quarta-feira, 10 de julho de 2024

CNM celebra 10 anos da conquista do 1% do FPM de julho

 


Com o crédito de pouco mais de R$ 8 bilhões adicional aos cofres municipais, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) celebra nesta terça-feira, 9 de julho, dez anos que a Emenda Constitucional (EC) 84/2014, que garante o repasse extra aos Municípios em todo mês de julho, foi promulgada. A entidade lembra que esse costumava ser um período de fortes quedas nos valores repassados aos Municípios e a conquista garante até hoje um fôlego aos Entes locais. Saiba aqui quanto o seu Município vai receber. 

O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, aproveitou a data para lembrar aos gestores municipais a importância das mobilizações promovidas pela entidade em Brasília e o apoio dos parlamentares nas pautas prioritárias. “Trabalho árduo que, com apoio do parlamento, conseguimos criar uma emenda constitucional fruto do trabalho e mobilização de todos naquela época. Essa contribuição permanente que só nesse período agora representa mais de R$ 8 bilhões para os cofres municipais”, lembra. 

A CNM destaca que o cálculo do repasse adicional de julho é resultado do percentual do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) contabilizados entre o início de julho de 2023 até o final de junho deste ano. A entidade frisa ainda que no 1% adicional do FPM não incide retenção do Fundeb, mas como constituem receita tributária, o que implica compor a base para aplicação dos mínimos legais/constitucionais, os valores a serem recebidos a título de Repasse Extra do FPM integram a base de cálculo para fins de aplicação mínima de 25% em Manutenção e Desenvolvimento da Educação (MDE). No entanto, os valores a serem recebidos a título de Repasse Extra do FPM não integram a base de cálculo para fins de aplicação mínima dos 15% com Ações e Serviços Públicos em Saúde (ASPS), o que não impede que os municípios apliquem esses recursos em Saúde se necessário.

Histórico da conquista
Em janeiro de 2013, o ano começou com grande preocupação pela situação fiscal dos Entes locais. O então Ministério da Fazenda reteve à época todo o FPM de 387 Municípios para pagamento de dívidas. “Quase todos os Municípios têm alguma retenção, porque 4.900 cidades com dívidas previdenciárias renegociaram e autorizaram reter (...). Só que temos a receber da União R$ 30 bilhões, e ela não paga”, alertou o presidente da CNM à imprensa no período.

Entre outros pontos, Ziulkoski se referia à compensação devida pela União aos Municípios com regime próprio referente a servidores que antes de migrarem para as prefeituras contribuiam para o INSS, ou seja, o Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Situação que é hoje a principal pauta do movimento municipalista e ainda se arrasta, sem o devido encontro de contas.

Nesse cenário de grande dificuldade nas contas locais, o pleito de adicional no FPM de julho se intensificou. Desde 2009, ao menos oito Propostas de Emenda à Constituição (PECs) tramitaram no Congresso em prol de mudanças no FPM para beneficiar os Municípios - a maioria protocolada em 2013. Mesmo ano em que, durante a XVI Marcha a Brasília, o presidente da CNM questionou publicamente a então presidente da República, Dilma Rousseff, sobre o encontro de contas entre Municípios e União e o aumento fixo de 2% no FPM.

Ainda que sem resposta da chefe do Executivo Federal, um grande passo foi dado na Marcha de 2013. Embora o adicional de julho não saísse naquele ano, Dilma anunciou um auxílio emergencial para os Entes locais no valor de R$ 3 bilhões (Lei 12.859/2013), pago em duas parcelas. O montante era equivalente a 1,3% do FPM, portanto atendia à parte da quantia pleiteada pelo movimento municipalista, mas não de forma permanente. Por isso, a luta dos Municípios seguiu.

Ano decisivo
Já com o tema tramitando no Congresso, o pleito de 2% adicional ao FPM voltou a ser tratado na edição de 2014 da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, de 12 a 15 de maio, como o primeiro ponto prioritário. Mobilizados sob a liderança de Paulo Ziulkoski, mais de 5 mil municipalistas defenderam a medida e expuseram às autoridades federais a crise financeira das prefeituras, agravada pelo subfinanciamento de mais de 390 programas federais.

