segunda-feira, 15 de julho de 2024

De olho em 2026, caciques do PT fluminense fortalecem candidaturas de “afilhados” nas eleições deste ano

 Quaquá, Lindbergh e Ceciliano miram principalmente a capital, Baixada Fluminense e Região Metropolitana

Caciques do PT fluminense investiram em pré-candidaturas a prefeito e vice em municípios do estado, com vistas a fortalecer suas posições em 2026, quando haverá novo pleito, dessa vez para governador, deputados e duas vagas no Senado.


A estratégia de fortalecer “afilhados” nas eleições de outubro deste ano foi adotada pelos deputados federais Lindbergh Farias, Washington Quaquá e pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa André Ceciliano, como informa Marcelo Remígio, em O Globo.


Quem for bem-sucedido este ano sairá com forças renovadas para o novo embate daqui a dois anos.


Capital, Baixada Fluminense e Região Metropolitana, que reúnem a maior parte do eleitorado, despertaram maior atenção desses caciques. Lindbergh aposta principalmente a cidade que governou, Nova Iguaçu, na Baixada, onde emplacou o ex-vereador Tuninho da Padaria a prefeito.


A eventual vitória do afilhado manteria Lindbergh como principal liderança do PT na cidade, quarto colégio eleitoral.


Lindbergh também atuou em Nilópolis, com o ex-prefeito Sérgio Sessim (PT), e em Duque de Caxias, segundo colégio eleitoral do Rio. O deputado foi um dos defensores do apoio ao nome do PV, o ex-prefeito José Camilo Zito. No entanto, a paternidade da aliança é reivindicada por Ceciliano.


Disputa por espaço


Já em Queimados e na capital, os dois divergem. O ex-presidente da Alerj conseguiu levar o PT a apoiar o deputado federal Max Lemos (PDT), enquanto Lindbergh defendia a aliança com o prefeito de Queimados, Glauco Kaizer (União).


Na capital, Ceciliano seguiu as diretrizes do PT nacional e apoia a reeleição de Eduardo Paes (PSD). O ex-deputado é um dos nomes do partido para a vaga de vice na chapa do prefeito, ainda indefinida.


Lindbergh, por sua vez defende uma aliança com o candidato do PSOL, o deputado federal Tarcício Motta, e propôs o movimento “petistas com Tarcísio”.


Ceciliano também lançou a pré-candidatura do filho, o deputado estadual Andrezinho (PT), em Paracambi. Ceciliano tem ainda como aliados a candidata à reeleição em Japeri, Fernanda Ontiveros (PT), e Lorena Zacarias (PT), a Madrinha, em São João de Meriti, numa tentativa de ampliar sua influência na Baixada.


Quaquá tenta voltar ao comando de Maricá


Já Quaquá busca reforçar suas bases na Região Metropolitana. Ex-prefeito, ele concorrerá em Maricá e lançou sua ex-mulher, a deputada estadual Zeidan (PT), em Itaboraí. Quaquá ainda aposta no deputado federal Dimas Gadelha em São Gonçalo, terceiro colégio eleitoral.


Em Duque de Caxias, Quaquá teve divergência com Ceciliano e Lindbergh. Até fechar a aliança com Zito, ele defendia o nome do deputado federal Marcos Tavares (PDT). O petista procura agora uma aproximação com Zito.


Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo

Membro da CPI da Manipulação de Resultados, Portinho irá ao Niltão acompanhar Botafogo x Palmeiras

 O senador Carlos Portinho (PL-RJ) foi convidado pelo vice-prefeito do Rio de Janeiro, Nilton Caldeira (PL), para acompanhar a partida entre Botafogo x Palmeiras, que irá ocorrer na quarta-feira (17), às 21h30, no Estádio Nilton Santos

O senador Carlos Portinho (PL-RJ) irá acompanhar de perto a partida entre Botafogo x Palmeiras, que protagonizam, fora das quatro linhas, a maior rivalidade do futebol brasileiro. O duelo entre o líder (Botafogo) e o vice-líder (Palmeiras) está marcado para quarta-feira (17), às 21h30, no Estádio Nilton Santos.


O dono da SAF do Botafogo, John Textor, e a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, acirraram a rivalidade entre os clubes, nos bastidores, devido às denúncias de suposto favorecimento ao time paulista apresentadas por Textor. A briga entre os cartolas foi parar na Justiça.


O suposto favorecimento ao Verdão, por meio de intervenções ou ausência de verificação do VAR, é uma das linhas de investigação da CPI da Manipulação dos Resultados e Apostas Esportivas do Senado Federal. 


Portinho, que é um dos membros do colegiado, passou a receber o apoio de alvinegros pelas redes sociais, devido ao interesse em aprofundar as investigações sobre a atuação do VAR no Campeonato Brasileiro.


“Não há padrão algum nas decisões da arbitragem e não há padrão algum para o VAR. É cada um por si. Ou no interesse de alguém, que suscita a hipótese de manipulação das decisões ou por interesse político ou por apostas, o que ainda vamos aprofundar”, afirmou Portinho, pelas redes sociais.


Durante depoimento na CPI, Textor acusou o Palmeiras de favorecimento indevido, e apresentou um dossiê, aos senadores, com supostas evidências de manipulação de resultados envolvendo jogos do Campeonato Brasileiro.


Leila Pereira rebateu as acusações de Textor, dizendo que o dono da SAF do Botafogo é “desequilibrado” e “irresponsável”. A briga entre os cartolas foi parar na Justiça.


Textor ingressou com uma ação na Justiça de São Paulo contra Leila Pereira, por difamação e injúria. O processo corre na 30ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo.


Fonte: Agenda do Poder

Ministério Público pede ao TCU que seja investigada operação de R$ 500 milhões barrada na Caixa

 Dois gerentes do banco chegaram a ser afastados por discordar da operação, diante dos riscos envolvidos

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Rocha Furtado, solicitou nesta segunda-feira (15) uma investigação detalhada sobre a compra de um lote de R$ 500 milhões em letras financeiras do Banco Master pela Caixa Econômica Federal.


A operação, considerada “arriscada” e “atípica”, gerou preocupações sobre possíveis irregularidades devido ao seu valor elevado e ao rating do banco.


Como informa Malu Gaspar, em O Globo, um parecer sigiloso de 19 páginas da área de renda fixa da Caixa Asset, o braço de gestão de ativos do banco estatal, desaconselhou enfaticamente a operação. A decisão de avançar com a compra resultou na destituição de dois gerentes que se opuseram à transação, levantando suspeitas de retaliação.


Furtado expressou preocupações sobre os indícios de irregularidades e ressaltou a importância de uma investigação diligente por parte do TCU. Ele solicitou que o tribunal obtenha acesso ao parecer técnico da Caixa para avaliar os critérios utilizados na decisão de investimento.


Ação para eliminar resistências à operação


Internamente, a destituição dos gerentes foi vista como uma tentativa de eliminar resistências à operação, com a expectativa de que o comitê de investimentos seja recomposto com novos gerentes mais alinhados com a cúpula da Caixa.


Senador pede esclarecimentos


A repercussão da operação não se limitou ao TCU; também chegou ao Congresso Nacional. O senador Eduardo Girão (Novo-CE) apresentou um requerimento para que a Comissão de Transparência do Senado cobre esclarecimentos da Caixa sobre a destituição dos gerentes, argumentando que a ação levanta sérias dúvidas sobre a integridade das práticas de governança da instituição e pode comprometer a confiança do mercado financeiro.


Girão quer que o presidente da Caixa, Antônio Vieira Fernandes, e o CEO da Caixa Asset, Pablo Sarmento, sejam convidados para uma audiência pública para prestar esclarecimentos. Em defesa da operação, o CEO do Banco Master, Daniel Vorcaro, afirmou que a compra é um “bom negócio”.


A solicitação de Furtado pede ao TCU que exija da Caixa a apresentação de todos os processos administrativos, pareceres e análises relacionados à operação, buscando garantir transparência e responsabilidade na gestão dos recursos públicos.


Fonte: agenda do Poder com informações do jornal O Globo

Argentina de Milei: cresce número de pessoas sem teto vivendo no metrô de Buenos Aires e em caixas eletrônicos

 Pelo menos 1.200 pessoas se refugiaram nos vagões e estações de metrô no último mês

O número de pessoas dormindo nas ruas, metrôs e dentro de caixas eletrônicos de Buenos Aires cresceu 14% entre abril de 2023 e abril de 2024, acumulando um aumento de 56% em três anos, conforme dados oficiais da prefeitura da capital argentina. Atualmente, mais de 4 mil pessoas vivem nas ruas da maior cidade do país, com muitas delas abrigando-se nas estações do metrô.


Segundo o levantamento, em 2021, havia 2.573 pessoas em situação de rua em Buenos Aires. Esse número subiu para 2.611 em 2022, para 3.511 em 2023 e, em abril de 2024, atingiu 4.009 pessoas. No entanto, organizações sociais questionam esses dados, afirmando que a quantidade real de pessoas em situação de rua na capital portenha passa de oito mil.


Dados divulgados pelo jornal “Clarín” revelam que pelo menos 1.200 pessoas se refugiaram nos vagões e estações de metrô no último mês. A reportagem percorreu várias estações da capital e constatou dezenas de pessoas aglomeradas em vagões e nas entradas das estações, especialmente na região da avenida Corrientes, uma das principais da cidade.


Metade da população vive na pobreza


Essa realidade, comum nas grandes cidades brasileiras, não era habitual na capital argentina. O cenário começou a mudar desde a pandemia e vem se intensificando em um contexto de forte ajuste econômico e crise social, com 50% da população vivendo na pobreza e 19% na indigência, segundo o Instituto de Estatísticas e Censos da Argentina.


Além da crise econômica e social, o frio intenso tem levado a população de rua a buscar refúgio nas estações de metrô e caixas eletrônicos, onde estão mais protegidas. As madrugadas em Buenos Aires têm registrado temperaturas negativas desde o início de julho. Na última semana, quatro pessoas entre 35 e 50 anos morreram por hipotermia nos bairros de classe média de Recoleta.


Fonte: Agenda do Poder com informações do UOL

Itamaraty envia ofício ao governador do Rio pedindo “rigor e celeridade” na apuração do abuso policial contra jovens negros em Ipanema

 Cláudio Castro disse que Itamaraty “avacalhou” policiais militares que abordaram de modo abusivo filhos negros de diplomatas no Rio

A afirmação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, de que o Itamaraty enviou um ofício a ele só depois de “avacalhar” os policiais militares que abordaram os filhos de diplomatas negros no Rio, inclusive com armas, foi mal recebida pelo órgão, informa a colunista Bela Megale, do jornal O GLOBO.


Integrantes do corpo diplomático apontam que o Itamaraty apenas cumpriu seu dever, ao pedir desculpas formais aos pais dos menores. Um deles é diplomata do Canadá e os outros dois da Burkina Faso e do Gabão. O caso é investigado pela Corregedoria da Polícia Militar e pela Polícia Civil, que apuram se houve racismo na abordagem.


A reportagem teve acesso, com exclusividade, ao ofício enviado para Castro um dia após o episódio. O comunicado não teve relação com as críticas feitas pelo governador ao Itamaraty. No comunicado, o chanceler Mauro Vieira solicita a apuração sobre o caso “com rigor e celeridade” e lembra que o governo federal e o Itamaraty têm responsabilidades assumidas em relação ao corpo diplomático estrangeiro que vive no Brasil.


“[…] O episódio constitui violação a obrigações internacionais do Brasil, representando descumprimento das inviolabilidades pessoais de que usufruem dependentes de agentes diplomáticos acreditados. Por serem filhos menores de diplomatas estrangeiros a serviço de seus países no Brasil, os menores não podem ser objeto de revista corporal ou obrigados a prestar depoimentos. Por força da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, promulgada pelo Decreto 56.435, de 8 de junho de 1965, o Brasil obrigou-se, ademais, a tratá-los ‘com o devido respeito e adotar todas as medidas adequadas para impedir qualquer ofensa à sua pessoa, liberdade ou dignidade’”, afirma trecho do ofício assinado por Mauro Vieira.


Membros do Itamaraty avaliam que a exigência de celeridade das investigações e o pedido público de desculpas aos diplomatas não são “avacalhar”, como descreveu Castro, mas “civilidade” e “zelo” pela imagem do Rio de Janeiro.


Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo

Lula se reúne com o presidente da Itália em Brasília

 Sergio Mattarella também terá compromissos em Rio, São Paulo, Bahia e Rio Grande do Sul; imigração italiana no Brasil completa 150 anos em 2024

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Itália, Sergio Mattarella, se reuniram nesta segunda-feira (15) no Palácio do Planalto, em Brasília.


Mattarella é o chefe de Estado da Itália, ou seja, uma espécie de porta-voz e representante oficial do país no exterior. A chefia do governo, ou seja, a liderança do Poder Executivo cabe à primeira-ministra Giorgia Meloni, com quem Lula se encontrou recentemente.


Lula e Mattarella terão uma reunião no Planalto, seguida de assinatura de acordos, declaração à imprensa e um almoço no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores (MRE).


Segundo o governo brasileiro, os dois líderes discutirão a relação entre os países e temas gerais, a exemplo da a reforma das instituições de governança global, das presidências italiana no G7 e brasileira no G20 e da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza que Lula planeja lançar.


Brasil e Itália devem assinar um acordo de reconhecimento recíproco de carteiras de habilitação entre os países. Está prevista também a assinatura de memorandos de entendimento entre a Embrapa e a Universidade de Turim.


150 anos de imigração italiana

Lula ao lado do presidente da Itália, Sergio Mattarella, no Palácio do Planalto — Foto: Reprodução/Canal Gov
Lula ao lado do presidente da Itália, Sergio Mattarella, no Palácio do Planalto — Foto: Reprodução/Canal Gov

De acordo com o MRE, a viagem de Mattarella é a primeira visita de Estado ao Brasil de um presidente italiano em 24 anos. Além de Brasília, ele terá compromissos durante a semana em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul.


A visita ocorre no ano em que se comemora o 150º aniversário da imigração italiana no Brasil. Atualmente, segundo o MRE, o país tem mais de 35 milhões de descendentes de italianos, enquanto mais de 100 mil brasileiros vivem na Itália. As empresas italianas, conforme o MRE, geram de cerca de 150 mil empregos no Brasil.


Lula esteve na Itália em junho, onde participou como convidado da cúpula do G7. Em 2023, ele também foi ao país, quando se reuniu com Mattarella e Meloni.


Mattarella


Aos 83 anos de idade, Sergio Mattarella está no segundo mandato como presidente da Itália. Juiz do Tribunal Constitucional, desenvolveu uma longeva carreira política, que inclui cargo de ministro em diferentes governos.


Na Itália, o presidente cumpre um mandato de sete anos e é a única autoridade com o direito de dissolver o Parlamento e convocar eleições legislativas antecipadas.


Mattarella é considerado um experiente político de centro-esquerda. Já a atual primeira-ministra, Giorgia Meloni, lidera uma sigla de direita.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

Gleisi rebate Bolsonaro sobre atentado contra Trump: “Extrema-direita não tem autoridade”

 

Gleisi Hoffmann e Bolsonaro. Foto: reprodução

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, foi às redes sociais nesta segunda-feira (15) rebater uma fala do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre os disparos contra Donald Trump no último sábado (13). O ex-capitão disse que somente “pessoas do bem e conservadores” sofrem esse tipo de atentado.

“Ele foi salvo, a meu entender, como eu fui. Os médicos dizem que foi milagre eu ter sobrevivido em 2018 tendo em vista a gravidade dos ferimentos. E ele foi salvo por questão de poucos centímetros. Isso, a meu entender, é algo que vem de cima”, completou o ex-mandatário.

Gleisi, por sua vez, disse: “A violência política sempre foi uma prática da extrema-direita, não apenas contra seus adversários, mas contra a democracia. Quem se associa ao nazismo e ao fascismo, à repressão e aos assassinatos da ditadura, não tem autoridade para falar sobre esse tema. É o caso do inelegível, que até hoje defende tortura e os torturadores”.

Fonte: DCM

'Não foi golpe', diz Ricardo Nunes sobre 8 de janeiro

Prefeito de São Paulo e pré-candidato à reeleição, Nunes diz que o episódio representou um “atentado contra o patrimônio público”

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (Foto: GOVSP)

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou nesta segunda-feira, 15, que não considera a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília, ocorrida no dia 8 de janeiro do ano passado, uma tentativa de golpe de Estado. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (15) durante uma sabatina promovida pelo site UOL e pelo jornal Folha de S. Paulo.

“Aquelas pessoas que a gente viu ali, a grande maioria (são pessoas) humildes, ambulantes, aposentados”, disse Nunes. “Elas cometeram um erro gravíssimo, têm que pagar por isso, mas eu acho que está muito distante de a gente poder dizer que aquelas pessoas tinham a intenção de dar um golpe de Estado”, afirmou em seguida. Segundo ele, o caso foi um “atentado contra o patrimônio público”.

Nunes, que busca a reeleição este ano, reiterou a comparação entre os dois eventos, mencionando o protesto de 23 de setembro de 2015, quando integrantes do MTST invadiram prédios do Ministério da Fazenda para protestar contra a proposta de ajuste fiscal do governo da então presidente Dilma Rousseff.

“Se a gente entrar no Google e colocar ‘Boulos invade ministério’ vai sair na capa a foto do Boulos em cima da mesa de uma invasão de um prédio público do ministério da Fazenda. Não tem diferença com relação à questão das invasões do prédio público”, afirmou. “Se tem algo de extremo em mim, são duas coisas: eu vim do extremo da cidade, da periferia, e sou um extremista em favor da democracia”, completou.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Governo brasileiro chama embaixador em Buenos Aires para discutir relação com Milei

 Julio Bitelli se reuniu nesta segunda com o chanceler Mauro Vieira; encontro com Lula está na agenda

O embaixador do Brasil em Buenos Aires, Julio Bitelli, foi chamado para conversas em Brasília com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Bitelli não foi chamado em retaliação a ações do governo argentino, mas, segundo ele mesmo explicou, para conversar sobre a relação com o país vizinho.

Mesmo sem dramatismo, a decisão do governo brasileiro reflete o momento delicado que atravessa a relação bilateral.


Bitelli tem passagem de volta para a Argentina na semana que vem. Hoje, o embaixador conversou com Vieira e deve encontrar o presidente Lula.


A tensão entre os dois países é, na verdade, um conflito entre os dois chefes de Estado, e escalou nas últimas semanas após o presidente Lula ter dito que Milei deveria pedir desculpas pelas ofensas feitas a ele na campanha de 2023. O argentino afirmou que não pediria desculpas, e chamou Lula de “esquerdista de ego inflado”.


Após a troca de declarações tensas, Milei cancelou sua participação na cúpula do Mercosul e foi até Santa Catarina para prestigiar uma reunião da extrema direita internacional, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro. No evento, Milei não se referiu ao presidente Lula.


Desde então, a relação entrou num período mais crítico, o que levou o governo a chamar o embaixador para conversas e avaliações sobre o futuro do vínculo bilateral.


Esta semana, chegou a Brasília o novo embaixador argentino no país, Daniel Raimondi, que ainda não tem data para apresentar cartas credenciais ao presidente Lula, o que limita suas possibilidades de trabalho no Brasil.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.