou o Palmeiras de favorecimento indevido, e apresentou um dossiê, aos senadores, com supostas evidências de manipulação de resultados envolvendo jogos do Campeonato Brasileiro.
Leila Pereira rebateu as acusações de Textor, dizendo que o dono da SAF do Botafogo é “desequilibrado” e “irresponsável”. A briga entre os cartolas foi parar na Justiça.
Textor ingressou com uma ação na Justiça de São Paulo contra Leila Pereira, por difamação e injúria. O processo corre na 30ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Dois gerentes do banco chegaram a ser afastados por discordar da operação, diante dos riscos envolvidos
O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Rocha Furtado, solicitou nesta segunda-feira (15) uma investigação detalhada sobre a compra de um lote de R$ 500 milhões em letras financeiras do Banco Master pela Caixa Econômica Federal.
A operação, considerada “arriscada” e “atípica”, gerou preocupações sobre possíveis irregularidades devido ao seu valor elevado e ao rating do banco.
Como informa Malu Gaspar, em O Globo, um parecer sigiloso de 19 páginas da área de renda fixa da Caixa Asset, o braço de gestão de ativos do banco estatal, desaconselhou enfaticamente a operação. A decisão de avançar com a compra resultou na destituição de dois gerentes que se opuseram à transação, levantando suspeitas de retaliação.
Furtado expressou preocupações sobre os indícios de irregularidades e ressaltou a importância de uma investigação diligente por parte do TCU. Ele solicitou que o tribunal obtenha acesso ao parecer técnico da Caixa para avaliar os critérios utilizados na decisão de investimento.
Ação para eliminar resistências à operação
Internamente, a destituição dos gerentes foi vista como uma tentativa de eliminar resistências à operação, com a expectativa de que o comitê de investimentos seja recomposto com novos gerentes mais alinhados com a cúpula da Caixa.
Senador pede esclarecimentos
A repercussão da operação não se limitou ao TCU; também chegou ao Congresso Nacional. O senador Eduardo Girão (Novo-CE) apresentou um requerimento para que a Comissão de Transparência do Senado cobre esclarecimentos da Caixa sobre a destituição dos gerentes, argumentando que a ação levanta sérias dúvidas sobre a integridade das práticas de governança da instituição e pode comprometer a confiança do mercado financeiro.
Girão quer que o presidente da Caixa, Antônio Vieira Fernandes, e o CEO da Caixa Asset, Pablo Sarmento, sejam convidados para uma audiência pública para prestar esclarecimentos. Em defesa da operação, o CEO do Banco Master, Daniel Vorcaro, afirmou que a compra é um “bom negócio”.
A solicitação de Furtado pede ao TCU que exija da Caixa a apresentação de todos os processos administrativos, pareceres e análises relacionados à operação, buscando garantir transparência e responsabilidade na gestão dos recursos públicos.
Fonte: agenda do Poder com informações do jornal O Globo