Como resultado imediato do ato político - considerado o maior evento municipalista da América -, foi instalada a Comissão Especial na Câmara para a votação de uma das PECs que tratavam do aumento de 2% do FPM. Em seguida, a presidente Dilma e ministros do governo receberam Ziulkoski e demais representantes da CNM para tratar da pauta municipalista.

Mobilizações
Entre as diversas mobilizações promovidas pela Confederação, a definitiva para a conquista do adicional de julho ocorreu em junho de 2014. A CNM convocou uma mobilização permanente em prol da pauta aprovada na Marcha, com destaque para a reivindicação relacionada ao FPM. “A luta é constante. Ela é iniciada na Marcha e nós temos que continuar trabalhando para sermos atendidos”, ressaltou o presidente Ziulkoski na convocação.

A ideia foi manter o movimento mobilizado, com presença semanal no Congresso. Como mais de uma PEC sobre o tema foi sugerida pelos parlamentares, a pauta avançava em duas frentes, na Câmara e no Senado. A proposta apresentada pelo governo foi de um adicional de 1%, começando com 0,5% no primeiro ano de implementação e alcançando o total de 1% no ano seguinte.

Por fim, a PEC 426/2014 foi a que teve o aval dos parlamentares e, com a alteração no percentual, as duas Casas aprovaram a proposta entre setembro e novembro de 2014. As análises e posicionamentos da CNM foram usadas como base e justificativa para a aprovação da matéria nas duas Casas legislativas.

A Emenda Constitucional 84/2014, com o 1% adicional de julho do FPM, foi promulgada em 2 de dezembro daquele ano. O recurso foi escalonado, entrando um extra de 0,5% em julho de 2015 e, desde julho de 2016, o 1% do mês.

Confira aqui o valor para seu Município. 

Fonte: Agência de Notícias da CNM

FPM: com influência de restituição do imposto de renda, primeiro decêndio de julho será pago nesta quarta, 10

 

Os dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) apontam que o 1º decêndio de julho de 2024 do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), comparado com mesmo decêndio do ano anterior, apresentou uma queda de 6,48%. Os valores foram creditados nesta quarta-feira, 10 de julho, nas contas das prefeituras. O repasse será no valor de R$ 3.483.156.809,67, já descontada a retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Em valores brutos, incluindo o Fundeb, o montante é de R$ 4.353.946.012,09.

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) destaca que o pagamento da restituição do Imposto de Renda no final do mês de junho, influenciou a arrecadação e impactou diretamente o FPM do primeiro decêndio de julho. A área de Estudos Técnicos da entidade lembra também que este pagamento sofre influência da arrecadação do mês anterior, uma vez que a base de cálculo para o repasse é dos dias 20 a 30 do mês anterior. 

O 1º decêndio, geralmente, é o maior do mês, representando quase a metade do valor esperado para o mês. Considerando o ano de 2024, incluindo o repasse extra do FPM do 1% de julho, o volume dos repasses do FPM cresceu, em termos nominais, 13,11% em relação ao mesmo período do ano anterior. Ao se retirar o efeito da inflação do período, é possível observar um crescimento real de 8,66%. O repasse de 1% de julho do FPM é uma conquista da CNM

Importante

A CNM disponibiliza ao final desta matéria os repasses municipais do FPM dividido por Estados, indicando uma aproximação do volume de recursos a ser recebido no dia 10. Para a interpretação do quadro, o gestor deve ter o conhecimento não somente do seu coeficiente, mas da quantidade de quotas que perderia na ausência da Lei Complementar (LC) 198/2023. 

A publicação atual inclui ainda um anexo com a listagem dos 740 Municípios que perderam quotas e estão sujeitos ao redutor, para auxiliar a consulta nas tabelas estaduais. Se o Município não consta no Anexo I, ele deve ser consultado considerando o valor 0 na coluna “Perda de quotas sem a LC 198/2023”. Caso o Município esteja no Anexo I, deve-se considerar, para a interpretação da respectiva tabela estadual, a sua quantidade de perda de quotas e não somente o seu coeficiente original. 

Fonte: Agência de Notícias da CNM

Conexão entre inquéritos envolvendo Bolsonaro aponta para existência de organização criminosa instalada no Palácio do Planalto

 Segundo investigadores, ex-presidente seria “o cabeça” desse grupo

A Polícia Federal busca conexões entre pelo menos sete investigações para apurar a existência de uma organização criminosa instalada no Palácio do Planalto durante o governo Bolsonaro. Segundo investigadores, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seria o cabeça desse grupo e o personagem central de diferentes frentes de apuração: fraude na carteira de vacinação, o suposto desvio das joias do acervo presidencial, trama golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ataque às urnas eletrônicas e às instituições democráticas, uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar adversários e o suposto pagamento de gastos pessoais com o cartão corporativo.


O ex-presidente já foi indiciado nos dois primeiros casos, que integram um inquérito-mãe (4874) aberto em julho de 2021 para investigar um grupo com “forte atuação digital” e “a nítida finalidade de atentar contra a democracia”, segundo o relator, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).


Em relatório enviado ao STF na última sexta-feira, a PF detalha a conexão entre os diferentes inquéritos e afirma que a investigação apura a atuação de uma “possível organização criminosa”, cujo objetivo é “a obtenção de vantagens de caráter diversos (políticos, patrimoniais ou não)”. Conforme os investigadores, a PF apura a “articulação de pessoas” do entorno de Bolsonaro, “com tarefas distribuídas por aderência entre idealizadores, produtores, difusores e financiadores”.


A defesa de Bolsonaro tem negado todas as irregularidades, defendido que Moraes não tem prerrogativa para relatar esses processos e afirmado que os inquéritos são “direcionados” ao ex-presidente. Bolsonaro, por sua vez, passou a fazer críticas nas redes sociais ao chefe do Departamento de Inteligência (DIP) da PF, delegado Rodrigo Morais, responsável pelos casos.


Além dos alvos que se repetem nas investigações — Bolsonaro e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid —, a PF vê uma relação entre os fatos. Por exemplo, o ex-mandatário só teria viajado aos Estados Unidos no fim de 2022 porque não conseguiu respaldo do Comando do Exército e Aeronáutica para colocar em prática um golpe de Estado, segundo a PF. Na viagem, a comitiva do ex-presidente teria levado parte das joias desviadas do acervo presidencial, segundo a PF.


O dinheiro da venda dos itens, segundo a investigação, foi usado para custear sua estadia em Orlando. Para PF, Bolsonaro, Cid e seus familiares teriam fraudado os seus cartões de vacinação para evitar problemas na hora de entrar em outros países, que cobram a imunização contra a Covid-19, como os EUA. Os relatórios destacam que os esquemas ocorreram “a pedido” e “no interesse” de Bolsonaro.


Próximos passos


A expectativa é que o próximo indiciamento do ex-presidente seja no inquérito sobre a trama golpista, que também integra o caso das milícias digitais. Outro processo que mira Bolsonaro é o que investiga a instrumentalização da Abin para vigiar adversários. Este está vinculado ao inquérito das fake news (4781), instaurado em 2019 quando Bolsonaro ainda era presidente. Desde então, Moraes tem prorrogado a investigação, cujo objeto inicial era apurar ataques a ministros do STF.


Na visão da PF, os inquéritos das milícias digitais e das fake news e suas respectivas ramificações se relacionam pelo mesmo modus operandi: o uso da estrutura do Estado para atender a interesses da suposta organização criminosa. No caso das joias, foram mobilizados integrantes do Ministério de Minas e Energia e a Receita para reaver presentes dados por autoridades estrangeiras. No das vacinas, a Ajudância de Ordens da Presidência e a prefeitura de um aliado ajudaram a fraudar sistemas do Ministério da Saúde. Na trama golpista, o ex-presidente teria tentado a adesão das Forças Armadas.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.

