sexta-feira, 12 de julho de 2024

PF investiga núcleo que atuava como ponte entre Bolsonaro e influenciadores digitais alimentados pela 'Abin paralela'


Segundo a PF, o núcleo era formado por funcionários da presidência e agia como intermediário entre Jair Bolsonaro e os influenciadores ligados ao 'gabinete do ódio'

Jair Bolsonaro (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agencia Brasil)

A quarta etapa da Operação Última Milha, deflagrada nesta quinta-feira(11) pela Polícia Federal (PF) aprofundou as investigações sobre a chamada 'Abin paralela' do governo Jair Bolsonaro (PL), revelando uma conexão direta entre a presidência da República e propagadores de desinformação.

As fases anteriores da operação já haviam identificado cinco núcleos operacionais dentro dessa estrutura clandestina. A quarta fase, segundo o jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo, revelou um novo grupo composto por funcionários da presidência, que agiam como intermediários entre Bolsonaro e os influenciadores digitais ligados ao chamado ‘gabinete do ódio’, para disseminação de fake news de forma coordenada.

Segundo a PF, essas atividades clandestinas eram conduzidas por servidores públicos lotados na Presidência, integrando um esquema de desinformação estruturado em três níveis: a ‘estrutura paralela’, as milícias digitais e a ‘Presidência da República’. De acordo com a reportagem, os principais membros do ‘núcleo Presidência da República’ eram ex-servidores do Palácio do Planalto que mantinham contato direto com Bolsonaro e os núcleos de desinformação.

Entre os integrantes deste grupo estão o analista político legislativo Daniel Ribeiro Lemos; José Matheus Sales Gomes, ex-assessor do vereador Carlos Bolsonaro, que foi contratado pelo delegado da PF e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, quando este se tornou deputado federal; e Mateus Sposito, ex-servidor da Secretaria de Comunicação da Presidência.

Sposito, preso nesta quinta-feira, era responsável pela ligação entre Bolsonaro e um dos principais propagadores de desinformação investigados, o influenciador Richards Dyer Pozzer. Pozzer, que já havia sido indiciado pela CPI da Covid por disseminação de fake news, também foi preso na quarta fase da operação Última Milha.

Ainda conforme a reportagem, os investigadores encontraram diálogos em que Sposito instruía Pozzer a enviar arquivos para canais que fariam chegar a informação ao senador Flávio Bolsonaro PL-RJ) e a Alexandre Ramagem, visando a identificação de opositores e críticos do governo Bolsonaro. Em uma dessas conversas, Sposito mencionou "investigações" em andamento na "PR" (Presidência da República).

A PF revelou que Pozzer ganhou influência no grupo após conquistar a confiança do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos e ser abastecido com dossiês elaborados por Giancarlo Rodrigues por meio da “Abin paralela” e que eram distribuídos sob o perfil falso ‘Verdades’. Além de Pozzer, Rogério Beraldo de Almeida foi identificado como outro propagador de fake news, sendo também alimentado por informações coletadas por Giancarlo

Diálogos entre Giancarlo e o policial federal ⁠Marcelo de Araújo Bormevet, principais investigados no escândalo da Abin Paralela no governo Bolsonaro, revelaram a participação ativa dos servidores da Presidência.

“Em diálogo sobre uma das ações clandestinas identificadas pela PF, contra agências de checagem, Giancarlo afirma: ‘Vou levantar geral primeiro, senão vão excluir as contas com viés left. Já tem até jornal para publicar e o cara da Presidência disse que vai tentar levar ao PR para ele falar na live’. Segundo a Polícia Federal, a interlocução indica ‘que os produtos ilícitos da estrutura paralela infiltrada na Abin eram destinados para uso e benefício do núcleo-político, neste caso concreto com referência expressa ao então presidente da República Jair Bolsonaro’", destaca um trecho da reportagem.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Israel e Hamas concordam com quadro de cessar-fogo em Gaza, diz Biden

 

Presidente dos EUA ressaltou que "ainda há trabalho a ser feito e essas são questões complexas"

Joe Biden e Gaza destruída por bobardeios de Israel (Foto: Reuters)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta sexta-feira (12) que Israel e Hamas concordaram com o quadro para um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

"Há seis semanas, apresentei um quadro abrangente para alcançar um cessar-fogo e trazer os reféns para casa. Ainda há trabalho a ser feito e essas são questões complexas, mas esse quadro agora foi aceito tanto por Israel quanto pelo Hamas. Minha equipe está fazendo progressos e estou determinado a concluir isso," escreveu Biden nas redes sociais.

