Thomas Crook não tinha ideologia conhecida nem era considerado uma “pessoa preocupante”
O FBI (a polícia federal americana) anunciou neste domingo (15) que a tentativa de assassinato do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está sendo investigada como um possível ato de terrorismo doméstico. Segundo as autoridades, o atirador, identificado como Thomas Matthew Crook, de 20 anos, agiu sozinho e não possuía uma ideologia conhecida.
“Estamos investigando o caso como uma tentativa de assassinato, mas também como um possível ato de terrorismo doméstico”, afirmou Robert Wells, diretor assistente da divisão de contraterrorismo do FBI, durante uma coletiva de imprensa.
Atirador não tinha histórico de doença mental nem tinha “preocupante”
Crook não apresentava histórico de doença mental e nunca esteve no radar do FBI como uma pessoa preocupante. Além disso, ele não demonstrava comportamento ameaçador online e suas postagens analisadas até o momento não indicavam ideologias extremistas. “Neste momento, as informações que temos indicam que o atirador agiu sozinho”, acrescentou Kevin Rojek, agente do FBI na Pensilvânia, onde ocorreu a tentativa de assassinato no sábado.
O FBI confirmou que a arma utilizada no ataque era um fuzil estilo AR-15, comprado legalmente pelo pai do atirador. Ainda não está claro se o pai deu a arma ao filho ou se ele a pegou sem permissão.
Investigadores de contraterrorismo e criminais estão trabalhando em Pittsburgh para determinar o motivo do ataque. A arma foi encontrada na cena do crime, ao lado do corpo de Crook, que foi morto por atiradores de elite. Seu celular, a arma e um dispositivo explosivo rudimentar encontrado em seu carro foram enviados ao laboratório do FBI em Quantico, Virgínia. A família do atirador está cooperando com a investigação.
“Estamos conduzindo entrevistas com pessoas que estavam no local, portanto, não temos certeza sobre as ações do atirador imediatamente antes de ele atacar o ex-presidente”, afirmou Rojek.
O procurador-geral Merrick Garland e o diretor do FBI Chris Wray classificaram o atentado como um “ataque à democracia” e desejaram ao ex-presidente uma rápida recuperação. “Qualquer tentativa de assassinar um candidato presidencial é desprezível e não será tolerada neste país”, declarou Wray.
Levantamento via satélite monitorou territórios Kayapó, Munduruku e Yanomami
Um levantamento via satélite feito pelo Greenpeace Brasil identificou que o garimpo devastou, entre janeiro e junho deste ano, um total de 417 hectares nas Terras Indígenas Kayapó, Munduruku e Yanomami. A medida equivale a cerca de 584 campos de futebol.
O dado, segundo a organização, alerta para o fato de que, apesar dos esforços empreendidos pelo governo Lula para coibir a atividade, ainda há muito o que ser feito.
“Um dos grandes apelos dos povos originários é a desintrusão de seus territórios, que é a expulsão total dos garimpeiros de suas terras. Isso já foi feito na Terra Yanomami em 2023, mas os kayapó e os munduruku seguem aguardando quando isso vai acontecer”, afirma o porta-voz da Frente de Povos Indígenas do Greenpeace, Jorge Eduardo Dantas.
“O garimpo destrói ecossistemas, desestabiliza populações tradicionais e ameaça nossa capacidade de combater a crise climática. Por isso, a expulsão dos garimpeiros ilegais e a defesa dos territórios indígenas precisam ser pautas defendidas por todos nós”, acrescenta.
O levantamento aponta que os índices de desmatamento dentro dos territórios diminuíram de forma expressiva, em comparação a anos anteriores, mas alerta que garimpeiros têm aberto novas áreas no entorno de regiões já exploradas como forma de dificultar a detecção por imagens de satélite.
A terra Kayapó foi a mais afetada no primeiro semestre deste ano, tendo perdido 227 hectares para a atividade ilegal. Em comparação ao mesmo período de 2023, porém, foi registrada uma queda de 60,18% na abertura de novas áreas na região, segundo a organização ambiental.
A terra Yanomami, por sua vez, perdeu 169,6 hectares nos seis primeiros meses do ano —se comparado aos alertas captados no primeiro semestre de 2023, houve uma redução de 5,92%.
Ao analisar as imagens de satélite, os pesquisadores ainda identificaram uma migração do garimpo para a região sul do território yanomami, na área mais próxima do Amazonas.
Já a Terra Indígena Munduruku contabilizou 20,2 hectares abertos por garimpeiros na primeira metade deste ano.
O Greenpeace ainda chama a atenção para o avanço da atividade perto de outras áreas protegidas, como o Parque Nacional do Pico da Neblina e o Parque Nacional dos Campos Amazônicos. As Terras Indígenas Apurinã, Sete de Setembro e Zoró também estariam sob ameaça de novos focos de garimpo.
Fonte: Agenda do Poder com informações da coluna da repórter Mônica Bergamo na Folha de São Paulo
Influenciador será transferido para o Rio Grande do Sul
O humorista, influencer e ex-BBB Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di, foi preso pela Polícia Civil neste domingo em Santa Catarina. A prisão foi decretada pela Justiça do Rio Grande do Sul por crime de estelionato após denúncias de que o influenciador participava de um esquema de venda online de produtos que nunca foram entregues a, pelo menos, 370 compradores. Segundo a investigação da Polícia Civil, foram registradas movimentações financeiras em contas ligadas a ele em 2022 que passavam de R$ 5 milhões.
De acordo com informações do portal de notícias G1, a loja virtual Tadizuera, operou entre 18 de março e 26 de julho de 2022, momento que a Justiça determinou que ela fosse retirada do ar. O humorista divulgava em seus perfis nas redes sociais os produtos à venda, como aparelhos de ar-condicionado e televisores, vendidos a preços abaixo do de mercado.
O prejuízo dos 370 clientes lesados é estimado pelos investigadores como superior a R$ 330 mil. No entanto, há suspeitas de que o número de vítimas do esquema seja maior devido a movimentações milionárias em contas associadas ao influenciador em 2022. A defesa do humorista afirma que deve se manifestar em breve.
O sócio de Nego Di na empresa, Anderson Boneti, também teve a prisão preventiva decretada pela Justiça em fevereiro de 2023, mas foi solto dias depois.
Em nota, a defesa de Nego Di afirmou que está “tomando as medidas cabíveis” e pediu “cautela” na divulgação de informações do caso, devido a preocupações de “danos irreparáveis à carreira e à imagem” do humorista.
Na sexta-feira, o humorista e a mulher, a influenciadora digital Gabriela Sousa, foram alvo de outra uma operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul por suspeita de lavagem de dinheiro por meio rifas ilegais. Na ocasião, Gabriela foi presa, mas em seguida pode ser liberada com o pagamento de uma fiança no valor de R$ 14 mil.
Atriz foi diagnosticada com câncer e se dizia preparada para ‘uma transição tranquila’
Shannen Doherty morreu aos 53 anos de idade no sábado (13). Ela tratava um câncer em estado avançado. “É com o coração pesado que confirmo o falecimento da atriz Shannen Doherty. No sábado, 13 de julho, ela perdeu a batalha contra o câncer depois de muitos anos lutando contra a doença”, declarou Leslie Sloane, assessora da artista para o site da revista People neste domingo (14).
“A devotada filha, irmã, tia e amiga estava cercada por seus entes queridos e também por seu cachorro, Bowie. A família pede privacidade neste momento para que possam sofrer em paz”, continuou Sloane. Em 2015, quando tinha 44 anos, a atriz havia sido diagnosticada com câncer de mama. A doença se espalhou para o cérebro.
Em abril deste ano, ao gravar um episódio do podcast Let’s Be Clear, a atriz, que estrelou séries como Barrados no Baile e Charmed, disse estar empenhada para sua morte seja “uma transição tranquila” para sua mãe. A atriz contou que o câncer estava em estágio 4. Em 25 de junho, ela revelou que havia doado todos os seus pertences para poupar sua mãe de ter que se desfazer das coisas no luto.
A estrela norte-americana começou a atuar ainda criança, e estrelou várias séries, como Os Pioneiros. A fama internacional veio ao interpretar a personagem Brenda, de Barrados no Baile, sucesso dos anos 1990.
Na série, a jovem se mudava com a família para Beverly Hills vivia um choque cultural e social ao conviver com uma vizinhança de ricos e famosos em Los Angeles. Na época, surgiram rumores de que ela namorou Jason Priestley, que vivia seu irmão gêmeo Brandon em Barrados. O ator negou a informação, dizendo que eles eram apenas bons amigos.
A atriz tinha fama de difícil e chegou a brigar fisicamente no set com Jennie Garth, a Kelly Taylor da série. Luke Perry, o Dylan, que morreu em 2019, sempre dizia que Shannen era uma das grandes responsáveis pelo sucesso de Barrados, mas a atriz foi demitida depois de quatro temporadas.
Fonte: Agenda do Poder com informações da revista Quem
Rastreamento da doença deve ser feito precocemente, a partir dos 40 anos
De acordo com um estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF), uma em cada seis mortes por câncer de mama acontece em mulheres com menos de 50 anos. A descoberta destaca a importância de iniciar o rastreamento da doença a partir dos 40 anos, como preconizam as sociedades médicas brasileiras e não a partir dos 50, como recomenda o Ministério da Saúde.
O estudo, apresentado durante o Congresso Brasileiro de Câncer na Mulher, realizado no Rio de Janeiro nos dias 5 e 6 de julho e organizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), analisou a distribuição da mortalidade por câncer de mama por faixa etária, entre 2012 e 2022, com base no Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, do Ministério da Saúde.
Os autores observaram que nesse período houve um aumento de 40,8% no número absoluto de óbitos por câncer de mama. Em 2012, foram registradas 13.746 mortes, já em 2022, foram 19.363. A análise por faixa etária mostrou que a maioria das mortes ainda acontece nas mulheres acima dos 50 anos, que representam 77,2% das vítimas. Essa é a idade que o Ministério da Saúde recomenda o início do rastreio por meio da mamografia.
No entanto, a faixa de 40 a 49 anos, para a qual não está indicado o rastreio mamográfico nas diretrizes do Ministério da Saúde, corresponde, em média, a expressivos 15,61% dos óbitos totais dos anos de 2012 a 2022, o que corresponde a uma em cada seis mortes por câncer de mama.
De acordo com os pesquisadores os números destacam a importância de reduzir a idade para início do rastreamento do câncer de mama.
— A gente tem um número bastante expressivo de mulheres que começam a ter o câncer de mama na idade que as entidades preconizam o início do rastreio, que é a partir dos 40 anos, enquanto o SUS, devido às diretrizes do Ministério da Saúde, preconiza que essa pesquisa seja feita a partir dos 50. Então tem toda uma população negligenciada porque, geralmente, nas redes particulares, os planos de saúde autorizam que essa que essa mamografia seja feita a partir dos 40 anos, mas as mulheres que têm menor renda e dependem do SUS, acabam sendo mais desassistidas e prejudicadas — diz o estudante de Medicina Lucas Gonçalves Carvalho, um dos autores do estudo de iniciação científica pela UFF.
A mamografia de rotina é fundamental para diagnosticar câncer de mama em estágio precoce, quando a doença ainda não causa sintomas e quando há maior probabilidade de cura. Para Carvalho, iniciar o rastreamento aos 40 anos “é uma questão de dar não só dignidade de vida a essas mulheres, como uma chance de vida”.
— Quanto mais cedo essas mulheres são diagnosticadas, melhor é o prognóstico e mais fácil é o tratamento, ou seja, gasta-se menos recursos do sistema de saúde. Então a gente tem só vantagens em rastrear e encontrar essa doença nos estágios iniciais. Porque quanto mais tarde, mais recurso vai gastar do sistema de saúde, pior o prognóstico dessas mulheres e maior o sofrimento porque será um tratamento mais agressivo. Então é importante que esse diagnóstico seja feito o quanto antes — avalia Carvalho.
O aumento dos casos de câncer de mama em mulheres jovens – com menos de 50 anos – não é um fenômeno exclusivo do Brasil. Tanto que, recentemente, a Força-tarefa para Serviços Preventivos dos EUA passou a indicar a mamografia a todas as mulheres com 40 anos ou mais, repetidos a cada dois anos.
Entre os possíveis motivos para o aumento dos casos – e também das mortes – por câncer de mama em mulheres mais jovens, o mastologista Ruffo de Freitas Júnior, diretor da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), cita mudanças no estilo de vida, em especial o adiamento da maternidade.
— Agora é comum as mulheres terem o primeiro filho dos 35 aos 40 e poucos anos e este é um aspecto que aumenta o risco de câncer de mama porque a mama “in natura”, ou seja, sem ter passado pelas mudanças da gravidez e da amamentação, fica mais exposta aos hormônios femininos que são produzidos no ovários. Esse bombardeio mensal dos hormônios naturais produzidos no ovário dessa mulher, faz com que haja aumento do risco — explica o médico.
Outros aspectos citados são o aumento do consumo de bebida alcoólica entre mulheres e o início precoce da reposição hormonal.
— Esses três aspectos estão fazendo com que os tumores de mama possam ocorrer nessa faixa de 40 a 49 anos com mais expressão do que eram há duas décadas atrás — diz Freitas.
Em relação às mulheres mais novas – com menos de 40 anos -, o estudo mostrou que as mortes por câncer de mama também crescem entre essa população, mas de forma menos expressiva, o que não justificaria uma recomendação de rastreio populacional por meio da mamografia.
— São casos mais relacionados a fatores genéticos, de mulheres que têm maior risco de desenvolver câncer de mama por causa de casos na família e, nestes casos, essas mulheres já devem acompanhar e fazer o rastreio de forma mais precoce. Mas os casos de câncer esporádico, que justificam o rastreio populacional, são mais expressivo a partir dos 40 anos — pontua Carvalho.
Além disso, o mastologista, explica que nessa faixa etária, as mulheres têm mamas mais densas, o que prejudica o resultado do exame.
— A mamografia abaixo dos 40 anos não ajuda tanto porque são mamas muito densas, que tem uma quantidade muito grande de tecido glandular e isso interfere. Acaba sendo um exame com muito pouco eficácia para ser feito como rastreio populacional — avalia.
Neste domingo (14), a Albiceleste venceu a Colômbia por 1 a 0 na prorrogação, em uma decisão de “sangue, suor e lágrimas” no Hard Rock Stadium, em Miami, e se sagrou bicampeã do torneio sul-americano, defendendo com sucesso o título vencido na edição de 2021.
A partida foi marcada pela lesão do craque Lionel Messi, que levou uma entrada fortíssima do lateral Santiago Arias no 1º tempo e passou vários minutos sofrendo em campo.
Os corredores do estádio, por sua vez, ficaram manchados de sangue, fruto da ação da polícia para deter os fãs que ingressaram sem bilhetes.
Depois disso, a final foi até bem jogada na maior parte do tempo, com as duas equipes perdendo ótimas chances no tempo normal. Como o 0 a 0 persistiu, o duelo foi para a prorrogação.
No tempo extra, brilhou a estrela do atacante Lautaro Martínez, que entrou para decidir a parada: aos 6 minutos do 2º tempo, ele recebeu excelente enfiada de bola de Lo Celso e caprichou na finalização.
Depois disso, a equipe comandada por Lionel Scaloni se segurou bem até o apito final do brasileiro Raphael Claus para comemorar o 4º título em três anos: duas Copas América, uma Copa do Mundo e uma Finalíssima no ciclo 2021-2024.
Esse foi o 16º troféu de Copa América conquistado pela Argentina na história. Agora, a Albiceleste é a maior campeã de todos os tempos de forma isolada.
Antes da final deste domingo, a equipe porteña estava empatada em 15títulos com o Uruguai, mas agora lidera o ranking sozinha.
A Colômbia, por sua vez, segue com apenas uma taça, conquistada em 2001.
Presidente defendeu a necessidade de ‘baixar a temperatura’ na política americana
O presidente americano Joe Biden disse que a violência não pode ser normalizada nosEstados Unidos e defendeu a necessidade de “baixar a temperatura” na política americana. O democrata fez um discurso, que apela à união nacional, do Salão Oval da Casa Branca na noite deste domingo, 14, em resposta ao atentado contra o seu adversário Donald Trump.
“O ataque de ontem no comício de Donald Trump na Pensilvânia exige que todos nós demos um passo atrás”, disse o democrata em breve discurso, que durou cerca de seis minutos. “Um ex-presidente foi baleado. Um cidadão americano foi morto. Não podemos seguir esse caminho. A violência não pode ser a resposta”, enfatizou, estendendo suas condolências a Corey Comperator, apoiador de Trump morto no comício.
“Não há lugar nos Estados Unidos para esse tipo de violência. Qualquer tipo de violência. Ponto final. Sem exceções. Não podemos permitir que essa violência seja normalizada”, disse, citando atos recentes de violência política nos Estados Unidos. A lista mencionada por Biden incluiu oataque a Paul Pelosi, marido da líder democrata Nancy Pelosi, a invasão do Capitólio por apoiadores de Donald Trump até a tentativa de assassinato contra o próprio Trump.
O presidente reafirmou sua convicção de que o resultado dessas eleições vai redefinir a história dos Estados Unidos — retórica que alguns republicanos culparam pelo atentado a Trump. “Não importa quão fortes sejam nossas convicções, nunca devemos recorrer à violência”, ponderou.
Biden disse que as discordâncias fazem parte da democracia, apontando que provavelmente seu governo será alvo de críticas na Convenção Nacional do Partido Republicano esta semana e que ele próprio vai seguir defendendo a sua visão de país. “Vá para ação nas urnas. Sem violência nas nossas ruas. É assim que a democracia deve funcionar”, disse Biden. “Nos Estados Unidos, resolvemos nossas diferenças nas urnas. Nas urnas. Não com balas”.
Joe Biden se solidarizou com Donald Trump logo após o atentadoe falou por telefone com o líder republicano na noite de sábado. Ele pediu uma “revisão independente” das medidas adotadas pelo Serviço Secreto tanto antes como depois da tentativa de assassinato e ordenou que a segurança seja reforçada para a Convenção Nacional do Partido Republicano, que começa nesta segunda-feira.
Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal Estado de São Paulo, Estadão