segunda-feira, 15 de julho de 2024

Uma em cada 6 mulheres que morrem de câncer de mama no Brasil tem menos de 50 anos, revela estudo

 Rastreamento da doença deve ser feito precocemente, a partir dos 40 anos

De acordo com um estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF), uma em cada seis mortes por câncer de mama acontece em mulheres com menos de 50 anos. A descoberta destaca a importância de iniciar o rastreamento da doença a partir dos 40 anos, como preconizam as sociedades médicas brasileiras e não a partir dos 50, como recomenda o Ministério da Saúde.


O estudo, apresentado durante o Congresso Brasileiro de Câncer na Mulher, realizado no Rio de Janeiro nos dias 5 e 6 de julho e organizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), analisou a distribuição da mortalidade por câncer de mama por faixa etária, entre 2012 e 2022, com base no Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, do Ministério da Saúde.


Os autores observaram que nesse período houve um aumento de 40,8% no número absoluto de óbitos por câncer de mama. Em 2012, foram registradas 13.746 mortes, já em 2022, foram 19.363. A análise por faixa etária mostrou que a maioria das mortes ainda acontece nas mulheres acima dos 50 anos, que representam 77,2% das vítimas. Essa é a idade que o Ministério da Saúde recomenda o início do rastreio por meio da mamografia.


No entanto, a faixa de 40 a 49 anos, para a qual não está indicado o rastreio mamográfico nas diretrizes do Ministério da Saúde, corresponde, em média, a expressivos 15,61% dos óbitos totais dos anos de 2012 a 2022, o que corresponde a uma em cada seis mortes por câncer de mama.


De acordo com os pesquisadores os números destacam a importância de reduzir a idade para início do rastreamento do câncer de mama.


— A gente tem um número bastante expressivo de mulheres que começam a ter o câncer de mama na idade que as entidades preconizam o início do rastreio, que é a partir dos 40 anos, enquanto o SUS, devido às diretrizes do Ministério da Saúde, preconiza que essa pesquisa seja feita a partir dos 50. Então tem toda uma população negligenciada porque, geralmente, nas redes particulares, os planos de saúde autorizam que essa que essa mamografia seja feita a partir dos 40 anos, mas as mulheres que têm menor renda e dependem do SUS, acabam sendo mais desassistidas e prejudicadas — diz o estudante de Medicina Lucas Gonçalves Carvalho, um dos autores do estudo de iniciação científica pela UFF.


A mamografia de rotina é fundamental para diagnosticar câncer de mama em estágio precoce, quando a doença ainda não causa sintomas e quando há maior probabilidade de cura. Para Carvalho, iniciar o rastreamento aos 40 anos “é uma questão de dar não só dignidade de vida a essas mulheres, como uma chance de vida”.


— Quanto mais cedo essas mulheres são diagnosticadas, melhor é o prognóstico e mais fácil é o tratamento, ou seja, gasta-se menos recursos do sistema de saúde. Então a gente tem só vantagens em rastrear e encontrar essa doença nos estágios iniciais. Porque quanto mais tarde, mais recurso vai gastar do sistema de saúde, pior o prognóstico dessas mulheres e maior o sofrimento porque será um tratamento mais agressivo. Então é importante que esse diagnóstico seja feito o quanto antes — avalia Carvalho.


O aumento dos casos de câncer de mama em mulheres jovens – com menos de 50 anos – não é um fenômeno exclusivo do Brasil. Tanto que, recentemente, a Força-tarefa para Serviços Preventivos dos EUA passou a indicar a mamografia a todas as mulheres com 40 anos ou mais, repetidos a cada dois anos.


Entre os possíveis motivos para o aumento dos casos – e também das mortes – por câncer de mama em mulheres mais jovens, o mastologista Ruffo de Freitas Júnior, diretor da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), cita mudanças no estilo de vida, em especial o adiamento da maternidade.


— Agora é comum as mulheres terem o primeiro filho dos 35 aos 40 e poucos anos e este é um aspecto que aumenta o risco de câncer de mama porque a mama “in natura”, ou seja, sem ter passado pelas mudanças da gravidez e da amamentação, fica mais exposta aos hormônios femininos que são produzidos no ovários. Esse bombardeio mensal dos hormônios naturais produzidos no ovário dessa mulher, faz com que haja aumento do risco — explica o médico.


Outros aspectos citados são o aumento do consumo de bebida alcoólica entre mulheres e o início precoce da reposição hormonal.


— Esses três aspectos estão fazendo com que os tumores de mama possam ocorrer nessa faixa de 40 a 49 anos com mais expressão do que eram há duas décadas atrás — diz Freitas.


Em relação às mulheres mais novas – com menos de 40 anos -, o estudo mostrou que as mortes por câncer de mama também crescem entre essa população, mas de forma menos expressiva, o que não justificaria uma recomendação de rastreio populacional por meio da mamografia.


— São casos mais relacionados a fatores genéticos, de mulheres que têm maior risco de desenvolver câncer de mama por causa de casos na família e, nestes casos, essas mulheres já devem acompanhar e fazer o rastreio de forma mais precoce. Mas os casos de câncer esporádico, que justificam o rastreio populacional, são mais expressivo a partir dos 40 anos — pontua Carvalho.


Além disso, o mastologista, explica que nessa faixa etária, as mulheres têm mamas mais densas, o que prejudica o resultado do exame.


— A mamografia abaixo dos 40 anos não ajuda tanto porque são mamas muito densas, que tem uma quantidade muito grande de tecido glandular e isso interfere. Acaba sendo um exame com muito pouco eficácia para ser feito como rastreio populacional — avalia.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Mesmo perdendo Messi lesionado, Argentina vence Colômbia e se torna maior campeã da Copa América

 A Argentina é bicampeã da Copa América!

Neste domingo (14), a Albiceleste venceu a Colômbia por 1 a 0 na prorrogação, em uma decisão de “sangue, suor e lágrimas” no Hard Rock Stadium, em Miami, e se sagrou bicampeã do torneio sul-americano, defendendo com sucesso o título vencido na edição de 2021.


A partida foi marcada pela lesão do craque Lionel Messi, que levou uma entrada fortíssima do lateral Santiago Arias no 1º tempo e passou vários minutos sofrendo em campo.


Na etapa complementar, ele desabou no gramado aos 18 minutos e pediu para sair, indo para o banco de reservas e chorando muito, enquanto colocava uma bolsa de gelo no tornozelo.


Antes do jogo, houve muita confusão nos arredores do estádio, com os portões sendo fechados várias vezes para impedir a entrada de torcedores sem ingressos.


Com o caos, a partida foi adiada inicicialmente por 30 minutos, mas, com a situação longe de ser controlada, só foi começar depois de uma hora e 20 minutos de atraso.


Os corredores do estádio, por sua vez, ficaram manchados de sangue, fruto da ação da polícia para deter os fãs que ingressaram sem bilhetes.


Depois disso, a final foi até bem jogada na maior parte do tempo, com as duas equipes perdendo ótimas chances no tempo normal. Como o 0 a 0 persistiu, o duelo foi para a prorrogação.


No tempo extra, brilhou a estrela do atacante Lautaro Martínez, que entrou para decidir a parada: aos 6 minutos do 2º tempo, ele recebeu excelente enfiada de bola de Lo Celso e caprichou na finalização.


Depois disso, a equipe comandada por Lionel Scaloni se segurou bem até o apito final do brasileiro Raphael Claus para comemorar o  título em três anos: duas Copas América, uma Copa do Mundo e uma Finalíssima no ciclo 2021-2024.

Esse foi o 16º troféu de Copa América conquistado pela Argentina na história. Agora, a Albiceleste é a maior campeã de todos os tempos de forma isolada.


Antes da final deste domingo, a equipe porteña estava empatada em 15 títulos com o Uruguai, mas agora lidera o ranking sozinha.


A Colômbia, por sua vez, segue com apenas uma taça, conquistada em 2001.


Fonte: Agenda do Poder

‘Resolvemos nossas diferenças nas urnas, não com balas’, diz Biden ao falar à Nação sobre atentado contra Trump

 Presidente defendeu a necessidade de ‘baixar a temperatura’ na política americana

 O presidente americano Joe Biden disse que a violência não pode ser normalizada nos Estados Unidos e defendeu a necessidade de “baixar a temperatura” na política americana. O democrata fez um discurso, que apela à união nacional, do Salão Oval da Casa Branca na noite deste domingo, 14, em resposta ao atentado contra o seu adversário Donald Trump.


“O ataque de ontem no comício de Donald Trump na Pensilvânia exige que todos nós demos um passo atrás”, disse o democrata em breve discurso, que durou cerca de seis minutos. “Um ex-presidente foi baleado. Um cidadão americano foi morto. Não podemos seguir esse caminho. A violência não pode ser a resposta”, enfatizou, estendendo suas condolências a Corey Comperator, apoiador de Trump morto no comício.


“Não há lugar nos Estados Unidos para esse tipo de violência. Qualquer tipo de violência. Ponto final. Sem exceções. Não podemos permitir que essa violência seja normalizada”, disse, citando atos recentes de violência política nos Estados Unidos. A lista mencionada por Biden incluiu o ataque a Paul Pelosi, marido da líder democrata Nancy Pelosi, a invasão do Capitólio por apoiadores de Donald Trump até a tentativa de assassinato contra o próprio Trump.


O presidente reafirmou sua convicção de que o resultado dessas eleições vai redefinir a história dos Estados Unidos — retórica que alguns republicanos culparam pelo atentado a Trump. “Não importa quão fortes sejam nossas convicções, nunca devemos recorrer à violência”, ponderou.


Biden disse que as discordâncias fazem parte da democracia, apontando que provavelmente seu governo será alvo de críticas na Convenção Nacional do Partido Republicano esta semana e que ele próprio vai seguir defendendo a sua visão de país. “Vá para ação nas urnas. Sem violência nas nossas ruas. É assim que a democracia deve funcionar”, disse Biden. “Nos Estados Unidos, resolvemos nossas diferenças nas urnas. Nas urnas. Não com balas”.


Joe Biden se solidarizou com Donald Trump logo após o atentado e falou por telefone com o líder republicano na noite de sábado. Ele pediu uma “revisão independente” das medidas adotadas pelo Serviço Secreto tanto antes como depois da tentativa de assassinato e ordenou que a segurança seja reforçada para a Convenção Nacional do Partido Republicano, que começa nesta segunda-feira.


Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal Estado de São Paulo, Estadão

Senado informa ao STF que deve votar projeto de renegociação da dívida dos estados em agosto

 Pedido de Minas Gerais para prorrogar prazo de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal foi atendido

Em resposta protocolada no domingo, a Advocacia do Senado afirmou que o projeto de renegociação de dívidas de estados, proposta recentemente pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) está em “estágio avançado de discussão da matéria pelos poderes Legislativo e Executivo federal, juntamente com os entes federados”, e que por isso há uma previsão de votação “na primeira quinzena de agosto de 2024”.


O ministro Edson Fachin requisitou informações ao Senado sobre o projeto ao analisar um pedido do governo de Minas Gerais para determinar uma nova prorrogação do seu período de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O prazo atual vence no dia 19 de julho, e o governo estadual mencionou no STF a apresentação do projeto.


Em resposta protocolada no domingo, a Advocacia do Senado afirmou que o projeto de renegociação está em “estágio avançado de discussão da matéria pelos poderes Legislativo e Executivo federal, juntamente com os entes federados”, e que por isso há uma previsão de votação “na primeira quinzena de agosto de 2024”.


O órgão acrescentou que o pedido do governo de Minas deve ser atendido, devido à possibilidade de, com o projeto, ser “resolvida, em caráter definitivo, a situação de endividamento desse Estado perante a União”.


Apesar da declaração do Senado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na sexta-feira que a proposta ainda precisa passar por ajustes. Haddad deve reunir-se com Pacheco para tratar do tema.


Governo é contra pedido


A Advocacia-Geral da União já se posicionou de forma contrária à solicitação, afirmando que a ação se tornou um “salvo conduto para o não pagamento do seu serviço da dívida”.


O relator desse caso é o ministro Nunes Marques, mas Fachin, que é o vice-presidente do STF, está analisando os casos urgentes durante o recesso judiciário.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Justiça Eleitoral traça limites para eleições municipais e já pune uso de inteligência artificial na pré-campanha

 Juízes já aplicaram multas ou determinaram remoção de conteúdos

A Justiça começou a punir o uso irregular de inteligência artificial (IA) na pré-campanha das eleições municipais, em decisões que servem para traçar um limite — até agora inédito — do que poderá ser feito na disputa eleitoral. Juízes de ao menos quatro tribunais regionais eleitorais já aplicaram multas ou determinaram a remoção de conteúdos, a maioria dos casos por uso de deepfakes, quando imagens ou áudios são manipulados para inventar declarações ou situações.


As decisões seguem o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que aprovou regras para o uso da IA — a resolução afirma que a utilização deve ser identificada e proíbe qualquer uso de deepfake. O tema é uma das prioridades da gestão da presidente da Corte, Cármen Lúcia. Mas ainda há divergências sobre a forma de lidar com esses conteúdos.


Em Guarulhos, o prefeito Guti (PSD) foi multado em R$ 5 mil pelo TRE-SP, por ter publicado um vídeo que contou com IA. A postagem mostrava o prefeito numa multidão gerada artificialmente, e dizia que aquele foi “o dia que tiramos o PT do poder”. O partido acionou a Justiça Eleitoral.


Ao aplicar a punição, o juiz Gilberto Costa ressaltou que é de “conhecimento público a preocupação” do TSE com o uso da IA. “A manipulação da imagem por inteligência artificial no vídeo postado é evidente ante as falhas de imagem características do uso desta ferramenta. Todavia, não existe informação explícita e destacada de que o conteúdo foi manipulado nem da tecnologia utilizada”, escreveu.


A defesa de Guti não negou o uso de IA, mas alegou que não se tratava de propaganda eleitoral, porque não houve pedido de voto. O prefeito já foi reeleito e não pode disputar a eleição deste ano.


Em Pernambuco, a Justiça Eleitoral determinou a derrubada de um perfil no Instagram que havia publicado deepfake com uma notícia falsa sobre o prefeito de Agrestina, Josué Mendes (PSB). O vídeo usava uma imagem adulterada do editor e apresentador do Jornal Nacional, da TV Globo, William Bonner.


Em Costa Rica (MS), o empresário e pré-candidato Waldeli Rosa (MDB) foi multado em R$ 10 mil por um vídeo manipulado do atual prefeito, Cleverson Alves (PP). Um áudio comparando a população a cachorros foi colocado num vídeo do prefeito divulgado num grupo de WhatsApp. A publicação foi de um funcionário da empresa de Rosa, e ele faz parte do grupo.


Para a juíza Laísa Marcolini, foi um “caso típico de malversação da tecnologia mediante deepfake, ou seja, sobreposição de voz em vídeo (…), com potencial claro de confundir e induzir em erro”.


Advogado de Rosa, Marcio Rodrigues, contesta a classificação de deepfake, argumentando que o conteúdo não foi inventado:

— Se qualquer tipo de alteração que se faça com áudio e vídeo for classificado como falsidade total, nada pode ser alterado mais.


Uma divergência de interpretação também fez o juiz Paulo Sorci rejeitar uma ação do MDB contra a deputada Tabata Amaral (PSB-SP), por um vídeo em que o rosto do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, aparece no corpo do personagem Ken, do filme “Barbie”. Sorci considerou que não houve deepfake, nem propaganda eleitoral antecipada negativa.


Elder Maia Goltzman, da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político, diz que a Justiça Eleitoral está preparada para lidar com a IA, mas ressalta que a tecnologia está “sempre um passo à frente”.


— Assim como no combate à desinformação, estamos tendo que trocar a roda com o carro andando. As coisas se alteraram de maneira muito abrupta. A qualquer momento pode ser que tenha uma alteração de cenário brusca.


A primeira decisão judicial de repercussão envolvendo IA na campanha ocorreu em janeiro, no Paraná. A Justiça determinou que o WhatsApp impedisse o compartilhamento de áudio falso do pré-candidato Silvio Barros (PP) em que ele aparecia elogiando o atual prefeito, seu adversário.


Após a primeira decisão, o andamento da ação foi interrompido porque outra investigação sobre o caso, de caráter criminal, está em curso. Em paralelo, o WhatsApp informou à Justiça que não encontrou o conteúdo. A empresa ressalta, no entanto, que isso diz respeito só ao conteúdo original, e eventuais compartilhamentos criariam novos códigos de identificação.


Segundo o advogado de Barros, Diego Campos, a situação mostra a dificuldade de combater a desinformação dentro de aplicativos de mensagens.


— Os maiores problemas são WhatsApp, Telegram, mensagens instantâneas, que têm talvez até maior alcance que outras redes sociais. Não temos encontrado meios, e o caso do Silvio é um exemplo, de fazer com que o WhatsApp consiga fazer esse bloqueio de compartilhamento.


Um dos primeiros casos de deepfake na política brasileira levou a uma investigação criminal. Em fevereiro, a Polícia Federal fez uma operação para identificar os envolvidos na criação e divulgação de um áudio falso do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante). A apuração continua.


Enquanto isso, o projeto de lei que regulamenta a IA no Brasil teve a tramitação dificultada no Senado. A votação, que prevê que as plataformas remunerem os produtores de conteúdo por direitos autorais, estava prevista para a semana passada na comissão especial que trata do tema, mas foi adiada sem nova data.


Se antes a intenção era analisar a proposta antes do recesso parlamentar, o presidente do colegiado, senador Carlos Viana (Podemos-MG), agora diz que a votação pode ficar para depois das eleições.


O texto não envolve as eleições. Por isso, o relator, Eduardo Gomes (PL-TO), diz que não há prejuízo:


— O TSE tem ficado completamente ligado neste assunto. Nós estivemos com a ministra Cármen Lúcia falando sobre o assunto. Há um grupo de regulamentação, há um grupo acompanhando. O que nós não podemos é tentar acelerar uma votação que não vai ter efeito direto.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Com Trump já presente, começa nesta segunda-feira Convenção Nacional Republicana nos EUA

 Ex-presidente chegou neste domingo (14), a bordo do seu jato privado Trump Force One

Com medidas de segurança reforçadas, a Convenção Nacional Republicana terá início nesta segunda-feira (15), na cidade americana de Milwaukee, onde os quase 2.400 delegados presentes certificarão a candidatura presidencial de Donald Trump em 2024.


O ex-presidente chegou no domingo a bordo do seu jato privado Trump Force One naquela cidade do estado de Wisconsin (Centro-Oeste), 24 horas depois de um suposto atentado, quando discursava num comício de campanha em Butler, Pensilvânia.


Conforme explicou o ex-presidente inicialmente planejava adiar a sua viagem à Convenção, mas mudou de ideia .


A nomeação tem entre suas expectativas o anúncio de Trump sobre quem será seu vice-presidente.


Sua orelha direita ensanguentada e punho erguido na cena de caos que ocorreu em Butler serviram para apagar da memória coletiva tudo, desde a ficha criminal de Trump em uma prisão na Geórgia até o julgamento criminal em Nova York – o primeiro de um ex-presidente dos Estados Unidos. Estados Unidos – onde foi condenado por 34 crimes graves.


Durante a reunião de quatro dias, será aprovada uma plataforma e anunciada oficialmente a chapa que concorrerá nas eleições.


A pequena lista de candidatos para completar a chapa de Trump inclui Doug Burgum, governador de Dakota do Norte, bem como os senadores Marco Rubio (Flórida) e JD Vance (Ohio).


No entanto, há observadores que alertam que, sendo o ex-presidente imprevisível, não seria surpreendente se ele tirasse uma figura da cartola contra todas as probabilidades.


Na Convenção falarão sobre economia: “Vamos tornar a América rica novamente” (segunda-feira); imigração e crime: “Vamos tornar a América segura novamente” (terça-feira), segurança nacional: “Vamos tornar a América forte novamente” (quarta-feira) e quinta-feira, último dia, encerrará com o discurso de Trump: “Vamos tornar a América grande novamente”. América de novo.”


Em relação ao comparecimento, são esperadas mais de 50 mil pessoas, entre delegados, ativistas, doadores e numerosos meios de comunicação.


Por sua vez, a Convenção Nacional Democrata será de 19 a 22 de agosto. O presidente Joe Biden enfrenta atualmente apelos crescentes para abandonar a candidatura, após o seu fraco desempenho no debate presidencial com Trump em 27 de junho.


Os analistas antecipam que este ano a chave da Casa Branca será concedida a quem vencer em Nevada, Wisconsin, Michigan, Arizona, Pensilvânia, Geórgia e Carolina do Norte, os chamados estados-chave.


Fonte: Agenda do Poder com informações da agência de notícias Prensa Latina e do portal Brasil 247

Atentado a Trump: aliados de Lula temem fortalecimento da direita, e bolsonaristas exploram ataque a ex-presidente dos EUA

 O governo brasileiro crê que aumentará a pressão sobre o democrata Joe Biden, favorecendo a candidatura republicana

Aliados do presidente Lula (PT) temem que o atentado contra do ex-presidente dos EUA Donald Trump, ocorrido no sábado (13), fortaleça o discurso de perseguição à direita e beneficie o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que também sofreu um atentado durante a campanha presidencial de 2018. O governo brasileiro também acredita que o episódio possa aumentar a pressão sobre o democrata Joe Biden, favorecendo a candidatura republicana nos Estados Unidos.


Lula, que já expressou apoio a Biden, preocupa-se com o impacto que uma vitória do adversário teria. A comparação entre os ataques a Trump e Bolsonaro foi feita por aliados do ex-presidente brasileiro, incluindo seu filho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Bolsonaro declarou que atentados são direcionados a “pessoas de bem e conservadores”, ignorando outros episódios de violência política.


Dúvidas sobre influência nas eleições municipais no Brasil


O atentado contra Trump ocorre em um momento delicado para Bolsonaro, que enfrenta investigações judiciais e reveses no cenário político. Apesar das comparações, aliados de Lula afirmam que o impacto do episódio na campanha americana ainda é incerto e que no Brasil as eleições municipais de outubro não devem ser influenciadas pelo atentado.


O senador Humberto Costa (PT-PE) destaca que Lula manterá sua participação na campanha, embora com maior preocupação com a segurança. O presidente do PP, Ciro Nogueira, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também minimizam o impacto do atentado nas eleições brasileiras.


“Na verdade acho que haverá mais cuidados ainda [com a segurança]. Mas não creio que ele vá mudar de ideia em participar da campanha. Inclusive, ele já vai para a convenção do Boulos,”, afirma Costa, referindo-se à participação de Lula na campanha do candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo.

“Não acho que tenha impacto [no pleito brasileiro], já vamos ter uma vitória histórica”, diz Ciro.


Líderes políticos, como o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), condenaram o ato de violência contra Trump e enfatizaram a importância da convivência pacífica e democrática.


Integrantes do governo Lula, incluindo a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), e o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), também repudiaram o ataque, destacando que a violência política prejudica a democracia.


Por outro lado, aliados de Bolsonaro utilizam o ataque a Trump para reforçar a tese de perseguição a líderes conservadores, lembrando a facada sofrida pelo ex-presidente em 2018. Jair Renan, filho de Bolsonaro, e o senador Flávio Bolsonaro, destacaram nas redes sociais que a história se repete e que líderes de direita são alvos de atentados por motivos políticos.


Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S.Paulo