quinta-feira, 11 de julho de 2024

Pacheco admite mudanças ao texto e adia votação de projeto que trata da repactuação da dívida dos estados

 O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu adiar a votação do projeto de lei que trata da repactuação da dívida dos estados. O Rio de Janeiro deve cerca de R$ 160 bilhões ao governo federal

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), irá realizar mudanças ao texto do projeto de lei, apresentado esta semana, que prevê a repactuação da dívida dos estados com a União. A decisão foi tomada após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), no Palácio do Planalto.


Pacheco revelou que Lula cobrou um alinhamento entre o Legislativo e o Executivo sobre o tema. 


“O Ministério da Fazenda tem seu ponto de vista, os estados têm seu ponto de vista, e nós temos também. Então, é só buscar alinhar. Mas o cerne está mantido: a possibilidade de entrega de ativos, e a redução da alíquota do indexador de juros”, afirmou Pacheco.


O texto foi apresentado pelo presidente do Senado após um longo debate com governadores dos estados que possuem os maiores débitos com a União, incluindo o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), que esteve na capital federal na semana passada. Ao final da reunião, Castro se mostrou satisfeito com a proposta e cobrou celeridade na votação.


O Rio de Janeiro deve cerca de R$ 160 bilhões à União, além de outros R$ 30 bilhões por empréstimos garantidos pelo governo federal. 


A previsão é a de que a repactuação da dívida seja votada na próxima terça-feira (16), quando será  realizada a última sessão no Plenário do Senado antes do recesso parlamentar.


Fonte: Agenda do Poder

Arthur Lira e Renan Calheiros foram espionados ilegalmente pela Abin, segundo a PF; veja lista de vítimas do esquema

 Desde 2023, operação investiga o uso ilegal de sistemas da Abin para monitorar desafetos políticos no governo de Jair Bolsonaro

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin), durante a gestão Bolsonaro, operou um esquema de espionagem ilegal que atingiu, entre outros, o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL)), e o senador Renan Calheiros (MDB). A informação é de Daniela Lima, do g1.


Nesta quinta-feira (11), a Polícia Federal executa cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão em uma nova fase da operação Última Milha.


Desde 2023, essa operação investiga o uso ilegal de sistemas da Abin para espionar autoridades e desafetos políticos no governo de Jair Bolsonaro (PL).


A nova fase da investigação foi impulsionada por dados extraídos dos celulares de ex-integrantes da Abin, revelando um plano de monitoramento ilegal destinado a “explodir” adversários. Entre os alvos confirmados pela Polícia Federal está o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, cuja movimentação foi monitorada por ordem de Alexandre Ramagem, ex-chefe da Abin na gestão Bolsonaro. Maia classificou a espionagem como um “ato totalitário e criminoso”.


Os diálogos encontrados nos aparelhos também indicam a espionagem de escritórios de advocacia, deputados, senadores e outros adversários políticos. A lista de monitorados inclui membros do PP e MDB, partidos aliados ao governo Lula.


A investigação revelou ainda possíveis ações clandestinas contra membros do Judiciário, como Alexandre de Moraes e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Roberto Barroso, com o objetivo de questionar a credibilidade do sistema eleitoral.


Veja a lista de quem foi espionado:


Conforme as investigações da PF, foram monitorados autoridades, servidores e jornalistas. Entre eles estão:


Poder Judiciário: ministros do STF Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luis Roberto Barroso e Luiz Fux.


Poder Legislativo: o atual presidente da Câmara, Arthur Lira, o deputado Kim Kataguiri e os ex-deputados Rodrigo Maia, que foi presidente da Câmara, e Joice Hasselmann. E os senadores: Alessandro Vieira, Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues, que integravam a CPI da Covid no Senado.


Poder executivo: João Doria, ex-governador de São Paulo e servidores do Ibama Hugo Ferreira Netto Loss e Roberto Cabral Borges, auditores da Receita Federal do Brasil Christiano José Paes Leme Botelho, Cleber Homen da Silva e José Pereira de Barros Neto.


Jornalistas: Monica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro Cesar Batista.


Fonte: Agenda do Poder com informações da jornalista Daniela Lima, do G1

PGR deve apresentar nova denúncia por obstrução de justiça no caso Marielle

 Avaliação da cúpula do MPF é de que delação de Ronnie Lessa trouxe novos elementos para esclarecer circunstâncias do assassinato

A cúpula da Procuradoria-Geral da República (PGR) pretende apresentar ainda neste ano uma nova denúncia no âmbito das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. Desta vez, a acusação formal está relacionada a uma outra frente de apuração em andamento, relacionada ao crime de obstrução de Justiça.


Segundo a coluna de Malu Gaspar, no jornal O GLOBO, a avaliação de interlocutores do procurador-geral da República, Paulo Gonet, é a de que a delação premiada do ex-PM Ronnie Lessa, assassino de Marielle e Anderson Gomes, tem dado elementos para os investigadores esmiuçarem as circunstâncias do crime, inclusive as tentativas dos réus em atrapalhar o esclarecimento do caso.


A delação de Lessa foi homologada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em março deste ano.


Em 18 de junho, a Primeira Turma do Supremo decidiu – por unanimidade – aceitar a denúncia da PGR contra o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio Domingos Brazão, o delegado da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa e o ex-policial Ronald Paulo de Alves por homicídio qualificado de Marielle e Anderson, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.


Fernanda também estava no carro com Marielle e Anderson, mas sobreviveu ao atentado ocorrido em março de 2018, na região central do Rio.


Já naquela ocasião, Moraes apontou em seu voto “atos de obstrução das investigações” praticados por Chiquinho Brazão – apontado como um dos mandantes do homicídio da vereadora – “com a finalidade de impedir o avanço da investigação para garantir que os investigados permanecessem impunes”, bem como com “a finalidade de embaraçar a investigação instaurada para apurar o envolvimento de organização criminosa” instalada na Delegacia de Homicídios da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro.


Naquele mesmo dia, Moraes determinou a abertura do novo inquérito com foco na apuração do crime de obstrução de justiça. Os alvos do processo são os irmãos Brazão, o delegado Rivaldo Barbosa e os policiais civis Giniton Lages e Marco Antônio de Barros Pinto, que atuavam na Delegacia de Homicídios do Rio na época do crime.


Em um dos trechos de sua delação, Lessa relatou à PF ter sido tranquilizado por Domingos em relação à gravidade do crime planejado.


O assassino comentou que se trataria de um homicídio “impactante”, mas o conselheiro do TCE demonstrou não estar preocupado.


“A DH tá na mão”, afirmou Domingos. “O Rivaldo é nosso”, completou. Rivaldo chefiava a Delegacia de Homicídios do Rio e se tornou chefe da corporação na véspera do crime.


Para a Polícia Federal, havia um esquema criminoso funcionando dentro da DH, que estava em plena operação quando Marielle foi assassinada.


Esta não é a primeira vez que a PGR se debruça sobre a obstrução de Justiça no caso Marielle. Em seu último dia na chefia do órgão, a então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apresentou, em setembro de 2019, uma denúncia no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra cinco pessoas por interferência nas investigações do assassinato de Marielle e de Anderson.


Foram denunciados por Dodge o conselheiro Domingos Brazão; Gilberto Ferreira, que atuou no gabinete do conselheiro no TCE-RJ; o policial militar Rodrigo Jorge Ferreira, o Ferreirinha (que apontou falsamente o vereador Marcelo Siciliano e o miliciano Orlando Curicica como mentores do crime); a advogada dele, Camila Nogueira; e o delegado federal Hélio Khristian, que recebeu Ferreirinha nas dependências da PF.


“Domingos Brazão, valendo-se do cargo, da estrutura do seu gabinete no Tribunal Contas do estado do Rio, acionou um de seus servidores, agente da Polícia Federal aposentado, mas que exercia cargo nesse gabinete, para engendrar uma simulação que consistia em prestar informalmente depoimentos perante o delegado Hélio Kristian e, a partir daí, levar uma versão dos fatos à Polícia Civil do Rio de Janeiro, o que acabou paralisando a investigação ou conduzindo-a para um rumo desvirtuado por mais de um ano”, apontou Dodge.


Em 2023, a Justiça do Rio rejeitou a denúncia de Raquel Dodge, mas a equipe de Gonet vê agora espaço para formular uma nova acusação, à luz das novas informações colhidas na investigação com base na delação de Lessa.


Como resume um aliado de Gonet, o arquivamento daquela denúncia “não significa que não se pode reabrir o caso”.

Força de doações faz comércio gaúcho crescer mais que média nacional

 

Vendas no estado tiveram alta de 1,8% em maio, aponta IBGE

A corrente de solidariedade em prol de doações para a população afetada pelas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio fez com que as vendas do comércio gaúcho crescessem mais que a média nacional. Enquanto o setor varejista no país cresceu 1,2% na passagem de abril para maio, no Rio Grande do Sul as vendas tiveram expansão de 1,8%. 

Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em todo o país, apenas oito estados tiveram alta no comércio maior que a média nacional. O Rio Grande do Sul figura como a quinta maior taxa de crescimento.

O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, atribuiu o resultado do Rio Grande do Sul acima da média à compra de itens para doação e uma “corrida aos mercados”.

“As pessoas vão aos mercados fazer compras sabendo que pode haver um desabastecimento”, avaliou.

Enchentes

Nos últimos dias de abril e no início de maio, o Rio Grande do Sul sofreu severamente com temporais que deixaram parte considerável do estado alagada. Mais de 180 pessoas morreram. Além das perdas humanas, a tragédia climática impactou o funcionamento da economia local, com a interrupção da produção de fábricas, destruição de rodovias - o que desmonta cadeias de logísticas -, e o fechamento forçado de pontos de venda.

Atividades com alta

Além do segmento de hiper e supermercados impulsionado por compras emergenciais, o pesquisador do IBGE aponta como responsáveis pela impulsão do comércio gaúcho as atividades de tecidos, vestuário, calçados e móveis e eletrodomésticos.

O pesquisador do IBGE detalha que no caso de tecidos, vestuário e calçados, a contribuição mais notável é a de calçados. Já no caso de móveis e eletrodomésticos, são os aparelhos elétricos.

“O efeito de doações também explica [as vendas] de calçados e eletrodomésticos”, explica.

Cristiano Santos assinala que a alta identificada pela pesquisa se reflete em receita e volume, ou seja, não é apenas efeito da inflação. “Não tem fator inflacionário relevante”, disse.

O pesquisador acrescenta que o efeito doações também é sentido no comércio de outros estados, uma vez que itens também foram comprados fora do Rio Grande do Sul e enviados para as áreas afetadas. No entanto, segundo ele, esses impactos não são claramente percebidos. “É mais difícil de mostrar”.

Ainda segundo a pesquisa do IBGE, outro segmento com aumento nas vendas em maio foi o de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: Agência Brasil

Mais Médicos tem 33 mil inscritos; 10,4 profissionais por vaga

 

Mulheres são maioria entre os candidatos

O novo edital do Programa Mais Médicos registrou 33 mil inscrições para concorrer a mais de 3,1 mil vagas – uma média de 10,4 profissionais por vaga. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Ministério da Saúde.

Em nota, a pasta avaliou a adesão como “recorde de candidatos” e destacou novidades no edital, como vagas, no regime de cotas, para pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais (negros, quilombolas e indígenas).

O balanço mostra que as chamadas vagas afirmativas do Mais Médicos receberam um total de 3,1 mil inscrições, sendo 2,6 mil negros, 34 quilombolas, 70 indígenas e 382 pessoas com deficiência.

Do total geral de inscrições para o programa, 18,7 mil são mulheres – cerca de 57%. A pasta divulgou ainda o total de inscrições por tipo de perfil profissional:

- médicos formados em instituições de educação superior brasileiras ou com diploma revalidado no pais com registro no CRM: 15.699;

- médicos brasileiros com habilitação para exercício da medicina no exterior: 13.467;

- médicos estrangeiros com habilitação para exercício de medicina no exterior: 3.848.

Entenda

Podem participar da seleção do Mais Médicos profissionais brasileiros, brasileiros formados no exterior ou estrangeiros, que continuarão atuando com Registro do Ministério da Saúde (RMS). Médicos brasileiros formados no Brasil continuam a ter preferência no processo seletivo.

Para grupos étnico-raciais, serão ofertadas 20% das vagas, priorizadas da seguinte forma:

- para municípios que têm 2 vagas: 50%

- para municípios que têm entre 3 a 10 vagas: 20%

- para municípios que têm mais de 10 vagas: 20%

Edição: Maria Claudia

Fonte: Agência Brasil

Vendas no varejo surpreendem e sobem 1,2% em maio, no 5º mês de alta, diz IBGE

O dado de maio veio bem acima das projeções do consenso LSEG de analistas, que previam queda de 0,9% na comparação mensal; no ano, a expansão acumulada é de 5,6%

(Foto: REUTERS/Pilar Olivares)

Infomoney - O volume de vendas do comércio varejista do Brasil cresceu 1,2% em maio ante abril, engatando cinco meses seguidos de alta, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano, a expansão acumulada é de 5,6%, enquanto nos últimos 12 meses, a alta é de 3,4%.

O dado de maio veio bem acima das projeções do consenso LSEG de analistas, que previam queda de 0,9% na comparação mensal e alta de 4,0% na anual.

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas cresceu 0,8% na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral variou 0,1%.

Na série sem ajuste sazonal, o varejo ampliado cresceu 5,0%, acumulando no ano alta de 4,8% ante o mesmo período de 2023 e de 3,7% em 12 meses.

Cinco das oito atividades pesquisadas ficaram no campo positivo em maio e as principais influências sobre o resultado geral foram exercidas por hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,7%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,6%).

Foi o segundo mês seguido de alta para hiper e supermercados, segmento que acumula ganho de 2,6% nesse período. O setor responde por 54,7% do volume de vendas no varejo.

“O resultado positivo foi bem disseminado, com apenas três atividades com queda. As de maior peso, como hiper e supermercados, artigos farmacêuticos e outros artigos de uso pessoal e doméstico cresceram. Além disso, houve questões conjunturais, como o aumento das vendas do setor de vestuário, mais focadas em calçados”, comentou em nota Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE.

Entre os elementos macroeconômicos que influenciaram os resultados do varejo, ele citou o aumento da concessão de crédito para as pessoas físicas e o crescimento da massa de rendimento salarial e do número de pessoas ocupadas. “São fatores que levam a esse resultado global maior do que o registrado em 2023”, explicou.

Os setores de tecidos, vestuário e calçados (2,0%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,2%) e livros, jornais, revistas e papelaria (0,2%) também tiveram resultados positivos. No caso do primeiro segmento, a alta veio após dois meses seguidos de variações negativas.

De modo distinto, no setor de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, o resultado de maio representou o quarto positivo seguido nessa comparação, acumulando alta de 12,6% no período.

Já no caso de livros, jornais, revistas e papelaria, a variação positiva foi precedida por dois meses seguidos no campo negativo.

Os demais setores tiveram resultados negativos: móveis e eletrodomésticos (-1,2%), combustíveis e lubrificantes (-2,5%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-8,5%).

“No setor de combustíveis e lubrificantes, essa queda tem a ver com a diminuição de uma atividade de transporte no sul do país, em decorrência das enchentes”, detalhou o pesquisador.

“Em móveis e eletrodomésticos, houve duas trajetórias distintas: enquanto as vendas dos eletrodomésticos cresceram, as dos móveis caíram. Já na atividade de material para escritório, informática e comunicação, o dólar estava valorizado em relação ao real, o que afugenta as demandas do setor de informática, que são mais de produtos importados”, pontuou.

Maio ante maio

Na comparação com maio do ano passado, o volume de vendas do varejo avançou 8,1%. Essa alta foi disseminada por cinco das oito atividades: outros artigos de uso pessoal e doméstico (14,5%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (13,6%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (10,5%), móveis e eletrodomésticos (2,1%) e tecidos, vestuário e calçados (2,0%).

As outras três atividades tiveram resultados negativos: livros, jornais, revistas e papelaria (-8,9%), combustíveis e lubrificantes (-3,2%) e equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-0,2%).

“Esse crescimento de 8,1% é bem consistente e só se assemelha a fevereiro deste ano. Hiper e supermercados, artigos farmacêuticos e outros artigos de uso pessoal e doméstico tiveram ganhos mais pronunciados, de dois dígitos, e ajudaram a manter esse ritmo de crescimento mais forte”, avaliou Cristiano Santos.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

 

Entenda como ficou a reforma tributária, aprovada na Câmara

 

Com a reforma, cinco impostos serão extintos: PIS, Cofins, ICMS, IPI e ISS. Imposto da carne foi zerado

(Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (10) a regulamentação da Reforma Tributária, prometendo simplificar o sistema de impostos e isentar alguns itens de cobrança. Apesar de a criação dos novos tributos ter sido aprovada no ano passado, ainda faltavam definir as alíquotas e as exceções. A expectativa é que todo o processo seja concluído ainda este ano, com a nova legislação entrando em vigor em etapas, entre 2025 e 2033, destaca o Uol. Agora, o texto segue para a análise do Senado Federal.

Com a Reforma Tributária, cinco impostos serão extintos: PIS, Cofins, ICMS, IPI e ISS. Em seu lugar, serão criados três novos tributos: Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e Imposto Seletivo (IS). O IBS, que substituirá ICMS e ISS, será compartilhado por estados e municípios, enquanto a CBS substituirá PIS, Cofins e IPI. O IS será aplicado a produtos prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. Tanto o CBS quanto o IS são tributos federais.

O IBS e o CBS serão reunidos no IVA (Imposto sobre Valor e Consumo), com uma estimativa de alíquota de 26,5%, sendo 17,7% referente ao IBS e 8,8% ao CBS. A tributação sobre alimentos deve cair de 11,6% para 4,8%, com a cesta básica tendo alíquota zero e a cesta avançada uma alíquota reduzida. Para as famílias de baixa renda cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), a alíquota final pode chegar a 3,9%, graças a um sistema de cashback.

A isenção para carnes foi incluída após pressão da bancada ruralista, e outros alimentos como leite fermentado, queijos, mel natural, farinhas, óleos vegetais e sucos naturais também terão redução de 60% na alíquota. Medicamentos e dispositivos médicos para pessoas com deficiência (PCD) estarão isentos ou terão alíquotas reduzidas.

O texto aprovado permite cashback de 100% para CBS e 20% para IBS na compra de gás de cozinha, e 50% para CBS e 20% para IBS em serviços essenciais como energia elétrica, água e esgoto.

A reforma também altera a tributação para alguns fundos de investimento e a construção civil, que terá redução de alíquotas em operações com bens imóveis e aluguéis. Bares e restaurantes terão direito a um regime diferenciado e poderão excluir os custos com serviços de entrega. A aviação regional também será beneficiada com redução de alíquota para rotas específicas.

