quinta-feira, 11 de julho de 2024

"O que falta para Bolsonaro ser preso?", questiona Lindbergh

 

"Isso não é qualquer coisa. Eles estavam tentando interferir nas investigações da família do Bolsonaro", disse Lindbergh

Lindbergh Farias (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Em meio aos desdobramentos da investigação sobre o esquema de espionagem ilegal realizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) publicou nesta quinta-feira (11) um vídeo nas redes sociais, questionando: “o que falta para o Bolsonaro ser preso?”

“Depois de tudo o que aconteceu esta semana, do inquérito da Polícia Federal sobre o roubo das joias, [surge] esse outro escândalo aqui sobre a Abin e o aparelhamento da Abin para proteger a família Bolsonaro, para tentar tirar credibilidade do sistema eleitoral, para municiar o gabinete do ódio. É escandaloso”, afirmou. “Isso é explosivo, esse cara tem que ser preso. Isso não é qualquer coisa. Eles estavam tentando interferir nas investigações da família do Bolsonaro.”

A Polícia Federal encontrou uma gravação de áudio no computador do ex-diretor-geral da Abin, deputado Alexandre Ramagem, contendo uma reunião entre ele e o então presidente Jair Bolsonaro. No arquivo, os dois aparecem discutindo uma estratégia para blindar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) de investigações sobre desvios de dinheiro. Também participaram do encontro o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e uma advogada de Flávio Bolsonaro.

Na gravação, Bolsonaro é ouvido aprovando uma estratégia apresentada pelo então chefe da Abin para iniciar procedimentos contra os auditores fiscais que investigavam Flávio Bolsonaro, visando anular as apurações do caso das rachadinhas. Para a PF, o áudio confirma o uso da estrutura da Abin em benefício dos interesses pessoais de Jair Bolsonaro. 

Fonte: Brasil 247 com informações de UOL

"O cerco ao fascismo no Brasil é uma operação da direita tradicional", diz Alysson Mascaro

 

Professor e jurista afirma que este cerco serve ao governo do presidente Lula, mas pode viabilizar a volta da direita tradicional

(Foto: Reuters | Divulgação )

Em uma entrevista reveladora ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o filósofo e jurista Alysson Mascaro fez uma análise profunda sobre a conjuntura política brasileira, destacando o papel da direita tradicional no cerco ao fascismo de Jair Bolsonaro e as implicações para o governo do presidente Lula.

"O Brasil hoje é a nova colônia ideológica do mundo", afirmou Mascaro, ao discutir a influência externa sobre a política brasileira. Ele ressaltou a mudança significativa com a saída de Jair Bolsonaro da presidência: "Com a saída de Bolsonaro, deixamos de ter a vergonha de ter um presidente que beija a bandeira dos Estados Unidos. O presidente Lula beija a bandeira do Brasil."

Apesar disso, Mascaro alertou sobre a persistente influência estrangeira sobre uma parcela da população brasileira. "Há um pedaço da população brasileira que beija a bandeira dos Estados Unidos e de Israel", observou, indicando que a ideologia de extrema-direita ainda é forte no país. "A ideologia conseguiu no Brasil um amálgama total e está levando as massas para a extrema-direita", disse ele.

Para Mascaro, o cerco ao fascismo no Brasil é uma operação conduzida pela direita tradicional, que pode ter consequências inesperadas. "O cerco ao fascismo no Brasil é uma operação da direita tradicional", declarou. Ele acredita que essa estratégia pode servir aos interesses do governo de Lula no curto prazo, mas também pavimenta o caminho para o retorno da direita tradicional ao poder.

O professor expressou preocupação com a falta de controle do governo atual sobre a situação política, institucional e econômica. "O Executivo de hoje, do governo do presidente Lula, não tem controle da situação", afirmou. Segundo ele, esse cenário envolve múltiplos atores, incluindo o capital brasileiro e estadunidense, além dos militares, que foram poupados até agora. "Esse cálculo envolve o capital, brasileiro e estadunidense, e também os militares, que foram poupados", explicou.

Hora da mobilização e da ação de massas

No contexto atual, com as investigações e possíveis denúncias contra Bolsonaro ganhando força, Mascaro acredita que a esquerda e o governo Lula precisam agir com determinação. "No quadro atual, é fundamental fortalecer a ação de massas", enfatizou. "A esquerda e o governo Lula não podem ser reféns da direita."

Os recentes desdobramentos das investigações contra Bolsonaro, que incluem acusações de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro, conforme detalhado em um relatório de mais de 400 páginas da Polícia Federal, adicionam um nível extra de complexidade à situação política. Ministros do Supremo Tribunal Federal consideram as provas apresentadas no relatório como "robustas", aumentando a pressão sobre a Procuradoria-Geral da República para agir.

Com as eleições municipais se aproximando e a cautela adotada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, o cenário político brasileiro continua instável. No entanto, as palavras de Mascaro servem como um lembrete da necessidade de vigilância e ação contínua para evitar que a direita tradicional aproveite a situação para reconquistar o poder. 

Assista:

Fonte: Brasil 247

'Abin paralela': auditor da receita, vítima da arapongagem, foi exonerado após relatório de rachadinhas contra Flávio Bolsonaro

 

Christiano Paes Leme Botelho teve exoneração relacionada a investigações contra Flávio Bolsonaro

(Foto: Reprodução)

Christiano Paes Leme Botelho, ex-chefe do Escritório da Corregedoria da Receita Federal no Rio de Janeiro (Escor07), foi exonerado após elaborar o relatório que fundamentou a investigação das rachadinhas contra o senador Flávio Bolsonaro, em dezembro de 2020. Paralelamente, Botelho foi monitorado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em um suposto esquema de arapongagem chamado de Abin paralela de Bolsonaro, destaca reportagem do jornal O Globo.

 As informações foram reveladas nesta quinta-feira (11), na 4ª fase da operação Última Milha, deflagrada pela Polícia Federal.
A exoneração de Botelho ocorreu após Flávio Bolsonaro afirmar que seus dados fiscais foram acessados ilegalmente antes do início formal da investigação sobre o esquema de rachadinhas em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Botelho comandou o Escor07 por mais de uma década, sendo considerado uma figura influente no órgão.

 No Diário Oficial, a exoneração foi registrada como "a pedido", mas a imprensa apontou que a saída resultou de pressões após críticas dos advogados de Flávio Bolsonaro. Botelho não quis se manifestar sobre o caso.

As investigações da Polícia Federal, autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), revelaram um áudio em que Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem, então diretor-geral da Abin, e o general Augusto Heleno, então ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), discutem a investigação das rachadinhas.

 Na conversa, gravada em 25 de agosto de 2020, quatro meses antes da exoneração de Botelho, é debatido um plano para abrir procedimentos contra os auditores da Receita responsáveis pelo relatório que embasou a investigação.

De acordo com as investigações, Ramagem mencionou na gravação a necessidade de instaurar procedimentos administrativos contra os auditores da Receita para anular a investigação e retirar alguns auditores de seus cargos. A PF também aponta que a "Abin paralela" tentou levantar informações sobre "poderes e relações políticas" dos auditores, incluindo buscas por "dívidas tributárias" e redes sociais de esposas dos servidores da Receita.

Flávio Bolsonaro usou as redes sociais para negar qualquer interferência na Abin, afirmando que os servidores da Receita cometeram crimes ao acessar seus dados.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

"Bormevet, preso hoje pela PF, é a peça central para esclarecer o evento de Juiz de Fora", diz Joaquim de Carvalho

 

Apontado como pivô da Abin paralela, Marcelo Bormevet se tornou o homem forte do governo Bolsonaro depois de supostamente falhar na segurança do então candidato

(Foto: Reprodução)

Um dos alvos da Operação Última Milha, deflagrada nesta quinta-feira (11) pela Polícia Federal (PF) com o objetivo de desarticular a ‘Abin paralela’, organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades e à produção de notícias falsas, é o delegado da PF Marcelo Araújo Bormevet.
Integrante da corporação desde 2005, Bormevet fez parte da equipe de segurança de Jair Bolsonaro (PL) no evento de Juiz de Fora durante a campanha eleitoral de 2018, segundo o jornalista do Brasil 247 e da TV 247 Joaquim de Carvalho. “Bormevet foi um dos personagens da reportagem que fizemos de Juiz de Fora. Ele é central para entender a Abin paralela e também para entender o que aconteceu lá em Juiz de Fora”, explica Carvalho.

O jornalista destaca que Bormevet não era integrante fixo da equipe de segurança de Bolsonaro durante a campanha de 2018. O delegado foi destacado especificamente para atuar no evento de Juiz de Fora. “Ele era lotado na Delegacia da Polícia Federal em Juiz de Fora e ali ele foi mobilizado por um deputado federal na época, o Marcelo Álvaro Antônio - que depois seria ministro do Turismo e foi quem organizou o evento de Juiz de Fora -, e ali o Bolsonaro tinha, como candidato a presidente, direito a seguranças da Polícia Federal”.

Segundo Carvalho, Bormevet, Álvaro Antônio e Carlos Bolsonaro são personagens interligados neste caso: “[Marcelo Álvaro Antônio] foi quem organizou o evento de Juiz de Fora e depois ele foi protegido pelo Carlos Bolsonaro. O Carlos Bolsonaro é chave tanto na promoção deste policial quanto na proteção do Marcelo Álvaro Antônio. Quando ele era ministro do Turismo houve aquela denúncia dos laranjas e ele não caiu porque o Carlos Bolsonaro o protegia”.

O jornalista ainda contou que Bormevet, enquanto responsável pela segurança de Bolsonaro em Juiz de Fora, fez uma série de exigências para a realização do evento que são estranhas ao procedimento padrão da Polícia Federal no caso da proteção de candidatos a presidente. “Eu estive na frente do apartamento dele [Bormevet] em Juiz de Fora, falei com a esposa dele e eu queria falar com ele justamente porque eu tinha descoberto que ele organizou toda a chamada ‘segurança paralela’. Porque tinha a segurança que a Polícia Federal faz dos candidatos e havia lá em Juiz de Fora uma ‘segurança paralela’, e quem coordenou tudo isso foi o Bormevet”. 

“Eu soube disso porque o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Juiz de Fora me contou. Ele teve que fazer algumas coisas por conta da exigência desta pessoa. Era um esquema completamente diferente do que a Polícia Federal faz para proteger os candidatos. Inclusive, ele teve que contratar um drone que tinha que sobrevoar todo o tempo lá da caminhada, que foi onde o Adélio [Bispo] encontrou o Bolsonaro. O presidente da Associação Comercial falou: o Marcelo [Bormevet] fez uma reunião na minha casa e fez uma série de exigências; uma delas era que deveríamos ter um drone para gravar o tempo inteiro. Essas imagens - a íntegra - de drone desapareceram. Só ficou a imagem que foi usada na campanha do Bolsonaro. No mesmo dia já teve vídeo na internet que mostrava aquela multidão, o Bolsonaro carregado… Eu queria a íntegra porque poderia ter o momento do ataque, mas desapareceram essas imagens”, complementou.

É suspeito o movimento de Bormevet após o evento de Juiz de Fora. Mesmo tendo supostamente falhado na segurança do então candidato Bolsonaro, ele foi colocado no coração do poder e promovido a chefe do Centro de Inteligência Nacional (CIN) da Abin. Se a facada ocorreu como narrado pelo bolsonarismo, não faria sentido premiar o responsável pela segurança daquele dia.

Fonte: Brasil 247

PF cita Ramagem por monitoramento do caso Adélio

 

Polícia Federal deflagrou operação visando a Abin Paralela durante o governo de Jair Bolsonaro

Alexandre Ramagem (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

Diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro, o agora deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) determinou consultas à investigação envolvendo o caso Adélio Bispo, ocorrido em 2018. A informação consta da representação da Polícia Federal (PF) que embasou a quarta fase da Operação Última Milha, realizada nesta quinta-feira (11), visando a Abin Paralela. 

“A ‘investigação paralela’ relacionada ao caso MARIELLE não foi a única, posto que foram realizadas diligências relacionadas ao CASO ADÉLIO. O Diretor Alexandre Ramagem em 10/03/2022 determinou ao subordinado BORMEVET que este realizasse uma análise de dados disponíveis relacionados ao caso ADÉLIO., diz o documento, citado pela CNN Brasil

Os alvos da quarta fase da Operação Última Milha, deflagrada nesta quinta-feira, são: Mateus Sposito, ex-assessor do Ministério das Comunicações no governo Bolsonaro; Richards Pozzer, empresário que divulgava notícias falsas em suas redes sociais; Marcelo Bormevet, policial federal que trabalhava na Abin sob Ramagem; Giancarlo Gomes Rodrigues, militar que também trabalhava na Abin; e o influenciador Rogério Beraldo de Almeida. Até o momento, apenas Almeida não foi preso. A operação mira o  esquema ilegal de espionagem no governo de Jair Bolsonaro. Segundo a PF, a organização criminosa  monitorava ilegalmente autoridades públicas, além de produzir notícias falsas, utilizando-se de sistemas da Abin.

A investigação da PF já identificou, entre outras, o monitoramento ilegal das seguinte pessoas: 

  • os ministros do STF Alexandre de Moraes,  Dias Toffoli, Luis Roberto Barroso e Luiz Fux;
  • os deputados Arthur Lira, Rodrigo Maia (então presidente da Câmara), Kim Kataguiri e Joice Hasselmann;
  • os senadores Alessandro Vieira, Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues;
  • o ex-governador de São Paulo João Doria;
  • os jornalistas Monica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro Cesar Batista.
Fonte: Brasil 247 com CNN Brasil

Abin Paralela discutiu atentado contra Alexandre de Moraes, mostra investigação da PF: “tiro na cabeça”

 Também foi identificado um esforço coordenado para compilar informações que desmoralizassem o ministro do STF

Integrantes de uma estrutura paralela da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) discutiram um plano para atentar contra a vida do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e produziram um dossiê com o objetivo de prejudicá-lo. As revelações são da Polícia Federal (PF), que investiga o uso indevido da agência para fins políticos durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).


A PF descobriu mensagens entre membros da chamada “Abin paralela” que mencionavam a possibilidade de dar “um tiro na cabeça” de Moraes. Além disso, foi identificado um esforço coordenado para compilar informações que pudessem ser usadas contra o ministro, visando desacreditá-lo e comprometer sua imagem pública.


Em mensagens trocadas em agosto de 2021, integrantes dessa estrutura paralela discutiram sobre um inquérito da PF que apurava um ataque hacker no TSE.


“Tá ficando foda isso. Esse careca tá merecendo algo a mais”, diz um dos investigados.


O outro responde: “7.62 (munição de arma de fogo).”

Nesse momento, o interlocutor acrescenta: “head shot” (tiro na cabeça).


A investigação, conduzida no âmbito da operação Última Milha, identificou que a organização agia à margem da Abin oficial, utilizando recursos e informações para proteger aliados e atacar adversários políticos do governo Bolsonaro. Este grupo teria contado com o apoio de figuras influentes na administração anterior, incluindo o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem.


A operação Última Milha, que já resultou na prisão de diversos envolvidos, agora foca em desmantelar essa rede clandestina dentro da inteligência brasileira. As provas coletadas incluem mensagens, gravações de áudio e documentos que evidenciam as ações ilegais perpetradas pelo grupo.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

PF aponta Ramagem como mandante de ações clandestinas contra cúpula da CPI da Covid

 A PF identificou que houve vigilância, interceptação de comunicações e produção de dossiês para manchar a reputação dos parlamentares

A Polícia Federal constatou em sua investigação que Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), teria comandado ações clandestinas contra integrantes da cúpula da CPI da Covid. De acordo com a corporação, Ramagem utilizou a estrutura da Abin para monitorar e pressionar parlamentares que lideravam a Comissão Parlamentar de Inquérito que apurava a gestão do governo Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19.


Os detalhes emergiram durante a quarta fase da Operação Última Milha, deflagrada nesta quinta-feira (11). A operação visa desmantelar a chamada “Abin paralela”, uma rede clandestina de inteligência supostamente criada para servir interesses políticos do governo Bolsonaro. Documentos e depoimentos obtidos pela PF indicam que Ramagem ordenou o uso de recursos da agência para coletar informações comprometedoras sobre os membros da CPI, com o intuito de intimidá-los e desviar o foco das investigações.


Interceptação de comunicações e montagem de dossiês


Entre os alvos das ações clandestinas estavam senadores e deputados que desempenhavam papéis chave na CPI da Covid. A PF identificou que a operação envolveu a vigilância de movimentações, interceptação de comunicações e a produção de dossiês com o objetivo de manchar a reputação dos parlamentares.


Os resultados da investigação foram apresentados ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que supervisiona o inquérito. A PF continua a apurar a extensão das operações ilegais e os impactos das atividades clandestinas sobre o processo democrático e as instituições brasileiras.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Padre Kelmon se reúne com Bolsonaro e recebe a medalha “imorrível, imbrochável e incomível” (vídeo)

 Em meio à tratativas para filiação ao PL, Padre Kelmon (sem partido) se reúne com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília. Os dois disputaram as eleições presidenciais em 2022

Padre Kelmon, que foi candidato à Presidência da República pelo extinto PTB, recebeu das mãos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a medalha “imorrível, imbrochável e “incomível”. O encontro ocorreu nesta quinta-feira (11), em Brasília.


Bolsonaro costuma presentear aliados com a medalha dos “três Is”. Ele entregou o objeto, no último fim de semana, ao presidente da Argentina, Javier Millei, durante participação na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), em Balneário Camboriú (SC).


Uma ala do PL defende a ida de Padre Kelmon para a legenda. Um interlocutor defende, inclusive, que Kelmon seja um dos nomes do partido na disputa ao Senado Federal, em 2026, sem especificar por qual estado ele tentaria uma cadeira na Casa Alta.


Ao ser questionado pela Agenda do Poder, Kelmon afirmou que a filiação ao PL está bem encaminhada. “Sempre estive com Bolsonaro. É um caminho natural”, revelou.



Fonte: Agenda do Poder

Monitoramento de ministro Barroso visava desacreditar processo eleitoral, aponta PF

 A PF destaca que o questionamento das urnas eletrônicas era um “mantra reiterado nas ações de desinteligência”

Durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) realizou um monitoramento ilegal contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. Segundo a Polícia Federal (PF), o objetivo desse monitoramento era “desacreditar o processo eleitoral”. Barroso, que também estava à frente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi alvo de uma organização criminosa que tentava disseminar “informações inverídicas” sobre ele.


A PF destaca que o questionamento das urnas eletrônicas era um “mantra reiterado nas ações de desinteligência”. A organização criminosa publicou um tuíte e declarações de um jornalista, Marcelo Araújo Bormevet, que instruiu Giancarlo Gomes Rodrigues a atacar um assessor de Barroso. Ambos estavam cedidos à Abin na época. Além disso, a difusão de informações falsas relacionadas aos magistrados e seus familiares era intencionalmente realizada por Bormevet no chamado “grupo dos malucos”.


As investigações também apontam que os ataques a Luiz Fux, outro ministro do STF, eram conduzidos por meio de perfis cooptados pela organização criminosa, com o objetivo de propagar informações falsas e distanciar os responsáveis pela desinformação. Essas ações não apenas embaraçavam investigações, mas também atentavam contra o livre exercício do Poder Judiciário e o sistema eleitoral.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Lula diz que Janja vai representá-lo nas Olimpíadas de Paris

 “Janja vai porque eu tenho muita coisa para fazer e não posso ir”, disse o presidente

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta quinta-feira (11) os atletas olímpicos e paralímpicos brasileiros que se preparam para os Jogos de Paris, marcados para o final do mês. Durante o encontro, no Palácio do Planalto, Lula anunciou que sua esposa, Janja, representará o Brasil na França como sua emissária.


“A Janja vai me representar nas Olimpíadas. O (ministro do Esporte André) Fufuca vai como chefe do esporte brasileiro, mas como eu sou convidado pelo (presidente francês Emmanuel) Macron eu resolvi dizer que a Janja vai porque eu tenho muita coisa para fazer e eu não posso ir”, disse o presidente.


Lula destacou que acompanhará os jogos através dos olhos de Janja, e pediu que ela o mantenha informado sobre qualquer eventualidade envolvendo os atletas brasileiros, para que possa fazer reclamações diretamente ao presidente francês.


Janja, por sua vez, além de acompanhar a delegação brasileira, planeja promover a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa que será lançada por Lula durante a reunião do G20 em novembro, sob a presidência do Brasil.


“Estaremos realizando atividades de adesão com a prefeitura de Paris e outras, mobilizando os atletas neste momento. Minha equipe está preparando materiais, e convidamos todos a participarem conosco”, enfatizou a primeira-dama.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Correio Braziliense

“Nosso PR imbrochável já assinou a porra do decreto?”: gravações indicam que presos pela PF sabiam de tentativa de golpe

 O inquérito aponta que os policiais usavam recursos da PF para agir clandestinamente, na tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito

Trocas de mensagens entre os presos pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (11) indicam que dois dos detidos, ambos policiais, tinham ligação direta com os canais de inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e estavam cientes da existência de uma minuta de decreto golpista que manteria Jair Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições.


A quebra de sigilo na operação revelou que os policiais suspeitos de integrar uma “Abin paralela” sabiam do plano para um golpe de Estado. Um print divulgado pela PF mostra mensagens trocadas entre o policial Marcelo Bormevet, que atuava na Presidência da República, e seu subordinado Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do Exército em exercício na Abin desde dezembro de 2022. Nas mensagens, discutem a possibilidade de Bolsonaro assinar a minuta do decreto de intervenção.


“O Nosso PR imbrochável já assinou a porra do decreto?” (Marcelo Bormevet)


“Assinou nada. Tá foda essa espera, se é que vai ter alguma coisa” (Giancarlo Gomes Rodrigues)

“Tem dia que eu acredito que terá, tem dia que não” (Marcelo Bormevet)


Para a PF, a troca de mensagens é uma das provas de que os policiais estavam diretamente envolvidos na tentativa de golpe. Ambos tiveram mandados de prisão decretados e foram afastados dos cargos públicos que ocupavam.


O inquérito aponta que os policiais usavam recursos da PF para agir clandestinamente, culminando na tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A investigação também afirma que os dois fazem parte de uma organização criminosa que utilizava recursos da Abin e outras instituições para atacar opositores e descredibilizar o sistema eleitoral por meio de desinformação.


A PF prendeu quatro policiais na manhã desta quinta-feira (11), suspeitos de integrar a Abin paralela durante o governo Bolsonaro, como parte da quarta fase da Operação Última Milha. O inquérito revelou que esses policiais atuavam no “gabinete do ódio”, grupo que disseminava notícias falsas e incitava ataques contra autoridades e jornalistas.


A pedido da PF, o ministro Alexandre de Moraes autorizou buscas em relação a sete investigados: Mateus De Carvalho Sposito, José Matheus Sales Gomes, Daniel Ribeiro Lemos, Richards Dyer Pozzer, Rogério Beraldo De Almeida, Marcelo Araújo Bormevet e Giancarlo Gomes Rodrigues.


Fonte: Agenda do Poder com informações do UOL