sexta-feira, 12 de julho de 2024

Boulos diz que cumprirá lei e poderá tomar prédios ociosos, criando habitações populares

 “Eu vou resolver o problema da população de rua em São Paulo”, declarou

Durante sabatina realizada pelo UOL e pelo jornal Folha de S.Paulo nesta sexta-feira (12), o deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), afirmou que, se eleito, seguirá rigorosamente a legislação ao lidar com imóveis abandonados na cidade.


Boulos enfatizou que a ocupação de prédios ocorre devido ao descumprimento da lei. “A lei determina que prédios abandonados sejam notificados. Caso não cumpram sua função social, devem pagar IPTU progressivo, e a prefeitura pode intervê-los para criar habitações sociais. É isso que faremos com os prédios abandonados”, explicou, respondendo a questionamentos sobre a possibilidade de invasões durante sua gestão.


O deputado, conhecido por sua ligação com o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), destacou que iniciará essa política com prédios públicos. “A complexidade surge quando o imóvel é privado e requer desapropriação judicial”, disse, mencionando um pedido ao governo federal para levantar informações sobre imóveis abandonados do INSS no centro expandido de São Paulo, estimando que há pelo menos 30 locais nessa situação que poderiam ser reaproveitados.


Boulos também abordou a adaptação dos imóveis para habitação, reconhecendo que alguns podem ser mais adequados para uso comercial. “A maioria pode ser convertida em moradias populares, enquanto outros podem não ser viáveis sem uma reconstrução completa”, explicou. Além disso, o político anunciou planos para apresentar um projeto destinado à criação de coworkings e centros de inovação.


Quanto à sua maior missão caso seja eleito, Boulos enfatizou o compromisso com a garantia de moradia. “Eu vou resolver o problema da população de rua em São Paulo”, declarou.


São Paulo possui uma lei municipal vigente há 14 anos que permite a desapropriação de imóveis ociosos. Segundo dados do Censo 2022, a cidade conta com 588 mil imóveis desocupados e quase 32 mil pessoas em situação de rua. Para ser passível de desapropriação, um imóvel deve estar desocupado por pelo menos cinco anos e ter alcançado o limite máximo de IPTU progressivo, estabelecido em 15%.


Fonte: Agenda do Poder com informações do UOL

Lindbergh protocola requerimento no Ministério da Justiça sobre a Abin Paralela: 'agiu para atender interesses de Bolsonaro'

 

O parlamentar quer saber se a Agência Brasileira de Inteligência teria participado da tentativa de golpe de Estado no Brasil

Lindbergh Farias (mais destaque), Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem e a Abin (Foto: Geraldo Magela / Agência Senado I Carolina Antunes / PR I Reprodução)

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) protocolou nesta sexta-feira (12) um requerimento de informação junto ao Ministério da Justiça (MJ). O parlamentar quer saber se a “Abin Paralela” teria participado da tentativa de golpe de Estado no Brasil; e da redação da “minuta do golpe”, assinada por Jair Bolsonaro. Responsável pelas investigações, a Polícia Federal é subordinada à pasta comandada pelo ministro Ricardo Lewandowski.

“Para a PF, os crimes supostamente cometidos na Abin se situam no nexo causal dos delitos que culminaram na tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito. Precisamos saber como funcionava o órgão que, de forma ilícita, agiu para atender interesses políticos e pessoais do ex-presidente Jair Bolsonaro”, afirmou o deputado. 

Nesta quinta (11), policiais federais prenderam cinco pessoas por envolvimento em um esquema de espionagem ilegal feita pela Abin durante o governo Jair Bolsonaro, quando a agência era comandada pelo atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). 

As investigações apontaram que políticos do Poder Executivo, do Legislativo, ministros do Supremo Tribunal Federal e jornalistas foram monitorados ilegalmente. Também houve espionagem sobre o andamento das investigações da ex-vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL). Dois milicianos presos pelo assassinato - Ronnie Lessa e Élcio Queiroz - tinha ligação com a família Bolsonaro. As apurações do homicídio contra a ex-parlamentar não apontaram envolvimento dos Bolsonaro no crime. 

