sábado, 13 de julho de 2024

30 anos de arquivos: governo Bolsonaro apagou estudos que previam intensas chuvas no RS


O ex-presidente Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

 Sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL), o Ministério do Meio Ambiente retirou do ar documentos públicos de quase três décadas, incluindo um estudo de 2015 que previu intensas chuvas no Sul do país e outras tragédias climáticas. Os dados foram confirmados pelo próprio ministério, que mencionou que alguns arquivos ainda não foram recuperados, segundo servidores da pasta. As informações são do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.

Através da Lei de Acesso à Informação, foi solicitado ao ministério o envio de documentos relacionados ao Plano Brasil 2040, coordenado pela Presidência da República entre 2013 e 2015, durante o governo Dilma Rousseff. A solicitação incluía o processo completo de preparação do estudo, notas técnicas, detalhes de reuniões e pareceres sobre o projeto. O Plano Brasil 2040 previu aumento das chuvas no Sul, secas no Nordeste e falta de água no Sudeste.

No mês passado, o Meio Ambiente respondeu que esses arquivos “ficaram extraviados” entre 2019 e 2022, durante o governo do ex-presidente, quando o site da pasta foi transferido de endereço. A pasta informou que conseguiu reaver o material “recentemente”.

O apagão de dados públicos foi além do Plano Brasil 2040. Funcionários do ministério, que preferiram não se identificar, relataram que diversos documentos desde a fundação do ministério, em 1992, também foram perdidos. Entre esses documentos estavam informações sobre áreas protegidas por leis ambientais, legislações do setor e pesquisas que embasam políticas públicas e estudos acadêmicos.

Servidores mencionaram que os documentos mais importantes estão sendo recuperados no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas ainda há materiais que permanecem inacessíveis devido a dificuldades técnicas, que, por sua vez, incluem informações críticas para a continuidade de políticas ambientais e estudos científicos.

Jair Bolsonaro e o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles – Foto: ReproduçãO

Procurado para comentar sobre o ocorrido, o deputado Ricardo Salles, que foi ministro do Meio Ambiente durante a maior parte do governo Bolsonaro, afirmou desconhecer o assunto.

Fonte: DCM com informações do Metrópoles


O temor do clã Bolsonaro com novas gravações feitas por Ramagem


Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem. Foto: reprodução

 Entre os aliados e a família Bolsonaro, cresce o temor sobre a possível existência de outras gravações feitas por Alexandre Ramagem, ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), além da gravação revelada na última quinta-feira e incluída nas investigações da Polícia Federal (PF), conforme informações do colunista Lauro Jardim, do Globo.

Bolsonaro ficou extremamente irritado ao descobrir que foi gravado e pelo fato de Ramagem ter mantido o arquivo em seu computador. Tanto o ex-capitão quanto o senador Flávio Bolsonaro afirmaram que Ramagem continua como candidato à prefeitura do Rio, mas é consenso na campanha que a relação de confiança foi abalada.

Vale destacar que a PF suspeita que Ramagem tenha realizado outras gravações durante seu tempo como chefe da Abin. Os investigadores estão analisando minuciosamente todos os arquivos do computador de Ramagem, onde o primeiro áudio foi encontrado.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Brasil é o pior em identificar fake news na internet, aponta estudo

Fake news. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

 O Brasil está em último lugar em um ranking que avalia a capacidade de identificar conteúdos falsos na internet, segundo o estudo “Questionário da Verdade” publicado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A pesquisa, realizada com 40 mil pessoas em 21 países, apontou que 85% dos brasileiros costumam se informar através das redes sociais.

Conforme a OCDE, a percepção geral do estudo indicou que 60% dos participantes conseguem distinguir informações verdadeiras de notícias falsas.

O estudo também mostrou que 71% dos entrevistados consideram a sátira como a linguagem mais fácil de ser identificada como notícia falsa. No Brasil, apenas 57% dos brasileiros conseguem identificar a sátira como mentira.

Conforme a OCDE, a percepção geral do estudo indicou que 60% dos participantes conseguem distinguir informações verdadeiras de notícias falsas.

O estudo também mostrou que 71% dos entrevistados consideram a sátira como a linguagem mais fácil de ser identificada como notícia falsa. No Brasil, apenas 57% dos brasileiros conseguem identificar a sátira como mentira.

Fonte: DCM

“Páginas amarelas da vergonha”, diz Gleisi, sobre entrevista de Moro a Veja

 

Presidente do PT criticou o espaço dado pela revista ao ex-juiz suspeito para que ele atacasse o presidente Lula e defendesse Bolsonaro, iniciado como ladrão de joias

Sérgio Moro e Gleisi Hoffmann (Foto: Reprodução)

Por Gleisi Hoffmann, no X - “A @VEJA fez 13 perguntas a Sergio Moro; nenhuma delas sobre sua suspeição e parcialidade para condenar Lula sem provas e fora da lei. Nada sobre os crimes da Lava Jato que estão em pauta no CNJ e no CNMP. Nada sobre a liberação de posse e porte de armas quando ele foi ministro da Justiça de Bolsonaro, armas que foram parar nas mãos do crime organizado. Aliás, nada sobre a atuação de Moro nas eleições de 2018 e na campanha do inelegível em 2022. Todo o espaço para ele voltar a atacar Lula, com as acusações falsas, anuladas pelo STF, e passar pano para o inelegível indiciado pelo roubo de joias. Realmente, páginas amarelas... de vergonha”.


Saiba mais - A revista Veja abriu espaço para Sergio Moro defender Jair Bolsonaro e atacar o presidente Lula, além do ministro Alexandre de Moraes. O ex-juiz considerado suspeito pelo STF concedeu entrevista ao folhetim atacando a atuação do ministro Alexandre de Moraes na condução do inquérito que apura atos antidemocráticos, “aconselha” o STF a “baixar a bola”. Ele ainda saiu em defesa de Bolsonaro ao criticar a Polícia Federal por ter indiciado o ex-presidente “prematuramente”.

Moro ainda reforça uma fake news divulgada por ele em suas redes de que Lula teria ficado com presentes destinados ao acervo da presidência da república. A comparação é leviana, como destacou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, em suas redes, nesta semana: “diferentemente de Bolsonaro, Lula não se apropriou nem vendeu joias que recebeu como chefe de Estado e que pertencem ao povo. Não tem nada de similar entre as duas situações. Bolsonaro foi investigado pela Polícia Federal dentro da lei, com direito de defesa e seguindo o devido processo legal. A Lava Jato de Moro fez espionagem ilegal, vazou para a imprensa acusações falsas sobre um crucifixo (que não era obra de Aleijadinho) e fez de tudo para indiciar Lula, só que ele tinha tudo documentado e não levou nada escondido pra casa nem pra Miami. Não compare o incomparável, Moro. Você já se desmoralizou o bastante”. 

Fonte: Brasil 247

Mesmo na mira da “Abin paralela”, Lira se cala por fidelidade a Bolsonaro

 

O silêncio de Lira, que deixará o comando da Câmara em fevereiro de 2025, chamou a atenção de outros políticos

Arthur Lira (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mantém silêncio sobre o  escândalo da Abin paralela há mais de 24 horas, mesmo sendo um dos espionados pela gestão anterior de Jair Bolsonaro.

“O silêncio de Lira, que deixará o comando da Câmara em fevereiro de 2025, chamou a atenção de outros políticos, de investigadores e até de membros do Poder Judiciário em Brasília. Lira mantém uma relação próxima com parlamentares bolsonaristas e com o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem espera contar com o apoio para eleger um aliado como sucessor no comando da Câmara”, indica o jornalista Igor Gadelha, em sua coluna no Metrópoles.

"O deputado também espera quer contar com apoio dos bolsonaristas nas eleições de 2026, quando quer concorrer ao Senado por Alagoas", acrescenta.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Modelo Yasmin Dominguez morre aos 19 anos, apontada como um talento promissor no meio da moda

 

Ela era representada pela 40º Models, tendo sido fotografada por grandes nomes como Fernando Torquato

(Foto: Reprodução)

A modelo Yasmin Dominguez faleceu nesta sexta-feira (12), no Rio de Janeiro. Ela tinha apenas 19 anos e  foi encontrada morta, na manhã desta sexta-feira. A polícia investiga a causa.

De acordo com apuração do Metrópoles, Yasmin jantou com a família em casa, na noite da última quinta-feira (11) e, antes de se recolher, por volta da meia-noite, pediu aos pais que a acordassem cedo nesta sexta-feira.

Ela era representada pela 40º Models, tendo sido fotografada por grandes nomes como Fernando Torquato. 

Fonte: Brasil 247


Lewandowski diz que críticas à PEC da Segurança Pública são extemporâneas

 

Atualmente, a PEC está sendo analisada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Ricardo Lewandowski (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, declarou nesta sexta-feira (12), em entrevista ao CNN 360°, que as críticas à proposta de emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública surgem após o tempo apropriado. Recentemente, duas organizações representativas das Polícias Militar e Civil emitiram um "alerta nacional" sobre a medida, alegando que a PEC "traz instabilidade institucional".

“Em primeiro lugar, eu acho que é um pouco até extemporânea essa crítica, porque, na verdade, o Sistema Único de Segurança Pública [Susp] ele já existe desde 2018 por lei ordinária. É uma lei ordinária que foi concebida pelo então ministro da segurança pública [Raul] Jungmann, e ainda sobre o governo [Michel] Temer, que teve o escopo exatamente de integrar as várias polícias que existem”, disse o ministro.

A PEC da Segurança Pública, elaborada por Lewandowski, atribui à União a responsabilidade de coordenar o Sistema Único de Segurança Pública (Susp), criado em 2018, mas não implementado efetivamente até o momento.

“Nós queremos fazer com que o Sistema Único de Segurança Pública, a semelhança do Sistema Único de Saúde e também do Sistema de Educação Nacional conste da Constituição para que se defina com bastante clareza qual é o papel das diferentes forças de segurança nos três níveis político-administrativo da federação, para que isso fique explícito e para que haja exatamente uma melhor cooperação e integração no combate, sobretudo, às organizações criminosas que agem nacionalmente”, afirmou em entrevista.

Atualmente, a PEC está sendo analisada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após repetidas derrotas no Congresso Nacional e prevendo resistência dos governos estaduais em perder parte da autonomia sobre a política de segurança, Lula planeja convidar governadores para debater a proposta. 

Fonte: Brasil 247 com entrevista concedida ao  CNN 360º

Jandira sobre Abin paralela: 'há provas suficientes para a prisão urgente de todos os envolvidos' (vídeo)

 

De acordo com a parlamentar, "o Brasil corria riscos graves com Bolsonaro na presidência"

Jandira Feghali (Foto: Mário Agra / Agência Câmara)

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) cobrou do Judiciário brasileiro a determinação para que Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados envolvidos no esquema de espionagem ilegal sejam presos. Policiais federais apuram crimes de associação criminosa, interceptação ilegal, invasão de dispositivos eletrônicos, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

"PRISÃO JÁ! O Jornal Nacional detalhou todos os crimes cometidos por Bolsonaro e sua turma envolvendo a Abin paralela e o monitoramento ilegal de autoridades e instituições. O Brasil corria riscos graves com Bolsonaro na presidência. Há provas suficientes para a prisão urgente de todos os envolvidos", escreveu a parlamentar na rede social X.
As investigações da Polícia Federal apontaram que membros dos poderes Legislativo, Executivo e ministro do Supremo Tribunal Federal foram espionados ilegalmente. Agentes da PF apuram se existe conexão entre o monitoramento ilegal de opositores do governo Bolsonaro e o plano golpista que envolveu políticos bolsonaristas.

Fonte: Brasil 247

Wellington Dias diz que de mais de 100 países devem aderir à aliança global contra a fome

 

Iniciativa global é liderada pelo governo do presidente Lula

Wellington Dias 20/10/2023 (Foto: João Risi/Audiovisual/PR)

BRASÍLIA (Reuters) – Negociações feitas pelo governo brasileiro mostram que a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma bandeira do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no ano em que o Brasil preside o G20, pode ter a adesão de mais de 100 países em seu lançamento, disse o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.

Em entrevista à Reuters, Dias destacou que a forte redução dos índices de insegurança alimentar e pobreza alcançada pelo Brasil em 2023, primeiro ano do terceiro mandato de Lula, devem reforçar as credenciais do Brasil na liderança da iniciativa, para a qual já espera ver apoio contundente durante encontro de ministros do grupo das 20 nações mais ricas do mundo no fim deste mês, no Rio de Janeiro.

Embora o lançamento oficial da aliança global esteja previsto para novembro, quando o Brasil anunciará as entregas do G20 à frente da presidência rotativa do grupo, Dias afirmou que as arestas em relação aos textos do acordo foram integralmente aparadas. Com isso, o governo prevê já em julho contar com vários países anunciado endosso à iniciativa.

“Nós estamos trabalhando numa fotografia de países com a sua declaração, seu compromisso assinado”, disse Dias na quinta-feira. “E eu acho que é possível a gente chegar, já em novembro, com mais de 100 países já com a adesão”, afirmou.
“A Ucrânia está em guerra, a Rússia está em guerra. Os dois países já declararam que querem participar da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Então, eu cito aqui situações como essa para que a gente possa compreender o ambiente favorável que temos no mundo.”

A ideia da aliança é oferecer uma cesta de experiências já postas em prática, estabelecendo mecanismos para direcionamento de recursos financeiros e compartilhamento de conhecimento técnico entre países, mirando que todas as nações estejam fora do Mapa da Fome até 2030, de acordo com os critérios da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês).

Após ter conseguido o feito em 2014 -- que é caracterizado por um índice de subnutrição da população abaixo de 2,5% por três anos seguidos – o Brasil o perdeu em 2021, quando esse indicador avançou para 4,1%, e viu a situação piorar em 2022, quando subiu a 4,7%.

Segundo Dias, o relatório da FAO sobre o ano passado que será publicado este mês deverá refletir uma melhora no índice do Brasil, já que dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que o número de pessoas que enfrentavam insegurança alimentar grave no país caiu para 8,7 milhões, de 33,1 milhões em 2022.

“Se a gente não chegou em 2023 a 2,5%, a gente está batendo na trave, na linguagem do futebol brasileiro, a gente andou muito perto de fazer o primeiro gol, de ter o primeiro resultado técnico”, disse Dias.

“É provável que o Brasil seja um dos países com uma das maiores, se não a maior redução na insegurança alimentar na proporção da população, e também da extrema pobreza e da pobreza,” acrescentou o ministro, pontuando que isso dá a Lula autoridade para dialogar com outros países em busca desse propósito.

A expectativa do governo é chegar a 2026, último ano do mandato do presidente, com o Brasil novamente fora do Mapa da Fome, afirmou Dias.

O ministro atribuiu a expressiva melhora nos dados brasileiros a um crescimento econômico muito acima do inicialmente estimado pelo mercado, que foi acompanhado por geração de empregos e também por expansão da renda, notadamente entre os mais pobres, em meio ao primeiro ano de operação do novo Bolsa Família após a volta de Lula ao poder.

Os dados apresentados por Dias serão levados, na semana que vem, a reuniões da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, onde ele participará de eventos sobre combate à fome e à pobreza. O ministro afirmou que aproveitará a ocasião para reforçar o convite para que os países integrem a aliança.

Após incrementos que vieram na esteira da pandemia, o tradicional programa de transferência de renda, considerado uma marca das administrações petistas, viu seu orçamento crescer de maneira permanente após Lula tomar posse, em atendimento a uma promessa de campanha que havia sido feita tanto pelo líder de esquerda quanto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem ganhou as eleições por estreita margem.

Com benefício médio de 686 reais por família e orçamento de 168,6 bilhões de reais neste ano, o Bolsa Família passou a responder por cerca de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 0,5% do PIB dez anos antes.

PENTE-FINO
À frente de um ministério que coordena a maior parte dos 46 programas sociais do governo, com destaque para o Bolsa Família, Dias afirmou que a pasta colabora com a revisão de gastos prometida pelo Ministério da Fazenda por meio da busca por fraudes, mas reconheceu que as atualizações de cadastros de beneficiários feitas desde o início do governo já alcançaram cerca de 95% do potencial.

“Ainda falta, mas é um saldo muito menor”, afirmou, ao ressaltar que a redução de quase 26 bilhões de reais em gastos com programas sociais e Previdência anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, leva em conta investigações já em andamento sobre irregularidades nas concessões de benefícios.

De acordo com o ministro, a economia de verbas também virá da chamada porta de saída de benefícios sociais, em meio ao cenário de surpresas positivas no crescimento econômico e dados de emprego melhores que o esperado.

Números de julho apresentados pelo ministro mostram que 6 milhões de beneficiários do Bolsa Família estão com a carteira de trabalho assinada, entrando na regra de transição que permite a continuidade do pagamento do benefício enquanto a renda familiar per capta não supera meio salário mínimo.

Segundo ele, atualmente, 3 milhões de famílias estão com renda per capita de 218 a 706 reais, o que permite o pagamento de 50% do Bolsa Família, enquanto 384 mil apresentaram incremento de renda e passaram a receber acima de meio salário mínimo per capita, suficiente para não mais dependerem do benefício.

Dados do ministério mostram que o governo economiza 8,4 bilhões de reais por ano para cada 1 milhão de pessoas que saem do Bolsa Família, seja pela iniciativa de combate a fraudes ou por incremento de renda. No total, o programa tem cerca de 21 milhões de famílias beneficiárias.

“Nós temos que comemorar todo mês. Do ano passado para cá, já estamos somando 3,9 milhões de pessoas que saíram da pobreza”, disse, ponderando que o programa também registra entrada de novas famílias, inclusive por meio de busca ativa do governo.

“Ainda não trouxemos todas as famílias, ainda estamos buscando as que faltam”, ressaltou.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Reforma tributária é um grande salto antipatrimonialista, afirma Fernando Haddad

 

Ele destacou o desafio de conduzir essa reforma em um contexto onde grupos de interesse historicamente influenciam o estado brasileiro

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que a reforma tributária representará um importante passo contra o patrimonialismo no Brasil. A afirmação foi feita durante o 19° Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo organizado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), ocorrido em São Paulo, no dia 12 de julho de 2024.

Segundo Haddad, o governo trabalha em três frentes para reduzir as alíquotas tributárias: eliminar exceções, combater a sonegação fiscal e aumentar os impostos sobre a renda. Ele destacou o desafio de conduzir essa reforma em um contexto onde grupos de interesse historicamente influenciam o estado brasileiro. A reforma agora segue para discussão e votação no Senado, após receber emendas da Câmara dos Deputados que incluíram diversas exceções ao texto original.

Durante a mesma ocasião, Haddad discutiu o equilíbrio fiscal e a recuperação econômica pós-pandemia, enfatizando a necessidade de contenção fiscal para reduzir as taxas de juros e promover o investimento privado. Ele mencionou também o recente ajuste na previsão de crescimento do Brasil pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que elevou a estimativa de crescimento de médio prazo de 2% para 2,5% ao ano.

O congresso, que acontece de 11 a 14 de julho, reúne jornalistas e especialistas para debater temas relevantes ao jornalismo investigativo no campus da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

Entenda o que é o patrimonialismo

O patrimonialismo é um conceito sociológico e político que se refere a uma forma de organização política em que o poder é exercido de maneira pessoal e centralizada por um líder, e os recursos do Estado são tratados como propriedade privada desse líder e de seu círculo de apoiadores. Neste sistema, a distinção entre o que é público e o que é privado é confusa ou inexistente. Isso significa que as instituições do Estado, em vez de funcionarem de maneira impessoal e a serviço da população, operam em benefício do líder e de seus aliados, que utilizam os recursos e a autoridade do Estado para fins pessoais e privados.

O patrimonialismo é caracterizado por várias práticas, como nepotismo, onde há o favorecimento de parentes e amigos na nomeação para cargos públicos e na distribuição de benefícios estatais; clientelismo, que envolve a concessão de favores e benefícios a indivíduos ou grupos em troca de apoio político; corrupção, marcada pelo uso de recursos públicos para ganho pessoal, seja por meio de desvio de verbas, subornos ou outras formas de enriquecimento ilícito; e centralização do poder, com a concentração de poder nas mãos de um líder ou de um pequeno grupo, com pouca ou nenhuma responsabilização ou transparência.

O conceito de patrimonialismo foi amplamente discutido pelo sociólogo alemão Max Weber, que o diferenciou de outras formas de dominação, como a dominação legal-racional, que se baseia em normas impessoais e burocráticas, e a dominação tradicional, que se baseia em costumes e tradições.

Conheça o papel de Raymundo Faoro na difusão deste conceito no Brasil

Raymundo Faoro foi um influente jurista, sociólogo e escritor brasileiro, que desempenhou um papel crucial na difusão do conceito de patrimonialismo no Brasil. Sua obra mais conhecida, "Os Donos do Poder: Formação do Patronato Político Brasileiro", publicada em 1958, é um estudo aprofundado sobre a formação histórica e a estrutura do poder no Brasil, desde a colonização até o século XX.

Faoro adaptou e expandiu as ideias de Max Weber sobre patrimonialismo para o contexto brasileiro, argumentando que o patrimonialismo era uma característica central da formação do Estado e da sociedade brasileira. Segundo ele, desde o período colonial, as elites brasileiras trataram o Estado como uma extensão de seus interesses privados, utilizando os recursos e a autoridade do poder público para benefício pessoal e de seus grupos de apoio.

Ele destacou como o sistema patrimonialista brasileiro se perpetuou ao longo dos séculos, moldando a política, a economia e as relações sociais do país. Faoro mostrou que as práticas de nepotismo, clientelismo e corrupção, típicas do patrimonialismo, estavam profundamente enraizadas na cultura política brasileira. Essa análise ajudou a entender a persistência dessas práticas e a dificuldade de promover reformas efetivas para a modernização do Estado e a implementação de uma administração pública impessoal e eficiente.

Fonte: Brasil 247

Veja abre espaço para Moro defender Bolsonaro e atacar Lula e Moraes

 

Moro ainda reforça uma fake news divulgada por ele em suas redes de que Lula teria ficado com presentes destinados ao acervo da presidência

Sergio Moro (Foto: Pedro França / Agência Senado)

A revista Veja abriu espaço para Sergio Moro defender Jair Bolsonaro e atacar o presidente Lula, além do ministro Alexandre de Moraes. O ex-juiz considerado suspeito pelo STF concedeu entrevista ao folhetim atacando a atuação do ministro Alexandre de Moraes na condução do inquérito que apura atos antidemocráticos, “aconselha” o STF a “baixar a bola”. Ele ainda saiu em defesa de Bolsonaro ao criticar a Polícia Federal por ter indiciado o ex-presidente “prematuramente”.

Moro ainda reforça uma fake news divulgada por ele em suas redes de que Lula teria ficado com presentes destinados ao acervo da presidência da república. A comparação é leviana, como destacou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, em suas redes, nesta semana: “diferentemente de Bolsonaro, Lula não se apropriou nem vendeu joias que recebeu como chefe de Estado e que pertencem ao povo. Não tem nada de similar entre as duas situações. Bolsonaro foi investigado pela Polícia Federal dentro da lei, com direito de defesa e seguindo o devido processo legal. A Lava Jato de Moro fez espionagem ilegal, vazou para a imprensa acusações falsas sobre um crucifixo (que não era obra de Aleijadinho) e fez de tudo para indiciar Lula, só que ele tinha tudo documentado e não levou nada escondido pra casa nem pra Miami. Não compare o incomparável, Moro. Você já se desmoralizou o bastante”. 

O empresário Tony Garcia, em publicação na rede social X,condenou a postura de Moro:


Fonte: Brasil 247

Pablo Marçal é investigado por tentativa de homicídio

 

A Polícia Civil pediu mais 90 dias para investigar o pré-candidato

Pablo Marçal (Foto: Reprodução (Youtube))

A Polícia Civil pediu mais 90 dias para investigar o pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, (PRTB), por tentativa de homicídio privilegiado, por conta de um episódio ocorrido em 2022. Naquela ocasião, o coach bolsonarista liderou um grupo de 32 pessoas, sem equipamentos e durante um vendaval, em direção ao topo da montanha na Serra da Mantiqueira, colocando as pessoas em risco.

No alto da montanha e isolados, a única saída que restou foi um pedido de resgate que foi feito por agentes, que ficaram enfurecidos com a irresponsabilidade do homem.  “Um ‘coach’ irresponsável fanfarrão coloca 60 pessoas para subir o Pico do Marins debaixo de chuva. Sem conhecimento técnico, sem suporte adequado, sem estrutura, porque, segundo ele, ‘é tudo emocional’. PS: respeito profundamente quem exerce adequadamente a profissão de coach, que definitivamente não é o caso desse indivíduo”, comentou o militar na época.

A Serra dos Marins é uma região montanhosa localizada na Serra da Mantiqueira, entre os estados de São Paulo e Minas Gerais, Brasil. É uma área popular para trekking e montanhismo devido às suas belas paisagens e ao desafio que oferece. No entanto, como qualquer região montanhosa, há vários riscos associados às atividades realizadas nessa área, por isso deve ser orientada por um profissional qualificado, que não foi o caso de Pablo Marçal, que inclusive está proibido pela Justiça de realizar qualquer atividade em montanhas, picos, rios, lagos, mares, ou em locais correlatos que envolva a si ou outras pessoas sem autorização da Polícia Militar, de acordo com O Globo.


Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

PSOL pede a Lira agilidade na instauração de processo contra Ramagem

 

O pedido foi feito através do deputado Tarcísio Motta (PSOL-RJ)

Tarcísio Motta. Foto: divulgação

A bancada da federação PSOL/Rede na Câmara dos Deputados encaminhou ao presidente Arthur Lira (PP-AL), um ofício nesta sexta-feira (12) pedindo celeridade na instauração de um processo disciplinar para apurar a prática de “conduta atentatória ao decoro parlamentar” do deputado Alexandre Ramagem (PL/RJ), investigado no inquérito da “Abin Paralela”. O pedido foi feito através do deputado Tarcísio Motta (PSOL-RJ).  

A bancada do PSOL já havia protocolado, em 12 de abril de 2024, uma representação contra Ramagem, acusando o deputado de práticas incompatíveis com o exercício do mandato parlamentar. 

Ramagem, que atualmente é pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro e ex-diretor da Abin, é apontado, de acordo com a polícia federal, de ter aparelhado a instituição para servir aos interesses do clã Bolsonaro. Um áudio gravado pelo próprio Ramagem, revelou uma reunião secreta com a presença de Bolsonaro e General Heleno tratando de como seria a operação da blindar Flávio Bolsonaro do esquema da rachadinha.

Fonte:  Brasil 247

Haddad classifica como “quadrilha” gestão anterior de Bolsonaro: “temos que lidar até hoje com essa bandidagem”

 

“E vai ser assim, até que nós possamos reconstituir os polos em termos moderados”, identificou o ministro

Fernando Haddad e Jair Bolsonaro (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados | REUTERS/Carla Carniel)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez declarações contundentes sobre a investigação da Polícia Federal contra a organização criminosa comandada por Jair Bolsonaro e seus aliados, que usavam o aparelho do estado como uma espécie de gestapo, como indicou o caso da Abin paralela e ainda surrupiou bens valiosos estimados em 6,8 milhões, que deveriam ser destinados ao acervo da presidência, como indicou também a PF no caso das joias sauditas.

“As últimas investigações dão testemunho de que tipo de quadrilha que estava no poder, e nós temos que lidar hoje com essa bandidagem, e vai ser assim, até que nós possamos reconstituir os polos em termos moderados para que a disputa democrática seja feita, respeitando as regras do jogo”, afirmou o ministro no 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em São Paulo.

De acordo com Metrópoles, nessa mesma entrevista, Haddad argumentou que as instituições brasileiras demonstraram mais força em comparação com as dos Estados Unidos (EUA) frente à extrema direita. Ele ainda destaca que o perigo da “posição extremista” não passou, apesar de “não ter vida longa”. “Historicamente falando, é uma chama que vai se consumir a ela mesma. Porque ela é tal uma explosão de irracionalidade, que ela se consome. O problema é o rastro que ela deixa”, apontou.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Comissão mista do Senado que fiscaliza atividades da Abin Paralela não faz reuniões desde o início de 2024

 Um dos motivos apontados é a permanência na comissão do deputado federal e pré-candidato à Prefeitura do Rio pelo PL, Alexandre Ramagem

A Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI) do Congresso, responsável pelo controle e fiscalização das atividades de inteligência do governo, permaneceu paralisada ao longo deste ano, sem realizar nenhuma reunião. Um dos motivos alegados nos bastidores foi a permanência do deputado federal e pré-candidato à Prefeitura do Rio pelo PL, Alexandre Ramagem, na comissão, em meio às investigações sobre a “Abin paralela” do governo de Jair Bolsonaro.


Ramagem decidiu deixar o colegiado em abril deste ano, após pressões pela sua saída. Ele foi desligado no dia 17 de abril, mas negou qualquer relação entre sua saída e as investigações, afirmando ao jornal que precisava se dedicar à campanha para a prefeitura do Rio ao longo deste ano.


A CCAI é responsável por investigar casos de monitoramento ilegal realizado pela Abin. Investigações da Polícia Federal, reveladas recentemente, mostram que autoridades dos poderes Judiciário e Legislativo foram alvo de monitoramento para obter vantagens políticas, além de um ex-presidenciável e jornalistas. A estrutura também produzia dossiês e disseminava notícias falsas contra adversários, segundo a investigação.


Com a polêmica envolvendo Ramagem e críticas nos bastidores sobre a comissão do Congresso não conseguir acesso a documentos sigilosos solicitados, o grupo ficou paralisado sob a presidência do senador Renan Calheiros (MDB-AL), aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O último encontro realizado foi em 22 de novembro do ano passado, para definir emendas da comissão para o projeto de lei orçamentário de 2024. Os R$ 4,011 milhões aprovados para ações de inteligência e defesa cibernética foram vetados por Lula. Antes disso, a CCAI realizou apenas seis reuniões ao longo de 2023.


O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP), defende uma revisão da atuação da CCAI. Ele criticou a utilização de aparatos do Estado para monitoramento de opositores e destacou a necessidade de mecanismos que garantam a independência da CCAI no monitoramento de instituições como a Abin.


A comissão deu pouca atenção a suspeitas de uso indevido da estrutura da Abin. Dos 11 requerimentos aprovados pelo colegiado ao longo do ano passado, apenas dois tinham relação com o monitoramento ilegal. A maioria dos requerimentos (4) estava relacionada aos atos golpistas de 8 de janeiro. A utilização do FirstMile, um programa que permite o monitoramento de pessoas por meio de dados de celulares, foi abordada em reunião apenas em maio, dois meses após sua revelação, quando o diretor-geral da agência, Luiz Fernando Corrêa, prestou esclarecimentos sobre a compra de aparatos e programas de espionagem.


O senador Esperidião Amin (PP-SC), membro da oposição e da CCAI, criticou a paralisia do colegiado, afirmando que o atual governo não permitiu investigações sobre as omissões das autoridades no dia 8 de janeiro e que as inquirições foram interrompidas.


Dos 513 deputados e 81 senadores, apenas seis de cada Casa podem participar dos trabalhos do colegiado, que se reúne em encontros secretos e recebe documentos sigilosos.


A PF citou a participação de Ramagem na CCAI para pedir seu afastamento do mandato parlamentar. O relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não viu necessidade para a medida, mas deixou aberta a possibilidade caso o deputado “volte a utilizar suas funções para interferir” no curso das investigações.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.