Nesta quinta-feira (11), o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse que os EUA "veem a possibilidade" de Israel e Hamas chegarem a um acordo sobre um cessar-fogo e a libertação de reféns.

"Vemos progresso. Vemos a possibilidade de chegar a um acordo. Obviamente, não posso garantir isso porque há muitos detalhes a serem resolvidos ... Achamos que as questões restantes podem ser resolvidas, devem ser resolvidas, e vamos continuar pressionando até conseguirmos um acordo," disse Sullivan à margem da cúpula da Otan em Washington.

Nesta semana, relatos da mídia sugeriram que o Hamas aprovou provisoriamente o acordo com Israel anunciado por Biden, abandonando sua exigência de que Tel Aviv cesse fogo na primeira etapa do acordo.

No entanto, o Hamas disse nesta semana que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, estava criando obstáculos nas negociações sobre um cessar-fogo na Faixa de Gaza e que as ações militares israelenses correm o risco de tornar a trégua inatingível. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Sputnik

Cerca de 10.000 empresas faliram na Argentina desde a chegada de Milei ao poder

 

Colapso da atividade econômica foi atribuído aos efeitos da desvalorização executada pelo governo em dezembro

Javier Milei (Foto: Reuters/Ammar Awad)

RT Cerca de 10.000 pequenas e médias empresas (PMEs) fecharam as portas desde o início do governo do atual presidente da Argentina, Javier Milei, revelou em seu mais recente relatório a Associação de Empresários e Empresárias Nacionais (ENAC) do país sul-americano.

"Cada vez que a política erra o caminho do desenvolvimento, quem paga o custo de toda essa trajetória somos nós", afirmou o presidente da organização, Leo Bilanski, em entrevista concedida nesta quinta-feira (11) a uma rádio local.

Nesse sentido, Bilanski destacou que cada fechamento implica a perda de postos de trabalho, já que para cada empresa, cerca de 10 pessoas "ficam na rua" porque são demitidas. "Como é a situação? Quem paga o custo da situação em que está a Argentina, 'a casta' ou as PMEs e os trabalhadores?", criticou.

O documento, que foi elaborado com dados fornecidos pelo setor público, atribui a situação ao colapso da atividade econômica após a megadesvalorização de dezembro de 2023, que resultou tanto na aceleração da inflação quanto na queda do poder aquisitivo. Em junho de 2024, o retrocesso nas vendas no varejo foi de 21,9% em relação ao ano anterior, segundo o Ámbito.

Para a ENAC, "este experimento libertário está destruindo 50 PMEs por dia na Argentina, sem plano nem rumo econômico que gere certeza sobre o clima de negócios para poder desenvolver nossa atividade econômica em paz".

Da mesma forma, o texto afirma que, devido à "recessão ordenada pelo presidente Javier Milei e executada pelo ministro 'endividado' da Economia Luis Caputo", o país passou de ser uma nação "que criava 8.600 empresas por ano" para uma que "destrói seu equivalente em metade do tempo".

Fonte: Brasil 247 com RT

Justiça da Bolívia acusa 34 pessoas por envolvimento em tentativa de golpe de Estado

 

"Ao mesmo tempo, estamos realizando buscas e colhendo depoimentos de testemunhas, porque temos alguns mandados de prisão, mas não vamos dizer quantos", disse a promotoria

Membros das forças armadas da Bolívia se reúnem ao lado de um veículo militar enquanto o presidente Luis Arce denuncia a "mobilização irregular” de algumas unidades do exército do país em La Paz, Bolívia, em 26 de junho de 2024. (Foto: REUTERS/Claudia Morales)

Brasil de Fato - O promotor boliviano Franklin Alborta disse na quinta-feira (11) que 34 pessoas supostamente ligadas ao golpe fracassado contra o governo do presidente boliviano Luis Arce estão atualmente sob investigação, embora mais mandados de prisão, batidas e outras ações sejam estendidas para determinar quem é o responsável.

"Ao mesmo tempo, estamos realizando buscas e colhendo depoimentos de testemunhas, porque temos alguns mandados de prisão, mas não vamos dizer quantos", explicou.

Em discurso na quarta-feira (10), o presidente da Bolívia destacou que "há mais de 100 pessoas envolvidas em diferentes níveis, incluindo militares ativos e passivos e civis".

Uma das 25 pessoas presas pelos eventos é Aníbal Aguilar, ex-assessor do Ministério da Defesa e identificado como o ideólogo por trás do golpe. O detido foi transferido na manhã de quinta-feira das celas da polícia para o Hospital Obrero, em
La Paz, devido a complicações de saúde.

Também foi revelado que a Quarta Câmara Criminal do Tribunal Departamental de Justiça de La Paz revogou no último sábado a prisão domiciliar concedida anteriormente a Aguilar e ordenou sua transferência para a prisão de San Pedro, na cidade de La Paz, como medida preventiva, por um período de cinco meses.

Em 26 de junho, militares que respondiam ao ex-comandante do exército Juan José Zúñiga tomaram a Praça Murillo, realizando uma espécie de golpe de Estado que acabou sendo frustrado graças à reação do presidente Luis Arce e à mobilização dos cidadãos que enfrentaram os soldados.

Alba-TCP ratifica apoio ao governo - A Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América-Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) ratificou na quarta-feira (10) seu apoio e compromisso com o governo e o presidente da Bolívia e denunciou que "no âmbito da guerra híbrida, uma feroz guerra midiática e de redes sociais, assédio sistemático, bloqueio econômico e várias formas de agressão política estão sendo implantadas, com o objetivo de desacreditar o governo do presidente Arce".

Nesse sentido, a organização concordou em "orientar os embaixadores dos países membros da ALBA-TCP em todo o mundo a desenvolver uma campanha de informação e divulgação da verdade sobre o que está acontecendo no Estado Plurinacional da Bolívia e as ameaças que o ameaçam".

Por isso, pediu que movimentos populares, povos indígenas, trabalhadores e estudantes "permaneçam vigilantes para informar ao mundo inteiro sobre os possíveis perigos" contra a ordem constitucional na Bolívia; ao mesmo tempo, reafirmou que "a ALBA-TCP continuará promovendo a defesa dos recursos estratégicos que existem em Nossa América contra as intenções vorazes de atores de fora da região".

Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fato

'Trump é um risco à democracia. Está provado', diz Haddad

 

"A pessoa fomentou uma reação ao resultado eleitoral, que ele nunca reconheceu. Nunca reconheceu. E no debate agora ele também disse não que aceitaria o resultado", disse Haddad

(Foto: REUTERS)

Sputnik - Fernando Haddad comentou as eleições dos Estados Unidos e falou sobre o ex-presidente Donald Trump, descrevendo-o como um “risco à democracia”. O ministro disse que Trump nunca reconheceu o resultado eleitoral e fomentou uma reação contra ele. No entanto, o petista se recusou a comentar sobre a tentativa de reeleição do atual presidente Joe Biden.

"O Trump é um risco à democracia, eu acho. Está provado. Ninguém está inventando nada. A pessoa fomentou uma reação ao resultado eleitoral, que ele nunca reconheceu. Ele nunca reconheceu. E no debate agora ele também disse que não aceitaria o resultado."

Quando questionado se Biden deveria desistir da campanha, Haddad respondeu: "Aí, é demais, eu não posso falar essas coisas."

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad também comentou as eleições na Europa, mencionando França e Reino Unido. Ele destacou a esperança de uma reação democrática contra a extrema-direita. "A esperança está aí. Quem diria que a França ia dar a volta por cima do primeiro para o segundo turno? Quem diria que o Labour [Party, o Partido Trabalhista do Reino Unido] ia fazer o desempenho que teve na última eleição? Então, o mundo está reagindo da melhor maneira à extrema-direita, que é pelo voto."

Além disso, Haddad abordou questões de política econômica no Brasil. Durante sua participação no 9º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), o ministro comentou sobre a inclusão da carne na cesta básica desonerada. Ele afirmou que, em sua posição, é difícil ganhar disputas políticas.

"O ministro da Fazenda ou é derrotado ou é parcialmente derrotado, não existe alternativa para ele ganhar nunca", disse.

A proposta de inclusão da carne na cesta básica faz parte do primeiro projeto de lei complementar relacionado à Emenda Constitucional 132/2023 da reforma tributária. O texto aprovado pelo Congresso Nacional trata da criação da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), além do Imposto Seletivo (IS), que substituirão vários tributos federais e subnacionais.