Com o requerimento, Lindbergh também quer saber se existe relação entre a espionagem ilegal e os atos golpistas do 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF). Ministros do STF fizeram pelo menos 226 condenações. A Procuradoria-Geral da República fez 1.390 denúncias. Novos julgamentos vão acontecer no Supremo. 


Fonte: Brasil 247

Pedro Sánchez: "Espanha e Brasil continuarão trabalhando pela justiça e em defesa da democracia"

 

A conversa teve como tema principal o evento que reunirá países democráticos ameaçados pelo extremismo político

Pedro Sánchez (Foto: Eva Ercolanese/Fotos Públicas)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou nesta sexta-feira (12) com o chefe do Executivo espanhol, Pedro Sánchez. O foco principal da conversa foi o evento que os dois presidentes desejam organizar, reunindo países democráticos ameaçados pelo extremismo político. O encontro deve ocorrer à margem da próxima sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), agendada para setembro.

Após o diálogo, Sánchez escreveu em rede social que “a Espanha e o Brasil continuarão trabalhando pela justiça e em defesa da democracia”.

“Revimos as principais questões da agenda internacional e a necessidade de defender as nossas democracias contra o extremismo”, afirmou. “Concordamos em abordar esta questão com outros parceiros e amigos à margem da próxima Assembleia Geral das Nações Unidas”.

Durante a conversa, Lula também agradeceu o apoio espanhol à eleição do delegado da Polícia Federal Valdecy Urquiza a secretário-geral da INTERPOL. Ele é o primeiro brasileiro a assumir o cargo de chefe do órgão internacional. 

Fonte: Brasil 247

Inflação oficial desacelera na Argentina, mas benefícios não chegam à população

 

Para muitos argentinos, a desaceleração dos números oficiais não foi suficiente para afastar a dor dos altos preços de serviços públicos, transporte e alimentos

Um cliente paga por carne suína em um mercado local de Buenos Aires, Argentina, 14 de março de 2023 (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian/File Photo)

(Reuters) - Os argentinos dizem que ainda não sentiram os benefícios do arrefecimento da inflação e os analistas preveem que a sequência de cinco meses poderá terminar quando os números oficiais de junho forem divulgados nesta sexta-feira.
Desde que o presidente Javier Milei assumiu o poder no final do ano passado, a inflação diminuiu drasticamente na Argentina, desacelerando de 25,5% em dezembro para 4,2% em maio.

A queda acentuada foi atribuída a um conjunto de medidas de corte de custos e de austeridade que controlaram a demanda do consumidor, bem como a medidas para reduzir a impressão de dinheiro.

Uma pesquisa da Reuters previu uma mudança de direção para a inflação em junho, com uma estimativa mediana de 5,1%, embora na quinta-feira o ministro da Economia de Milei, Luis Caputo, tenha dito que esperava uma inflação em junho abaixo de 5%.

Para muitos argentinos, a desaceleração não foi suficiente para afastar a dor dos altos preços de serviços públicos, transporte e alimentos em um país onde o salário mínimo mensal de 234.315 pesos (260 dólares) não acompanhou a inflação anual de quase 300%.

"Não acho que (a inflação) ande de mãos dadas com os aumentos salariais e impostos", disse Gustavo García, um cabeleireiro de 47 anos que estava procurando pechinchas no mercado central de Buenos Aires.

"A inflação cotidiana é muito maior do que 4% ou 5%", afirmou García, expressando ceticismo sobre como os números oficiais são calculados.

Milei, um economista de livre mercado, pôs fim ao congelamento de preços do governo peronista anterior em vários serviços públicos e diz que é necessário um remédio fiscal duro para reanimar a economia. A tarifa mínima de ônibus em Buenos Aires aumentou em mais de 400% desde que Milei assumiu o cargo.

