sexta-feira, 12 de julho de 2024

'Trump é um risco à democracia. Está provado', diz Haddad

 

"A pessoa fomentou uma reação ao resultado eleitoral, que ele nunca reconheceu. Nunca reconheceu. E no debate agora ele também disse não que aceitaria o resultado", disse Haddad

(Foto: REUTERS)

Sputnik - Fernando Haddad comentou as eleições dos Estados Unidos e falou sobre o ex-presidente Donald Trump, descrevendo-o como um “risco à democracia”. O ministro disse que Trump nunca reconheceu o resultado eleitoral e fomentou uma reação contra ele. No entanto, o petista se recusou a comentar sobre a tentativa de reeleição do atual presidente Joe Biden.

"O Trump é um risco à democracia, eu acho. Está provado. Ninguém está inventando nada. A pessoa fomentou uma reação ao resultado eleitoral, que ele nunca reconheceu. Ele nunca reconheceu. E no debate agora ele também disse que não aceitaria o resultado."

Quando questionado se Biden deveria desistir da campanha, Haddad respondeu: "Aí, é demais, eu não posso falar essas coisas."

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad também comentou as eleições na Europa, mencionando França e Reino Unido. Ele destacou a esperança de uma reação democrática contra a extrema-direita. "A esperança está aí. Quem diria que a França ia dar a volta por cima do primeiro para o segundo turno? Quem diria que o Labour [Party, o Partido Trabalhista do Reino Unido] ia fazer o desempenho que teve na última eleição? Então, o mundo está reagindo da melhor maneira à extrema-direita, que é pelo voto."

Além disso, Haddad abordou questões de política econômica no Brasil. Durante sua participação no 9º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), o ministro comentou sobre a inclusão da carne na cesta básica desonerada. Ele afirmou que, em sua posição, é difícil ganhar disputas políticas.

"O ministro da Fazenda ou é derrotado ou é parcialmente derrotado, não existe alternativa para ele ganhar nunca", disse.

A proposta de inclusão da carne na cesta básica faz parte do primeiro projeto de lei complementar relacionado à Emenda Constitucional 132/2023 da reforma tributária. O texto aprovado pelo Congresso Nacional trata da criação da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), além do Imposto Seletivo (IS), que substituirão vários tributos federais e subnacionais.

A proposta segue agora para o Senado Federal, onde precisará do apoio da maioria dos senadores para avançar.

O projeto também aborda regimes específicos de tributação, regras para alíquotas, normas de incidência, o sistema de créditos e devolução de tributos recolhidos e a aplicação do princípio da não cumulatividade. Inclui setores favorecidos por alíquotas reduzidas, a criação da Cesta Básica Nacional, incentivos à Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio e regras de transição e constituição dos fundos de compensação.

A inclusão da carne na cesta básica foi uma das mudanças que geraram repercussão, com imposto zero para este item.

Fonte: Brasil 247

Na Europa, líderes saem em defesa de Biden após gafes, enquanto a imprensa diz que ele "parece acabado"

 

"Essa era a chance de Biden conquistar os céticos. Ele estragou tudo", diz uma manchete do veículo londrino The Times. "Fim do caminho para Biden", sentencia o italiano Il Giornale

Presidente dos EUA, Joe Biden, faz campanha em Raleigh, Carolina do Norte 28/06/2024 (Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz)

Reuters - Líderes europeus defenderam o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, após uma série de gafes durante uma cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nesta semana, mas a imprensa do continente, por outro lado, considerou os erros como mais uma evidência de que Biden não está apto a derrotar Donald Trump na eleição presidencial deste ano.

Biden, de 81 anos, provocou espanto no encontro da Otan em Washington quando apresentou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, como "presidente Putin", e depois confundiu os nomes de sua vice-presidente, Kamala Harris, e Trump durante uma coletiva de imprensa que seus assessores haviam organizado para reforçar a confiança em sua aptidão mental.

Biden tem enfrentado apelos de colegas democratas e apoiadores para abandonar sua campanha à reeleição depois de um desempenho ruim contra Trump em um debate em 27 de junho, que cristalizou preocupações sobre sua capacidade de vencer o pleito de 5 de novembro e lidar com as demandas da Casa Branca.

Enquanto os líderes europeus que participaram da cúpula foram diplomáticos em relação a Biden e elogiaram a organização da cúpula, a imprensa europeia, como o jornal britânico Daily Telegraph, concluiu que "Biden parece acabado".

"Deslizes de linguagem acontecem e, se você sempre monitorar todos, encontrará muitos deles", disse o chanceler alemão, Olaf Scholz, quando perguntado por repórteres sobre Biden ter confundido Zelenskiy com Putin.

O sentimento foi compartilhado pelo presidente francês, Emmanuel Macron, e pelo primeiro-ministro holandês, Dick Schoof.

O recém-eleito primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, falando antes das gafes de Biden, disse que ele e o presidente conseguiram abordar uma série de questões "em ritmo acelerado" durante seu primeiro encontro desde que tomou posse.

"Ele estava realmente em boa forma e mentalmente ágil - absolutamente em todos os detalhes", disse Starmer à BBC.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, disse que Biden parecia "bem" e que participou de todas as sessões da cúpula, ao contrário de outros líderes. A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, foi menos efusiva, mas elogiou a organização de "uma cúpula muito boa".

Uma coletiva de imprensa após a cúpula não conseguiu convencer a mídia europeia de que Biden pode recuperar a confiança em sua acuidade mental.

"Essa era a chance de Joe Biden conquistar os céticos. Ele estragou tudo", disse uma manchete do veículo londrino The Times, enquanto o italiano Il Giornale afirmou que era o "fim do caminho para Biden".

O alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung descreveu a coletiva de Biden como uma "humilhação... Para ser mais duro: A dignidade do titular do cargo foi irreversivelmente manchada."

O jornal britânico The Guardian concordou, descrevendo a coletiva de imprensa como "dolorosa de assistir".

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Economia brasileira pode crescer acima de 2,5% em 2024, aponta especialista do FGV Ibre

 

Claudio Considera destaca o resultado de serviços e comércio e demanda alta por alimentos: “mostra o efeito das políticas de transferência de renda”

(Foto: REUTERS/Pilar Olivares)

Os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgados nesta sexta-feira (12), em conjunto com informações do varejo, mostram que a economia brasileira pode crescer acima de 2,5% em 2024, analisa o coordenador de Contas Nacionais do FGV Ibre, Claudio Considera, ao jornal O Globo

“Está se falando que os serviços ficaram estáveis, mas essa é uma análise equivocada. Na verdade, cresceu 0,8% em relação a maio de 2023, o que não é pouco. A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) mostrou que houve um salto em hiper e supermercados, demanda alta por alimentos, o que mostra o efeito das políticas de transferência de renda continua alta. O nosso indicador de atividade econômica (IAE-FGV Ibre) já mostra um avanço de 3,2%, 3,4% em 12 meses, no acumulado do ano está em 4%. Então, mesmo que diminua o ritmo de crescimento da economia nesse segundo semestre, acredito que o PIB possa crescer acima de 2,5% este ano”, afirma Considera.

O especialista também comemora o fato de a economia brasileira continuar crescendo mesmo com o patamar de juros elevado no país. “É fantástico uma economia crescer no patamar de juros que se tem no Brasil. Está certo que não há crescimento de investimento, mas a economia continua caminhando pela força do consumo, com o mercado de trabalho aquecido, aumento de renda e as transferências”, opina.

Considera salienta os efeitos negativos das enchentes no Rio Grande do Sul, que tiveram grande impacto no setor de transportes, registrando queda de 1,6%. “Aeroporto Salgado Filho, de Porto Alegre, ficou fechado. Está certo que houve remanejamento de voos, mas não na mesma magnitude. Além disso, houve liberação de pedágios no estado diante da tragédia”, disse.

