quarta-feira, 10 de julho de 2024

Emails mostram negociações de Mauro Cid para venda de joias recebidas em viagens oficiais

 As mensagens, enviadas a comerciantes americanos, mostram que houve barganha de preços


A Polícia Federal (PF), em cooperação com o Federal Bureau of Investigation (FBI) dos Estados Unidos, acessou emails do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, que mostram suas tentativas de vender joias recebidas em viagens oficiais.


As mensagens, enviadas a comerciantes americanos, revelam detalhes das negociações e serviram de base para o indiciamento de Cid, Bolsonaro e mais dez pessoas por crimes como peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O esquema envolveu bens avaliados em pelo menos R$ 6,8 milhões.


Fotos e avaliações


Os emails rastreados pela PF e FBI foram enviados a diversas lojas nos EUA, incluindo a Fortuna Auction. Em uma mensagem de 23 de dezembro de 2022, Cid solicitou a avaliação de um “kit ouro rosé” da Chopard, avaliado em mais de US$ 113 mil. Ele enviou dados pessoais e 15 fotos das joias, que, segundo a PF, foram tiradas em sua casa 72 horas antes. A loja respondeu quatro dias depois, aprovando o envio dos itens e fornecendo orientações para a avaliação física e compra.


Barganha de preços


Cid também contatou outras lojas americanas. Em 22 de dezembro, ainda no Brasil, ele enviou um pedido de avaliação para a Worthy. Após receber uma oferta entre US$ 26 mil e US$ 30 mil, Cid rejeitou a proposta, afirmando estar obtendo uma avaliação muito melhor para o conjunto.


No dia seguinte, 23 de dezembro, ele negociou com a Diamond Banc, descrevendo um conjunto Chopard avaliado em US$ 150 mil. Os itens incluíam um relógio, uma abotoadura, um anel e um rosário de diamantes, todos na caixa original e com os papéis. Cid ofereceu o conjunto completo ou apenas o relógio. Uma das mensagens, enviada de um IP da Secretaria Geral de Administração da Presidência da República, indica que o email foi enviado de um computador no Palácio do Planalto.


Outras negociações


A PF e o FBI também descobriram emails de Cid negociando um conjunto com uma escultura de palmeira e um barco dourados. Em uma mensagem para a Dover Jewelry, ele afirmou que a primeira peça foi comprada nos Emirados Árabes. A investigação revelou que a palmeira foi entregue ao ex-presidente Bolsonaro em 16 de novembro de 2021, durante sua participação no Seminário Empresarial da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira no Barém.


Reações


A defesa de Bolsonaro classificou o inquérito de “insólito” e afirmou que o ex-presidente nunca pretendeu se apropriar de bens públicos. Os advogados de Mauro Cid ainda não se manifestaram sobre o indiciamento.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Quaest: crescimento de Lula entre os mais pobres puxa avaliação positiva

 Entre os que ganham até dois salários mínimos, a desaprovação caiu de 35% para 26%, e a aprovação subiu de 62% para 69%

A nova pesuisa da Quaest, divulgada nesta quarta-feira (10), aponta uma melhora significativa na avaliação do governo do presidente Lula (PT) entre os mais pobres. A recuperação da economia, com o desemprego atingindo o menor patamar em dez anos e o aumento no poder de compra dos brasileiros, tem impulsionado a popularidade do petista.


O levantamento mostra que, pela primeira vez desde dezembro de 2023, a aprovação do trabalho de Lula supera a desaprovação, com 54% contra 43%. Essa melhora é particularmente notável entre os brasileiros que ganham até dois salários mínimos, onde a desaprovação caiu de 35% para 26%, e a aprovação subiu de 62% para 69%.


A pesquisa também destaca uma espécie de trégua entre Lula e as classes médias, que ganham de dois a cinco salários mínimos. Nesse grupo, a aprovação do governo está em 50%, com 47% de desaprovação.


No entanto, o governo ainda enfrenta desafios para reconquistar a aprovação das famílias com rendas mais altas. Entre aqueles que recebem de dois a cinco salários mínimos, 50% aprovam e 47% desaprovam a gestão, enquanto para os que ganham mais de cinco salários mínimos, a reprovação é de 54% contra 42% de aprovação. Desde o início da avaliação, a gestão petista nunca superou 50% de aprovação nesta faixa.


A expectativa em relação à evolução da economia melhorou em todas as faixas de renda, com 52% dos brasileiros acreditando que o cenário econômico vai melhorar nos próximos meses. Há também um aumento no otimismo sobre o poder de compra, com uma diminuição no percentual daqueles que acreditam que seu poder de compra está diminuindo.


Apesar das boas notícias, a pesquisa também traz alertas importantes. Embora o público esteja alinhado com o presidente Lula na crítica à taxa de juros, que 87% consideram estar em um patamar proibitivo, o embate direto com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, não tem tido o mesmo impacto. Quase 70% dos entrevistados não sabem que Campos Neto foi indicado por Jair Bolsonaro (PL), o que demonstra uma dificuldade em identificá-lo como um adversário político de Lula.


Fonte: Agenda do do Poder com informações do Diário do Centro do Mundo

Farmácia Popular passa a oferecer 95% dos medicamentos gratuitamente

 

Economia para usuários pode chegar a R$ 400 por ano

A partir desta quarta-feira (10), 95% dos medicamentos e insumos fornecidos pelo Programa Farmácia Popular passam a ser distribuídos de forma gratuita. De acordo com o Ministério da Saúde, remédios para tratar colesterol alto, doença de Parkinson, glaucoma e rinite, por exemplo, já podem ser retirados de graça em unidades credenciadas. 

A lista completa de medicamentos e insumos disponibilizados pode ser acessada aqui. Já a lista de farmácias e drogarias credenciadas ao programa pode ser acessada aqui. A expectativa da pasta é que cerca de 3 milhões de pessoas que já utilizam o programa sejam beneficiadas. “Em média, isso pode gerar uma economia para os usuários de até R$ 400 por ano”. 

Entenda

O Farmácia Popular oferta, atualmente, 41 itens entre fármacos, fraldas e absorventes. Até então, somente medicamentos contra diabetes, hipertensão, asma e osteoporose, além de anticoncepcionais, eram distribuídos de forma gratuita. 

Para os outros remédios e insumos, o ministério arcava com até 90% do valor de referência e o cidadão pagava o restante, de acordo com o valor praticado pela farmácia. Com a atualização, 39 dos 41 itens de saúde distribuídos podem ser retirados de graça.

O programa

O Farmácia Popular foi criado em 2004 com o objetivo de disponibilizar medicamentos e insumos de saúde. No ano passado, passou a incluir remédios para osteoporose e anticoncepcionais e, este ano, adotou também a distribuição de absorventes para pessoas em situação de vulnerabilidade e estudantes da rede pública. 

Dados do governo federal indicam que o programa está presente em 85% dos municípios brasileiros, cerca de 4,7 mil cidades, e conta com mais de 31 mil estabelecimentos credenciados em todo o país, com capacidade para atender 96% da população brasileira. “A expectativa do Ministério da Saúde é universalizar o programa, cobrindo 93% do território nacional”. 

“Já foram credenciadas 536 novas farmácias em 380 novos municípios de referência do Programa Mais Médicos, com 352 cidades do Norte e Nordeste recebendo a primeira unidade cadastrada. Para alcançar a meta, o credenciamento de novas farmácias e drogarias foi aberto em 811 cidades de todas as regiões do país, com prioridade para os municípios que participam do Mais Médicos – uma estratégia que visa a diminuição dos vazios assistenciais.”

Edição: Maria Claudia

Fonte: Agência Brasil

CNM celebra 10 anos da conquista do 1% do FPM de julho

 


Com o crédito de pouco mais de R$ 8 bilhões adicional aos cofres municipais, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) celebra nesta terça-feira, 9 de julho, dez anos que a Emenda Constitucional (EC) 84/2014, que garante o repasse extra aos Municípios em todo mês de julho, foi promulgada. A entidade lembra que esse costumava ser um período de fortes quedas nos valores repassados aos Municípios e a conquista garante até hoje um fôlego aos Entes locais. Saiba aqui quanto o seu Município vai receber. 

O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, aproveitou a data para lembrar aos gestores municipais a importância das mobilizações promovidas pela entidade em Brasília e o apoio dos parlamentares nas pautas prioritárias. “Trabalho árduo que, com apoio do parlamento, conseguimos criar uma emenda constitucional fruto do trabalho e mobilização de todos naquela época. Essa contribuição permanente que só nesse período agora representa mais de R$ 8 bilhões para os cofres municipais”, lembra. 

A CNM destaca que o cálculo do repasse adicional de julho é resultado do percentual do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) contabilizados entre o início de julho de 2023 até o final de junho deste ano. A entidade frisa ainda que no 1% adicional do FPM não incide retenção do Fundeb, mas como constituem receita tributária, o que implica compor a base para aplicação dos mínimos legais/constitucionais, os valores a serem recebidos a título de Repasse Extra do FPM integram a base de cálculo para fins de aplicação mínima de 25% em Manutenção e Desenvolvimento da Educação (MDE). No entanto, os valores a serem recebidos a título de Repasse Extra do FPM não integram a base de cálculo para fins de aplicação mínima dos 15% com Ações e Serviços Públicos em Saúde (ASPS), o que não impede que os municípios apliquem esses recursos em Saúde se necessário.

Histórico da conquista
Em janeiro de 2013, o ano começou com grande preocupação pela situação fiscal dos Entes locais. O então Ministério da Fazenda reteve à época todo o FPM de 387 Municípios para pagamento de dívidas. “Quase todos os Municípios têm alguma retenção, porque 4.900 cidades com dívidas previdenciárias renegociaram e autorizaram reter (...). Só que temos a receber da União R$ 30 bilhões, e ela não paga”, alertou o presidente da CNM à imprensa no período.

Entre outros pontos, Ziulkoski se referia à compensação devida pela União aos Municípios com regime próprio referente a servidores que antes de migrarem para as prefeituras contribuiam para o INSS, ou seja, o Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Situação que é hoje a principal pauta do movimento municipalista e ainda se arrasta, sem o devido encontro de contas.

Nesse cenário de grande dificuldade nas contas locais, o pleito de adicional no FPM de julho se intensificou. Desde 2009, ao menos oito Propostas de Emenda à Constituição (PECs) tramitaram no Congresso em prol de mudanças no FPM para beneficiar os Municípios - a maioria protocolada em 2013. Mesmo ano em que, durante a XVI Marcha a Brasília, o presidente da CNM questionou publicamente a então presidente da República, Dilma Rousseff, sobre o encontro de contas entre Municípios e União e o aumento fixo de 2% no FPM.

Ainda que sem resposta da chefe do Executivo Federal, um grande passo foi dado na Marcha de 2013. Embora o adicional de julho não saísse naquele ano, Dilma anunciou um auxílio emergencial para os Entes locais no valor de R$ 3 bilhões (Lei 12.859/2013), pago em duas parcelas. O montante era equivalente a 1,3% do FPM, portanto atendia à parte da quantia pleiteada pelo movimento municipalista, mas não de forma permanente. Por isso, a luta dos Municípios seguiu.

Ano decisivo
Já com o tema tramitando no Congresso, o pleito de 2% adicional ao FPM voltou a ser tratado na edição de 2014 da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, de 12 a 15 de maio, como o primeiro ponto prioritário. Mobilizados sob a liderança de Paulo Ziulkoski, mais de 5 mil municipalistas defenderam a medida e expuseram às autoridades federais a crise financeira das prefeituras, agravada pelo subfinanciamento de mais de 390 programas federais.

Como resultado imediato do ato político - considerado o maior evento municipalista da América -, foi instalada a Comissão Especial na Câmara para a votação de uma das PECs que tratavam do aumento de 2% do FPM. Em seguida, a presidente Dilma e ministros do governo receberam Ziulkoski e demais representantes da CNM para tratar da pauta municipalista.

Mobilizações
Entre as diversas mobilizações promovidas pela Confederação, a definitiva para a conquista do adicional de julho ocorreu em junho de 2014. A CNM convocou uma mobilização permanente em prol da pauta aprovada na Marcha, com destaque para a reivindicação relacionada ao FPM. “A luta é constante. Ela é iniciada na Marcha e nós temos que continuar trabalhando para sermos atendidos”, ressaltou o presidente Ziulkoski na convocação.

A ideia foi manter o movimento mobilizado, com presença semanal no Congresso. Como mais de uma PEC sobre o tema foi sugerida pelos parlamentares, a pauta avançava em duas frentes, na Câmara e no Senado. A proposta apresentada pelo governo foi de um adicional de 1%, começando com 0,5% no primeiro ano de implementação e alcançando o total de 1% no ano seguinte.

Por fim, a PEC 426/2014 foi a que teve o aval dos parlamentares e, com a alteração no percentual, as duas Casas aprovaram a proposta entre setembro e novembro de 2014. As análises e posicionamentos da CNM foram usadas como base e justificativa para a aprovação da matéria nas duas Casas legislativas.

A Emenda Constitucional 84/2014, com o 1% adicional de julho do FPM, foi promulgada em 2 de dezembro daquele ano. O recurso foi escalonado, entrando um extra de 0,5% em julho de 2015 e, desde julho de 2016, o 1% do mês.

Confira aqui o valor para seu Município. 

Fonte: Agência de Notícias da CNM

FPM: com influência de restituição do imposto de renda, primeiro decêndio de julho será pago nesta quarta, 10

 

Os dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) apontam que o 1º decêndio de julho de 2024 do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), comparado com mesmo decêndio do ano anterior, apresentou uma queda de 6,48%. Os valores foram creditados nesta quarta-feira, 10 de julho, nas contas das prefeituras. O repasse será no valor de R$ 3.483.156.809,67, já descontada a retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Em valores brutos, incluindo o Fundeb, o montante é de R$ 4.353.946.012,09.

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) destaca que o pagamento da restituição do Imposto de Renda no final do mês de junho, influenciou a arrecadação e impactou diretamente o FPM do primeiro decêndio de julho. A área de Estudos Técnicos da entidade lembra também que este pagamento sofre influência da arrecadação do mês anterior, uma vez que a base de cálculo para o repasse é dos dias 20 a 30 do mês anterior. 

O 1º decêndio, geralmente, é o maior do mês, representando quase a metade do valor esperado para o mês. Considerando o ano de 2024, incluindo o repasse extra do FPM do 1% de julho, o volume dos repasses do FPM cresceu, em termos nominais, 13,11% em relação ao mesmo período do ano anterior. Ao se retirar o efeito da inflação do período, é possível observar um crescimento real de 8,66%. O repasse de 1% de julho do FPM é uma conquista da CNM

Importante

A CNM disponibiliza ao final desta matéria os repasses municipais do FPM dividido por Estados, indicando uma aproximação do volume de recursos a ser recebido no dia 10. Para a interpretação do quadro, o gestor deve ter o conhecimento não somente do seu coeficiente, mas da quantidade de quotas que perderia na ausência da Lei Complementar (LC) 198/2023. 

A publicação atual inclui ainda um anexo com a listagem dos 740 Municípios que perderam quotas e estão sujeitos ao redutor, para auxiliar a consulta nas tabelas estaduais. Se o Município não consta no Anexo I, ele deve ser consultado considerando o valor 0 na coluna “Perda de quotas sem a LC 198/2023”. Caso o Município esteja no Anexo I, deve-se considerar, para a interpretação da respectiva tabela estadual, a sua quantidade de perda de quotas e não somente o seu coeficiente original. 

Fonte: Agência de Notícias da CNM

Conexão entre inquéritos envolvendo Bolsonaro aponta para existência de organização criminosa instalada no Palácio do Planalto

 Segundo investigadores, ex-presidente seria “o cabeça” desse grupo

A Polícia Federal busca conexões entre pelo menos sete investigações para apurar a existência de uma organização criminosa instalada no Palácio do Planalto durante o governo Bolsonaro. Segundo investigadores, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seria o cabeça desse grupo e o personagem central de diferentes frentes de apuração: fraude na carteira de vacinação, o suposto desvio das joias do acervo presidencial, trama golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ataque às urnas eletrônicas e às instituições democráticas, uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar adversários e o suposto pagamento de gastos pessoais com o cartão corporativo.


O ex-presidente já foi indiciado nos dois primeiros casos, que integram um inquérito-mãe (4874) aberto em julho de 2021 para investigar um grupo com “forte atuação digital” e “a nítida finalidade de atentar contra a democracia”, segundo o relator, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).


Em relatório enviado ao STF na última sexta-feira, a PF detalha a conexão entre os diferentes inquéritos e afirma que a investigação apura a atuação de uma “possível organização criminosa”, cujo objetivo é “a obtenção de vantagens de caráter diversos (políticos, patrimoniais ou não)”. Conforme os investigadores, a PF apura a “articulação de pessoas” do entorno de Bolsonaro, “com tarefas distribuídas por aderência entre idealizadores, produtores, difusores e financiadores”.


A defesa de Bolsonaro tem negado todas as irregularidades, defendido que Moraes não tem prerrogativa para relatar esses processos e afirmado que os inquéritos são “direcionados” ao ex-presidente. Bolsonaro, por sua vez, passou a fazer críticas nas redes sociais ao chefe do Departamento de Inteligência (DIP) da PF, delegado Rodrigo Morais, responsável pelos casos.


Além dos alvos que se repetem nas investigações — Bolsonaro e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid —, a PF vê uma relação entre os fatos. Por exemplo, o ex-mandatário só teria viajado aos Estados Unidos no fim de 2022 porque não conseguiu respaldo do Comando do Exército e Aeronáutica para colocar em prática um golpe de Estado, segundo a PF. Na viagem, a comitiva do ex-presidente teria levado parte das joias desviadas do acervo presidencial, segundo a PF.


O dinheiro da venda dos itens, segundo a investigação, foi usado para custear sua estadia em Orlando. Para PF, Bolsonaro, Cid e seus familiares teriam fraudado os seus cartões de vacinação para evitar problemas na hora de entrar em outros países, que cobram a imunização contra a Covid-19, como os EUA. Os relatórios destacam que os esquemas ocorreram “a pedido” e “no interesse” de Bolsonaro.


Próximos passos


A expectativa é que o próximo indiciamento do ex-presidente seja no inquérito sobre a trama golpista, que também integra o caso das milícias digitais. Outro processo que mira Bolsonaro é o que investiga a instrumentalização da Abin para vigiar adversários. Este está vinculado ao inquérito das fake news (4781), instaurado em 2019 quando Bolsonaro ainda era presidente. Desde então, Moraes tem prorrogado a investigação, cujo objeto inicial era apurar ataques a ministros do STF.


Na visão da PF, os inquéritos das milícias digitais e das fake news e suas respectivas ramificações se relacionam pelo mesmo modus operandi: o uso da estrutura do Estado para atender a interesses da suposta organização criminosa. No caso das joias, foram mobilizados integrantes do Ministério de Minas e Energia e a Receita para reaver presentes dados por autoridades estrangeiras. No das vacinas, a Ajudância de Ordens da Presidência e a prefeitura de um aliado ajudaram a fraudar sistemas do Ministério da Saúde. Na trama golpista, o ex-presidente teria tentado a adesão das Forças Armadas.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.

BC relata vazamento de dados cadastrais de usuários da 99Pay devido a falhas em sistemas

 

Segundo o Banco Central, o incidente de segurança não gerou a exposição de dados "sensíveis", como senhas ou informações de movimentações financeiras, mas apenas dados cadastrais

(Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Reuters - O Banco Central relatou nesta quarta-feira o vazamento de dados pessoais vinculados a chaves Pix sob responsabilidade da 99Pay Instituição de Pagamento S.A., em decorrência de falhas nos sistemas da empresa.

De acordo com nota do BC, o incidente de segurança não gerou a exposição de dados "sensíveis", como senhas ou informações de movimentações financeiras, mas apenas dados cadastrais, que não permitem acesso a contas ou recursos de usuários da instituição.

"As pessoas que tiveram seus dados cadastrais obtidos a partir do incidente serão notificadas exclusivamente por meio do aplicativo ou pelo internet banking de sua instituição de relacionamento", afirmou a autarquia no comunicado.

O BC ainda informou que "ações necessárias" foram adotadas para a apuração do caso e que serão impostas medidas "sancionadoras previstas na regulação vigente."

Não houve menção de quantas pessoas teriam sido afetadas, com a autarquia dizendo apenas que o incidente tem "baixo impacto potencial para os usuários".

Procurada, a 99 não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Bolsonaro tem certeza de que será indiciado em todos os inquéritos nos quais é investigado, dizem aliados

 

Ex-mandatário é alvo de pelo menos oito inquéritos, já tendo sido indiciado em dois deles, todos sob a relatoria do ministro do STF Alexandre de Moraes

(Foto: ABr)

Aliados de Jair Bolsonaro (PL) avaliam que o ex-mandatário já está certo de que será indiciado em todas as investigações em curso contra ele que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), diz a jornalista Letícia Casado em sua coluna no UOL.
Bolsonaro é alvo de pelo menos oito investigações, todas sob a relatoria do ministro do STF Alexandre de Moraes.

Até o momento, Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal (PF) no âmbito dos inquéritos sobre o roubo de joias da Presidência da República e falsificação de certificados de vacinação contra Covid-19.

"Preocupa mais a exposição com alguns conteúdos do que o indiciamento em si", disse um aliado próximo à reportagem. O risco, segundo ele, é que informações constrangedoras venham à tona, como o caso em que Bolsonaro responde "selva" ao aviso do leilão de joias feito pelo seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid.

A narrativa adotada pelo clã Bolsonaro e seus aliados é que o ex-mandatário está sendo vítima de uma perseguição política orquestrada pela Polícia Federal e pelo ministro Alexandre de Moraes. Aliados afirmam que o indiciamento já é dado como certo.

Nos bastidores, avalia-se que o eleitorado está dividido em três grupos: os bolsonaristas, que apoiam Bolsonaro  incondicionalmente; os petistas e anti-Bolsonaro, que o criticam em qualquer cenário; e os eleitores de centro, que têm opiniões diversas sobre as suspeitas envolvendo Bolsonaro.

Esse terceiro grupo é visto como uma peça importante em uma eventual eleição, especialmente se Bolsonaro conseguir reverter sua inelegibilidade e concorrer em 2026. No entanto, ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) consideram a reversão improvável.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Diminui a preocupação dos brasileiros com a economia, enquanto segurança caminha para se tornar o principal problema


Mudança na preocupação do brasileiro reflete no crescimento da aprovação do governo Lula, já que aponta uma melhora na percepção da economia entre os mais pobres

População brasileira (Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil)

A violência alcançou um novo patamar de preocupação entre os brasileiros, segundo a pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (10). Os dados mostram que, embora a economia continue liderando as preocupações, com 21% das menções, a violência atingiu 19%, empatando tecnicamente com a economia e questões sociais, que obtiveram 18%. Em abril de 2023, apenas 12% dos entrevistados apontavam a violência como o principal problema, mas essa preocupação cresceu significativamente nos últimos meses.A pesquisa aponta que as principais preocupações dos brasileiros são: 
  • Economia: 21%
  • Violência: 19%
  • Questões sociais: 18%
  • Saúde: 15%
  • Corrupção: 12%
  • Educação: 8%

O diretor da Quaest Pesquisa e Consultoria, Felipe Nunes, observa que essa mudança reflete na percepção dos eleitores sobre a atuação do governo. "A economia, que antes era disparadamente a maior preocupação, vem perdendo protagonismo, o que pode indicar uma melhora na percepção da situação econômica entre os mais pobres," explica Nunes. "De um ano para cá, caiu de 31% para 21% a quantidade de pessoas que consideram a economia o principal problema, enquanto a preocupação com a segurança passou de 10% para 19%."

A pesquisa destaca também as mudanças no histórico de preocupações. Em abril de 2023, a economia era a principal preocupação para 31% dos brasileiros, mas essa preocupação vem diminuindo desde agosto. Por outro lado, as questões sociais, que recuaram de 22% em abril para 13% em dezembro, voltaram a crescer, alcançando 18% em julho.

O estudo, encomendado pela Genial Investimentos, entrevistou 2 mil pessoas com 16 anos ou mais em 120 municípios entre os dias 5 e 8 de julho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95%.

Fonte: Brasil 247