No mercado, Isidoro Recalde, de 67 anos, disse que o aumento das tarifas era necessário e apoia o plano do governo.

"O que pagávamos antes era insignificante", declarou Recalde.
"Vamos ser realistas. No dia a dia, as coisas são complicadas, mas temos que seguir em frente."

O governo argentino celebra seu sucesso em domar a inflação de três dígitos e o incremento das finanças do Estado com os cortes de gastos de Milei.

"Reduzir a inflação significa proteger aqueles que têm menos", disse o ministro da Economia aos repórteres no início desta semana. "(A inflação) é o pior imposto sobre os pobres", afirmou Caputo.

Mas a inflação ainda está entre as mais altas do mundo, enquanto a recessão continua a atingir duramente os consumidores e a pobreza se aproxima de 60%. As pessoas estão sendo duramente pressionadas, com grandes perdas de emprego em setores como o da construção.

"Todos os dias há novos preços, não é que (a inflação) esteja parando", disse Emilia, uma moradora de 65 anos que também estava fazendo compras e não quis revelar seu sobrenome. "É uma mentira que os preços estão caindo", acrescentou.

Fonte: Brasil 247

“Lula tem poder de mobilização e o PT precisa utilizar essa força”, diz Rui Costa Pimenta

 

Líder do PCO afirma que o presidente Lula deve agitar a população na defesa de suas causas, como a redução dos juros do Banco Central

(Foto: Divulgação )

Em entrevista à TV 247, Rui Costa Pimenta, líder e presidente do Partido da Causa Operária (PCO), fez uma análise sobre a atual situação política do Partido dos Trabalhadores (PT) e seu papel na política brasileira. Pimenta criticou a postura do PT e abordou questões que, segundo ele, o partido precisa enfrentar. “A base do PT é imensa e precisa ser mobilizada,” afirmou Pimenta, destacando a importância de o partido engajar seus apoiadores em ações mais contundentes.

Comentando sobre o cenário internacional, Pimenta afirmou: “O recado que a França passa é claro: a burguesia prefere a extrema-direita à esquerda.” Ele utilizou o exemplo francês para ilustrar a resistência das elites econômicas à política de esquerda e ao presidente Lula. “O presidente Lula tem poder de mobilização,” disse Pimenta, ressaltando a capacidade do presidente de influenciar e unir a base do partido. Segundo ele, é crucial que Lula e o PT utilizem esse poder para combater as forças de direita e as pressões feitas ao governo.

Pimenta também enfatizou a necessidade de ações mais assertivas contra adversários políticos: “É preciso fazer agitação política contra a direita.” Para ele, a estratégia do PT deve incluir uma postura mais combativa. Um dos pontos mais críticos levantados por Pimenta foi em relação ao Banco Central. “O caso do Banco Central é inacreditável,” declarou. Ele criticou duramente a política econômica liderada por Roberto Campos Neto, afirmando que “a política do Roberto Campos Neto custa ao estado brasileiro quase R$1 trilhão por ano.”

Pimenta sugeriu uma medida que, segundo ele, deveria ser prioridade para o PT: “O PT deveria fazer a auditoria da dívida pública.” Ele acredita que uma revisão rigorosa das finanças públicas é essencial para entender e solucionar os problemas econômicos do país. Sobre a influência de Jair Bolsonaro, Pimenta opinou: “A burguesia brasileira ainda precisa do Bolsonaro, se ela quiser se livrar do PT e do Lula.” Ele vê o ex-presidente como um instrumento utilizado pelas elites para minar a atuação do PT. Finalmente, Pimenta apontou uma das principais barreiras internas do PT: “O PT tem medo de perder seus aliados se radicalizar.” Para ele, esse medo impede o partido de adotar posições mais firmes e alinhadas com os interesses de sua base. 
Assista: 


Fonte: Brasil 247

Boulos diz que apoio de Lula é importante, mas propostas para São Paulo serão prioridade

 

Pré-candidato à prefeitura de São Paulo também disse que o atual prefeito, Ricardo Nunes, investe na polarização ideológica

Marta Suplicy, Lula e Guilherme Boulos (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O deputado federal e pré-candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL-SP), afirmou à Folha de S. Paulo que não buscará sustentar sua campanha apenas na força do presidente Lula (PT), nacionalizando a disputa com o bolsonarismo. Ele buscará focar em apresentar propostas concretas para a capital paulista. 

"Esse é um ponto [apoios de Lula e Bolsonaro] importante para a eleição, e logicamente a cidade precisa saber quem apoia quem", declarou. "Esta é uma eleição sobre a cidade de São Paulo com impacto nacional. O que eu vou discutir é a cidade". 

Em relação ao seu principal rival, o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que é apoiado por Jair Bolsonaro, Boulos disse que o emedebista investe na polarização ideológica e acusou a gestão de "não entregar nada". 

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Internautas repercutem Abin Paralela e detonam "Carluxo" nas redes

 

De acordo com a PF, a divulgação de desinformação feita por integrantes do esquema da Abin Paralela ocorria através de postagens nas redes que frequentemente marcavam o vereador

Carlos Bolsonaro (Foto: Câmara Municipal do Rio de Janeiro)

Internautas massacraram o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL), apontado por investigadores da Polícia Federal como um dos integrantes dos esquemas de espionagem e de fake news. Na rede social X, antigo Twitter, o nome "Carluxo" foi parar na seção Assuntos do Momento.

De acordo com as investigação da Polícia Federal, a divulgação de desinformação feita por integrantes do esquema da Abin Paralela ocorria através de postagens nas redes sociais que frequentemente marcavam o vereador.

Policiais federais investigam um esquema de monitoramento ilegal feito pela Agência Brasileira de Inteligência durante o governo Jair Bolsonaro. Na época, a Abin era comandada pelo atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).


Fonte: Brasil 247

Haddad atribui má avaliação da economia à desinformação

 

Ministro disse que é "avassalador" o que se vê na rede social

Fernando Haddad (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (12) que a má avaliação do desempenho da economia brasileira está atrelado à "desinformação" nas redes sociais.

"O que eu vejo na rede social é um negócio avassalador de desinformação. E isso não parte dos meios de comunicação. O que eu vejo nas redes é muito sério porque não bate com a realidade. Dizem que o desemprego está aumentando, mas o desemprego é o mais baixo da série histórica. Falam que a renda está caindo, mas há 28 anos não tínhamos um incremento como o que tivemos em 2023”, disse o ministro durante sabatina no 19° Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji, em São Paulo.

"Temos uma oposição que realmente atua para minar a credibilidade das instituições, dos dados oficiais, do Estado brasileiro, e eles atuam diuturnamente nas redes sociais. Eu nunca vi um negócio desse, é uma prática protofascista mesmo, não tem outra palavra", afirmou.

Para o ministro, a desinformação é um desafio que precisa ser enfrentado. "Eu penso que nós temos um desafio comunicacional hoje, porque quando você pergunta se a pessoa está melhor do que o ano passado ou retrasado, ela diz que está. Quando você pergunta se a economia está melhor, ela diz que não necessariamente. Metade diz que está e metade diz que não está", acrescentou.

Reforma tributária

Durante a sabatina, Haddad foi questionado sobre a votação da regulamentação da reforma tributária. Para ele, a quantidade de exceções incluídas pela Câmara no texto é preocupante. “Toda exceção, de certa maneira, acaba prejudicando a reforma tributária porque a alíquota padrão vai subindo. Nós temos três formas de diminuir a alíquota,  uma é não ter exceção, a segunda é combater a sonegação e a terceira é aumentar o imposto sobre a renda”, explicou Haddad. 

“Você manda um projeto coerente com essas três estratégias. Mas você sabe que o Brasil é um país patrimonialista. Os grupos de interesse se apossam do Estado brasileiro, desde o fim do Império é assim. O papel do poder público é ir blindando o Estado brasileiro, e a reforma tributária é um grande salto patrimonialista”, afirmou.

Uma das exceções foi a inclusão da carne na cesta básica nacional, que passa a integrar a lista de produtos que terão isenção tributária, com impactos sobre a alíquota padrão do Imposto sobre Valor Agregado (IVA). 

Para o ministro, o aumento no cashback - devolução de tributos a famílias incluídas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) - para compensar a manutenção da carne na lista de produtos com alíquota reduzida para 40% da alíquota cheia, seria uma boa ideia.

“O cashback era uma boa alternativa. Em vez de zerar o imposto da carne para todo mundo, mantinha ele baixo e devolvia para a população de baixa renda”, defende.

Ao ser questionado se se sentia derrotado com a inclusão da carne na cesta básica, o ministro brincou: “O ministro da Fazenda ou é derrotado ou é parcialmente derrotado. Não existe alternativa para ele ganhar, isso não está no horizonte”.

Após ter sido aprovado pela Câmara, o texto-base do primeiro projeto de lei complementar que regulamenta a reforma tributária segue para discussão e votação no Senado. O ministro acredita que o Senado deve aprovar o projeto. “Tivemos um entendimento muito bom na Câmara, e penso que vai ser a mesma coisa no Senado. Talvez com um pouco mais de dificuldade, mas eu tenho certeza que vamos aprovar a reforma tributária”, avalia.

Equilíbrio fiscal

O ministro Haddad reiterou o seu compromisso com o equilíbrio fiscal. “Eu não acredito que a expansão fiscal, neste momento, seja boa para o Brasil. Ao contrário, eu penso que se nós fizermos uma contenção desse período de 10 anos, nós temos espaço na política monetária de corte de juros para promover um desenvolvimento sustentável, para o investimento privado aumentar. O objetivo de equilíbrio das contas é o que vai fazer o juro cair e o Brasil crescer”, disse.

Segundo o ministro, o país ainda tem “muita conta para pagar”, herança que teria sido deixada pelo governo anterior, de Jair Bolsonaro. “O Brasil, do ponto de vista fiscal, viveu duas pandemias. A pandemia propriamente dita [da covid-19] e a eleição de 2022, que teve calote. Passaram a mão no dinheiro dos governadores e abriram os cofres do Tesouro para distribuir benefícios em época eleitoral. É uma confusão fiscal que nós vamos ter que ter paciência para pôr em ordem”.

Democracia

O ministro da Fazenda disse ainda que prefere estar em um partido em que há debates e em que se faça a defesa da democracia. "Ou você está em um partido democrático ou não está. E prefiro estar em um onde haja debate", disse, acrescentando que "é melhor assim, é melhor à luz do dia, é melhor um debate frontal do que aqueles movimentos de bastidores, comuns na República brasileira, de minar a base de uma política sorrateiramente. As pessoas são transparentes, falam o que pensam, e eu falo o que eu penso também", disse.

Fonte: Brasil 247

Haddad critica PEC da autonomia financeira do BC: 'transformar em empresa não vai ser bom'

 

PEC 65/2023 prevê transformar o BC, uma autarquia federal com orçamento vinculado à União, em empresa pública com autonomia financeira e orçamentária, sob supervisão do Congresso

Fernando Haddad (Foto: Reuters/Agustin Marcarian | Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Fábio Matos, Infomoney - Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 65/2023, que tramita no Senado Federal e prevê a autonomia financeira e orçamentária do Banco Central (BC), não é um bom caminho para a autoridade monetária e para o país.

No início da semana, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou a votação da PEC, que deve ocorrer na próxima semana, possivelmente no dia 17.

Em linhas gerais, a PEC transformaria o BC, uma autarquia federal com orçamento vinculado à União, em empresa pública com total autonomia financeira e orçamentária, sob supervisão do Congresso Nacional. O BC teria plena liberdade para definir, por exemplo, os planos de carreira e salários de seus funcionários, contratações e reajustes.

O financiamento das atividades da instituição seria feito a partir de receitas da chamada “senhoriagem”, entendida como “o custo de oportunidade do setor privado em deter moeda comparativamente a outros ativos que rendem juros” – nos moldes do que ocorre em bancos centrais de países como Estados Unidos, Canadá, Suécia, Noruega e Austrália.

Na prática, a proposta amplia a autonomia operacional do BC instituída há três anos. Em 2021, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou o projeto, aprovado pelo Congresso Nacional, que tornou o BC autônomo em sua operação, o que limitou a capacidade de influência do Poder Executivo sobre as decisões relacionadas à política monetária. Desde então, os mandatos do presidente do BC e do titular do Palácio do Planalto não são mais coincidentes. Agora, o chefe da autarquia assume sempre no primeiro dia útil do terceiro ano de cada governo.

“As relações técnicas das duas instituições ocorrem normalmente. Nós temos confiança na diretoria do BC. É um corpo técnico muito qualificado que nós queremos prestigiar, mas de forma diferente do que está sendo proposto no Senado. Nós entendemos que transformar o BC em uma empresa não vai ser bom para o BC. Não é o caminho transformar o BC em uma empresa de direito privado. Entendemos que o caminho é outro”, afirmou Haddad, que participou do do 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em São Paulo (SP).

Fonte: Brasil 247 com informações do Infomoney

Irritado, Bolsonaro cancela gravações com pré-candidatos após áudio comprometedor gravado por Ramagem

 

Jair Bolsonaro está visivelmente perturbado com o fato de a Polícia Federal ter em mãos uma gravação de reunião em que se discutia como blindar Flávio de investigações

Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Correa/PR | Reprodução)

Irritado ao descobrir a existência de um áudio em que fora gravado durante uma reunião confidencial com Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Jair Bolsonaro cancelou todas as gravações que faria com candidatos às prefeituras nas eleições de outubro, destaca Lauro Jardim em sua coluna no jornal O Globo. Ele decidiu que, ao menos no momento, não há clima para qualquer produção.

Apesar do cancelamento, Bolsonaro permaneceu no escritório, na sede do PL, em Brasília, sem esconder sua fúria dos aliados presentes no partido. O ex-mandatário mostrou-se visivelmente perturbado com o fato de a Polícia Federal ter em mãos uma gravação de sua reunião com Ramagem e que contou com a participação do então chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, em que foi discutido um plano para blindar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) das investigações sobre um esquema de rachadinha que teria funcionado sem seu gabinete quanto ocupava uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

A gravação da reunião foi revelada nesta quinta-feira (11), após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes levantar o sigilo do relatório da Polícia Federal que embasou a quarta fase da Operação Última Milha. A operação investiga um suposto esquema de monitoramento ilegal de críticos e opositores do governo Bolsoanro feito por agentes da Abin duante a gestão do ex-mandatário. 

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

STF mantém prisão de cinco investigados no caso da Abin Paralela do governo Bolsonaro

 

Operação da PF foi deflagrada nesta quinta-feira

Fachada do palácio do Supremo Tribunal Federal (STF) (Foto: Fachada do palácio do Supremo Tribunal Federal (STF))

Por Andre Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a prisão de cinco investigados na quarta fase da Operação Última Milha, deflagrada nesta quinta-feira (11), que apura o uso irregular da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para favorecer filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, monitorar ilegalmente ministros do STF e políticos opositores.

Com a decisão, vão continuar presos Mateus de Carvalho Sposito, ex-funcionário da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, o empresário Richards Dyer Pozzer, o influencer digital Rogério Beraldo de Almeida, Marcelo Araújo Bormevet, policial federal, e Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do Exército.

As prisões foram mantidas após audiência de custódia realizada por um juiz instrutor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes. A justificativa para manutenção das prisões ainda não foi divulgada.

Segundo a investigação da Polícia Federal (PF), os cinco acusados participaram do trabalho de monitoramento ilegal, que teria sido realizado com o conhecimento do ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Os investigadores apontam a utilização do programa First Mile para realizar a espionagem ilegal contra autoridades do Judiciário, do Legislativo e da Receita Federal, além de jornalistas.

Defesas

A Agência Brasil não conseguiu localizar as defesas dos cinco acusados. Em nota, Alexandre Ramagem negou ter atuado ilegalmente durante sua gestão no órgão.

Ramagem disse que não houve monitoramento ilegal de autoridades. Segundo ele, os nomes que aparecem na investigação foram citados em mensagens de WhatsApp e conversas de outros investigados na operação.

"Trazem lista de autoridades judiciais e legislativas para criar alvoroço. Dizem monitoradas, mas na verdade não. Não se encontram em First Mile ou interceptação alguma. Estão em conversas de WhatsApp, informações alheias, impressões pessoais de outros investigados, mas nunca em relatório oficial contrário à legalidade", afirmou.

O parlamentar também negou que tenha favorecido o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Segundo a PF, as ações clandestinas de monitoramento também ocorreram contra três auditores da Receita Federal responsáveis pela investigação sobre "rachadinha" no gabinete de Flávio quando ele ocupava do cargo de deputado estadual.

"Não há interferência ou influência em processo vinculado ao senador Flávio Bolsonaro. A demanda se resolveu exclusivamente em instância judicial", concluiu.

Ontem (11), o senador negou qualquer favorecimento e disse que a divulgação do relatório de investigação da PF foi feita para prejudicar a candidatura de Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro.

"Simplesmente não existia nenhuma relação minha com Abin. Minha defesa atacava questões processuais, portanto, nenhuma utilidade que a Abin pudesse ter. A divulgação desse tipo de documento, às vésperas das eleições, apenas tem o objetivo de prejudicar a candidatura do delegado Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro", afirmou.

Jair Bolsonaro não se pronunciou.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

STF realiza audiência de custódia de presos no caso Abin

 

Segundo a PF, agência foi usada para favorecer filhos de Bolsonaro

(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Agência Brasil - O Supremo Tribunal Federal STF) realiza nesta sexta-feira (12) a audiência da custódia dos cinco presos pela Polícia Federal (PF) em mais uma fase da investigação que apura o uso ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do presidente Jair Bolsonaro.

A audiência será realizada de forma virtual. Os trabalhos serão conduzidos por um juiz instrutor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, que determinou as prisões nesta quinta-feira (11).

Estão presos Mateus de Carvalho Sposito, ex-funcionário da Secretaria de Comunicação da Presidência da República; o empresário Richards Dyer Pozzer, o influencer digital Rogério Beraldo de Almeida; Marcelo Araújo Bormevet, policial federal; e Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do Exército.

De acordo com as investigações, a Abin foi utilizada durante o governo Bolsonaro para favorecer filhos do ex-presidente, monitorar ilegalmente ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e políticos opositores.

Defesas: Em nota divulgada nesta sexta-feira, o deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, negou as acusações de uso ilegal do órgão durante sua gestão.

Segundo Ramagem, as acusações são "ilações e rasas conjecturas" e visam prejudicar sua candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro.

"Houve finalmente indicação de que serei ouvido na PF, a fim de buscar instrução devida e desconstrução de toda e qualquer narrativa. No Brasil, nunca será fácil uma pré-campanha da nossa oposição. Continuamos no objetivo de legitimamente mudar para melhor a cidade do Rio de Janeiro", afirmou.

Ontem (11), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que a divulgação do relatório de investigação da PF foi feita para prejudicar a candidatura de Ramagem.

"Simplesmente não existia nenhuma relação minha com Abin. Minha defesa atacava questões processuais, portanto, nenhuma utilidade que a Abin pudesse ter. A divulgação desse tipo de documento, às vésperas das eleições, apenas tem o objetivo de prejudicar a candidatura de delgado Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro", afirmou.

Jair Bolsonaro não se manifestou.

A Agência Brasil tenta contato com os demais citados e está aberta para incluir seu posicionamento no texto.

Fonte: Agência Brasil