Também em declaração ao jornal O Globo, a economista Claudia Moreno, do C6 Bank, destaca que os resultados mostraram que o impacto da tragédia no RS foi menor que o esperado considerando os dados de comércio e serviço. Nas previsões dela, o crescimento do PIB do país em 2024 pode chegar a 2,2%.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Governo determina fim do teletrabalho no INSS a partir de agosto; servidores acusam ministro da Previdência de “politicagem”

 Carlos Lupi disse que retorno ao trabalho presencial vai melhorar atendimento

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, determinou o fim do teletrabalho no órgão a partir de agosto. Em ofício, o presidente escreveu: “Com o intuito de aperfeiçoarmos o trabalho presencial na Administração Central a partir de 01 de agosto de 2024, solicitamos que apresentem até o dia 22 de julho de 2024 o plano de desmobilização do trabalho remoto no âmbito de suas respectivas unidades, que compõe a Administração Central”.


O plano de desmobilização deve contemplar todos os servidores nominalmente e apresentar justificativa no caso de permanência excepcional de um servidor em trabalho remoto. Posteriormente à apresentação do plano de desmobilização, será definida a porcentagem máxima de autorização para trabalho remoto em cada unidade.


Em reação, servidores veem “politicagem” do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, e negam que essa mudança vá resolver o problema de atendimento.


Os servidores dizem que faltam equipamentos para o trabalho presencial, e seria necessário um investimento bilionário antes da iniciativa. Também alegam que o home office praticamente dobrou a produção e foi fundamental para a redução da fila de espera.


O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, determinou o fim do teletrabalho no órgão a partir de agosto. Em ofício, o presidente escreveu: “Com o intuito de aperfeiçoarmos o trabalho presencial na Administração Central a partir de 01 de agosto de 2024, solicitamos que apresentem até o dia 22 de julho de 2024 o plano de desmobilização do trabalho remoto no âmbito de suas respectivas unidades, que compõe a Administração Central”.


O plano de desmobilização deve contemplar todos os servidores nominalmente e apresentar justificativa no caso de permanência excepcional de um servidor em trabalho remoto. Posteriormente à apresentação do plano de desmobilização, será definida a porcentagem máxima de autorização para trabalho remoto em cada unidade.


Em reação, servidores veem “politicagem” do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, e negam que essa mudança vá resolver o problema de atendimento.


Os servidores dizem que faltam equipamentos para o trabalho presencial, e seria necessário um investimento bilionário antes da iniciativa. Também alegam que o home office praticamente dobrou a produção e foi fundamental para a redução da fila de espera.


À reportagem, Stefanutto disse que a retomada não será feita de maneira brusca e lembrou que essa modalidade de trabalho remoto se aprofundou na pandemia de Covid-19, mas tanto órgãos do setor público — como a irmã Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev) —, quanto empresas privadas já retomaram o trabalho presencial.


“É um movimento natural, porque primeiro o trabalho remoto tem que ser feito a favor do órgão e do segurado a que a gente atende. Ele não é um direito”, afirmou.


Ele citou benefícios do serviço cara a cara com a população, pois o público atendido pelo INSS é de pessoas mais velhas e/ou em situação de vulnerabilidade, muitas das quais não têm formação tecnológica para acessar os serviços virtuais.


“Não é questão de serem muitos ou poucos. Hoje, a gente identifica no trabalho remoto alguma dificuldade, especialmente na gestão. Servidores de gestão, que são chefes, não podem estar no trabalho remoto. Todos os chefes voltarão ao trabalho presencial”, adiantou ele. Ele disse identificar resistências dos servidores, mas ponderou que “não faz sentido” trabalho remoto para cargos de chefia. “Mas tudo vai ser feito com muita tranquilidade, negociado. É só uma adequação.”


Stefanutto ainda argumentou que intermediários tendem a se aproveitar da redução do atendimento presencial para aumentar o assédio sobre os segurados.


O trabalho remoto vai continuar sendo usado, mas dentro das práticas da Esplanada dos Ministérios e do mercado privado. No caso de servidores do INSS que analisam processos, por exemplo, é possível a manutenção do teletrabalho, mas com acréscimo das metas definidas.


Ameaça de greve


A Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) notificou o governo na última quarta (10/7) sobre a deflagração de greve a partir da terça-feira da próxima semana (16/7). A paralisação vai abarcar tanto os trabalhadores que atuam, de forma presencial, nas cerca de 1,6 mil agências, quanto os que estão em home office.


A greve pode prejudicar serviços estratégicos, como a concessão de aposentadorias e as análises de auxílio-doença. Também pode afetar o plano do ministro Lupi de reduzir a fila de espera do INSS para 30 dias até o fim do ano.


Além disso, há potenciais impactos sobre o pente-fino em auxílios, via revisão de dados e cadastros, cujo objetivo é ajudar a equipe econômica no corte de gastos prometido. Isso porque parte da auditoria será feita por áreas da Previdência Social.


Negociação


Nesta semana, a categoria também respondeu a proposta oficial de reestruturação da carreira do seguro social, formalizada em 4 de julho. Ela comunicou a não concordância com as seguintes alterações:


  • Proposta de alongamento da carreira de 17 padrões para 20 padrões e 4 classes;
  • Manutenção da remuneração de ingresso com valorização do Vencimento Básico e Valorização do Vencimento Básico, reduzindo a diferença com a GDASS, de 14% (VB) x 86%(GDASS) para 27% x 73%, em 2026;
  • Criação de Gratificação de Atividade, em substituição à GAE; e
  • Reajustes de 9,0% em janeiro 2025 e 5,0% em abril de 2026.

Os servidores pedem ao governo federal, através do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), que apresente nova proposta com mais perspectiva da pauta de reinvindicações apresentada, visando o cumprimento do acordo da greve de 2022, bem como agende nova reunião da Mesa Específica e Temporária do Seguro Social.


Alessandro Stefanutto disse à reportagem querer se colocar como um “intermediário” na negociação para não haver movimento paredista. Ele admitiu preocupações, porque a atividade dos servidores do INSS é essencial.


“Obviamente, o direito de greve é assegurado na Constituição. A gente tem preocupação, mas o ministro Lupi tem negociado pessoalmente com as altas esferas do governo para que a gente possa chegar num bom acordo e que não haja greve”, afirmou o presidente do INSS.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles.

Bolsonaro está irritado por Ramagem ter gravado reunião: áudio foi obtido pela PF, e Flávio tenta contornar crise

 Ex-presidente considerou uma traição do delegado e pré-candidato a prefeito ter feito a gravação em que foi discutida acusação de rachadinha

O ex-presidente Jair Bolsonaro ficou muito irritado com o deputado federal Alexandre Ramagem por ele ter guardado o áudio com a conversa em que eles discutiram como blindar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na investigação das rachadinhas. Esse áudio foi obtido pela Polícia Federal na investigação da Abin Paralela no arquivo de celular de Ramagem, que dirigia a Abin e hoje é pré-candidato a prefeito do Rio.


Essa reunião pode configurar abuso de poder por parte do então presidente .


Segundo aliados, o episódio é interpretado por Bolsonaro como uma traição de seu pupilo político.


Na reunião, participou ainda o então chefe de gabinete do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno. Flávio Bolsonaro entrou no circuito para aparar as arestas entre Ramagem e seu pai.


Flávio reforça o discurso de que há uma perseguição para prejudicar a pré-candidatura de Ramagem, embora avalie-se internamente que haverá prejuízo eleitoral.


Segundo a PF, Bolsonaro, Ramagem e Heleno discutiram a participação de auditores da Receita Federal na elaboração de um relatório fiscal que originou o inquérito contra Flávio. O arquivo da gravação tem uma hora e oito minutos e foi feito em 25 de agosto de 2020. E teria ocorrido no gabinete de Flávio na Alerj, quando ele era deputado estadual.


Ramagem disse na gravação que seria preciso abrir um inquérito administrativo contra ao auditores da Receita para anular as investigações e também retirar alguns auditores de seus cargos.


Ramagem foi orientado a não generalizar as críticas à PF porque ele  próprio é delegado da corporação.



Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Pai de Mauro Cid, general que comandou Apex em Miami dizia que Lula não tomaria posse

 Informação consta de investigação interna promovida pela agência, que colheu 16 depoimentos


A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) informou que o general Mauro Lourena Cid, ex-diretor-geral do escritório da instituição em Miami, afirmou a funcionários que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva não assumiria o cargo, mesmo eleito.


 A investigação interna revelou que Lourena Cid manifestou essa convicção repetidamente entre 2019 e 2023. Foram colhidos 16 depoimentos, e o relatório será encaminhado à Polícia Federal, Supremo Tribunal Federal (STF)e Tribunal de Contas da União (TCU>). Lourena Cid também é acusado de visitar um acampamento golpista em Brasília, caracterizando “resistência explícita” ao resultado das eleições de 2022.


De acordo com a empresa, tal conduta do então diretor-geral caracterizou “resistência explícita” ao resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual Jair Bolsonaro não conseguiu se reeleger .


“A reforçar essa constatação, está a visita de Cid ao acampamento golpista situado em frente ao QG do Exército, em Brasília, em 3 de dezembro de 2022, acompanhado de dois funcionários do escritório de Miami”, diz a Apex.


Fonte: Agenda do Poder com informações de Metrópoles

Ramagem nega monitoramento de autoridades pela Abin durante governo Bolsonaro e diz que PF criou 'alvoroço'

 

Ex-diretor da Abin e pré-candidato à prefeitura do Rio afirmou que autoridade não tiveram suas comunicações interceptadas, mas tiveram seus nomes citados por outros alvos da PF

Alexandre Ramagem, diretor-geral da Abin no governo Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação I Abin I Agência Brasil )

Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, qualificou a operação da Polícia Federal (PF), deflagrada nesta quinta-feira (11) para apurar a atuação de uma "Abin paralela" que monitorou ilegalmente opositores e críticos do governo Jair Bolsonaro, como um "alvoroço". Ele negou que autoridades tenham sido monitoradas pela agência durante o governo do ex-mandatário.

Segundo o UOL, Ramagem afirmou que os nomes citados no relatório da PF foram mencionados por outros investigados e não como alvo de interceptações de comunicações. "Estão em conversas de WhatsApp, informações alheias, impressões pessoais de outros investigados", disse. Ainda conforme a reportagem, ele também disse que a PF "despreza os fins de uma investigação" e que o relatório da corporação tem "ilações e rasas conjecturas".

Ramagem também destacou que o sistema de rastreamento de celulares First Mile foi adquirido por outras 30 instituições governamentais, e não apenas pela Abin. Ele afirmou que a aquisição do programa foi regular, com parecer favorável da Advocacia-Geral da União (AGU).

O ex-chefe da Abin criticou, ainda, os mandados de prisão emitidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). "A PGR [Procuradoria-Geral da República] não foi favorável às prisões da operação, mas a Justiça desconsiderou a manifestação", disse Ramagem.

Ramagem também negou qualquer interferência em processos para beneficiar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). como apontado pela Polícia Federal. Segundo Ramagem, a resolução das demandas relacionadas ao senador ocorreu exclusivamente em instâncias judiciais.

A PF investiga a suposta existência de um plano para encontrar "podres e relações políticas" de auditores da Receita Federal que investigaram o suposto esquema de rachadinhas do senador Flávio Bolsonaro quando ele era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Ramagem ressaltou “houve finalmente indicação de que serei ouvido na PF, a fim de buscar instrução devida e desconstrução de toda e qualquer narrativa. No Brasil, nunca será fácil uma pré-campanha da nossa oposição. Continuamos no objetivo de legitimamente mudar para melhor a cidade do Rio de Janeiro”.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Responsável pela segurança do presidente da República, GSI já derrubou 13 drones em eventos com Lula em 2024

 Gabinete de Segurança Institucional estuda melhorias no sistema de segurança do Palácio do Planalto e do mandatário

O Gabinete de Segurança Institucional, órgão responsável pela segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus familiares, derrubou 13 drones desde o início do ano em eventos públicos de Lula.


O último drone foi derrubado durante evento de Lula em Diadema, em São Paulo, quando o presidente visitou obras do Quarteirão da Educação.


Segundo o GSI, o evento que mais teve drones derrubados foi a caminhada de Dois de Julho, em Salvador (BA). Ao todo, três aparelhos foram derrubados.


O GSI estuda desde o ano passado melhorias no sistema de segurança do Palácio do Planalto e do presidente Lula. Uma das medidas é reforçar o uso de câmeras de segurança após a identificação de pontos cegos nas câmeras já instaladas.


Além da compra de mais câmeras, o plano prevê a instalação de vidros blindados e a implantação de raio-x em guaritas. Além do Planalto, as adaptações incluem os demais palácios presidenciais em Brasília: Alvorada, Jaburu e a Granja do Torto.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.

Provas obtidas pela PF conectam a 'Abin paralela' aos inquéritos sobre fake news, atos antidemocráticos e milícias digitais

 

Moraes vê "conexão probatória" entre os casos e, para a PGR, a 'Abin paralela' era "apenas uma célula de uma organização criminosa mais ampla"

(Foto: STF | Isac Nóbrega/PR)

A Polícia Federal compartilhou, segundo o jornal O Globo, informações sobre a chamada "Abin paralela" com os inquéritos das fake news, dos atos antidemocráticos e das milícias digitais. Essas investigações estão sob a responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em sua decisão que autorizou a quarta fase da Operação Última Milha, deflagrada na quinta-feira (11), Moraes afirmou: "verifica-se a existência de conexão probatória entre a presente investigação e os procedimentos investigatórios que tramitam nesta Corte". A Procuradoria-Geral da República (PGR) considera que a estrutura paralela montada na agência de inteligência durante a gestão de Alexandre Ramagem era "apenas uma célula de uma organização criminosa mais ampla". De acordo com a PGR, essa organização utilizava recursos estatais para atacar opositores e instituições democráticas, operando de maneira semelhante aos casos investigados nos inquéritos 4874 (milícias digitais), 4828 (atos antidemocráticos) e 4781 (fake news).

O inquérito das milícias digitais inclui, por exemplo, investigações sobre o roubo das joias do acervo presidencial, a inserção de dados falsos nos sistemas de vacinação e uma suposta trama golpista para impedir a posse do presidente Lula (PT).

A defesa de Bolsonaro nega todas as irregularidades e argumenta que Moraes não tem prerrogativa para relatar todos esses processos. Além disso, afirma que os inquéritos são “direcionados”. Bolsonaro tem criticado publicamente o chefe do Departamento de Inteligência da PF, delegado Rodrigo Morais, que é responsável pelos casos.

O compartilhamento dessas informações e a continuidade das investigações podem levar a novas revelações e aprofundar o entendimento sobre o funcionamento da "Abin paralela" e sua relação com outras práticas ilegais. 

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Escândalo da 'Abin paralela' pode minar candidaturas bolsonaristas nas eleições municipais

 

Entre as principais preocupações, está a divulgação de áudios de uma reunião entre Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem

Jair Bolsonaro. Foto: Divulgação

A operação deflagrada pela Polícia Federal na última quinta-feira (11) sobre o esquema de monitoramento ilegal montado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), a Abin paralela, pode ter efeito negativo para aliados do ex-presidente nas eleições municipais. Segundo informa o jornalista Valdo Cruz, do G1, políticos próximos a Bolsonaro temem, por exemplo, a divulgação do conteúdo do áudio citado pela PF que registra uma conversa entre ele e Alexandre Ramagem, diretor-geral da Abin na época.

Dependendo do conteúdo dos áudios, a força política de Jair Bolsonaro pode ser afetada nas eleições municipais, atrapalhando seu papel como cabo eleitoral em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. "Grampo de inimigo já é complicado, agora, grampo de um amigo é muito pior", analisa um aliado do ex-presidente da República no Congresso Nacional. De acordo com um interlocutor de Bolsonaro, uma eventual conversa vazada do então presidente tentando ajudar, de forma irregular, seu filho, Flávio Bolsonaro (PL), pode ter um efeito explosivo. 

Quem também deve sofrer danos em sua candidatura é o próprio Alexandre Ramagem, pré-candidato à prefeitura do Rio. Ele foi lançado ao cargo por Bolsonaro, mas a cúpula do PL avalia se ainda faz sentido manter o nome do ex-diretor-geral da Abin na disputa eleitoral.

A existência de uma gravação de uma conversa entre Bolsonaro e Ramagem também causa desconfiança em relação ao comportamento do pré-candidato a prefeito. Na reunião, eles teriam discutido uma estratégia para anular um processo contra Flávio e perseguir auditores que atuaram no caso. "Por que Ramagem não destruiu esse áudio? Qual era o objetivo dele? Por que ele fez a gravação?" são algumas das perguntas nas conversas entre bolsonaristas de alto escalão.

Fonte: Brasil 247

Consolidação de laços e IA serão destaques da presidência do Brasil no BRICS

 

Brasil assumirá a presidência do grupo em 2025

(Foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil )

Sputnik - Em meio a reuniões frutíferas e discussões integrativas, o 10º Fórum Parlamentar do BRICS termina nesta sexta-feira (12). No ano que vem, o Brasil terá a presidência do grupo, e segundo o representante brasileiro, "o fortalecimento diplomático e questões ligadas à inteligência artificial [IA]" terão destaque na gestão brasileira.

De acordo com o primeiro-vice-presidente do Senado Federal do Brasil e representante de Brasília no fórum, Veneziano Vital do Rêgo, o Brasil está com uma perspectiva bastante positiva sobre sua presidência do bloco no ano que vem.

"A nossa expectativa é a melhor possível. É uma responsabilidade, principalmente depois de termos participado, na condição de representante do Congresso Nacional, desse evento em São Petersburgo, com toda a sua organização e com toda a sua variedade temática [...]. Quando estivermos à frente da presidência, o nosso propósito é exatamente de oferecer, na linha do que nós estamos assistindo [nesse fórum] o fortalecimento e ampliação dos laços diplomáticos, acompanhando também todas as alternativas, todos os avanços. Falou-se, acertadamente, sobre a inteligência artificial. Isso é um passo que, inarredavelmente, estará na pauta do dia", declarou Vital do Rêgo, em entrevista à Sputnik.

O representante sublinhou que, em Brasília, "nosso Congresso estará votando, ainda nesse semestre, o marco regulatório para a inteligência artificial".

Vital do Rêgo também fez algumas considerações positivas sobre a presidência da Rússia no grupo parlamentar e enviou "os nossos mais efusivos cumprimentos à organização, à condução presidencial que demonstrou a Federação da Rússia [...]. No próximo ano, esperamos vocês lá no Brasil", acrescentou.

"As nossas expectativas são as melhores possíveis, [e também há] a certeza de que, como o mundo bem sabe, a hospitalidade brasileira haverá de estar presente", complementou.

Durante o fórum, o presidente russo Vladimir Putin admitiu a possibilidade de, futuramente, ser criada uma estrutura parlamentar do BRICS, destacando que se os países agirem em conjunto, será possível reforçar a influência construtiva do grupo e tornar o mundo mais seguro.

Especialistas ouvidos pela Sputnik Brasil analisaram a declaração do presidente e classificaram a medida como "inevitável no processo de institucionalização do grupo", conforme noticiado.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik