terça-feira, 9 de julho de 2024

Gleisi critica Bolsonaro nas redes após divulgação de investigações: ‘Nunca foi sobre Deus, pátria ou família’, afirmou presidente do PT

 ‘Em postagem no X (antigo Twitter), a deputada federal classificou o conteúdo do documento como ‘gravíssimo’ ’

Um dia depois da divulgação do relatório enviado pela Polícia Federal (PF) ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o desvio de joias do acervo presidencial durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, criticou o adversário político afirmando que “nunca foi sobre Deus, pátria ou família”. Em uma postagem na rede social X (antigo Twitter), a deputada federal classificou o conteúdo do documento como “gravíssimo”.


A petista destacou que as “denúncias vão desde organização criminosa para obter vantagens políticas e patrimoniais, ataques virtuais a opositores e às instituições, até as mentiras que ele contou sobre as vacinas de Covid-19”.


Na postagem, Gleisi também afirmou que “depois da tentativa frustrada de golpe de Estado, Bolsonaro fugiu para os Estados Unidos e transferiu quase todo seu recurso financeiro para um banco no exterior, mas bancou as despesas dele e da família com dinheiro em espécie, por meio da venda das joias desviadas”.


“Chega a ser inacreditável a maneira como ele corrompeu a Presidência da República, parte dos militares de alta patente e enganou os brasileiros. Nunca foi sobre Deus, pátria ou família. Sempre foi por dinheiro. Isso precisa ser denunciado: Bolsonaro, o arauto da moralidade, é um corrupto!”, concluiu a parlamentar.


No relatório final da investigação sobre a venda das joias recebidas pela Presidência, a PF listou uma série de provas ligando diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro ao “desvio” dos objetos. O relatório foi tornado público nesta segunda-feira pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.


Entre as provas está uma troca de mensagens em que o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, envia a Bolsonaro o link de um leilão online com o kit de relógio Chopard, um terço, uma abotoadura e um anel. Em resposta, o ex-presidente escreveu “selva”, jargão militar para “ok”.


No documento, a PF afirma que o ex-presidente seria o principal beneficiário do esquema, com suspeita de receber, de “forma fracionada”, parte dos valores das joias para bancar sua estadia nos Estados Unidos, onde permaneceu de 30 de dezembro de 2022 até o fim de março seguinte.


A defesa do ex-presidente classificou o inquérito sobre o suposto desvio das joias do acervo presidencial como “insólito”. Os advogados de Bolsonaro disseram que ele “em momento algum pretendeu se locupletar ou ter para si bens que pudessem de qualquer forma ser havidos como públicos”.


O ex-presidente, seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid e mais dez pessoas foram indiciados pela PF no inquérito que apura o desvio de joias do acervo presidencial. Os crimes atribuídos aos dois primeiros são de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Caberá agora à Procuradoria-Geral da República decidir se oferece denúncia ou pede o arquivamento do caso.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.

Aliados de Bolsonaro reagem com as críticas de sempre a Alexandre de Moraes e à PF após quebra do sigilo das investigações

 ‘Questão está sendo tratada politicamente, há dois pesos e duas medidas. Qual o tratamento dado a ex-presidentes exceto Bolsonaro’, indaga senador Marcos Rogério (PL-TO)

Aliados de Jair Bolsonaro reagiram como sempre com muitas críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e à Polícia Federal, depois do sigilo do inquérito que investiga a suspeita de esquema de vendas de jóias desviadas do acervo presidencial ser levantado. Bolsonaro e mais 11 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal no caso, que é relatado por Moraes.


O líder da oposição no Senado, Marcos Rogério (PL-TO), classificou a investigação como uma “pauta política”.


– A questão está sendo tratada politicamente, há dois pesos e duas medidas. Qual o tratamento dado a ex-presidentes exceto Bolsonaro e o tratamento dado em relação a Bolsonaro quando o assunto são os presentes? Obviamente que isso faz parte de uma pauta política. Infelizmente tem instituições da República, que são importantes, envolvidas nisso. O que é lamentável.


Apesar disso, o senador avaliou que não é o momento de articular uma resposta no Congresso, como mudanças na lei para resguardar casos similares aos do ex-presidente.


– Não acho que seja o caso de criar uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) ou uma lei. Não em razão disso, pode até criar um marco legal para tratar disso, mas fora do contexto dessas polêmicas todas. As polêmicas existem por causa do Bolsonaro, não pela conduta em si.


Umas das informações reveladas com o fim do sigilo do inquérito é que Osmar Crivelatti, assessor de Bolsonaro afirmou que entregou kit de jóias que pertencia ao acervo presidencial, chamado de “kit ouro branco”, a outro então assessor do ex-presidente na sede do PL, em Brasília, no dia 3 de abril do ano passado.


O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), segundo vice-presidente da Câmara, minimizou o relato.


–Nós estamos muito tranquilos com relação a tudo isso. O PL já foi alvo de busca e apreensão e nada foi achado lá.


Na mesma linha, o deputado Capitão Augusto (PL-SP), que é um dos vice-presidentes do partido, disse que a legenda não será afetada nas eleições municipais deste ano por conta disso.

– Não impacta absolutamente em nada no planejamento das eleições municipais, não está agendada nenhuma reunião (no PL) para tratar disso e particularmente não vejo necessidade nenhuma.


A PF apontou que Bolsonaro cometeu os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Outras 11 pessoas também foram indiciadas no caso. O ex-presidente nega as acusações e, via defesa, afirmou que “em momento algum pretendeu se locupletar ou ter para si bens que pudessem de qualquer forma, serem havidos como públicos”.


O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filhos do ex-presidente, também se manifestaram sobre o caso e atacaram a PF e o STF.


– Qual o crime? Não tem crime. Não tinha que estar tendo nem investigação. Mostra que a PF dá um tratamento diferente para o Bolsonaro em relação a outros ex-presidentes – disse Flávio.


Nas redes sociais, Carlos comparou a investigação a “uma caça” e a “um filme”.


“Jamais pensei que o Brasil pudesse chegar nesse absurdo de caça para equiparação do que jamais será equiparável. Parece um filme, mas é o sistema sendo desnudado e crendo que podem medir a régua dos outros pela sua. É abissal e é horrendo para qualquer país promover este tipo de desordem normalizando absurdos jamais vistos na história. No fim, tudo nos leva ao início. É muito claro o que alguns poucos fizeram com o Brasil”.


A perícia feita pela Polícia Federal calculou que parte dos presentes recebidos por Bolsonaro em viagens oficiais, desviados no esquema investigado, tem valor de mercado de pouco mais de US$ 1,227 milhão, o equivalente a R$ 6,8 milhões, na cotação do dólar no início de julho deste ano.


O cálculo ainda é parcial. Isso porque alguns dos itens, como abotoaduras, anéis e rosários de dois kits de jóias que teriam sido desviados, ainda não foram periciados pela corporação. Além disso, as esculturas douradas de um barco e uma palmeira e o relógio Patek Philippe — recebidos por Bolsonaro em viagem ao Reino do Bahrein em 2021 — ainda não foram recuperados.


A estimativa de seus valores comerciais também está pendente. Inicialmente, o relatório da PF havia apontado em sua conclusão um total de R$ 25 milhões em bens movimentados pelo esquema. A corporação se corrigiu ontem e informou que o valor é de R$ 6,8 milhões, soma mencionada também em trechos do documento.


Por conta da divergência de dados, Eduardo comparou, nas redes sociais, a PF com a Stasi, polícia secreta alemã na época da Guerra Fria. “A PF DE MORAES “errou” por mais 300% o cálculo dessa bagaça. Até para escolher sua Stasi é preciso competência”.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.

Ex-chefe da Receita confirma à Polícia Federal que Bolsonaro pediu liberação de joias

 Vieira Gomes disse que o ex-presidente o procurou em duas ocasiões para tratar do assunto

O ex-secretário da Receita Federal, Julio Cesar Vieira Gomes, confirmou em depoimento à Polícia Federal (PF) que discutiu diretamente com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a liberação das joias presenteadas pela Arábia Saudita, apreendidas na alfândega do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Em março, a Folha S.Paulo revelou, com base em relatos anônimos, que os dois conversaram sobre o assunto por telefone em 27 de dezembro de 2022, dias antes do fim do mandato de Bolsonaro, indicando sua participação direta na tentativa de liberação dos itens.


Vieira Gomes afirmou ter discutido o assunto com Bolsonaro em duas ocasiões: um encontro presencial na primeira quinzena de dezembro de 2022, possivelmente no Palácio do Planalto, e o telefonema de 27 de dezembro. No relatório final, a PF indiciou o ex-presidente sob a acusação de desvio ou tentativa de desvio de itens avaliados em R$ 6,8 milhões, afirmando que houve “uma associação criminosa voltada para a prática de desvio de presentes de alto valor recebidos em razão do cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e/ou por comitivas do governo brasileiro”.


A primeira reunião entre Bolsonaro e Vieira Gomes ocorreu durante a apresentação do balanço de sua gestão na Receita Federal. Ao final da reunião, Bolsonaro questionou se o ex-chefe da Receita tinha conhecimento de alguma apreensão relacionada a uma viagem à Arábia Saudita. Vieira Gomes respondeu que não, mas que iria verificar. Ao retornar à Receita, ele solicitou a verificação da apreensão, repassando posteriormente o resultado ao tenente-coronel Mauro Cid, chefe da Ajudância de Ordens de Bolsonaro.


A segunda conversa entre Bolsonaro e Vieira Gomes ocorreu em 27 de dezembro. Bolsonaro ligou para agradecer pela gestão de Vieira Gomes e perguntou sobre a pesquisa das joias retidas. Vieira Gomes disse que repassou as informações a Mauro Cid, que também ligou no mesmo dia para saber quais medidas deveriam ser tomadas para incorporar os bens ao acervo público da Presidência. Vieira Gomes reiterou que orientou Mauro Cid a encaminhar um ofício de requerimento para a incorporação dos bens.


No mesmo dia, Cid ligou para Marcelo da Silva Vieira, chefe do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica, solicitando que ele enviasse um ofício à Receita pedindo a incorporação das joias ao acervo presidencial. Marcelo Vieira, em depoimento à PF, afirmou a Mauro Cid que não tinha atribuição legal para fazer o pedido.


A Polícia Federal concluiu que houve um desvio de presentes de alto valor recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e suas comitivas em viagens internacionais. A investigação segue para determinar a extensão do envolvimento de outras pessoas na tentativa de liberação e desvio das joias apreendidas.



Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S.Paulo

Inflação mensal na Venezuela diminui para o nível mais baixo em 12 anos

 

Segundo o Banco Central do país, a taxa terminou o último mês em 1% e foi a mais baixa para um mês desde 2012

Mercado na Venezuela (Foto: Marco Bello / Reuters)

Por Lorenzo Santiago, Brasil de Fato | Caracas (Venezuela) - A inflação mensal na Venezuela caiu para o seu menor nível em 12 anos no mês de junho. Segundo o Banco Central do país, a taxa terminou o último mês em 1% e foi a mais baixa para um mês desde 2012, quando o país também teve e foi 0,5 ponto percentual menor se comparada a inflação mensal de maio, que ficou em 1,5%. Se considerados apenas os meses de junho, essa foi a menor inflação em 39 anos.

O valor mais baixo até então havia sido em abril, quando o país teve uma taxa mensal de 1,2%. O resultado foi publicado pelo BC venezuelano nesta terça-feira (9), a 19 dias das eleições do país. O índice de preços, que já chegou a alcançar o patamar de 196,6% em janeiro de 2019, tem apresentado queda neste começo do ano na Venezuela. No acumulado dos 6 primeiros meses de 2024, a taxa ficou em 8.9%, a mais baixa desde 2012, quando para o mesmo período ficou em 7,9%.

Os resultados têm sido comemorados pelo presidente Nicolás Maduro e dão mais argumentos para o candidato à reeleição faltando 19 dias para as eleições do país. A estabilização da economia em meio ao bloqueio imposto pelos Estados Unidos tem sido um lema do governo nos primeiros meses de 2024. De acordo com o governo, as sanções contra o setor petroleiro reduziram a entrada de dólares em 99% de 2014 a 2020.

Segundo a vice-presidente e ministra da Economia, Delcy Rodríguez, o impacto das sanções na economia venezuelana foram de US$ 642 bilhões (mais de R$ 3,3 trilhões) nesse período e fez a comparação com os outros países do continente. Ainda assim, o governo calcula que o país deve apresentar um crescimento do PIB de ao menos 8% neste ano.
Além disso, a moeda local –o bolívar– também teve uma estabilização em relação ao dólar. Todos esses resultados mostram um otimismo do governo com a economia e já estão sendo discutidos na campanha eleitoral.

Riscos
Se os resultados são positivos, os métodos para alcançá-los são questionados por alguns economistas. Para conseguir baixar a inflação e controlar a alta dos preços, o governo adotou como medida principal a injeção de dólares no mercado. Em 2023, o Banco Central colocou em circulação os quase US$ 4,2 bilhões (mais de R$ 20 bi) que entraram pela venda de petróleo no mercado internacional para controlar o câmbio e estabilizar o valor do bolívar.

O cientista político Juan Carlos Valdez destaca que, além disso, a queda na inflação representa no país uma queda de demanda. Com salários congelados há dois anos e uma queda nos investimentos públicos, a tendência é que o aumento nos preços continue desacelerando até chegar a uma deflação.

“A queda na demanda obriga que os comerciantes reduzem as margens de lucro para conseguir captar algo da demanda. Se continuarmos com esse esquema, de contração de liquidez [congelando salários e reduzindo o gasto público], vamos cair em uma deflação, o que vai quebrar um grupo de pequenos e médios produtores e comerciantes, favorecendo os monopólios de diferentes setores da economia”, afirmou ao Brasil de Fato.

Para ele, essa restrição da liquidez não favorece e estimula o crescimento real, mas “acaba contraindo a economia”.

No último 1º de maio, o governo anunciou um aumento nos auxílios sociais para US$ 130 (cerca de R$ 730). O valor, no entanto, não tem incidência sobre o salário mínimo, que ainda está em 130 bolívares (menos de 4 dólares na cotação atual) há dois anos. O valor das férias, 13º e fundo de aposentadoria não são refletidos por esse aumento.

Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fato

Câmara aprova urgência de texto sobre impostos da reforma tributária

 

Votação do Projeto de Lei Complementar será nesta quarta-feira

Por 322 votos favoráveis e 137 contrários, a Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (9) o requerimento de urgência para a votação do Projeto de Lei Complementar de Regulamentação da Reforma Tributária (PLP 68/24). O relatório final foi apresentado na semana passada pelo grupo de trabalho composto por deputados federais para analisar o texto proposto pelo governo federal ainda em abril

Com a aprovação da urgência, o projeto vai direto para a votação em plenário, já pautado para a sessão plenária desta quarta-feira (10).  

Pela proposta, a alíquota média de referência da nova tributação, que é a soma do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) de estados e municípios e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) federal, será 26,5%. Vários setores, porém, terão descontos na alíquota referencial ou isenção total, como é o caso da cesta básica.

Os novos tributos vão substituir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Programa de Integração Social (PIS), a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Serviços (ISS). Após a aprovação, a nova legislação entrará em vigor em etapas: parte em 2025, depois 2027, 2029 e 2033, quando o novo sistema tributário entrará totalmente em vigor. O processo de aprovação da reforma tributária começou no ano passado, quando o Congresso Nacional promulgou a Emenda Constitucional 132 , que estabeleceu o novo sistema de tributação, em uma discussão que levou mais de três décadas para avançar no país.  

"Esta Câmara vai viver amanhã [10] um momento alto de um intenso debate e vamos oferecer ao país uma proposta que é centrada na transparência, no fim da guerra fiscal, na questão da unificação dos tributos e isenção total daqueles produtos que compõem a cesta básica brasileira", afirmou o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), ao encaminhar votação favorável à urgência. Segundo o deputado, por unanimidade, os líderes partidários decidiram, mais cedo, em reunião na Residência Oficial da Presidência da Câmara, votar a urgência hoje e o mérito do texto amanhã.

Críticos ao regime de urgência, parlamentares da oposição encaminharam voto contrário ao avanço do texto. "A gente está falando de uma reforma tributária que, por exemplo, temos projetos de lei complementares anteriores ao do governo, que foram apresentados antes e nem foram sequer discutidos, sequer apensados. Estamos falando de uma reforma que tem 511 artigos, 356 páginas e que foi apresentado na sexta-feira [5], mas só de um lado. O que a gente tem medo? De estar criando um ‘Frankenstein’, incluindo aumento de carga tributária", argumentou a deputada federal Adriana Ventura (Novo-SP).

Um dos principais articuladores da proposta, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu o processo de discussão do projeto. "Foram mais de 220 horas de audiências cronometradas, foram 300 entidades recebidas, mais de mil pessoas. O plenário pode ter pensamento ideológico para um lado, pensamento ideológico para o outro, mas acusar essa Casa, num tema como esse, dizer que faltou debate, faltou oportunidade, não é correto".

Regras 

Com 335 página e 511 artigos, o texto que regulamenta os novos impostos manteve as regras para a devolução do imposto para as pessoas mais pobres, o chamado cashback, para água, esgoto e energia. Pelo texto, o IBS e o CBS serão devolvidos às pessoas integrantes de famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo.

Pela proposta, o cashback será de 100% para a CBS e de 20% para o IBS, na aquisição do botijão de 13kg de gás liquefeito de petróleo (GLP); 50% para a CBS e 20% para o IBS, nas operações de fornecimento de energia elétrica, água, esgoto e gás natural; de 20% para a CBS e para o IBS, nos demais casos. O texto também abre a possibilidade de que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios aumentem os descontos previstos na lei.

O texto prevê ainda a incidência do split payment, mecanismo no qual o valor pago do IBC e CBS por um comprador é automaticamente dividido entre o vendedor e as autoridades fiscais no momento da transação. Segundo os deputados, o mecanismo ruduz a possibilidade de sonegação fiscal e melhora a eficiência da arrecadação tributária.

A reforma cria ainda uma nova categoria, a do nano empreendedor, que não terá cobrança de imposto. Segundo o texto, a categoria do nano empreendedor será aplicada às pessoas com 50% do limite de faturamento anual do microempreendedor individual (MEI), que atualmente é de R$ 81 mil.

Edição: Sabrina Craide

Fonte: Agência Brasil

Ainda presidente, Bolsonaro recebeu dinheiro vivo de empresário nos EUA

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu um envelope com dinheiro vivo do genro do empresário Paulo Junqueira, do setor do agronegócio, após chegar aos Estados Unidos em dezembro de 2022. A Polícia Federal encontrou mensagens no celular do tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, que indicam a entrega.

O empresário foi quem emprestou uma casa para Bolsonaro se hospedar em Orlando, na Flórida, após sua saída do Brasil para não passar a faixa presidencial a Lula. Samuel Oliveira, genro do empresário, foi quem entregou o dinheiro.

“Ele foi entregar o imóvel pra eles, a chave. Tinha alguns reparos para serem feitos na casa, e o Samuel, se não me engano. Eu não estava lá, aí você teria que falar com o Samuel, que entregou alguma coisa pra eles assim pra que fosse feito algum reparo, alguma coisa no imóvel. Mas sem dúvida alguma foi um valor irrisório”, afirmou o empresário à coluna de Aguirre Talento no UOL.

As mensagens sobre a entrega do dinheiro foram encontradas pela Polícia Federal durante a apuração do desvio de joias. A investigação não se aprofundou sobre o pagamento, mas uma mensagem recebida por Cid de um funcionário da Ajudância de Ordens indica que o valor foi usado para “abastecer” e promover reparos no imóvel.

“Compras foram feitas e a casa já está abastecida. A cobertura da área da piscina foi finalizada para garantir a privacidade. O Samuel prefere ir encontrar o PR amanhã para entregar a encomenda”, diz a mensagem.

O ex-presidente Jair Bolsonaro com apoiadores em Orlando, nos EUA. Foto: Reprodução

“Diante dessas conversas, ficou evidente que Samuel entregaria uma encomenda (dinheiro) para o ex-presidente Jair Bolsonaro, ainda no ano 2022, enquanto ainda exercia o cargo de Presidente da República do Brasil”, diz o relatório da Polícia Federal.

Junqueira confirma que o pagamento foi feito pelo genro, mas diz que a entrega não foi uma ordem dele. “Agora eu vou receber os meus amigos na minha casa, a casa tem que estar em ordem (…) Pra que alguma coisa tenha sido arrumada, alguma coisa nesse sentido, entendeu. Te garanto também que foi alguma coisa irrisória”, prosseguiu o empresário.

Fonte: DCM

VÍDEO – Lula compara tentativa de golpe na Bolívia ao 8/1 no Brasil: ‘Democracia prevaleceu’


Lula ao lado de Luis Arce. Foto: Divulgação

Após participar da Cúpula do Mercosul no Paraguai nesta terça-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou com o presidente boliviano Luis Arce em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Logo após o encontro, Lula e o presidente da Bolívia fizeram uma declaração conjunta à imprensa. Lula agradeceu e parabenizou as instituições bolivianas pela resistência frente à recente tentativa de golpe, e comparou a quartelada boliviana ao 8 de janeiro bolsonarista no Brasil, quando as instituições democráticas também prevaleceram.

“Quero agradecer ao presidente Arce por me receber neste momento em que as instituições bolivianas mostraram seu valor frente a uma grave ameaça. Minha vinda nesta agenda diplomática e comercial simboliza mais que a retomada de uma relação de amizade. Assim como no Brasil, a democracia boliviana prevaleceu após um longo caminho entrecortado por golpes e ditaduras,” declarou Lula.

“O povo boliviano já havia provado desse gosto amargo com o golpe de 2019 e agora se viu acometido pela tentativa de 26 de junho deste ano. Não podemos tolerar devaneios autoritários e golpismos. Temos a enorme responsabilidade de defender a democracia contra as tentativas de retrocesso”, conclui o presidente do Brasil.

A tentativa de golpe na Bolívia ocorreu no dia 26 de junho, quando o ex-comandante do exército boliviano, general Juan José Zúñiga, mobilizou tropas e tanques na capital, La Paz, chegando a invadir o palácio presidencial. O governo de Luis Arce classificou a ação como uma “mobilização militar irregular.” Zúñiga foi preso por tentativa de golpe. Na ocasião, Lula afirmou que “a democracia deve prevalecer na América Latina, golpes nunca deram certo.”

Fonte: DCM


Correia: 'Bolsonaro queria um golpe e aproveitava para vender ilegalmente as joias da Coroa'

 

"Dinheiro da venda de joias sauditas chegava para Bolsonaro em 'cash'", escreveu o parlamentar

Rogério Correia (à esq.) e Jair Bolsonaro (Foto: ABr)

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) destacou nesta terça-feira (9) que Jair Bolsonaro (PL) preparava um golpe de Estado e, na tentativa de ruptura institucional, vendia ilegalmente joias recebidas por governos de outros países, com o objetivo de custear despesas do ex-mandatário. O tenente-coronel Mauro Cid vem revelando detalhes tanto do plano golpista quanto do esquema ilegal de comercialização de presentes dados por autoridades estrangeiras. 

"Vendia as joias da coroa e pagava contas pessoais dele e dona Michelle", escreveu o parlamentar na rede social X. "No intervalo preparava um golpe contra a democracia, para continuar as falcatruas, de preferência como ditador. Dinheiro da venda de joias sauditas chegava para Bolsonaro em 'cash'".

De acordo com investigadores, Bolsonaro e aliados desviaram R$ 6,8 milhões em joias que, por lei, deveriam pertencer ao Estado brasileiro, e não podiam ser incorporadas a patrimônio pessoal.

 

Fonte: Brasil 247