Os microempreendedores individuais (MEIs) com faturamento até R$ 40,5 mil por ano não serão contribuintes do IBS e CBS. Produtos de higiene menstrual passarão a ter desconto, e o Imposto Seletivo será aplicado a jogos de azar, cigarros, bebidas alcoólicas, e outros produtos prejudiciais.

A reforma ainda está sujeita a alterações pelo Senado, mas promete simplificar o sistema tributário brasileiro e trazer mais equidade na cobrança de impostos.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

'Falei que ela precisa medir as palavras', diz Benedita após Zambelli pedir desculpas por chamá-la de Chica da Silva

 

"Disse que ela precisava medir as palavras e que não poderia impedir que minha bancada tomasse providência jurídica ou política, como aconteceu", disse Benedita da Silva

Deputada Benedita da Silva (PT-RJ) (Foto: Pablo Valadares /Câmara dos Deputados)

A deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) encontrou-se com a colega Benedita da Silva (PT-RJ) para se desculpar por tê-la chamado pelo nome da ex-escravizada Chica da Silva durante uma live. A atitude de Zambelli levou o PT a acionar a Corregedoria da Câmara e a Procuradoria-Geral da República (PGR) por racismo.

Benedita, uma figura de destaque na política brasileira e defensora dos direitos dos negros, disse ao jornal O Globo que aceitou o pedido de desculpas, mas ressaltou a importância de "medir as palavras". Ela afirmou que não poderia impedir que sua bancada tomasse medidas jurídicas ou políticas.

“Ela foi me pedir desculpas, e eu disse que ela precisava medir as palavras e que não poderia impedir que minha bancada tomasse providência jurídica ou política, como aconteceu”, disse Benedita. “Estamos aguardando os resultados (das representações) e não quero mais alimentar essa conversa”, completou. 

Zambelli, por sua vez, confirmou o pedido de desculpas e descreveu a conversa. "Fui conversar com a Benedita para dizer que havia trocado os nomes sem querer", explicou. Ainda segundo ela, Benedita teria respondido que “para ela era uma honra ter sido chamada pelo nome de uma mulher tão forte e determinada". 

Além disso, Benedita aconselhou Zambelli a evitar criar novos inimigos. “Pedi desculpas, ela aceitou e disse, me aconselhando: 'Carla, eu nunca falei no seu nome, você podia tentar não arranjar novos inimigos. Eu concordei”, destacou a bolsonarista

Durante o encontro, Zambelli também reclamou da falta de apreciação de seus projetos de lei pela Secretaria da Mulher da Câmara, coordenada por Benedita. Ela mencionou que Benedita prometeu verificar a situação dos projetos, mas não houve retorno até o momento.

Após as falas de Zambelli durante a live, o PT do Rio divulgou uma nota condenando a fala e acusando a deputada de racismo. Ministros como Silvio Almeida (Direitos Humanos) e Anielle Franco (Igualdade Racial) também criticaram a citação e expressaram apoio a Benedita.

Chica da Silva, uma escravizada alforriada, tornou-se uma figura proeminente na sociedade colonial de Minas Gerais do século 18, simbolizando a ascensão social e o poder de uma mulher negra naquela época. 

Benedita foi deputada constituinte, senadora, ministra de Estado, governadora e vice-governadora, e hoje conduz também a Secretaria da Mulher na Câmara dos Deputados e atua como vice-coordenadora da primeira Bancada Negra da Câmara.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

'Abin paralela': operação da PF mira servidores e influenciadores do "gabinete do ódio"


Os alvos podem responder por organização criminosa, tentativa de abolição do Estado de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo alheio

(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) está cumprindo cinco mandados de prisão preventiva como parte da quarta fase da Operação Última Milha, que tem como foco uma organização criminosa formada na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). A TV Globo apurou que os alvos são ex-servidores cedidos para a Abin e influenciadores digitais que trabalhavam no chamado "gabinete do ódio", estrutura no Palácio do Planalto que disseminava notícias falsas. 

Segundo o jornalista Aguirre Talento, do UOL, entre os alvos de prisão está Mateus Sposito, ex-assessor do Ministério das Comunicações no governo Bolsonaro, suspeito de integrar o gabinete do ódio. Outro ex-assessor do Palácio do Planalto, José Matheus Sales, foi alvo de busca e apreensão.

Nota da Polícia Federal - A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (11/7) a 4ª fase da Operação Última Milha. O objetivo é desarticular organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas e à produção de notícias falsas, utilizando-se de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, nas cidades de Brasília/DF, Curitiba/PR, Juiz de Fora/MG, Salvador/BA e São Paulo/SP.

Nesta fase, as investigações revelaram que membros dos três poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas. A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.

Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.

Fonte: Brasil 247 com informações da TV Globo e do jornalista Aguirre Talento, do UOL

Biden concede coletiva e tenta salvar sua candidatura nesta quinta

 

A campanha de Biden está em uma situação adversa há duas semanas, desde que o desempenho ruim do presidente em debate contra Donald Trump

Joe Biden em evento de campanha na Carolina do Norte 28/6/24 (Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz)

Reuters - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tentará conter nesta quinta-feira a crescente oposição dentro de seu próprio partido a sua candidatura à reeleição, enviando assessores para se reunir com senadores democratas e realizando sua primeira coletiva de imprensa solo em quase oito meses.

A campanha de Biden está em uma situação adversa há duas semanas, desde que o desempenho ruim do presidente de 81 anos em debate contra Donald Trump, seu rival republicano, levantou novas preocupações sobre sua idade e acuidade mental - o que os eleitores já vinham questionando há muito tempo em pesquisas de opinião.

Na semana passada, parlamentares democratas passaram a pedir que Biden desista de sua candidatura, citando preocupações de que ele poderia não apenas perder a Casa Branca, mas também custar ao partido o controle do Congresso.

Na quarta-feira, Peter Welch se tornou o primeiro senador democrata a pedir que Biden se afaste, juntando-se a pelo menos nove deputados democratas que apelaram ao presidente para que abandone a disputa.

Welch, senador pelo Estado de Vermont em primeiro mandato, disse que Biden deveria encerrar sua candidatura "para o bem do país".

Vários parlamentares têm dito que Biden deveria permanecer na disputa, e muitos outros, incluindo a ex-presidente da Câmara dos Deputados Nancy Pelosi, têm se recusado a afirmar definitivamente o que ele deveria fazer.

Todos eles estarão observando atentamente às 18h30 (horário de Brasília), quando Biden responderá às perguntas da equipe de imprensa da Casa Branca.

Em sua primeira coletiva de imprensa solo desde novembro de 2023, Biden terá que falar sobre uma ampla gama de tópicos - incluindo prováveis perguntas sobre se seus médicos encontraram evidências de declínio mental.

Uma autoridade da Casa Branca disse que se espera que o formato seja semelhante ao da última coletiva de Biden, quando o presidente chamou quatro repórteres que perguntaram sobre tópicos que iam desde a defesa de Taiwan até as mortes em Gaza e, em seguida, respondeu a uma série de perguntas gritadas para ele.

Biden pode chamar mais alguns repórteres desta vez, de acordo com uma pessoa informada sobre o assunto.

Essa será a maior exposição de Biden desde o debate de 27 de junho. Uma entrevista à ABC News na semana passada causou ainda mais alarme quando Biden disse que ficaria satisfeito se perdesse a eleição, desde que fizesse o melhor possível.

Antes da coletiva de imprensa, vários assessores de Biden se reunirão com senadores democratas durante o almoço, em uma tentativa de reforçar o apoio no local onde ele serviu entre 1973 e 2009.

Uma pesquisa Reuters/Ipsos divulgada na semana passada revelou que Biden e Trump estão empatados na disputa com 40% cada. Outras pesquisas de opinião têm mostrado que Trump está ampliando sua vantagem sobre Biden.

Fonte: Brasil 247