segunda-feira, 15 de julho de 2024

Joias e fraude na vacina: ministro do STF não descarta prisão de Bolsonaro


O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

 Um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) não descartou a possibilidade de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi novamente indiciado, desta vez no caso das joias recebidas da ditadura saudita, conforme informações do colunista Lauro Jardim, do Globo.

“Essa tese de que não temos coragem de mandá-lo prender é do pessoal do Bolsonaro e de alguns outros no meio político. Em parte, têm razão em relação a mandá-lo prender agora. Prisão, se for o caso, só depois de uma eventual condenação do Bolsonaro. Prisão agora, só em casos muito fortes, excepcionais, em que a lei determina”, disse o ministro, sob anonimato.

Na sequência, ele foi questionado se já há elementos para uma condenação imediata do ex-chefe do Executivo. Ele então respondeu: “No STF, nós não antecipamos problemas.”

A Polícia Federal (PF) enquadrou Bolsonaro nos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, enviará os autos à Procuradoria-Geral da República, que decidirá se apresentará denúncia contra Bolsonaro e os demais envolvidos.

Bolsonaro pede desculpas pelo seu jeito de falarJair Bolsonaro. Foto: reprodução

Em nota, a PF afirmou que “há fortes indícios de que os investigados usaram a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras ao Presidente da República (…) com o intuito de gerar o enriquecimento ilícito do ex-presidente Jair Bolsonaro”.

Só no caso das joias, Bolsonaro pode pegar até 32 anos de prisão. Além do ex-mandatário, outras 11 pessoas foram indiciadas.

Vale destacar ainda que este é o segundo indiciamento de Bolsonaro, que também foi acusado há alguns meses de falsificação de sua carteira de vacina contra a Covic-19. Só esses indiciamentos já causariam uma grande dor de cabeça para o ex-capitão.

Fonte: Brasil 247

“Peça-chave”: Aliados veem Trump como esperança para reverter inelegibilidade de Bolsonaro


Donald Trump e Jair Bolsonaro. Foto: Alan Santos/PR

 O entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enxerga a vitória de Donald Trump como essencial para a estratégia traçada pelo ex-capitão, que ainda acredita na possibilidade de reverter sua inelegibilidade e concorrer à presidência em 2026.

Aliados do clã Bolsonaro afirmam que Trump prometeu pressionar o governo e o Judiciário brasileiro caso seja eleito presidente dos Estados Unidos, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

Segundo membros do Partido Liberal (PL), essa conversa aconteceu há cerca de quatro meses com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que é o principal contato do ex-mandatário com líderes estrangeiros de extrema direita.

Bolsonaro e seus apoiadores acreditam que Trump fará pressão pública sobre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), adotando um discurso semelhante ao dos bolsonaristas, que retratam o ex-presidente como vítima de perseguição política, ignorando as infrações e crimes apontados contra ele pela Justiça Eleitoral e pela Polícia Federal (PF).

Bolsonaro, Trump e PT: o que um tem a ver com os outros? - Instituto Mercado Popular

Trump e Bolsonaro. Foto: reprodução

Entretanto, membros do Itamaraty veem essa estratégia como arriscada, avaliando que qualquer tentativa de interferência externa por parte de Trump pode intensificar a ação do Judiciário contra Bolsonaro, tanto na esfera civil quanto criminal.

Vale destacar que Bolsonaro tem esperanças de que uma campanha de apoio de Trump possa influenciar o Judiciário a reverter sua inelegibilidade.

Esse cenário seria favorecido pela presença de Kássio Nunes Marques na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e André Mendonça como vice-presidente da corte durante as eleições de 2026, ambos indicados por Bolsonaro para o STF.

Fonte: DCM

Após ser preso por calote, Nego Di ainda debocha de suas vítimas na delegacia

 

Cristiano Reschke, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana, ressaltou que o humorista usava de deboche para se referir aos clientes


A Polícia Civil gaúcha realizou uma coletiva de imprensa, neste domingo (14), após a prisão do influenciador Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di. Ele é acusado de vender 5 milhões em mercadorias e não entregar aos clientes, que nunca tiveram acesso aos bens adquiridos. No entanto, de acordo com o G1, a reação de Nego Di, foi de deboche. 

Cristiano Reschke, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana, ressaltou que o humorista usava de deboche para se referir aos clientes:

"Há inclusive vídeo em que Nego Di se manifesta de forma debochada brincando em relação às pessoas que não receberam os bens, enquanto se desloca em carro de luxo, uma Mercedes branca, conversível, chegando em seu restaurante", comentou Reschke.

Saiba mais - Santa Catarina foi palco, na manhã desta sexta-feira (12), de uma operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) que investiga um esquema de lavagem de dinheiro que pode ter movimentado R$ 2 milhões. O influenciador digital Nego Di e sua esposa estão no centro das investigações, que apontam a promoção de rifas virtuais ilegais como a origem dos recursos suspeitos, informa o g1. A defesa de Nego Di e sua esposa informou que se pronunciará sobre o caso em momento oportuno.

Segundo o promotor de Justiça Flávio Duarte, responsável pela investigação, foram sequestrados dois veículos de luxo pertencentes ao casal. Durante as buscas, uma arma de uso restrito das Forças Armadas, sem registro, também foi apreendida, resultando na prisão em flagrante da esposa do influenciador.

Fonte: Brasil 247

Maduro convoca frente nacional antifascista na Venezuela

 

Um dos candidatos da oposição desistiu de concorrer para apoiar a reeleição de Maduro

Maduro em campanha (Foto: Telesur)

Prensa Latina - O presidente Nicolás Maduro convocou neste domingo (14) todos os venezuelanos para a formação de uma grande frente nacional antifascista. contra a intolerância e o ódio.

Em um ato no Ginásio Poliedro de Caracas, o governante comentou que a ideia surgiu após o anúncio do opositor Carlos Prosperi, do partido Acción Democrática (AD), de se declarar independente e decidir apoiar sua candidatura.

Maduro manifestou-se surpreso com essa decisão daquele que foi candidato presidencial pela AD e que o político (Henry) Ramos Allup "cortou suas asas", como fez com muitos outros.

O mandatário informou que, em ato público, deu as boas-vindas e estendeu a mão a Prosperi, que na véspera informou à imprensa sobre sua decisão e denunciou planos da extrema direita.

Maduro acrescentou que da própria oposição surgem vozes de alerta de que se está preparando um cenário de violência, e "não o compartilham e tentam denunciá-lo".

Por isso, disse, a nova proposta surgiu da prática e trata-se de convocar todos os venezuelanos que estão contra a intolerância, o ódio, a vingança e as correntes fascistas que querem se impor.

Esta será uma "grande frente nacional da paz, da democracia e antifascista em que caibam todas as pessoas que amam a paz, além de que tenhamos diferenças naturais", mas que não querem o retorno do capitalismo selvagem do Fundo Monetário Internacional e tentativas de golpes de Estado, indicou.

Acerca de sua campanha eleitoral oficial que se iniciou no passado dia 4 de julho, junto aos outros nove candidatos da oposição, expressou que cada povoado ao qual chega é um lugar sagrado e um templo da pátria.

Referiu que nos últimos seis dias, como parte desse exercício eleitoral, visitou 18 cidades do país, realizou 23 atividades e entregou 30 obras de benefício popular, entre escolas, liceus, universidades e centros de saúde, o que agradeceu às Brigadas Comunitárias Militares.

O chefe do Comando de Campanha Nacional Venezuela Nuestra, Jorge Rodríguez, destacou ao intervir que a campanha permitiu o reencontro de todas as forças revolucionárias e chavistas, e valorizou o amor e frenesi vistos em cada canto da Venezuela, não apenas nas grandes mobilizações, mas em todos os espaços onde chega o presidente.

Fonte: BRasil 247 com Prensa Latina

Treino intenso de musculação ajuda a preservar força em idosos

 

Em pesquisa, programa de um ano de exercícios permitiu ganhos expressivos que compensaram perda muscular posterior; ideal é que atividades físicas sejam praticadas regularmente

(Foto: Freepik)

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein - Praticar treinos intensos de musculação na terceira idade pode trazer benefícios duradouros na força muscular, sugere uma pesquisa dinamarquesa da Universidade de Copenhague, publicada no BMJ Open Sport & Exercise Medicine. A perda de musculatura e de força nessa idade é um conhecido preditor de má saúde, interferindo diretamente no equilíbrio, na mobilidade e autonomia do idoso.

Com o envelhecimento, há um declínio da musculatura, e os autores queriam verificar se o treino de força, que envolve exercícios de resistência, como musculação e levantamento de peso, poderia ter efeitos a longo prazo para minimizar essa perda. Assim, recrutaram 451 idosos saudáveis para participar de um programa com duração de um ano. 

Nesse período, eles foram divididos em três grupos. Uma turma treinou com supervisão em uma academia três vezes por semana, com uma carga considerada pesada, entre 70% e 80% do peso máximo. Eles faziam três séries de exercícios com seis a 12 repetições, incluindo atividades para membros inferiores e superiores, costas e movimentos de abdômen. Outros fizeram exercícios considerados moderados, com 50% a 60% da carga máxima, utilizando preferencialmente materiais como faixas elásticas. Os demais serviram de grupo controle e não seguiram nenhum treinamento especial.

Os voluntários foram avaliados em quatro momentos: ao começar, ao completar o programa de 12 meses e depois de dois e quatro anos. Na avaliação final, todos tinham perdido tanto massa magra quanto força – como é esperado após tanto tempo sem se exercitar. No entanto, aqueles que haviam feito o treinamento mais intenso apresentaram a mesma capacidade inicial. 

“Isso ocorreu porque o treino aumentou a força de forma significativa. Então, mesmo com a queda, conseguiram manter o que tinham no início”, avalia o profissional de educação física Everton Crivoi do Carmo, doutor em Ciências do Esporte e responsável pela preparação física no Espaço Einstein Esporte e Reabilitação, do Hospital Israelita Albert Einstein. 

O resultado também pode ser explicado porque a força não está apenas associada à massa muscular. “Muitos dos ganhos de força podem estar relacionados a adaptações neuromusculares induzidas pelo treinamento, incluindo a velocidade de transmissão do impulso nervoso e melhores coordenações intra e intermuscular, sendo que esses ganhos podem ter efeitos mais duradouros”, explica Crivoi. Segundo o especialista, esses benefícios a longo prazo é o que tem sido popularmente chamado de “memória muscular”.

Mais força, menos quedas

Em idosos, a força é crucial não só para reduzir o risco de quedas, mas também para contribuir com o convívio social, fatores associados à longevidade. “O ganho de força vai representar melhora funcional e exposição do idoso a atividades mais dinâmicas e desafiadoras.”

Por outro lado, cada vez mais estudos mostram o papel essencial dos músculos em todo o metabolismo, inclusive na imunidade. Mesmo com o declínio natural que ocorre com a idade, é possível aumentar a massa magra, ainda que o processo possa ser mais lento comparado aos jovens. 

No entanto, para garantir os benefícios, é preciso praticar exercícios regularmente. Enquanto o treino para desenvolver força está associado à intensidade, com cargas mais pesadas, para ganhar massa é preciso volume. Os resultados dependem do treinamento prévio: sedentários podem observar resultados com uma sessão semanal, mas pessoas mais habituadas devem se dedicar de duas a três vezes por semana. Vale lembrar que é essencial a orientação de um profissional de educação física. 

Atividades como pilates, ioga e treinos funcionais com o próprio corpo também contribuem para ganho de força e até de massa muscular, ainda que não da mesma forma que ocorre quando há maior carga, como na musculação. 

“Mas o idoso deve fazer o que gosta, que vai garantir maior tempo no programa e permanência, que é o que faz diferença no estilo de vida. Não adianta fazer musculação e treinar pesado se não gosta e a frequência for baixa”, orienta Crivoi do Carmo.

Fonte: Brasil 247

Pesquisa indica recuo de pautas conservadoras entre os brasileiros

 

A pesquisa “A Cara da Democracia” mostra que há gradações na adesão dos brasileiros a pautas como a criminalização do aborto

Manifestação de protesto contra o PL 1904/24 (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A edição de 2024 da pesquisa “A Cara da Democracia” mostra que o apoio de pautas conservadoras como o apoio ao endurecimento de regras contra o aborto e restrições ao casamento gay recuaram etre os brasileiros, informa O Globo. O estudo entrevistou presencialmente mais de 2,5 mil pessoas em 188 cidades de todo o país, entre o fim de junho e o início de julho, e foi conduzido pelo Instituto da Democracia (IDDC-INCT).

O levantamento mostrou que há gradações na adesão dos brasileiros a pautas associadas ao conservadorismo. No caso do aborto, por exemplo, 72% dos brasileiros são contra a legalização, mas 58% são contra a prisão de mulheres que realizem o procedimento e 40% são contra o ‘PL do aborto’. Na edição de 2023 da pesquisa, 79% responderam que são contrários á lergalização do aborto, indicando uma tendência de queda. O panorama é semelhante nas opiniões sobre casamentos de pessoas do mesmo sexo: 45% são contra, mas 53% é favorável à adoção de crianças por casais gays.

Outros temas apresentam uma grande divisão entre os entrevistados. É o caso da proibição das “saidinhas” dos presos, tema que é apoiado por 49% e refutado por 45%, e a adoção de cotas raciais, que teve 40% favoráveis e 41% contrários. Já algumas pautas formaram amplas maiorias entre os brasileiros. É o caso do apoio ao Bolsa Família, que chega a 80% dos brasileiros. 65% são a favor da redução da maioridade penal e 6% são contra a descriminalização do uso das drogas.

A pesquisa também perguntou aos brasileiros sobre o seu posicionamento político. 36% dos entrevistados afirmaram que são de direita, 33% disseram que não são nem de esquerda e nem de direita, 15% se poscionam como de esquerda, e 15% não souberam responder ou não responderam.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Camisetas de Trump viralizam: 'Ferido, mas não atordoado', 'Lendas nunca morrem'

 

A suposta tentativa de assassinato de Donald Trump gerou uma febre de mercadorias online

Donald Trump sofre atentado em comício na Pensilvânia (Foto: Brendan McDermid / Reuters)

Reuters - A tentativa de assassinato de Donald Trump gerou uma febre de mercadorias online apresentando uma foto do candidato presidencial dos EUA logo após ser baleado, com slogans como "À prova de balas", "Lendas nunca morrem", "Ferido, mas não atordoado", "Atirando fico mais forte".

Com preços variando entre cerca de $9 a $40, camisetas estampadas com imagens de Trump levantando o punho cerrado no ar enquanto o sangue escorre pelo rosto viralizaram.

Poucas horas após o tiroteio, empresas e vendedores independentes se apressaram para criar slogans e mercadorias - na maioria retratando o candidato presidencial republicano como desafiador - no que se tornou o mais recente de uma longa linha de produtos de Trump.

"(As vendas) superaram minhas expectativas. Eu não esperava que Trump tivesse tantos fãs", disse Zhong Jiachi, 28 anos, proprietário da Paxinico, uma loja de roupas no Douyin, a versão chinesa do Tiktok, que vendeu cerca de 40 camisetas com a imagem de Trump logo após ser baleado, em 24 horas.

Li Jinwei, 25 anos, que vende mercadorias na plataforma Taobao da Alibaba, disse à mídia de Hong Kong que demorou aproximadamente meio minuto para produzir uma camiseta de Trump em sua fábrica na China.

"Colocamos as camisetas no Taobao assim que vimos a notícia sobre o tiroteio, embora nem as tivéssemos impresso, e dentro de três horas vimos mais de 2.000 pedidos tanto da China quanto dos Estados Unidos", disse ela.

O olhar de Trump encarando a câmera, que aparece em grande parte das mercadorias anteriores que o apresentam, ecoa sua pose característica em "The Apprentice", o reality show em que ele estrelou por vários anos.

Em 2023, uma foto de caneca de Trump foi rapidamente transformada em camisetas, copos de shot, canecas, pôsteres e até bonecos cabeçudos por amigos e inimigos.

No sábado, apoiadores e ativistas rapidamente abraçaram a imagem de Trump tirada logo após um homem de 20 anos atirar nele de um telhado enquanto se reuniam em torno dele antes da eleição presidencial dos EUA em novembro.

O ex-presidente dos EUA estava realizando um comício em Butler, Pensilvânia - um estado-chave na eleição de 5 de novembro - quando tiros foram disparados, atingindo sua orelha direita e deixando-o ensanguentado.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Efeito Lula: 9,6 milhões de pessoas saíram da condição de extrema pobreza em 2023, diz pesquisa

 

Das 9,6 milhões de pessoas que saíram dessa condição, 4,8 milhões estavam na Região Nordeste

Lula e Wellington Dias (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Entre 2022 e 2023, 9,6 milhões de brasileiros saíram da condição de extrema pobreza, reduzindo pela metade o número de pessoas nessa situação em comparação a 2021, quando 19,2 milhões viviam nessa condição. Esses dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (2012-2023).