BC relata vazamento de dados cadastrais de usuários da 99Pay devido a falhas em sistemas

 

Segundo o Banco Central, o incidente de segurança não gerou a exposição de dados "sensíveis", como senhas ou informações de movimentações financeiras, mas apenas dados cadastrais

(Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Reuters - O Banco Central relatou nesta quarta-feira o vazamento de dados pessoais vinculados a chaves Pix sob responsabilidade da 99Pay Instituição de Pagamento S.A., em decorrência de falhas nos sistemas da empresa.

De acordo com nota do BC, o incidente de segurança não gerou a exposição de dados "sensíveis", como senhas ou informações de movimentações financeiras, mas apenas dados cadastrais, que não permitem acesso a contas ou recursos de usuários da instituição.

"As pessoas que tiveram seus dados cadastrais obtidos a partir do incidente serão notificadas exclusivamente por meio do aplicativo ou pelo internet banking de sua instituição de relacionamento", afirmou a autarquia no comunicado.

O BC ainda informou que "ações necessárias" foram adotadas para a apuração do caso e que serão impostas medidas "sancionadoras previstas na regulação vigente."

Não houve menção de quantas pessoas teriam sido afetadas, com a autarquia dizendo apenas que o incidente tem "baixo impacto potencial para os usuários".

Procurada, a 99 não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Bolsonaro tem certeza de que será indiciado em todos os inquéritos nos quais é investigado, dizem aliados

 

Ex-mandatário é alvo de pelo menos oito inquéritos, já tendo sido indiciado em dois deles, todos sob a relatoria do ministro do STF Alexandre de Moraes

(Foto: ABr)

Aliados de Jair Bolsonaro (PL) avaliam que o ex-mandatário já está certo de que será indiciado em todas as investigações em curso contra ele que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), diz a jornalista Letícia Casado em sua coluna no UOL.
Bolsonaro é alvo de pelo menos oito investigações, todas sob a relatoria do ministro do STF Alexandre de Moraes.

Até o momento, Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal (PF) no âmbito dos inquéritos sobre o roubo de joias da Presidência da República e falsificação de certificados de vacinação contra Covid-19.

"Preocupa mais a exposição com alguns conteúdos do que o indiciamento em si", disse um aliado próximo à reportagem. O risco, segundo ele, é que informações constrangedoras venham à tona, como o caso em que Bolsonaro responde "selva" ao aviso do leilão de joias feito pelo seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid.

A narrativa adotada pelo clã Bolsonaro e seus aliados é que o ex-mandatário está sendo vítima de uma perseguição política orquestrada pela Polícia Federal e pelo ministro Alexandre de Moraes. Aliados afirmam que o indiciamento já é dado como certo.

Nos bastidores, avalia-se que o eleitorado está dividido em três grupos: os bolsonaristas, que apoiam Bolsonaro  incondicionalmente; os petistas e anti-Bolsonaro, que o criticam em qualquer cenário; e os eleitores de centro, que têm opiniões diversas sobre as suspeitas envolvendo Bolsonaro.

Esse terceiro grupo é visto como uma peça importante em uma eventual eleição, especialmente se Bolsonaro conseguir reverter sua inelegibilidade e concorrer em 2026. No entanto, ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) consideram a reversão improvável.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Diminui a preocupação dos brasileiros com a economia, enquanto segurança caminha para se tornar o principal problema


Mudança na preocupação do brasileiro reflete no crescimento da aprovação do governo Lula, já que aponta uma melhora na percepção da economia entre os mais pobres

População brasileira (Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil)

A violência alcançou um novo patamar de preocupação entre os brasileiros, segundo a pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (10). Os dados mostram que, embora a economia continue liderando as preocupações, com 21% das menções, a violência atingiu 19%, empatando tecnicamente com a economia e questões sociais, que obtiveram 18%. Em abril de 2023, apenas 12% dos entrevistados apontavam a violência como o principal problema, mas essa preocupação cresceu significativamente nos últimos meses.A pesquisa aponta que as principais preocupações dos brasileiros são: 
  • Economia: 21%
  • Violência: 19%
  • Questões sociais: 18%
  • Saúde: 15%
  • Corrupção: 12%
  • Educação: 8%

O diretor da Quaest Pesquisa e Consultoria, Felipe Nunes, observa que essa mudança reflete na percepção dos eleitores sobre a atuação do governo. "A economia, que antes era disparadamente a maior preocupação, vem perdendo protagonismo, o que pode indicar uma melhora na percepção da situação econômica entre os mais pobres," explica Nunes. "De um ano para cá, caiu de 31% para 21% a quantidade de pessoas que consideram a economia o principal problema, enquanto a preocupação com a segurança passou de 10% para 19%."

A pesquisa destaca também as mudanças no histórico de preocupações. Em abril de 2023, a economia era a principal preocupação para 31% dos brasileiros, mas essa preocupação vem diminuindo desde agosto. Por outro lado, as questões sociais, que recuaram de 22% em abril para 13% em dezembro, voltaram a crescer, alcançando 18% em julho.

O estudo, encomendado pela Genial Investimentos, entrevistou 2 mil pessoas com 16 anos ou mais em 120 municípios entre os dias 5 e 8 de julho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95%.

Fonte: Brasil 247

China e Brasil testarão plano de rastreabilidade da carne bovina

 

Administração Estatal de Regulamentação do Mercado da China se reuniu com instituições brasileiras para discutir métodos para garantir a transparência da cadeia de suprimento

Trabalhador em frigorífico (Foto: Reuters)

Reuters - A China, maior importadora de carne bovina do mundo, e o Brasil, principal fornecedor global, estabelecerão um projeto-piloto como parte dos esforços para tornar a produção de carne bovina mais sustentável, informou a mídia estatal chinesa nesta quarta-feira.

A carne bovina é considerada uma das formas de alimento com maior emissões de gases, especialmente no Brasil, onde a produção de alimentos tem sido associada ao desmatamento de áreas de florestas que capturam carbono.

A Administração Estatal de Regulamentação do Mercado da China se reuniu com instituições brasileiras para discutir métodos para garantir a transparência da cadeia de suprimento de carne bovina e o estabelecimento de uma plataforma de rastreabilidade transfronteiriça, informou a CCTV. A reportagem não forneceu mais informações sobre o cronograma.

Os países concordaram que um padrão global unificado seria fundamental para o sistema de rastreabilidade, o que também ajudaria a combater a falsificação de carne bovina.

As empresas chinesas há muito tempo priorizam o preço em detrimento da sustentabilidade, mas estão lentamente ganhando interesse em suprimentos mais ecológicos.

Em contraste com os esforços de sustentabilidade no Ocidente, que geralmente são liderados pelos consumidores, a mudança na China é impulsionada, em primeiro lugar, por sinais políticos e pela pressão dos investidores.

No entanto, traders e analistas de sustentabilidade afirmam que os custos mais altos e os desafios logísticos provavelmente limitarão a demanda por produtos sustentáveis.

A criação de gado no Brasil está ligada a quase 24% do desmatamento anual das florestas tropicais globais e a aproximadamente 10% do total de emissões globais de gases de efeito estufa, de acordo com a organização ambiental The Nature Conservancy.

O pasto para gado é o uso inicial mais comum para áreas desmatadas na Amazônia e no Cerrado, uma prática que enfrenta limites legais rigorosos, mas continua ilegalmente.
A China importou 2,74 milhões de toneladas de carne bovina em 2023, sendo que mais de 40% foram provenientes do produtor sul-americano, de acordo com a alfândega chinesa.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Aprovação de Lula sobe para 54%, aponta pesquisa Quaest

 

Índice atual marca um retorno ao patamar observado em outubro e dezembro de 2023. Os que desaprovam o trabalho do presidente representam 43%

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Uma nova pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (10) revela que a aprovação do presidente Lula (PT) subiu para 54% entre os brasileiros, conforme noticia a CNN Brasil.
Este número representa um aumento de quatro pontos percentuais em relação ao último levantamento realizado em maio.

