quarta-feira, 10 de julho de 2024

China e Brasil testarão plano de rastreabilidade da carne bovina

 

Administração Estatal de Regulamentação do Mercado da China se reuniu com instituições brasileiras para discutir métodos para garantir a transparência da cadeia de suprimento

Trabalhador em frigorífico (Foto: Reuters)

Reuters - A China, maior importadora de carne bovina do mundo, e o Brasil, principal fornecedor global, estabelecerão um projeto-piloto como parte dos esforços para tornar a produção de carne bovina mais sustentável, informou a mídia estatal chinesa nesta quarta-feira.

A carne bovina é considerada uma das formas de alimento com maior emissões de gases, especialmente no Brasil, onde a produção de alimentos tem sido associada ao desmatamento de áreas de florestas que capturam carbono.

A Administração Estatal de Regulamentação do Mercado da China se reuniu com instituições brasileiras para discutir métodos para garantir a transparência da cadeia de suprimento de carne bovina e o estabelecimento de uma plataforma de rastreabilidade transfronteiriça, informou a CCTV. A reportagem não forneceu mais informações sobre o cronograma.

Os países concordaram que um padrão global unificado seria fundamental para o sistema de rastreabilidade, o que também ajudaria a combater a falsificação de carne bovina.

As empresas chinesas há muito tempo priorizam o preço em detrimento da sustentabilidade, mas estão lentamente ganhando interesse em suprimentos mais ecológicos.

Em contraste com os esforços de sustentabilidade no Ocidente, que geralmente são liderados pelos consumidores, a mudança na China é impulsionada, em primeiro lugar, por sinais políticos e pela pressão dos investidores.

No entanto, traders e analistas de sustentabilidade afirmam que os custos mais altos e os desafios logísticos provavelmente limitarão a demanda por produtos sustentáveis.

A criação de gado no Brasil está ligada a quase 24% do desmatamento anual das florestas tropicais globais e a aproximadamente 10% do total de emissões globais de gases de efeito estufa, de acordo com a organização ambiental The Nature Conservancy.

O pasto para gado é o uso inicial mais comum para áreas desmatadas na Amazônia e no Cerrado, uma prática que enfrenta limites legais rigorosos, mas continua ilegalmente.
A China importou 2,74 milhões de toneladas de carne bovina em 2023, sendo que mais de 40% foram provenientes do produtor sul-americano, de acordo com a alfândega chinesa.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Aprovação de Lula sobe para 54%, aponta pesquisa Quaest

 

Índice atual marca um retorno ao patamar observado em outubro e dezembro de 2023. Os que desaprovam o trabalho do presidente representam 43%

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Uma nova pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (10) revela que a aprovação do presidente Lula (PT) subiu para 54% entre os brasileiros, conforme noticia a CNN Brasil.
Este número representa um aumento de quatro pontos percentuais em relação ao último levantamento realizado em maio.

Segundo a pesquisa, 43% dos entrevistados desaprovam o trabalho de Lula, enquanto 4% não souberam ou não quiseram responder. Em comparação com o levantamento anterior, a aprovação de Lula era de 50%, com 47% de desaprovação e 2% de indecisos.

O índice atual de 54% marca um retorno ao patamar observado em outubro e dezembro de 2023, conforme dados da Quaest. O melhor desempenho do governo até agora foi registrado em agosto do ano passado, quando a aprovação chegou a 60%. 

A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 8 de julho, com 2 mil entrevistas presenciais. O público-alvo incluiu eleitores com 16 anos ou mais, e a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

Além da aprovação pessoal do presidente, a pesquisa também avaliou a gestão do governo. Os dados mostram que 36% dos entrevistados consideram a gestão de Lula como positiva, enquanto 30% a avaliam de forma negativa. Outros 30% dos entrevistados classificam o governo como "regular".

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Críticas de Lula à política de juros do BC são aprovadas por 66% dos brasileiros

 

Pesquisa Genial/Quaest aponta, ainda, que 53% dos entrevistados avaliam que as declarações do presidente Lula não contribuíram para a alta do dólar

Banco Central e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: ABR | REUTERS/Adriano Machado)

Pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (10) pelo UOLaponta que 66% dos entrevistados avaliam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está certo ao criticar a política de juros do Banco Central (BC), ante 23% dos que dizem discordar. A pesquisa  aponta, ainda, que 53% dos entrevistados avaliam que as declarações do presidente Lula não contribuíram para a alta do dólar.


Ainda segundo o levantamento, a reprovação ao presidente Lula é maior entre pessoas que recebem mais de cinco salários-mínimos, que são brancos, do sexo masculino, que têm ensino superior (mesmo incompleto), que são evangélicos e vivem na região Sul. Sobre a situação econômica do Brasil, para 36% dos entrevistados a economia piorou no último ano, enquanto 32% veem estabilidade e 28% melhora. Novamente, a avaliação positiva da economia aumenta entre os pobres e a negativa é maior entre os ricos.

Em relação ao poder de compra dos brasileiros, contudo, há uma unanimidade entre todas as classes sociais de que ela é menor atualmente se comparada ao ano anterior, entrando nessa categoria o valor dos combustíveis, dos alimentos e da energia. Mas a maioria dos entrevistados (52%) diz estar otimista e espera por uma melhora econômica nos próximos 12 meses.

A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 8 de julho e ouviu 2 mil eleitores com 16 anos ou mais, distribuídos em 120 municípios. O índice de confiança do levantamento é de 95%.

Contexto

O atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, foi indicado por Jair Bolsonaro (PL), e assumiu o argo em fevereiro 2019. À frente do comando do BC, ele fez manifestações públicas de proximidade com o bolsonarismo, como por exemplo ao ir votar nas eleições de 2022 com a camisa da seleção brasileira, símbolo apropriado pelos eleitores de Bolsonaro. 

Recentemente, Campos Neto aceitou participar de homenagem na Assembleia Legislativa de São Paulo e de jantar promovido pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), afilhado político de Bolsonaro. Ele também vem sendo alvo de criticas devido á manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 10,5%, um dos patamares mais elevados do mundo, o que prejudica investimentos, dificulta o acesso ao crédito e atrapalha o crescimento econômico. 

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Mauro Cid tentou usar funcionários de órgãos federais para transportar mala com joias que seriam vendidas nos EUA

 Ex-ajudante de ordens procurou membros da Apex e do Itamaraty para levar bagagem de Orlando para Miami

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, tentou utilizar dois funcionários de órgãos do governo federal para transportar uma mala com duas esculturas que seriam vendidas. Essas peças foram desviadas do acervo da Presidência, de acordo com a Polícia Federal (PF).


Cid acionou Ricardo Camarinha, que trabalhava na Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), e Marcela Magalhães Braga, funcionária do Ministério das Relações Exteriores. O objetivo era levar a mala de Orlando para Miami, para entregar ao seu pai, o general da reserva Mauro Lourena Cid. A Apex é uma associação de direito privado, mas vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).


Houve dificuldades, no entanto, e as esculturas acabaram sendo transportadas por um empresário. A operação foi descrita pela PF na investigação que indiciou Cid, Bolsonaro e outras 10 pessoas pelo suposto esquema. Camarinha e Braga não foram investigados pela PF.


As peças — uma árvore e um barco — foram entregues a Bolsonaro em visitas aos Emirados Árabes Unidos e ao Bahrein, em novembro de 2021. No fim do governo, em dezembro de 2022, Cid as levou para os Estados Unidos.


Antes de chegar ao país, Cid entrou em contato com Marcela Magalhães Braga, que havia atuado como assessora da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e na época era vice-cônsul do Brasil em Orlando. O tenente-coronel solicitou, como “favor”, que a mala fosse levada para Miami. Em resposta, Marcela afirmou que o transporte poderia ser feito quando o cônsul estivesse no local, em janeiro.


Para a PF, “as mensagens indicam que Mauro Cid tentou usar a estrutura logística do Itamaraty nos Estados Unidos, por meio de Marcela Magalhães Braga, para transportar a referida mala da cidade de Orlando/FL para Miami/FL”.


A tentativa, no entanto, não deu certo. À PF, Marcela Braga afirmou que não encontrou Cid nem teve contato com a mala.


Cid, então, acionou uma alternativa. Já em Orlando, ele deixou a mala com Ricardo Camarinha — ex-médico de Bolsonaro na Presidência, que em 2022 ganhou um cargo na Apex em Miami — e questionou se ele poderia levá-la para entregar ao seu pai. O general Mauro Lourena Cid chefiava, na época, o escritório da Apex em Miami.


Em depoimento à PF, Camarinha relatou que demoraria a retornar a Miami, porque estava em recesso, mas concordou em fazer o transporte. Dias depois, no entanto, Cid afirmou que outra pessoa levaria a mala, e o item foi devolvido. Também à PF, Cid ressaltou que o médico não sabia do conteúdo da bagagem.


As peças acabaram sendo levadas pelo empresário Cristiano Piquet. Já em Miami, Cid e seu pai tentaram vender as esculturas, mas não conseguiram. Em mensagens, Cid relatou que houve dificuldade porque eles não eram de ouro, como ele imaginava antes.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.

51% dos eleitores de Bolsonaro em 2022 concordam com as críticas de Lula ao Banco Central, diz pesquisa Quaest

 Por outro lado, apenas 34% dos entrevistados tinham “ouvido falar” das críticas do presidente à política de juros do BC

Cerca de 51% dos eleitores de Jair Bolsonaro em 2022 concordam com as críticas de Lula ao Banco Central, revelou a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (10/7). Desde que assumiu a presidência, Lula critica a política de juros do banco e o presidente Roberto Campos Neto.


Dentre os eleitores de Lula em 2022, o colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, aponta que 77% concordam com as críticas do presidente ao Banco Central, 16% não concordam e 8% não souberam responder, segundo a pesquisa.


O levantamento mostra também que, sem o recorte de votos em 2022, 66% dos brasileiros apoiam as críticas do presidente à política de juros do Banco Central. E quando surgiu a pergunta “acredita que as falas de Lula foram a principal razão pelo aumento do dólar?”, 53% responderam “não” e 34% “sim”.


A coluna de Lauro Jardim, no jornal O GLOBO, enfatizou, por sua vez, que apenas 34% dos entrevistados tinham “ouvido falar” das críticas de Lula à política de juros do BC (64% não ouviram falar). O resultado mostra, segundo o colunista, que certos temas não ganham as massas; podem até ser de fato relevantes, mas a maioria esmagadora da população nem toma conhecimento.


A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 8 de julho e ouviu presencialmente dois mil eleitores de 16 anos ou mais em todos os estados. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles e do jornal O Globo

Lira acelera reforma tributária e mérito da proposta deve ser votado em plenário nesta quarta,10, em regime de urgência

 Movimento teve respaldo do governo federal

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), acelerou a tramitação da regulamentação da reforma tributária na Casa às vésperas do recesso parlamentar. Numa tentativa de realizar uma força-tarefa para analisar os projetos de lei, Lira suspendeu as reuniões das comissões temáticas da Casa até quinta-feira (11) e pautou para esta terça (9) a votação em plenário do requerimento de urgência do primeiro texto enviado pelo Executivo.


O requerimento foi aprovado por 322 votos favoráveis e 137 contrários, além de três abstenções. Agora, os deputados deverão apreciar o mérito da proposta no plenário da Casa na quarta-feira (10), com sessão começando pela manhã e se estendendo ao longo do dia. A iniciativa gerou incômodo em deputados, que se queixaram à reportagem pela velocidade da tramitação de uma matéria considerada complexa.


O movimento de Lira, no entanto, teve respaldo do governo federal. Na terça, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o presidente da Casa e lideranças partidárias para apresentar cálculos do impacto das mudanças no projeto na alíquota média de referência dos novos impostos.


A regulamentação da reforma tributária é considerada a principal prioridade do Executivo na Câmara neste semestre. O governo também tem pressa para aprovar esse tema num momento em que o mercado sinaliza positivamente ao andamento da reforma tributária.


Além da aposta em corte de juro em setembro nos Estados Unidos e melhora do ambiente fiscal, depois que o presidente Lula assumiu compromisso com o arcabouço fiscal, fortalecendo Haddad, a aceleração da votação da reforma animou o mercado financeiro.


Para os analistas, é importante o andamento da agenda de reformas que terão impacto no crescimento do país.


Na véspera da votação, a Câmara ficou repleta de lobistas de setores apreensivos com o risco de não terem sido atendidos, mas também com esperança de emplacar ainda mudanças no parecer final que será levado à votação do plenário. Outros querem se certificar de que foi decidido no parecer inicial seja mantido.


Assim como ocorreu na tramitação da PEC (proposta de emenda à Constituição) da reforma tributária na Câmara no ano passado, a expectativa é que os pontos considerados polêmicos sejam resolvidos no momento em que o texto for discutido no plenário.


A inclusão das carnes na cesta básica nacional com imposto zero é o mais polêmico, mas outros pleitos, se atendidos, podem ter impacto na alíquota média do IBS e CBS de 26,5%, calculada pela Fazenda com base no projeto do Executivo que foi enviado ao Congresso.


O valor da alíquota segue indefinido e foi o principal tema da reunião de líderes com Haddad nesta terça. Lira indicou que vai calibrar as alterações finais com base no impacto da alíquota.


Setores de medicamentos, saneamento, alimentos, mineração, petróleo, automóveis elétricos, armas de fogo, construção civil, livros, igrejas, bets (jogos de azar) e refrigerantes atuam fortemente nos bastidores.


Por outro lado, outros setores querem garantir o texto do primeiro parecer do grupo de trabalho, divulgado na semana passada. É o caso da indústria de armas, que ficou fora da lista dos produtos que terão incidência do Imposto Seletivo, mas seguem ameaçados. As montadoras do Nordeste também querem manter o texto do relatório, que ampliou os benefícios concedidos a elas.


Os setores que garantiram a imunidade tributária (não pagam o imposto) na emenda constitucional, como as igrejas, pressionam para recuperar os créditos das cadeias anteriores. É o caso também da indústria do livro.


Técnicos do governo estão sem dormir fazendo as contas a pedido do grupo de trabalho da regulamentação da forma de seguem sem saber até agora qual será o impacto da alíquota. O primeiro parecer praticamente não alterou a alíquota média porque a flexibilização das regras para a construção (a com maior impacto) foi compensada pela inclusão dos jogos de azar (bets) e dos carros elétricos no IS, mais conhecido como imposto do pecado.


O setor de medicamentos é uma dos mais inquietos na expectativa de conseguir mudanças nesta reta final da votação na Câmara. Cinco entidades do setor (Acessa, Alanac, Febrafar, Grupo FarmaBrasil e PróGenéricos) fazem uma ofensiva na Câmara para garantir alíquota reduzida para todos os medicamentos.


A proposta é que haja duas faixas apenas de alíquota: desconto de 60% e 100% (zero). Eles querem eliminar a lista do projeto que contém medicamento com pagamento integral (alíquota cheia), sem desconto. Pelos cálculos do setor, o projeto deixa de contemplar 56% dos medicamentos, principalmente aqueles de uso popular, como antigripais e para o tratamento da diabetes.


“Estamos num processo de aguardar o que vai sair. A causa é muito justa. Estamos conversando com os líderes”, disse à Folha o presidente do Grupo Farma Brasil, Reginaldo Arcuri.


O presidente do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás), Roberto Ardenghy, também conta com mudanças no projeto para garantir que ele seja aprovado prevendo alíquota zero do imposto do pecado, garantindo também que não haja tributação das exportações.


Ele considera que a inclusão do petróleo e mineração na lista do IS é um ponto fora da curva da reforma. “É uma maneira equivocada de se tratar o imposto seletivo, que, por definição, em todos os lugares do mundo, inclusive no Brasil, no passado, sempre foi [cobrado] no consumidor final. É o sujeito que vai comprar um maço de cigarro ou vai beber uma dose de alguma bebida alcoólica e ele vai pagar, como consumidor final, aquela onerosidade por um hábito que a gente quer desestimular”, disse.


Para o setor, a cobrança é inconstitucional e, se aprovada, vai levar à judicialização da reforma. ” Tem também outro efeito negativo. Ele é inflacionário e vai diminuir a competitividade do Brasil, porque o petróleo brasileiro vai ficar mais caro e ainda vai reduzir a arrecadação dos estados e municípios”, diz ele.


Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de São Paulo

Mesmo com preços salgados, brasileiros já compraram 57 mil ingressos para ver as Olimpíadas de Paris

 Futebol foi o esporte mais procurado, seguido por vôlei, vôlei de praia e tênis

A cerca de duas semanas para o início dos Jogos Olímpicos de Paris, os brasileiros já compraram 57 mil ingressos para ver as competições, de acordo com números atualizados pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB).


O futebol (surpresa nenhuma) foi o esporte mais procurado, com 12.927 tickets adquiridos por brasileiros. Em seguida vêm o vôlei (11.651), o vôlei de praia (5.284), o tênis (4.313), o basquete (4.121), o atletismo (2.675) e o handebol (2.470).


Na lanterna, com apenas 5 ingressos vendidos para brasileiros, ficou o triatlo.


O público brasileiro deve desaparecer na multidão que chegará a Paris para os jogos. No total, os organizadores das Olimpíadas disponibilizaram 10 milhões de ingresso para o mundo todo.


Os preços variam, mas no geral são salgados.


Fonte: Agenda do Poder com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo

Indiciado pela PF no caso das joias, Bolsonaro admite para aliados que mandou vender itens

 Ex-presidente diz que teria informações que os itens pertenciam a ele

Indiciado por associação criminosa durante o seu governo com o objetivo de desviar joias e presentes de alto valor que já somam a quantia de R$6,8 milhões, Jair Bolsonaro agora parou de negar que desconhece os fatos e já admite que determinou a negociação dos alguns itens.


“Em conversas com aliados nas últimas 24 horas, após o relatório da Polícia Federal sobre o caso das joias ser tornado público, Bolsonaro disse que ‘não tinha o que fazer com aquilo’ e mandou ‘passar para frente, referindo-se a peças como os relógios Rolex e Patek Philippe, que foram comercializados por seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, por US$ 68 mil. ’”, informa a jornalista Bela Megale, em sua coluna no jornal O Globo.


“Bolsonaro também segue a linha da nota emitida por sua defesa nesta segunda-feira e repete a aliados que teria informações da área do acervo presidencial de que os itens pertenciam a ele. Bolsonaro, no entanto, evita falar de qualquer maneira sobre os pagamentos em espécie revelados por Lourena Cid que configuram lavagem de dinheiro”, acrescenta a jornalista. 


O relatório final da Polícia Federal (PF) que resultou no indiciamento de Jair Bolsonaro (PL) aponta que foi formada uma associação criminosa durante o seu governo com o objetivo de desviar joias e presentes de alto valor recebidos em razão do cargo então ocupado pelo ex-mandatário.


De acordo com a corporação, os itens desviados foram periciados e a lista de bens inclui presentes entregues por autoridades estrangeiras, cujo valor parcial soma US$ 1.227.725,12 ou R$ 6.826.151,66, destaca um trecho do relatório. A informação foi dada primeiramente pela coluna do jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo. 


No relatório, a PF aponta que os valores obtidos com a venda desses itens eram convertidos em dinheiro em espécie e posteriormente integravam o patrimônio pessoal de Jair Bolsonaro através de intermediários. Bolsonaro foi indiciado pelos crimes de associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. 


Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo

Aliados de Bolsonaro já aguardam denúncia da PGR, que pode “pavimentar o caminho da prisão”

 Segundo avaliação interna, é na apuração da trama golpista que devem surgir as imputações mais graves contra o ex-presidente

Aliados de Jair Bolsonaro já aguardam uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente, em meio ao avanço das diversas frentes de investigação da Polícia Federal.


Segundo a colunista Malu Gaspar, do jornal o GLOBO, a avaliação interna é a de que, apesar do desgaste com o caso das joias, que levou ao indiciamento de Bolsonaro por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro, é na apuração da trama golpista que devem surgir as imputações mais graves contra o ex-ocupante do Palácio do Planalto.


Investigadores que acompanham de perto essa apuração veem elementos para enquadrar Bolsonaro nos crimes de abolição do Estado Democrático de Direito (com pena de 4 a 8 anos de prisão) e golpe de Estado voltado para tentar depor um governo legitimamente constituído (4 a 12 anos), ambos previstos no Código Penal, respectivamente nos artigos 359-L e 359-M.


Para o entorno bolsonarista, um novo indiciamento da PF – mas desta vez no caso da minuta golpista –, com uma denúncia da PGR, pode pavimentar o caminho da prisão do ex-presidente, mas colocará o STF numa encruzilhada.


Isso porque, na opinião de integrantes do PL ouvidos reservadamente pela equipe da coluna, Bolsonaro pode reforçar o discurso de perseguição política, incitar as ruas e ser mais um fator de instabilidade para o País, caso seja preso. Também há o risco de colocar o Supremo sob pressão de uma expressiva parte da sociedade que ainda defende o ex-presidente, mesmo com o avanço das diferentes investigações.


“Bolsonaro preso é um problema para o STF e pode gerar um movimento popular pela sua soltura”, resume um interlocutor do ex-presidente.


“Mas antes disso, se Bolsonaro for absolvido, o Supremo será considerado um covarde, capturado pela direita. Se condená-lo, alimenta a tese bolsonarista de perseguição e pode produzir um caos político.”


O temor com a contaminação eleitoral das apurações – e com o aprofundamento da polarização política – já vem ditando os trabalhos da cúpula da PGR, a quem caberá decidir se há provas suficientes para apresentar uma denúncia contra Bolsonaro perante o Supremo.


O procurador-geral da República, Paulo Gonet, tem sinalizado a interlocutores que quer evitar acusações de agir politicamente – ou que haja um uso eleitoral das investigações durante o período de campanha.


Se não denunciar Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e companhia até 16 de agosto (data que marca o início da propaganda eleitoral), Gonet só o fará depois da campanha, após o resultado do segundo turno – cenário considerado mais provável hoje. Nas palavras de um aliado do PGR, sem “açodamentos”.


A apuração da trama golpista já mostrou que Bolsonaro conhecia a minuta golpista e até encomendou mudanças na redação, retirando do texto a previsão de prisão do ministro do STF Gilmar Mendes e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) – mas mantendo o encarceramento do ministro Alexandre de Moraes, considerado inimigo público número 1 pela militância bolsonarista.


Fonte: Agenda do Poder com informações da coluna da jornalista Malu Gaspar, no jornal O Globo