A proposta segue agora para o Senado Federal, onde precisará do apoio da maioria dos senadores para avançar.

O projeto também aborda regimes específicos de tributação, regras para alíquotas, normas de incidência, o sistema de créditos e devolução de tributos recolhidos e a aplicação do princípio da não cumulatividade. Inclui setores favorecidos por alíquotas reduzidas, a criação da Cesta Básica Nacional, incentivos à Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio e regras de transição e constituição dos fundos de compensação.

A inclusão da carne na cesta básica foi uma das mudanças que geraram repercussão, com imposto zero para este item.

Fonte: Brasil 247

Na Europa, líderes saem em defesa de Biden após gafes, enquanto a imprensa diz que ele "parece acabado"

 

"Essa era a chance de Biden conquistar os céticos. Ele estragou tudo", diz uma manchete do veículo londrino The Times. "Fim do caminho para Biden", sentencia o italiano Il Giornale

Presidente dos EUA, Joe Biden, faz campanha em Raleigh, Carolina do Norte 28/06/2024 (Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz)

Reuters - Líderes europeus defenderam o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, após uma série de gafes durante uma cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nesta semana, mas a imprensa do continente, por outro lado, considerou os erros como mais uma evidência de que Biden não está apto a derrotar Donald Trump na eleição presidencial deste ano.

Biden, de 81 anos, provocou espanto no encontro da Otan em Washington quando apresentou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, como "presidente Putin", e depois confundiu os nomes de sua vice-presidente, Kamala Harris, e Trump durante uma coletiva de imprensa que seus assessores haviam organizado para reforçar a confiança em sua aptidão mental.

Biden tem enfrentado apelos de colegas democratas e apoiadores para abandonar sua campanha à reeleição depois de um desempenho ruim contra Trump em um debate em 27 de junho, que cristalizou preocupações sobre sua capacidade de vencer o pleito de 5 de novembro e lidar com as demandas da Casa Branca.

Enquanto os líderes europeus que participaram da cúpula foram diplomáticos em relação a Biden e elogiaram a organização da cúpula, a imprensa europeia, como o jornal britânico Daily Telegraph, concluiu que "Biden parece acabado".

"Deslizes de linguagem acontecem e, se você sempre monitorar todos, encontrará muitos deles", disse o chanceler alemão, Olaf Scholz, quando perguntado por repórteres sobre Biden ter confundido Zelenskiy com Putin.

O sentimento foi compartilhado pelo presidente francês, Emmanuel Macron, e pelo primeiro-ministro holandês, Dick Schoof.

O recém-eleito primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, falando antes das gafes de Biden, disse que ele e o presidente conseguiram abordar uma série de questões "em ritmo acelerado" durante seu primeiro encontro desde que tomou posse.

"Ele estava realmente em boa forma e mentalmente ágil - absolutamente em todos os detalhes", disse Starmer à BBC.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, disse que Biden parecia "bem" e que participou de todas as sessões da cúpula, ao contrário de outros líderes. A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, foi menos efusiva, mas elogiou a organização de "uma cúpula muito boa".

Uma coletiva de imprensa após a cúpula não conseguiu convencer a mídia europeia de que Biden pode recuperar a confiança em sua acuidade mental.

"Essa era a chance de Joe Biden conquistar os céticos. Ele estragou tudo", disse uma manchete do veículo londrino The Times, enquanto o italiano Il Giornale afirmou que era o "fim do caminho para Biden".

O alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung descreveu a coletiva de Biden como uma "humilhação... Para ser mais duro: A dignidade do titular do cargo foi irreversivelmente manchada."

O jornal britânico The Guardian concordou, descrevendo a coletiva de imprensa como "dolorosa de assistir".

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Economia brasileira pode crescer acima de 2,5% em 2024, aponta especialista do FGV Ibre

 

Claudio Considera destaca o resultado de serviços e comércio e demanda alta por alimentos: “mostra o efeito das políticas de transferência de renda”

(Foto: REUTERS/Pilar Olivares)

Os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgados nesta sexta-feira (12), em conjunto com informações do varejo, mostram que a economia brasileira pode crescer acima de 2,5% em 2024, analisa o coordenador de Contas Nacionais do FGV Ibre, Claudio Considera, ao jornal O Globo

“Está se falando que os serviços ficaram estáveis, mas essa é uma análise equivocada. Na verdade, cresceu 0,8% em relação a maio de 2023, o que não é pouco. A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) mostrou que houve um salto em hiper e supermercados, demanda alta por alimentos, o que mostra o efeito das políticas de transferência de renda continua alta. O nosso indicador de atividade econômica (IAE-FGV Ibre) já mostra um avanço de 3,2%, 3,4% em 12 meses, no acumulado do ano está em 4%. Então, mesmo que diminua o ritmo de crescimento da economia nesse segundo semestre, acredito que o PIB possa crescer acima de 2,5% este ano”, afirma Considera.