Segundo a pesquisa, 43% dos entrevistados desaprovam o trabalho de Lula, enquanto 4% não souberam ou não quiseram responder. Em comparação com o levantamento anterior, a aprovação de Lula era de 50%, com 47% de desaprovação e 2% de indecisos.

O índice atual de 54% marca um retorno ao patamar observado em outubro e dezembro de 2023, conforme dados da Quaest. O melhor desempenho do governo até agora foi registrado em agosto do ano passado, quando a aprovação chegou a 60%. 

A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 8 de julho, com 2 mil entrevistas presenciais. O público-alvo incluiu eleitores com 16 anos ou mais, e a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

Além da aprovação pessoal do presidente, a pesquisa também avaliou a gestão do governo. Os dados mostram que 36% dos entrevistados consideram a gestão de Lula como positiva, enquanto 30% a avaliam de forma negativa. Outros 30% dos entrevistados classificam o governo como "regular".

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Críticas de Lula à política de juros do BC são aprovadas por 66% dos brasileiros

 

Pesquisa Genial/Quaest aponta, ainda, que 53% dos entrevistados avaliam que as declarações do presidente Lula não contribuíram para a alta do dólar

Banco Central e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: ABR | REUTERS/Adriano Machado)

Pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (10) pelo UOLaponta que 66% dos entrevistados avaliam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está certo ao criticar a política de juros do Banco Central (BC), ante 23% dos que dizem discordar. A pesquisa  aponta, ainda, que 53% dos entrevistados avaliam que as declarações do presidente Lula não contribuíram para a alta do dólar.


Ainda segundo o levantamento, a reprovação ao presidente Lula é maior entre pessoas que recebem mais de cinco salários-mínimos, que são brancos, do sexo masculino, que têm ensino superior (mesmo incompleto), que são evangélicos e vivem na região Sul. Sobre a situação econômica do Brasil, para 36% dos entrevistados a economia piorou no último ano, enquanto 32% veem estabilidade e 28% melhora. Novamente, a avaliação positiva da economia aumenta entre os pobres e a negativa é maior entre os ricos.

Em relação ao poder de compra dos brasileiros, contudo, há uma unanimidade entre todas as classes sociais de que ela é menor atualmente se comparada ao ano anterior, entrando nessa categoria o valor dos combustíveis, dos alimentos e da energia. Mas a maioria dos entrevistados (52%) diz estar otimista e espera por uma melhora econômica nos próximos 12 meses.

A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 8 de julho e ouviu 2 mil eleitores com 16 anos ou mais, distribuídos em 120 municípios. O índice de confiança do levantamento é de 95%.

Contexto

O atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, foi indicado por Jair Bolsonaro (PL), e assumiu o argo em fevereiro 2019. À frente do comando do BC, ele fez manifestações públicas de proximidade com o bolsonarismo, como por exemplo ao ir votar nas eleições de 2022 com a camisa da seleção brasileira, símbolo apropriado pelos eleitores de Bolsonaro. 

Recentemente, Campos Neto aceitou participar de homenagem na Assembleia Legislativa de São Paulo e de jantar promovido pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), afilhado político de Bolsonaro. Ele também vem sendo alvo de criticas devido á manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 10,5%, um dos patamares mais elevados do mundo, o que prejudica investimentos, dificulta o acesso ao crédito e atrapalha o crescimento econômico. 

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Mauro Cid tentou usar funcionários de órgãos federais para transportar mala com joias que seriam vendidas nos EUA

 Ex-ajudante de ordens procurou membros da Apex e do Itamaraty para levar bagagem de Orlando para Miami

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, tentou utilizar dois funcionários de órgãos do governo federal para transportar uma mala com duas esculturas que seriam vendidas. Essas peças foram desviadas do acervo da Presidência, de acordo com a Polícia Federal (PF).


Cid acionou Ricardo Camarinha, que trabalhava na Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), e Marcela Magalhães Braga, funcionária do Ministério das Relações Exteriores. O objetivo era levar a mala de Orlando para Miami, para entregar ao seu pai, o general da reserva Mauro Lourena Cid. A Apex é uma associação de direito privado, mas vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).


Houve dificuldades, no entanto, e as esculturas acabaram sendo transportadas por um empresário. A operação foi descrita pela PF na investigação que indiciou Cid, Bolsonaro e outras 10 pessoas pelo suposto esquema. Camarinha e Braga não foram investigados pela PF.


As peças — uma árvore e um barco — foram entregues a Bolsonaro em visitas aos Emirados Árabes Unidos e ao Bahrein, em novembro de 2021. No fim do governo, em dezembro de 2022, Cid as levou para os Estados Unidos.


Antes de chegar ao país, Cid entrou em contato com Marcela Magalhães Braga, que havia atuado como assessora da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e na época era vice-cônsul do Brasil em Orlando. O tenente-coronel solicitou, como “favor”, que a mala fosse levada para Miami. Em resposta, Marcela afirmou que o transporte poderia ser feito quando o cônsul estivesse no local, em janeiro.


Para a PF, “as mensagens indicam que Mauro Cid tentou usar a estrutura logística do Itamaraty nos Estados Unidos, por meio de Marcela Magalhães Braga, para transportar a referida mala da cidade de Orlando/FL para Miami/FL”.


A tentativa, no entanto, não deu certo. À PF, Marcela Braga afirmou que não encontrou Cid nem teve contato com a mala.


Cid, então, acionou uma alternativa. Já em Orlando, ele deixou a mala com Ricardo Camarinha — ex-médico de Bolsonaro na Presidência, que em 2022 ganhou um cargo na Apex em Miami — e questionou se ele poderia levá-la para entregar ao seu pai. O general Mauro Lourena Cid chefiava, na época, o escritório da Apex em Miami.


Em depoimento à PF, Camarinha relatou que demoraria a retornar a Miami, porque estava em recesso, mas concordou em fazer o transporte. Dias depois, no entanto, Cid afirmou que outra pessoa levaria a mala, e o item foi devolvido. Também à PF, Cid ressaltou que o médico não sabia do conteúdo da bagagem.


As peças acabaram sendo levadas pelo empresário Cristiano Piquet. Já em Miami, Cid e seu pai tentaram vender as esculturas, mas não conseguiram. Em mensagens, Cid relatou que houve dificuldade porque eles não eram de ouro, como ele imaginava antes.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.

51% dos eleitores de Bolsonaro em 2022 concordam com as críticas de Lula ao Banco Central, diz pesquisa Quaest

 Por outro lado, apenas 34% dos entrevistados tinham “ouvido falar” das críticas do presidente à política de juros do BC

Cerca de 51% dos eleitores de Jair Bolsonaro em 2022 concordam com as críticas de Lula ao Banco Central, revelou a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (10/7). Desde que assumiu a presidência, Lula critica a política de juros do banco e o presidente Roberto Campos Neto.


Dentre os eleitores de Lula em 2022, o colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, aponta que 77% concordam com as críticas do presidente ao Banco Central, 16% não concordam e 8% não souberam responder, segundo a pesquisa.


O levantamento mostra também que, sem o recorte de votos em 2022, 66% dos brasileiros apoiam as críticas do presidente à política de juros do Banco Central. E quando surgiu a pergunta “acredita que as falas de Lula foram a principal razão pelo aumento do dólar?”, 53% responderam “não” e 34% “sim”.


A coluna de Lauro Jardim, no jornal O GLOBO, enfatizou, por sua vez, que apenas 34% dos entrevistados tinham “ouvido falar” das críticas de Lula à política de juros do BC (64% não ouviram falar). O resultado mostra, segundo o colunista, que certos temas não ganham as massas; podem até ser de fato relevantes, mas a maioria esmagadora da população nem toma conhecimento.


A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 8 de julho e ouviu presencialmente dois mil eleitores de 16 anos ou mais em todos os estados. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles e do jornal O Globo