“O resultado reflete a implementação de um amplo conjunto de políticas e programas sociais no Brasil, aliados à retomada do crescimento da economia, com geração de emprego e renda e valorização do salário mínimo”, comentou o ministro Wellington Dias.

A redução da extrema pobreza ocorreu em todo o país, mas foi no Nordeste que os resultados mais expressivos foram observados. Das 9,6 milhões de pessoas que saíram dessa condição, 4,8 milhões estavam na região, representando metade do total nacional. Além disso, 5,4 milhões de nordestinos saíram da situação de pobreza nos últimos dois anos.

Para contextualizar, em 2021, a soma das populações em situação de pobreza e extrema pobreza em Alagoas, Pernambuco e Maranhão superava 60,5%. Nos nove estados nordestinos, 33 milhões de pessoas estavam na linha de pobreza e outras 10 milhões viviam em extrema pobreza.

O relançamento do Programa Bolsa Família em março de 2023 foi um marco na política de transferência de renda do país. Com a manutenção do valor mínimo de R$600 e a inclusão de novos benefícios conforme a composição familiar, o valor médio do benefício aumentou, gerando impactos significativos nos indicadores de pobreza monetária.

Ao final de 2023, cerca de 18 milhões de pessoas haviam saído da pobreza, uma redução de quase 23% em dois anos. Segundo a FGV IBRE, são consideradas na linha de pobreza pessoas com rendimento domiciliar per capita abaixo de R$ 667 mensais, enquanto aquelas em extrema pobreza vivem com menos de R$ 209 mensais per capita.

Fonte: Brasil 247

Site Politico levanta seis questões ainda sem resposta do caso Trump

 

A principal delas é qual será o real impacto no processo eleitoral estadunidense

Donald Trump (Foto: Reprodução)

O ex-presidente Donald Trump está prosseguindo com a convenção republicana em Milwaukee esta semana, após uma suposta tentativa de assassinato no sábado, que trouxe grandes implicações para a política e a segurança nacional. Neste contexto, o site Politico levantou seis questões que serão abordadas pelas autoridades policiais, pela campanha de Trump e pelos membros do Congresso:

1. Por que o atirador mirou em Trump?

Um atirador de elite matou o suspeito, Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, pouco depois de ele disparar. Crooks morava em Bethel Park, Pensilvânia, um subúrbio de classe média alta a cerca de uma hora de carro do local onde o comício de Trump foi realizado. Ele trabalhava como auxiliar de dieta no Bethel Park Skilled Nursing and Rehabilitation Center, conforme relatado pelo The New York Times, e não tinha histórico criminal. O FBI ainda está investigando o perfil de Crooks e o que o motivou a realizar o ataque. Para isso, eles entrevistarão amigos e familiares e examinarão seu histórico online, bem como qualquer escrita deixada por ele. Um oficial de polícia disse que os investigadores estavam analisando as postagens de Crooks no Discord, um aplicativo popular para compartilhar mensagens e interagir com outras pessoas. Crooks estava registrado como republicano, mas uma vez doou $15 para o Progressive Turnout Project, uma organização alinhada aos democratas, de acordo com registros públicos. O presidente Joe Biden pediu aos americanos no domingo que não especulassem sobre os motivos do ataque. "Deixem o FBI fazer seu trabalho", disse ele, ao mesmo tempo em que pediu uma "revisão independente".

2. Como isso aconteceu enquanto Trump estava sob proteção do Serviço Secreto?

Trump tem proteção do Serviço Secreto 24 horas por dia porque ele é um ex-presidente. Embora seus comícios geralmente atraiam dezenas de milhares de participantes, cada pessoa é submetida a rigorosas verificações de segurança e obrigada a abrir bolsas e passar por detectores de metal para entrar. O atirador disparou contra Trump a cerca de 150 metros de distância, no topo de um telhado que estava perto do comício ao ar livre, mas fora do local do evento. Não está claro por que o Serviço Secreto não garantiu essa área e por que demorou tanto para os oficiais responderem. Uma bala roçou a orelha de Trump, quase atingindo o que muitos disseram que teria sido um golpe fatal na cabeça. Trump caiu no chão após o ocorrido e os seguranças se jogaram sobre ele para protegê-lo. Ao se levantarem, Trump ergueu o punho no ar e incentivou seus seguidores a "lutarem" antes de ele e seus seguranças saírem do palco.

3. O que mais o atirador planejava?

Os oficiais recuperaram um rifle estilo AR perto do corpo de Crooks, mas ainda não disseram como ele adquiriu sua arma. A Associated Press citou duas fontes anônimas dizendo que a arma pertencia ao pai dele. As autoridades relataram encontrar explosivos, incluindo um IED (dispositivo explosivo improvisado), dentro de um carro dirigido por Crooks, localizado perto do comício de Trump. Além disso, materiais para fabricação de bombas foram encontrados na casa de Crooks, segundo a Associated Press.

4. Os republicanos confiarão no FBI para conduzir a investigação?

Republicanos e figuras da mídia conservadora já estão levantando questões sobre se devem confiar no FBI para investigar a tentativa de assassinato. Eles apontam que agentes do FBI realizaram a busca no clube privado de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, depois que ele supostamente se recusou a entregar documentos classificados. O ex-rival republicano nas primárias, Ron DeSantis, apontou a investigação do FBI sobre o tiroteio no treino de beisebol do Congresso em 2017 como um sinal de que a "burocracia" de Washington pode não estar à altura da tarefa.

5. Como a tentativa de assassinato afetará a Convenção Nacional Republicana?

Os oficiais disseram no domingo que não fariam mudanças operacionais na segurança da Convenção Nacional Republicana, dado que já haviam realizado um planejamento extensivo durante o último ano e meio. Não há "ameaças articuladas conhecidas" contra a convenção ou qualquer pessoa visitando o evento, disse o Agente Especial encarregado do FBI, Michael Hensle.

6. Como o tiroteio mudará a campanha antes da eleição?

A campanha de Biden retirou anúncios digitais do ar logo após o tiroteio e interrompeu os planos de viagem de campanha e oficiais do presidente. A vice-presidente Kamala Harris adiou uma próxima parada de campanha em West Palm Beach, Flórida, onde estava programada para discutir direitos ao aborto perto da base de Trump. O evento havia sido anunciado apenas algumas horas antes do início do comício de Trump no sábado. Além disso, Biden reprogramou uma viagem ao Texas para comemorar o 60º aniversário da Lei dos Direitos Civis durante uma visita à Biblioteca Presidencial LBJ. Ele, em vez disso, fará uma entrevista planejada na NBC desde a Casa Branca e continuará com um evento de campanha em Las Vegas na terça-feira. Um funcionário da campanha de Biden disse ao Politico que, após sua entrevista na segunda-feira, Biden e o Comitê Nacional Democrata "continuarão destacando o contraste entre nossa visão positiva para o futuro e a agenda retrógrada de Trump e dos republicanos ao longo da semana."

Fonte: Brasil 247

Reforma tributária pode reduzir imposto sobre armas em 70% e gera preocupação de especialistas em segurança

 

A regulamentação da Reforma Tributária não previu nenhum tratamento especial para as armas

(Foto: Aquiles Lins)

Brasil  de Fato - A regulamentação da reforma tributária aprovada na Câmara dos Deputados na quarta-feira (10) reduz em cerca de 70% os impostos cobrados sobre armas de fogo. A desoneração tende a diminuir o preço dos revólveres, por exemplo, o que facilita o acesso a eles e gera preocupações de especialistas em segurança.

Atualmente, o cidadão que compra uma arma paga por ela um preço que inclui 89,25% de impostos. O cálculo – feito pelo Instituto Sou da Paz – considera os 25% de ICMS cobrados por estados, os 9,25% referentes ao PIS e Cofins e mais 55% de IPI.

Pela reforma, todos esses tributos seriam substituídos por dois novos, de alíquota padronizada: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), gerido por estados; e a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS), que vai para a União. Como regra geral, os dois novos impostos juntos terão uma alíquota somada de 26,5%, segundo estimativas do governo.

A regulamentação da Reforma Tributária não previu nenhum tratamento especial para as armas. Isso significa que elas também teriam uma taxação padrão de 26,5%. Dos atuais 89,25% para 26,5% previstos, a queda da tributação é de 70%.

Protestos
A possibilidade de a reforma reduzir o preço das armas já havia sido levantada por organizações sociais. O próprio Sou da Paz, junto com a Oxfam Brasil, elaborou uma nota técnica em outubro do ano passado em que alertava o governo sobre o assunto.

Naquela época, ainda estava em debate no Congresso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que definia as diretrizes principais da reforma. A PEC foi promulgada em dezembro sem tratar da taxação das armas.

Em abril, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou ao Congresso Nacional uma proposta para regulamentar a PEC recém-promulgada. Também não incluiu no texto qualquer iniciativa para evitar a desoneração das armas, apesar de Lula ter elevado o imposto sobre elas em 2023.

A Câmara manteve o proposto pelo governo. A deputada Erika Hilton (Psol-SP) até apresentou uma proposta que colocaria os armamentos numa lista de produtos que serão sobretaxados por fazerem mal à saúde ou ao meio ambiente. A emenda foi rejeitada por 316 votos a 155.

“Teremos um incentivo perverso à compra de armas. Um subsídio da sociedade a quem compra armas", criticou o economista David Deccache, em entrevista ao Central do Brasil, programa produzido pelo Brasil de Fato.

Imposto Seletiva

A sobretaxação de determinados produtos está prevista na reforma tributária por meio da criação do chamado Imposto Seletivo (IS). A Câmara dos Deputados aprovou a cobrança desse tributo extraordinário sobre bebidas alcoólicas, cigarros, refrigerantes, carros, petróleo e minérios. O argumento é de que, com mais impostos, o consumo desses itens seria desestimulado, reduzindo os danos que eles causam à população.

O Sou da Paz sugere que as armas também sejam taxadas com o IS. “Defendemos a inclusão de armas e munições no imposto seletivo justamente porque seu papel é desestimular o consumo de bens que são danosos à saúde e ao meio ambiente”, declarou o instituto ao Brasil de Fato. “A redução do imposto facilitará a compra desses bens, representando um verdadeiro incentivo ao consumo de armas e munições no país”.

Senado

Após a votação na Câmara dos Deputados, a organização Sou da Paz informou que vai assinar um pedido coletivo para que o Senado inclua as armas no rol de produtos taxados pelo IS. O Senado ainda precisa debater a aprovar a regulamentação da reforma para que ela possa, enfim, ser sancionada pelo presidente Lula e tornar-se lei.

“⁠Apresentaremos aos senadores o pedido de inclusão de armas e munições no Imposto Seletivo (IS). Seguiremos insistindo para corrigir este absurdo que é a redução da taxação desses produtos”, avisou o Sou da Paz.

Na quinta-feira (11), líderes partidários defenderam a retirada da urgência do projeto para que ele possa ser debatido de forma mais ampla.

A reforma tributária só terá efeito total sobre a cobrança de impostos no país a partir de 2032. Até lá, está previsto um período de transição.

Edição: Rodrigo Chagas

Fonte: Brasil 247

Depois de suposto atentado, Trump diz que prega a “união do país”

 

"Esta é uma chance de unir todo o país, até mesmo o mundo inteiro”, afirmou Trump neste domingo (14)

Trump sofre atentado durante comício em Butler (Foto: Brendan McDermid / Reuters)

"Esta é uma chance de unir todo o país, até mesmo o mundo inteiro. O discurso será muito diferente, muito diferente do que teria sido dois dias atrás", disse Trump ao Washington Examiner, referindo-se ao pronunciamento que fará na convenção republicana, segundo a Reuters.

"Quero tentar unir nosso país", disse Trump ao New York Post durante a mesma entrevista, realizada durante o voo para Milwaukee. "Mas não sei se isso é possível. As pessoas estão muito divididas."

Biden e Trump conversaram no sábado à noite após o tiroteio. A primeira-dama Jill Biden também conversou com a ex-primeira-dama Melania Trump na tarde de domingo, disse um funcionário da Casa Branca.

Trump e Biden estão empatados em uma disputa eleitoral acirrada, de acordo com a maioria das pesquisas de opinião, incluindo a Reuters/Ipsos. O tiroteio no sábado abalou as discussões em torno da campanha presidencial, que estavam focadas em se Biden, 81 anos, deveria desistir após um desempenho hesitante no debate de 27 de junho.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

VÍDEO: Bolsonaristas aproveitam ataque a Trump e fazem ato miado contra Lula e STF na Paulista

 

Ato esvaziado de bolsonaristas na capital paulista, neste domingo (14), ocupa menos de um quarteirão em frente ao Masp, na Avenida Paulista. Foto: Eduardo Knapp – 14.jul.2024/Folhapress

Neste domingo (14), uma pequena quantidade de manifestantes bolsonaristas se reuniram na avenida Paulista para protestarem contra o presidente Lula e a favor dos presos de 8 de janeiro. No entanto, o grupo também aproveitou o atentado sofrido por Donald Trump no dia anterior para homenagear o ex-presidente norte-americano.

Vestidos de verde e amarelo, os manifestantes ocuparam apenas um quarteirão em frente ao Masp, enquanto bonecos de Olinda de Trump e Bolsonaro enfeitavam o ato, juntamente com um Lula inflável vestido de presidiário.

Os gritos de “Trump vive” foram entoados pelos poucos manifestantes que foram ao encontro e se misturaram a cantos contra o ministro do STF Alexandre de Moraes e o presidente do Senado Rodrigo Pacheco.

Os manifestantes também ecoaram a narrativa bolsonarista de que a mídia estaria minimizando o episódio do atentado. O protesto, organizado pelo Movimento Liberdade, também contou com um discurso de um sósia de Javier Milei, que comparou o atentado a Trump à facada contra Bolsonaro em 2018.

Fonte: DCM 


Lula recebe presidente da Itália nesta segunda-feira

 

Brasil e Itália deverão formalizar um acordo de reconhecimento mútuo de carteiras de habilitação entre os dois países

(Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República/Divulgação)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) receberá na manhã desta segunda-feira (15), no Palácio do Planalto, o presidente da Itália, Sergio Mattarella. Lula e Mattarella participarão de uma reunião no Planalto, seguida pela assinatura de acordos, uma declaração à imprensa e um almoço no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores (MRE). As informações são do G1.

Brasil e Itália deverão formalizar um acordo de reconhecimento mútuo de carteiras de habilitação entre os dois países. Também está programada a assinatura de memorandos de entendimento entre a Embrapa e a Universidade de Turim. 

De acordo com o governo brasileiro, os dois líderes discutirão a relação bilateral e temas gerais, como a reforma das instituições de governança global, as presidências italiana no G7 e brasileira no G20, e a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza que Lula pretende lançar.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Clã Bolsonaro dá como certa a eleição de Trump após suposto atentado contra o candidato

 

Em 2018, Bolsonaro passou por um caso semelhante durante evento em Juiz de Fora e acabou eleito. Trump é parte do plano do clã para reverter a inelegibilidade do ex-mandatário

Donald Trump e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters | PR)

O entorno de Jair Bolsonaro (PL) está convencido de que o ex-presidente Donald Trump vencerá a disputa presidencial nos Estados Unidos após o suposto atentado do qual teria sido vítima, relata Bela Megale, do jornal O Globo. Vale lembrar que em 2018, Jair Bolsonaro (PL) passou por um caso semelhante durante evento eleitoral em Juiz de Fora (MG) e acabou eleito presidente do Brasil. Ainda segundo a reportagem, a avaliação é de que a vitória de Trump poderá ser decisiva para os planos políticos de Bolsonaro.

A equipe de Bolsonaro vê na vitória do aliado norte-americano uma chance de reverter a inelegibilidade que impede o ex-mandatário de concorrer ao Palácio do Planalto em 2026. No entanto, até o momento, não há sinais concretos de mudança nesse cenário.

Fontes próximas ao clã Bolsonaro revelam que Trump teria se comprometido a pressionar o governo e o Judiciário brasileiro, caso fosse eleito presidente. Esse compromisso teria sido firmado em uma conversa entre o deputado federal Eduardo Bolsonaro e Trump, ocorrida há cerca de quatro meses. Eduardo é a principal ligação de Bolsonaro com lideranças estrangeiras de extrema direita.

A estratégia de Bolsonaro é clara: utilizar o apoio de Trump para exercer pressão pública sobre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O discurso de Trump, alinhado aos bolsonaristas, apresentaria Bolsonaro como um perseguido político, desconsiderando as infrações e crimes apontados contra ele pela Justiça Eleitoral e pela Polícia Federal.

Entretanto, membros do Itamaraty consideram essa abordagem um risco significativo. Eles acreditam que qualquer tentativa de interferência externa por parte de Trump pode resultar em uma resposta ainda mais rigorosa do Judiciário brasileiro em relação a Bolsonaro, tanto na esfera civil quanto na criminal.

Bolsonaro mantém a esperança de que uma campanha de Trump em seu favor possa levar o Judiciário a reverter sua inelegibilidade. Esse cenário seria facilitado pela presença de Kássio Nunes Marques na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e André Mendonça como vice na corte, durante as eleições de 2026. Ambos foram indicados por Bolsonaro ao STF.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo