sexta-feira, 12 de julho de 2024

Voz de Bolsonaro em áudio de 1h08min encontrado pela PF vira principal temor dos acusados sobre investigação da Abin Paralela

 Bolsonaro estaria muito irritado com Ramagem por gravar a reunião e guardar o áudio

A Polícia Federal encontrou um áudio de uma reunião em que o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Augusto Heleno (então chefe do Gabinete de Segurança Institucional, ao qual a Abin é subordinada) e o ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência Alexandre Ramagem discutem um plano para anular o inquérito das rachadinhas – investigação que fechou o cerco ao senador Flávio Bolsonaro, filho 01 do ex-chefe do Executivo.


Aliados do ex-presidente estão irritados e preocupados com o áudio. Segundo interlocutores, o Bolsonaro está “muito irritado” com o fato de a reunião ter sido registrada por áudio e o material ter sido guardado por Alexandre Ramagem, mesmo sabendo que a Polícia Federal estava investigando a existência de uma “Abin paralela”.


“Ele deveria ter destruído esse áudio nunca guardado. Por que ele guardou?”, indagou um aliado de Bolsonaro.


A gravação remonta a um encontro realizado em agosto de 2020, também com a participação da advogada de Flávio e se transformou na principal preocupação do ex-presidente, já que a divulgação de sua voz no áudio provaria o uso dos canais oficiais de governo em proveito próprio e de sua família, além de abuso de poder.


O áudio está sendo periciado pela Polícia Federal e ainda está sob sigilo nas investigações. Ramagem hoje é candidato a prefeito do Rio de Janeiro, com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro. Aliados de Bolsonaro questionam se ele continuará com o apoio do ex-presidente no Rio.


A conversa citou os auditores da Receita responsáveis pelo relatório de inteligência fiscal que baseou a investigação do caso Queiroz – revelado pelo Estadão.


Procurado, Flávio disse que nunca teve contato com integrantes da Abin. “Simplesmente não existia nenhuma relação minha com Abin. Minha defesa atacava questões processuais, portanto, nenhuma utilidade que a Abin pudesse ter. A divulgação desse tipo de documento, às vésperas das eleições, apenas tem o objetivo de prejudicar a candidatura de Alexandre Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro”, disse o senador.


Bolsonaro, por meio de Fabio Wajngarten, disse não ter acessado a gravação, que não apareceu até o momento. O espaço segue aberto para Ramagem.


Segundo a Procuradoria-Geral da República, Ramagem diz, no áudio, que “seria necessária a instauração de um procedimento administrativo contra os auditores da Receita, com o objetivo de anular a investigação, bem como a retirada de alguns auditores de seus respectivos cargos”.


O áudio tem mais de uma hora de duração, mais precisamente 1h08min. A reunião teria sido gravada pelo próprio Ramagem.

Na representação de 187 páginas pela abertura da quarta fase da Última Milha, a PF diz que Ramagem teria determinado o monitoramento dos três auditores fiscais autores do RIF.


A ação clandestina era “urgente” e foi determinada “seguindo o modus operandi da organização criminosa para descobrir ‘podres e relações políticas’ dos auditores”, segundo a PF.


O levantamento ilegal deveria ser “jogado num word somente”, o que, segundo os investigadores, revela o caráter de extra-oficialidade da ação.


A PF encontrou também os diálogos em que o agente de Polícia Federal Marcelo Araújo Bormevet e o militar Giancarlo Gomes Rodrigues – integrantes do Centro de Inteligência Nacional (CIN) da Abin e auxiliares de Ramagem – tratam das pesquisas envolvendo ao auditores da Receita.


Segundo a PF, as diligências foram realizadas em novembro de 2020. Os achados foram repassados a Ramagem em dezembro daquele ano.


Fonte: Agenda do Poder com informações dos jornais Folha de São Paulo, Globo e Estadão, blog do repórter Fausto Macedo

FMI eleva para 2,5% projeção de médio prazo para crescimento do PIB

 

Documento cita reforma tributária como fator que ajuda economia

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou, de 2% para 2,5% ao ano, a previsão de crescimento de médio prazo para a economia brasileira. A estimativa consta do relatório anual do organismo sobre o Brasil, divulgada nesta quinta-feira (11).

Em maio, o FMI tinha emitido comunicado preliminar informando que elevaria a projeção de médio prazo para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas) do país. Na ocasião, técnicos do Fundo visitaram o Brasil entre 15 e 27 de maio para fazer uma avaliação da economia brasileira.

Segundo o relatório, a atividade econômica brasileira tem crescido de forma constante e superado as expectativas. O documento destaca várias medidas como positivas para a economia brasileira no médio prazo. As principais são a reforma tributária sobre o consumo e o plano de transformação ecológica.

O FMI também destaca que a agenda de crescimento sustentável e inclusiva e a tramitação de reformas que favoreçam o ambiente de negócios impulsionam o crescimento econômico. O documento também cita a redução do desmatamento, o avanço na criação da Taxonomia Sustentável Brasileira (padronização de práticas de economia sustentável), a nova estrutura para o mercado de carbono e a emissão do primeiro título verde no mercado internacional.

Edição: Juliana Andrade

Fonte: Agência Brasil

FAB lança 336 mil litros de água para combater incêndios no Pantanal

 

Desde o fim de junho, força aérea fez 28 voos de apoio ao bioma

O Comando Conjunto da Operação Pantanal, da Força Aérea Brasileira (FAB) informa que, desde o dia 28 de junho, quando começou a atuar no combate às queimadas, já lançou 336 mil litros de água nos focos de incêndio na região. Somente nesta quinta-feira (11), em dois voos realizados, 24 mil litros despejados em áreas atingidas pelo fogo.

Os voos são operados com o Sistema Modular Aerotransportável de Combate a Incêndios (MAFFS, do inglês Modular Airborne Fire Fighting System). O equipamento conta com um tubo que projeta água pela porta traseira esquerda do avião, podendo descarregar até 12 mil litros em áreas de incêndio.

De acordo com o major aviador Rafael Portella Santos, comandante da missão realizada no Pantanal Sul-Mato-Grossense, esta é a primeira vez que a FAB opera o sistema MAFFS instalado no KC-390 Millennium em situação real. “Fizemos diversos treinamentos simulados no decorrer da operação da aeronave para que, hoje, pudéssemos estar aqui com pilotos e tripulantes capacitados para este momento”, afirmou.

Santos explicou que toda a operação com o sistema MAFFS é realizada em etapas. A primeira ocorre com a coordenação em solo do ponto onde há a necessidade de conter as chamas. Na sequência, é preciso fazer a visualização do local, avaliar a redução de riscos para aeronaves que atuam de forma semelhante e manter o contato com a equipe em solo. A partir daí, ocorre a primeira passagem, objetivando a precisão e a segurança da operação e, depois, o sobrevoo para o lançamento da água.

Na sequência, a aeronave retorna para oeabastecimento, podendo decolar novamente em cerca de 40 minutos. 

Desde o início da missão, a FAB já realizou 28 voos de apoio ao bioma Pantanal, somando 28 horas e 35 minutos de voo.

Edição: Nádia Franco

Fonte: Agência Brasil

Câmara aprova PEC que perdoa multas e cotas raciais de partidos

 

Texto refinancia dívidas tributárias de legendas nos últimos 5 anos

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (11), em dois turnos de votação, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para permitir o refinanciamento de dívidas tributárias de partidos políticos e de suas fundações, dos últimos cinco anos, com isenção total de multas e juros acumulados sobre os débitos originais, que passariam a ser corrigidos pela inflação acumulada. 

O texto, que é uma mudança constitucional, precisa ser aprovado por um mínimo de 308 deputados, em duas votações. Na primeira, foram 344 votos favoráveis, 89 contrários e 4 abstenções. Na segunda votação, foram 338 votos favoráveis e 83 contrários, com 4 abstenções. 

Agora, a análise segue para o Senado, que também precisa aprová-lo em duas votações, com mínimo de 49 votos dos 81 senadores.

O Programa de Recuperação Fiscal (Refis) dos partidos políticos aprovado permite o parcelamento de dívidas tributárias e não tributárias. Dívidas tributárias poderão ser divididas em até 180 meses, enquanto débitos com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em até 60 meses.

Cotas raciais

O texto aprovado também anistia os partidos políticos que não cumpriram cotas de gênero ou raça nas eleições de 2022 e anteriores ou que tenham irregularidades nas prestações de contas. Segundo a PEC, fica proibida a aplicação de multas ou a suspensão do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha aos partidos que não tiveram o número mínimo de candidatas mulheres ou negros no pleito de 2022 e dos anos anteriores. As legendas também ficam isentas de punições por prestações de contas com irregularidades antes da promulgação da PEC.

Como forma de compensação, pela nova proposta, o valor não usado para cumprir as cotas raciais nos pleitos de 2022 deve financiar a candidatura de pessoas negras. A regra vale a partir de 2026 e nas quatro eleições subsequentes, mas se aplica “nas circunscrições que melhor atendam aos interesses e estratégias partidárias”. 

Também foi estabelecida a destinação de 30% dos fundos para candidaturas de pretos e pardos valendo já para eleições municipais deste ano, bem como as seguintes.

Essa flexibilidade na aplicação de recursos para candidaturas de pessoas negras difere das regras atualmente em vigor, que não estão na Constituição Federal, mas seguem entendimento do Tribunal Superior Eleitoral(TSE) de que os recursos destinados a pessoas pretas e pardas deve ser proporcional ao número total de candidatos neste perfil no pleito.

A PEC da Anistia Partidária, como ficou conhecida, foi aprovada em uma sessão deliberativa híbrida, com Plenário esvaziado e a maioria dos deputados participando de forma remota. 

Brasília (DF) 11/07/2024 Câmara dos Deputados durante sessão plenária extraordinária semipresencial para votar a proposta de emenda à Constituição. Foto Lula Marques/ Agência Brasil
Brasília (DF) 11/07/2024 Câmara dos Deputados durante sessão plenária extraordinária semipresencial para votar a proposta de emenda à Constituição. Foto Lula Marques/ Agência Brasil - Lula Marques/ Agência Brasil

Edição: Sabrina Craide

Fonte: Agência Brasil com informações da Agência Câmara

quinta-feira, 11 de julho de 2024

PT entra com ADI no STF contra privatização das escolas no Paraná

 

Supremo Tribunal Federal. Foto: Rosinei Coutinho

O PT (Partido dos Trabalhadores) pediu no STF (Supremo Tribunal Federal) a inconstitucionalidade do projeto de lei que privatizou escolas públicas no Paraná, proposto pelo governo do estado e aprovado no mês passado pela Assembleia Legislativa. A ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) foi protocolada nesta quinta-feira (11).

A ADI é assinada pela presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, e faz parte de uma articulação que envolveu deputados de ooposição ao governo de Ratinho Junior no Paraná. Entre os apontamento da ADI, está o de que os pilares fundamentais da educação brasileira são firmados pela União Federal – e neles não se inclui a terceirização da gestão do ensino público à iniciativa privada. A lei estadual, conforme sustenta a ADI, avançou sobre os limites legislativos que a Constituição Federal impôs aos Estados. “Não há lei federal que permita a terceirização da gestão do ensino público a empresas privadas de gestão educacional”, diz a ação.

A ação pede a suspensão imediata do Programa Parceiro da Escola, até que o Supremo Tribunal Federal decida quanto à constitucionalidade da lei que o instituiu.

Fonte: Bem Paraná

Justiça Eleitoral determina que pré-candidato a vereador de cidade do Paraná suspenda “showmício”

 

A pode atrair mais de 3 mil pessoas, em data próxima ao pleito eleitoral Municipal, quando ainda vedadas campanhas políticas antecipadas

MPPR (Foto: Franklin de Freitas)

A Justiça Eleitoral em Maringá, no Norte Central do estado, determinou que um pré-candidato a vereador promova adequações em um evento previsto para ocorrer no sábado, 13 de julho, de modo a evitar a realização de propaganda eleitoral antecipada.

A decisão liminar, expedida nesta quinta-feira, 11 de julho, responde a representação eleitoral da 20ª Promotoria de Justiça de Maringá, que apontou que o evento em questão caracterizaria um “showmício”, proibido pela legislação eleitoral. No calendário do pleito deste ano, a propaganda eleitoral só é permitida a partir de 16 de agosto.

Conforme apurou o Ministério Público, o pré-candidato, que atualmente exerce mandato na Câmara Municipal, vem promovendo em suas redes sociais ampla divulgação da festividade, anunciada com entrada livre, atrações musicais e barracas de comidas com distribuição gratuita. A festa está prevista para ocorrer em um Centro de Tradições Gaúchas (CTG) no Km 5 da PR-317, em Maringá.

Na liminar, o Juízo da 137ª Zona Eleitoral de Maringá aponta que “a referida festa, nos termos propagados, pode atrair mais de 3 mil pessoas, em data próxima ao pleito eleitoral Municipal, quando ainda vedadas campanhas políticas antecipadas”.

Medidas impostas ao pré-candidato

Entre as medidas que devem ser adotadas pelo pré-candidato estão a desvinculação de seu nome da festividade, com a imediata retirada de propagandas nas redes sociais e outros meios de divulgação, e a proibição de qualquer atração artística no evento, bem como da distribuição gratuita de comidas e bebidas durante a programação. O descumprimento pode resultar na aplicação de multa de R$ 100 mil.

Considerando a proximidade da data prevista para o evento, a decisão judicial determina ainda que os responsáveis pelo CTG sejam informados sobre as vedações impostas, sob pena de aplicação de multa em caso de descumprimento.


Fonte: Bem Paraná com Assessoria

“Burro demais”: auxiliares de Bolsonaro brigaram sobre recompra de Rolex


Fabio Wajngarten e Frederick Wassef. Foto: Reprodução

A “operação recompra” de relógio Rolex vendido nos Estados Unidos gerou crise entre auxiliares de Jair Bolsonaro. Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social), foi quem pediu para Frederick Wassef, então advogado do ex-presidente, ir ao país para pegar o item de volta e devolver ao Tribunal de Contas da União (TCU), mas posteriormente reclamou da ação.

Em conversa no WhatsApp, eles discutiam sobre a decisão de Augusto Nardi, ministro do TCU que determinou a devolução das joias. “Era muito melhor agente se antecipar”, afirmou Wajngarten. Na sequência ele diz que Wassef e Marcelo Câmara, ex-assessor, “contaminaram” o caso e ironiza a dupla: “Gênios”.

Cid, que coordenou a operação junto de Wassef, tentou se isentar do caso e afirmou: “Também acho. Me disseram que você iria…”. Wajngarten então diz que ele seria o nome “mais acertado” para a recompra e segue criticando Wassef: “Burro demais. Contaminado”.

O diálogo ocorreu em março de 2023 no período em que Wassef já estava nos EUA para recomprar o item. Segundo a Polícia Federal, o Rolex foi vendido em junho de 2022 e adquirido novamente um ano depois pelo advogado, que pagou US$ 49 mil (cerca de R$ 256,5 mil na cotação da época) em espécie e alegou que não queria ser taxado por IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras).

Veja o diálogo:

“Operação recompra” de Rolex gerou briga entre auxiliares de Bolsonaro. Foto: Reprodução/PF

Fonte: DCM

Moraes manda Câmara enviar PCs e celulares de suspeito de envolvimento com Abin Paralela


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal – Foto: Reprodução

 Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o envio dos computadores e celulares funcionais usados por José Matheus Sales Gomes – um dos alvos da 4ª fase da Operação “Última Milha”, deflagrada nesta quinta-feira (11) pela Polícia Federal (PF).

Nos autos do processo da investigação, Moraes concordou com a Procuradoria-Geral da República (PGR) que não havia necessidade de busca e apreensão na Câmara dos Deputados. O investigado não estaria utilizando suas funções públicas para guardar provas na Casa, portanto, o ministro solicitou apenas o envio de dados.

“A expedição de ofício sigiloso ao presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira, requisitando o envio dos computadores e celulares funcionais utilizados por José Matheus Sales Gomes”, determinou Moraes.

José Matheus é investigado por suposta participação na organização criminosa envolvida no esquema de espionagem ilegal da “Abin Paralela”.

Ele também era assessor do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho de Bolsonaro, e foi alocado como secretário parlamentar no gabinete de Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Abin, após o fim do mandato do ex-capitão. Vale ressaltar que, em três meses, entre março e maio deste ano, José Matheus recebeu R$ 28.174,63 entre remuneração e auxílios.

Operação Última Milha

As investigações da corporação afirmam que a Abin, durante a gestão Bolsonaro e a diretoria de Ramagem, era utilizada para produzir fake news para abastecer o “gabinete do ódio” do governo do ex-presidente.

O software de rastreamento e localização israelense “First Mile” teria sido utilizado por Bolsonaro e seus seguidores na elaboração de relatórios sobre ministros do STF e adversários políticos do ex-capitão.

O ex-diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem e o ex-presidente Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

Fonte: DCM

Existia 'sintonia fina' entre 'gabinete do ódio' e Abin paralela contra CPI da Covid, diz líder do governo

 

Políticos, jornalistas e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram alvos do monitoramento ilegal realizado pela Abin

Randolfe Rodrigues (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O líder do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou que existe uma “sintonia fina” entre as ações contra parlamentares que integravam a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid e os investigados pela 'Abin Paralela'.
“Enquanto brasileiros estavam morrendo, o governo se dedicava a usar o aparato da União contra os opositores e aqueles que defendiam a vacina”, declarou. “Existia uma sintonia fina entre a atuação do gabinete do ódio contra a CPI da Covid e a atuação do aparato brasileiro por meio da agência de inteligência”.

“O fato de os dirigentes da CPI da Covid terem sido monitorados, além de mim, dos colegas senadores Renan Calheiros e Omar Aziz, só traz, também à cena, um caráter trágico”, completou.

As investigações da Polícia Federal acerca do esquema de espionagem ilegal realizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL) revelam que políticos, jornalistas e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram alvos do monitoramento.

O esquema também produzia dossiês e divulgava notícias falsas contra adversários, expôs a investigação. 

Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Haddad: "Vencemos a oposição e colocamos a carne na cesta básica"

 

Ministro da Fazenda comentou ao lado da primeira-dama, Janja, a aprovação da regulamentação da reforma tributária pela Câmara

Rosângela Lula da Silva, a Janja, e Fernando Haddad (Foto: Reprodução/X)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, descreveu, nesta quinta-feira (11), a inclusão da carne na Cesta Básica Nacional como uma vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao comentar a aprovação da regulamentação da reforma tributária, ocorrida nesta quarta-feira (10). 

"O presidente Lula teve sua vitória ontem. Muito importante... O Congresso por acordo de liderança, mesmo o PL que tem feito uma campanha contra a reforma. Vencemos a oposição e colocamos a carne na cesta básica", disse Haddad em um vídeo ao lado da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, divulgado na rede social X (antigo Twitter). 

O titular da pasta afirmou ainda que a reforma tributária modernizará significativamente a economia brasileira e que a proposta "começa a corrigir as injustiças históricas do sistema tributário contra os mais pobres".

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira o projeto de lei com o eixo central da regulamentação da reforma tributária sobre o consumo, incluindo uma trava para a alíquota do futuro imposto simplificado e a adição de proteínas animais à lista de itens da cesta básica isentos de tributação, tema que vinha sendo defendido tanto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto pela bancada ruralista, que vem buscando uma aproximação com o governo federal.

De acordo com estimativas da equipe econômica, a desoneração da carne resultará em um aumento de 0,53 ponto percentual na alíquota padrão do Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Já os cálculos do Banco Mundial indicam um impacto de até 0,57 ponto percentual. Nesse sentido, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), chegou a defender que, em vez de isentar todas as carnes, a regulamentação da reforma tributária poderia prever um cashback ampliado para a compra desses produtos, o que beneficiaria famílias de renda mais baixa.

Internautas descreveram a isenção das carnes como uma vitória do presidente Lula, que voltou a defender durante o lançamento do Plano Safra a inclusão das carnes na cesta básica com imposto zero na regulamentação da reforma tributária. Antes da aprovação, o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse que o presidente Lula expressou seu apoio à inclusão das carnes na cesta básica durante a reforma tributária.

Os próprios PL de Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro, e a bancada ruralista junto à bancada governista, se alinharam para aprovar um destaque instituindo a taxa zero para as carnes na votação.

Fonte: Brasil 247

Internautas repudiam blindagem de Alexandre Ramagem a Flávio Bolsonaro e criticam 'Abin Paralela' (vídeo)

 

Perfis nas redes sociais também cobraram a prisão de Jair Bolsonaro

Alexandre Ramagem, ABIN e Flávio Bolsonaro (Foto: Carolina Antunes/PR | Reprodução | Jefferson Rudy/Agência Senado)

Internautas criticaram o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) após um áudio apontar que, durante o governo da extrema-direita no Brasil, Jair Bolsonaro (PL) e o então diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, conversaram sobre a hipótese de não punir o parlamentar nas investigações de corrupção conhecida como "rachadinha" (desvios de salários de assessores que aconteceu quando o atual congressista era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio). 

Agentes da Polícia Federal apuram se a Abin interferiu em investigações envolvendo Flávio Bolsonaro para fornecer informações aos responsáveis pela defesal do senador. As repercussões dos internautas aconteceram no mesmo dia em a PF iniciou a operação Última Milha, que, desde 2023, investiga o possível uso ilegal de sistemas da agência para espionar autoridades e oposicionista do governo Jair Bolsonaro. 

A PF prendeu quatro pessoas, depois de ir às ruas cumprir cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão em São Paulo (SP), Brasília (DF), Curitiba (PR), Juiz de Fora (MG), e Salvador (BA). 

Agentes apuram crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.

Lista de espionados

De acordo com as investigações, os ministros do STF Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux foram alguns dos espionados. No Legislativo, foram alvos da espionagem ilegal o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) e os ex-deputados Rodrigo Maia (PSDB), Joice Hasselmann (Podemos e Ex-PSDB) e Jean Wyllys (PT e na época do PSOL). 

Entre os senadores, Alessandro Vieira (MDB-SE), Omar Aziz (PSD-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) foram alvos de espionagem. 

No Poder Executivo: o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB); dois servidores do Ibama e três auditores da Receita. As jornalistas Monica Bergamo, Luiza Alves Bandeira, Vera Magalhães e Pedro Cesar Batista também foram alvos de espionagem. 

 

 

 

 

 

 


Fonte: Brasil 247

"Se Lula não tivesse derrotado Bolsonaro, Alexandre de Moraes não estaria vivo hoje", diz Fernando Horta

 

Historiador afirma que a quadrilha bolsonarista poderia ter assassinado o ministro do STF

(Foto: ABR | Brasil 247)

Em entrevista concedida ao jornalista Leonardo Attuch, o historiador Fernando Horta fez afirmações impactantes sobre o atual cenário político brasileiro e as ameaças enfrentadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Horta afirmou que, caso Jair Bolsonaro tivesse vencido as eleições, a vida de Alexandre de Moraes estaria em grave perigo devido às ações da chamada "quadrilha bolsonarista".

"A quadrilha bolsonarista poderia ter assassinado o ministro do STF", declarou Horta, ressaltando a gravidade do escândalo da Abin paralela, que veio à tona com a quarta fase da Operação Última Milha. Esta operação, deflagrada pela Polícia Federal (PF), tem como objetivo apurar um esquema de monitoramento ilegal de opositores e críticos do governo Bolsonaro, realizado por meio de uma Agência Brasileira de Inteligência (Abin) paralela.

A investigação revelou que os envolvidos não apenas sugeriram ações violentas contra Alexandre de Moraes, mas também discutiram explicitamente um plano para assassiná-lo. "Se o presidente Lula não tivesse vencido as eleições, Alexandre de Moraes não estaria vivo hoje", afirmou Horta, mencionando que os militares envolvidos no esquema são "crias da ditadura", formados durante a Guerra Fria.

De acordo com o relatório da PF, mensagens trocadas em agosto de 2021, descobertas durante a investigação de um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), indicaram que um dos investigados sugeriu que o ministro "merecia algo a mais", ao que outro respondeu mencionando o calibre de munição "7.62" e acrescentou: "head shot" (tiro na cabeça).

Além das ameaças de violência, os investigados discutiram alternativas como a abertura de um processo de impeachment contra Alexandre de Moraes e a produção de um dossiê contra ele. A PF informou que os envolvidos poderão responder por crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático.

Horta destacou a importância de uma resposta firme e conjunta do STF. "O STF deve dar uma resposta em conjunto", enfatizou. Ele também mencionou que Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin e investigado na operação, "não pode continuar solto".

O esquema ilegal de monitoramento não se limitou ao STF, abrangendo também figuras do Poder Legislativo, Executivo e até jornalistas. Entre os alvos estavam ministros do STF como Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux, políticos como o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e jornalistas como Monica Bergamo e Vera Magalhães.

Fernando Horta concluiu sua entrevista ressaltando a gravidade do momento político vivido pelo Brasil. "Estávamos na antessala de uma ditadura", afirmou, destacando a importância da vitória de Lula nas eleições para a preservação da democracia e da integridade das instituições brasileiras. Assista:


Fonte: Brasil 247