O especialista também comemora o fato de a economia brasileira continuar crescendo mesmo com o patamar de juros elevado no país. “É fantástico uma economia crescer no patamar de juros que se tem no Brasil. Está certo que não há crescimento de investimento, mas a economia continua caminhando pela força do consumo, com o mercado de trabalho aquecido, aumento de renda e as transferências”, opina.

Considera salienta os efeitos negativos das enchentes no Rio Grande do Sul, que tiveram grande impacto no setor de transportes, registrando queda de 1,6%. “Aeroporto Salgado Filho, de Porto Alegre, ficou fechado. Está certo que houve remanejamento de voos, mas não na mesma magnitude. Além disso, houve liberação de pedágios no estado diante da tragédia”, disse.

Também em declaração ao jornal O Globo, a economista Claudia Moreno, do C6 Bank, destaca que os resultados mostraram que o impacto da tragédia no RS foi menor que o esperado considerando os dados de comércio e serviço. Nas previsões dela, o crescimento do PIB do país em 2024 pode chegar a 2,2%.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Governo determina fim do teletrabalho no INSS a partir de agosto; servidores acusam ministro da Previdência de “politicagem”

 Carlos Lupi disse que retorno ao trabalho presencial vai melhorar atendimento

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, determinou o fim do teletrabalho no órgão a partir de agosto. Em ofício, o presidente escreveu: “Com o intuito de aperfeiçoarmos o trabalho presencial na Administração Central a partir de 01 de agosto de 2024, solicitamos que apresentem até o dia 22 de julho de 2024 o plano de desmobilização do trabalho remoto no âmbito de suas respectivas unidades, que compõe a Administração Central”.


O plano de desmobilização deve contemplar todos os servidores nominalmente e apresentar justificativa no caso de permanência excepcional de um servidor em trabalho remoto. Posteriormente à apresentação do plano de desmobilização, será definida a porcentagem máxima de autorização para trabalho remoto em cada unidade.


Em reação, servidores veem “politicagem” do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, e negam que essa mudança vá resolver o problema de atendimento.


Os servidores dizem que faltam equipamentos para o trabalho presencial, e seria necessário um investimento bilionário antes da iniciativa. Também alegam que o home office praticamente dobrou a produção e foi fundamental para a redução da fila de espera.


O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, determinou o fim do teletrabalho no órgão a partir de agosto. Em ofício, o presidente escreveu: “Com o intuito de aperfeiçoarmos o trabalho presencial na Administração Central a partir de 01 de agosto de 2024, solicitamos que apresentem até o dia 22 de julho de 2024 o plano de desmobilização do trabalho remoto no âmbito de suas respectivas unidades, que compõe a Administração Central”.


O plano de desmobilização deve contemplar todos os servidores nominalmente e apresentar justificativa no caso de permanência excepcional de um servidor em trabalho remoto. Posteriormente à apresentação do plano de desmobilização, será definida a porcentagem máxima de autorização para trabalho remoto em cada unidade.


Em reação, servidores veem “politicagem” do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, e negam que essa mudança vá resolver o problema de atendimento.


Os servidores dizem que faltam equipamentos para o trabalho presencial, e seria necessário um investimento bilionário antes da iniciativa. Também alegam que o home office praticamente dobrou a produção e foi fundamental para a redução da fila de espera.


À reportagem, Stefanutto disse que a retomada não será feita de maneira brusca e lembrou que essa modalidade de trabalho remoto se aprofundou na pandemia de Covid-19, mas tanto órgãos do setor público — como a irmã Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev) —, quanto empresas privadas já retomaram o trabalho presencial.


“É um movimento natural, porque primeiro o trabalho remoto tem que ser feito a favor do órgão e do segurado a que a gente atende. Ele não é um direito”, afirmou.


Ele citou benefícios do serviço cara a cara com a população, pois o público atendido pelo INSS é de pessoas mais velhas e/ou em situação de vulnerabilidade, muitas das quais não têm formação tecnológica para acessar os serviços virtuais.


“Não é questão de serem muitos ou poucos. Hoje, a gente identifica no trabalho remoto alguma dificuldade, especialmente na gestão. Servidores de gestão, que são chefes, não podem estar no trabalho remoto. Todos os chefes voltarão ao trabalho presencial”, adiantou ele. Ele disse identificar resistências dos servidores, mas ponderou que “não faz sentido” trabalho remoto para cargos de chefia. “Mas tudo vai ser feito com muita tranquilidade, negociado. É só uma adequação.”


Stefanutto ainda argumentou que intermediários tendem a se aproveitar da redução do atendimento presencial para aumentar o assédio sobre os segurados.


O trabalho remoto vai continuar sendo usado, mas dentro das práticas da Esplanada dos Ministérios e do mercado privado. No caso de servidores do INSS que analisam processos, por exemplo, é possível a manutenção do teletrabalho, mas com acréscimo das metas definidas.


Ameaça de greve


A Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) notificou o governo na última quarta (10/7) sobre a deflagração de greve a partir da terça-feira da próxima semana (16/7). A paralisação vai abarcar tanto os trabalhadores que atuam, de forma presencial, nas cerca de 1,6 mil agências, quanto os que estão em home office.


A greve pode prejudicar serviços estratégicos, como a concessão de aposentadorias e as análises de auxílio-doença. Também pode afetar o plano do ministro Lupi de reduzir a fila de espera do INSS para 30 dias até o fim do ano.


Além disso, há potenciais impactos sobre o pente-fino em auxílios, via revisão de dados e cadastros, cujo objetivo é ajudar a equipe econômica no corte de gastos prometido. Isso porque parte da auditoria será feita por áreas da Previdência Social.


Negociação


Nesta semana, a categoria também respondeu a proposta oficial de reestruturação da carreira do seguro social, formalizada em 4 de julho. Ela comunicou a não concordância com as seguintes alterações:


  • Proposta de alongamento da carreira de 17 padrões para 20 padrões e 4 classes;
  • Manutenção da remuneração de ingresso com valorização do Vencimento Básico e Valorização do Vencimento Básico, reduzindo a diferença com a GDASS, de 14% (VB) x 86%(GDASS) para 27% x 73%, em 2026;
  • Criação de Gratificação de Atividade, em substituição à GAE; e
  • Reajustes de 9,0% em janeiro 2025 e 5,0% em abril de 2026.

Os servidores pedem ao governo federal, através do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), que apresente nova proposta com mais perspectiva da pauta de reinvindicações apresentada, visando o cumprimento do acordo da greve de 2022, bem como agende nova reunião da Mesa Específica e Temporária do Seguro Social.


Alessandro Stefanutto disse à reportagem querer se colocar como um “intermediário” na negociação para não haver movimento paredista. Ele admitiu preocupações, porque a atividade dos servidores do INSS é essencial.


“Obviamente, o direito de greve é assegurado na Constituição. A gente tem preocupação, mas o ministro Lupi tem negociado pessoalmente com as altas esferas do governo para que a gente possa chegar num bom acordo e que não haja greve”, afirmou o presidente do INSS.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles.

Bolsonaro está irritado por Ramagem ter gravado reunião: áudio foi obtido pela PF, e Flávio tenta contornar crise

 Ex-presidente considerou uma traição do delegado e pré-candidato a prefeito ter feito a gravação em que foi discutida acusação de rachadinha

O ex-presidente Jair Bolsonaro ficou muito irritado com o deputado federal Alexandre Ramagem por ele ter guardado o áudio com a conversa em que eles discutiram como blindar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na investigação das rachadinhas. Esse áudio foi obtido pela Polícia Federal na investigação da Abin Paralela no arquivo de celular de Ramagem, que dirigia a Abin e hoje é pré-candidato a prefeito do Rio.


Essa reunião pode configurar abuso de poder por parte do então presidente .


Segundo aliados, o episódio é interpretado por Bolsonaro como uma traição de seu pupilo político.


Na reunião, participou ainda o então chefe de gabinete do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno. Flávio Bolsonaro entrou no circuito para aparar as arestas entre Ramagem e seu pai.


Flávio reforça o discurso de que há uma perseguição para prejudicar a pré-candidatura de Ramagem, embora avalie-se internamente que haverá prejuízo eleitoral.


Segundo a PF, Bolsonaro, Ramagem e Heleno discutiram a participação de auditores da Receita Federal na elaboração de um relatório fiscal que originou o inquérito contra Flávio. O arquivo da gravação tem uma hora e oito minutos e foi feito em 25 de agosto de 2020. E teria ocorrido no gabinete de Flávio na Alerj, quando ele era deputado estadual.


Ramagem disse na gravação que seria preciso abrir um inquérito administrativo contra ao auditores da Receita para anular as investigações e também retirar alguns auditores de seus cargos.


Ramagem foi orientado a não generalizar as críticas à PF porque ele  próprio é delegado da corporação.



Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Pai de Mauro Cid, general que comandou Apex em Miami dizia que Lula não tomaria posse

 Informação consta de investigação interna promovida pela agência, que colheu 16 depoimentos


A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) informou que o general Mauro Lourena Cid, ex-diretor-geral do escritório da instituição em Miami, afirmou a funcionários que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva não assumiria o cargo, mesmo eleito.


 A investigação interna revelou que Lourena Cid manifestou essa convicção repetidamente entre 2019 e 2023. Foram colhidos 16 depoimentos, e o relatório será encaminhado à Polícia Federal, Supremo Tribunal Federal (STF)e Tribunal de Contas da União (TCU>). Lourena Cid também é acusado de visitar um acampamento golpista em Brasília, caracterizando “resistência explícita” ao resultado das eleições de 2022.


De acordo com a empresa, tal conduta do então diretor-geral caracterizou “resistência explícita” ao resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual Jair Bolsonaro não conseguiu se reeleger .


“A reforçar essa constatação, está a visita de Cid ao acampamento golpista situado em frente ao QG do Exército, em Brasília, em 3 de dezembro de 2022, acompanhado de dois funcionários do escritório de Miami”, diz a Apex.


Fonte: Agenda do Poder com informações de Metrópoles

Ramagem nega monitoramento de autoridades pela Abin durante governo Bolsonaro e diz que PF criou 'alvoroço'

 

Ex-diretor da Abin e pré-candidato à prefeitura do Rio afirmou que autoridade não tiveram suas comunicações interceptadas, mas tiveram seus nomes citados por outros alvos da PF

Alexandre Ramagem, diretor-geral da Abin no governo Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação I Abin I Agência Brasil )

Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, qualificou a operação da Polícia Federal (PF), deflagrada nesta quinta-feira (11) para apurar a atuação de uma "Abin paralela" que monitorou ilegalmente opositores e críticos do governo Jair Bolsonaro, como um "alvoroço". Ele negou que autoridades tenham sido monitoradas pela agência durante o governo do ex-mandatário.

Segundo o UOL, Ramagem afirmou que os nomes citados no relatório da PF foram mencionados por outros investigados e não como alvo de interceptações de comunicações. "Estão em conversas de WhatsApp, informações alheias, impressões pessoais de outros investigados", disse. Ainda conforme a reportagem, ele também disse que a PF "despreza os fins de uma investigação" e que o relatório da corporação tem "ilações e rasas conjecturas".

Ramagem também destacou que o sistema de rastreamento de celulares First Mile foi adquirido por outras 30 instituições governamentais, e não apenas pela Abin. Ele afirmou que a aquisição do programa foi regular, com parecer favorável da Advocacia-Geral da União (AGU).

O ex-chefe da Abin criticou, ainda, os mandados de prisão emitidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). "A PGR [Procuradoria-Geral da República] não foi favorável às prisões da operação, mas a Justiça desconsiderou a manifestação", disse Ramagem.

Ramagem também negou qualquer interferência em processos para beneficiar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). como apontado pela Polícia Federal. Segundo Ramagem, a resolução das demandas relacionadas ao senador ocorreu exclusivamente em instâncias judiciais.

A PF investiga a suposta existência de um plano para encontrar "podres e relações políticas" de auditores da Receita Federal que investigaram o suposto esquema de rachadinhas do senador Flávio Bolsonaro quando ele era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Ramagem ressaltou “houve finalmente indicação de que serei ouvido na PF, a fim de buscar instrução devida e desconstrução de toda e qualquer narrativa. No Brasil, nunca será fácil uma pré-campanha da nossa oposição. Continuamos no objetivo de legitimamente mudar para melhor a cidade do Rio de Janeiro”.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL