terça-feira, 9 de julho de 2024

Desenrola Pequenos Negócios: contratos ultrapassam R$ 2,4 bilhões

 

Volume financeiro teve crescimento expressivo em junho

Cédulas de real (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Paula Laboissière, da Agência Brasil - O programa Desenrola Pequenos Negócios registrou, até o último dia 2, um volume financeiro renegociado de R$ 2.483.579.215. Ao todo, 69.635 contratos foram renegociados, beneficiando 42.216 clientes. O balanço foi divulgado nesta segunda-feira (8) pelo Ministério do Empreendedorismo, Micro e Pequenas Empresas.

Segundo a pasta, o volume financeiro negociado registrou “crescimento expressivo” ao longo de junho. No levantamento do dia 12 de junho, o total renegociado era de R$ 1,25 bilhão. No dia 24 de junho, o valor aumentou para R$ 1,68 bilhão. Nos últimos dias do mês, o total renegociado chegou a R$ 2,48 bilhões – aumento de 70% desde o início do programa.

Dentre as regiões do país, o Sudeste acumula maior volume negociado: R$ 1.043.097.842. Em seguida estão Nordeste, com R$ 466.222.187; Sul, com R$ 340.383.388; Centro-Oeste, com R$ 237.706.948; e Norte, com R$ 104.611.156.

O estado que mais renegociou dívidas, até o momento, foi São Paulo, com 11.016 clientes (26%), 20.917 contratos (30%) e volume financeiro renegociado de R$ 694.055.097 (28%). Em seguida aparece Rio de Janeiro, com 3.548 clientes (8%), 6.218 contratos (9%) e volume financeiro renegociado de R$ 203.832.168 (8%).

Com a proposta de auxiliar pequenos negócios a superarem dificuldades financeiras, o programa conta com a participação de sete bancos, que representam 73% do total da carteira de crédito de micro e pequenas empresas nacionais: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, Santander, Sicredi e Mercantil do Brasil

Como participar

Para aderir ao Desenrola Pequenos Negócios, o microempreendedor ou pequeno empresário deve entrar em contato com a instituição financeira onde tem a dívida. As renegociações podem ser realizadas por intermédio de canais de atendimento oficiais, como agências, internet ou aplicativos móveis. Cada banco participante define suas próprias condições e prazos para a renegociação.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alerta que somente bancos cadastrados no programa podem oferecer as condições especiais de renegociação. Em caso de dúvidas ou suspeitas sobre ofertas de renegociação, os empresários são aconselhados a contatar seus bancos pelos canais oficiais e a não aceitar propostas fora dessas plataformas.

As oportunidades para renegociação de dívidas bancárias são válidas para microempreendedores individuais (MEI), micro e pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. Já as dívidas elegíveis são aquelas não pagas até 23 de janeiro de 2024, sob a proposta de permitir que os empresários obtenham recursos necessários para manter suas atividades.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Saiba o que foi a Revolução Constitucionalista de 1932 em São Paulo

 

Data que marca início de conflito armado é feriado estadual 

A Revolução Constitucionalista de 1932 completa 92 anos nesta terça-feira (9), data considerada magna no estado de São Paulo por ter marcado o conflito armado entre forças paulistas que tinham por objetivo derrubar o governo de Getúlio Vargas. O militar gaúcho havia assumido a presidência do governo provisório nacional após um golpe de Estado decorrente da Revolução de 1930, contra o presidente eleito Júlio Prestes, representante da política paulista. 

O dia tornou-se feriado estadual em 1997, com a aprovação da Lei 9.497 pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e promulgada pelo ex-governador Mário Covas, que instituiu o 9 de julho como Data Magna de São Paulo.

Outra causa do conflito foi a ruptura da política do ‘café com leite’, a alternância de poder entre as elites de Minas Gerais e São Paulo, que caracterizou a República Velha (1889-1930). Indignados com a situação, setores da sociedade paulista passaram a promover grandes mobilizações populares contra o governo, que se estendiam para outros estados como Minas Gerais, Alagoas e Rio Grande do Sul. 

No Rio de Janeiro, em 1931, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) organizou uma manifestação contra a carestia, violentamente reprimida. O estopim da fase armada do levante foi uma manifestação no dia 23 de maio de 1932, na Praça da República, onde ficava a sede do governo do interventor nomeado por Vargas.

Foi nessa ocasião em que um conflito após uma invasão a um escritório do Partido Popular Paulista deixou mortos quatro estudantes: Mario Martins de Almeida, Euclydes Bueno Miragaia, Dráusio Marcondes de Souza e Antônio Américo de Camargo Andrade, que passaram a ser mártires do movimento, que adotou a sigla MMDC, com as iniciais dos nomes dos estudantes. Um quinto manifestante morreu dias depois no hospital.

A rebelião armada estourou no dia 9 de julho e voluntários começaram a se apresentar para engrossar o exército a favor da causa paulista. As operações militares começaram no dia 12 de julho com frentes de batalha nas divisas com o Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e no litoral, com pelo menos 50 mil homens. Entretanto, o exército federal era bem maior e melhor equipado, com cerca de 100 mil pessoas, e São Paulo acabou perdendo o apoio dos outros estados, exceto do Mato Grosso.

A batalha durou três meses e acabou com a rendição dos paulistas no dia 2 de outubro. Em maio de 1933, foram realizadas eleições para a Assembleia Constituinte e, em novembro, foi elaborada a Constituição brasileira, promulgada pelo presidente Getúlio Vargas, em 1934.

Polêmicas

Segundo o historiador Francisco Quartim de Moraes, as causas para que São Paulo se levantasse em uma guerra civil contra o resto do país são, além de complexas, motivo de polêmica. Moraes explicou que parte da oligarquia paulista, sobretudo aqueles que estavam ligados ao Partido Republicano Paulista, buscavam a retomada do poder, quase hegemônico, que exerceram durante toda a Primeira República.

“Esse poder foi colocado em cheque pela Revolução de 1930. Também lhes motivava o medo de uma Revolução Social mais radical. Outro grupo político, o Partido Democrático, havia apoiado o movimento de 30, mas se sentia alijado dos rumos que o Governo Provisório tomava. Durante a interventoria de João Alberto, nomeado para o cargo por Getúlio Vargas, a crise se agudizou exponencialmente’, disse o historiador.

De acordo com Moraes, o novo interventor, socialista e revolucionário, ex-comandante de um destacamento da Coluna Miguel Costa-Luis Carlos Prestes, tomou uma série de medidas que assustaram o poder político e econômico paulista. Entre elas, houve a promulgação de leis trabalhistas e a tentativa de legalização do Partido Comunista do Brasil no estado de São Paulo. 

“Se no início a campanha paulista se centrou no pedido da nomeação de um interventor ‘paulista e civil’ em oposição a João Alberto, que era pernambucano e militar, depois que Vargas nomeou interventores paulistas e civis, como o próprio Pedro de Toledo, que seguiu como governador de São Paulo mesmo durante o movimento armado iniciado em 09 de julho, essa campanha perdeu o seu sentido”, diz o historiador. 

Segundo ele, o mesmo ocorreu com a campanha que dá nome oficial ao movimento, quando paulistas (e também outras figuras de todo o país) clamavam pela reconstitucionalização do país. Se em um primeiro momento essa campanha teve força e encontrou eco no pensamento de muitos brasileiros, depois que Vargas promulgou o Código Eleitoral em 24 de fevereiro de 1932, com medidas como o voto feminino, a justiça eleitoral e o voto secreto, e depois marcou oficialmente, em 14 de maio de 1932, a data para que ocorresse a constituinte de 1933-1934, essa argumentação perdeu a maior parte de sua força.

“Ambas as datas são anteriores ao levante de 9 de julho e, portanto, não podem ter sido resultado da guerra civil. São Paulo buscava retornar à federalização garantida pela constituição de 1891. Isso era explícito nos discursos e manifestos do movimento paulista. Enquanto a Revolução de 30 havia tido um caráter centralizador”, explicou.

Para Moraes, embora muitos autores indiquem que a reconstitucionalização seja um legado do movimento paulista de 1932, isso não condiz com a ordem dos fatos. “A reconstitucionalização do país já estava completamente estruturada, nos moldes em que ocorreu meses antes do início da guerra civil. O legado concreto de 1932 é a criação de um sentimento de identidade no povo paulista, o que hoje podemos chamar de paulistaneidade. Realçada todo 9 de julho e que teve no quarto centenário da cidade, em 1954, um momento chave com a criação do Obelisco do Ibirapuera”, finalizou o historiador.

Edição: Sabrina Craide

Fonte: Agência Brasil

Com participações de Alckmin e ministros, Sebrae promove evento voltado a gestores públicos

 

Décio Lima, Geraldo Alckmin, Celso Sabino e Luiz Marinho estão confirmados no Transformar Juntos

Décio Lima, presidente do Sebrae (Foto: Erivelton Viana/Sebrae)

Agência Sebrae - Mais de 2 mil gestores públicos estarão em Brasília, de 9 a 11 de julho, para construir caminhos de desenvolvimento econômico e social nos seus municípios.
Realizado pelo Sebrae, o evento de capacitação Transformar Juntos tem o objetivo de fazer com que esses atores se engajem na pauta a partir do compartilhamento de experiências, palestras e oficinas. A abertura ocorre 9h de terça-feira (9) no Centro de Convenções do Brasil XXI, em Brasília, e contará com as presenças do presidente em exercício da República, Geraldo Alckmin, dos ministros do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, do Turismo, Celso Sabino, e do presidente do Sebrae, Décio Lima.

"Os gestores públicos são atores indispensáveis na transformação que o país precisa. Se a vida acontece nas cidades, é com quem está nesta ponta que precisamos contar para mudar a realidade. Esse novo modelo de desenvolvimento social e econômico que a gente almeja, mirando na inclusão que passa pelo fomento aos pequenos negócios, só é possível se trabalharmos juntos. E é o que o Sebrae está propondo com esse evento", afirmou Décio Lima.

Para isso, a instituição vai abordar temas como Compras Públicas de micro e pequenas empresas; Simplificação do ambiente de negócios; Estímulo às economias portadoras de futuro com ações de Turismo: Sustentabilidade: Economia Criativa: Inovação e Energia; além da necessidade de expansão da Educação Empreendedora no país. Serão mais de 50 atividades ao longo dos três dias de evento.

Serviço – Transformar Juntos
Data: 9 a 11 de julho
Local: Centro de Convenções Brasil 21 – SHS Quadra 06, Lote 01, Conjunto A, Asa Sul, Brasília/DF
Programação

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Sebrae


Filho do cantor Zé Vaqueiro morre aos 11 meses

 

Arthur, que lutava contra a síndrome de Patau, teve sua morte anunciada pelos pais nas redes sociais: "Deus sabe de todas as coisas"

(Foto: Reprodução/Instagram )

Morreu na madrugada desta terça-feira (9), Arthur, filho de 11 meses do cantor Zé Vaqueiro e Ingra Soares. O bebê, nascido em julho de 2023, estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) devido a uma malformação congênita provocada pela síndrome da trissomia do cromossomo 13, conhecida como síndrome de Patau.

Arthur era o terceiro filho do casal, que também são pais de Daniel e Nicole. Após 10 meses internado, Arthur recebeu alta em 16 de maio, mas precisou retornar ao hospital após sofrer uma parada cardíaca.

A notícia foi confirmada pelos pais através de uma publicação nas redes sociais. "Deus sabe de todas as coisas, e decidiu que era hora do nosso Arthur se juntar a Ele e descansar. Agradecemos do fundo de nossos corações o amor e as orações que nosso menino recebeu enquanto estava entre nós", escreveram Zé Vaqueiro e Ingra Soares.

A morte do pequeno Arthur gerou uma onda de comoção entre os fãs e seguidores do cantor.

Fonte: Brasil 247

Governo nomeia ex-deputado federal como novo secretário de Política Agrícola

 

Guilherme Campos assume o cargo após a saída de Neri Geller, afastado após polêmicas no leilão de arroz

Guilherme Campos (Foto: Paulo Emílio)

O governo federal nomeou nesta terça-feira (9) o ex-deputado federal Guilherme Campos (PSD-SP) como secretário de Política Agrícola do Ministério de Agricultura e Pecuária, informa o G1. Ele assume o lugar de Neri Geller, afastado após suspeitas de irregularidades nos leilões do governo para a compra de arroz importado.

A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União e é assinada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). Campos vai responder diretamente ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que também é do PSD. Ele já atuava anteriormente no ministério como superintendente de Agricultura e Pecuária no estado de São Paulo.

Guilherme Campos foi vice-prefeito de Campinas (SP), deputado federal entre 2007 e 2014, e presidente dos Correios durante o governo Michel Temer (MDB). É considerado um quadro tradicional do PSD, e figura ao lado do presidente do partido, Gilberto Kassab, em diversas publicações nas redes sociais. 

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Na Bolívia, Lula demonstra apoio a Arce e destaca interesse do Brasil em ajudar o país andino


"Estamos interessados em ajudar na exploração de minerais, em benefício da Bolívia, no gás, em construir hidrovias", afirmou o presidente Lula

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a chegada a Santa Cruz de la Sierra, no Aeroporto Internacional Viru Viru. Santa Cruz de la Sierra - Bolívia (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou na segunda-feira (8) a Santa Cruz de La Sierra para se reunir com o presidente boliviano, Luis Arce, nesta terça-feira (9). A visita tem como objetivo reforçar a cooperação entre os dois países em áreas como tecnologia, agricultura e exploração de minerais.

Em entrevista ao canal de televisão boliviano 'Red Uno', Lula destacou o interesse do Brasil em apoiar a Bolívia. "O Brasil pode ajudar a Bolívia na transferência de tecnologia, ajudar na agricultura. Estamos interessados em ajudar na exploração de minerais, em benefício da Bolívia, no gás, em construir hidrovias", afirmou Lula, de acordo com o IG

Os dois líderes participaram, na segunda-feira, da cúpula do Mercosul em Assunção, Paraguai, onde a Bolívia formalizou sua adesão ao bloco regional. Após a cúpula, ambos seguiram para Santa Cruz de La Sierra, a capital econômica da Bolívia, onde Lula foi acompanhado por cerca de 100 empresários brasileiros. 

"Estamos propondo uma diplomacia econômica, porque é algo diferente que um presidente venha apenas para falar em termos econômicos, do que ele vir com toda uma missão empresarial", afirmou o vice-chanceler boliviano, Elmer Catarina.

Catarina ressaltou que o encontro será uma oportunidade para a Bolívia apresentar seus avanços na industrialização do lítio e as oportunidades que se abrem para o Brasil nesse mercado. A Bolívia possui enormes reservas de lítio no Salar de Uyuni, no sudoeste do país, e está trabalhando na industrialização desse recurso.

Além das questões econômicas, a reunião presidencial também abordará temas políticos, especialmente em função da recente tentativa de golpe militar em La Paz. "Lula está chegando ao país para oferecer seu apoio político ao presidente Lucho [Arce] e à nossa Bolívia soberana, digna e industrializada", destacou o governo boliviano, de acordo com a reportagem. 

Lula também se encontrará com representantes de sindicatos indígenas e de camponeses, reforçando sua aliança política com Arce e o ex-presidente Evo Morales. Esta é a primeira visita de Lula à Bolívia desde que reassumiu a Presidência em janeiro de 2023. Sua última visita ao país andino foi em 2009, durante o governo de Morales.

Fonte: Brasil 247 com informações do portal IG

Mãe de Eduardo, Carlos e Flávio, ex-de Bolsonaro ganha cargo no governo do RJ

Rogéria Nantes com o filho Flávio Bolsonaro, senador pelo Rio de Janeiro, ambos sorrindo lado a ladoRogéria Nantes com o filho Flávio Bolsonaro, senador pelo Rio de Janeiro – Reprodução/Redes Sociais

 A mãe dos deputados Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro, Rogéria Nantes Bolsonaro, foi recentemente nomeada para um cargo no governo do estado do Rio de Janeiro, sob a administração de Cláudio Castro (PL).

De acordo com informações divulgadas pelo UOL, a nomeação ocorreu em 1º de julho deste ano, quando ela assumiu a posição de assessora na Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Filiada ao Partido Liberal (PL) desde 2022, mesmo partido de Cláudio Castro e do seu ex-marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro, Rogéria tentou se eleger vereadora pelo Rio de Janeiro em 2020 pelo Republicanos, mas não obteve sucesso.

Rogéria Nantes com um dos filhos, Carlos Bolsonaro, ambos deitados e sorrindoRogéria Nantes com um dos filhos, Carlos Bolsonaro – Reprodução/Redes Sociais

Antes de sua atual nomeação, ela trabalhou na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), no gabinete do deputado estadual Bruno Boaretto (PL).

Rogéria possui uma vasta experiência política, tendo já atuado como assessora parlamentar e sido vereadora do Rio de Janeiro por dois mandatos. Em 2022, ela tentou se inserir na campanha eleitoral como suplente do senador Romário (PL-RJ), porém foi vetada pela equipe do então presidente Jair Bolsonaro.

Fonte: DCM

Caso Marielle: Conselho de Ética da Câmara deve retomar nesta terça processo de Chiquinho Brazão com audiência de testemunhas

 Deputado acusado de ter mandado matar vereadora do PSol pode perder seu mandato

O Conselho de Ética retoma nesta terça-feira (9) o processo que pode levar à cassação do mandato de Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). A previsão é de ouvir testemunhas nesta terça.


O processo foi instalado há quase três meses.


Chiquinho Brazão é investigado por suposta quebra de decoro parlamentar. Ele foi apontado pela Polícia Federal, junto com seu irmão Domingos Brazão, como mandante da execução da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes em 2018.


A primeira testemunha confirmada é o deputado federal Tarcísio Motta (PSOL-RJ), indicado pela relatora do processo, deputada Jack Rocha (PT-ES).


A relatora e a defesa de Chiquinho Brazão listaram várias pessoas para serem ouvidas pelo Conselho. No entanto, algumas declinaram do convite e outras não confirmaram presença para a sessão desta terça-feira.


As testemunhas em processos no Conselho de Ética não são obrigadas a prestar depoimento, pois o órgão não possui o poder coercitivo de autoridades judiciais, como as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). Assim, o comparecimento se dá por convite.


Tarcísio Motta afirmou à GloboNews que espera colaborar fornecendo informações sobre o contexto do assassinato de Marielle Franco. Ele pretende destacar como Marielle representava um obstáculo para os interesses políticos e econômicos da milícia no Rio de Janeiro, conforme apontado pelas investigações da Polícia Federal.


Além de Tarcísio Motta, Jack Rocha demonstrou interesse em ouvir os delegados da Polícia Federal responsáveis pela investigação, a ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge e o atual procurador-geral Paulo Gonet. Inicialmente, a oitiva estava agendada para o fim de junho, mas foi cancelada.


Entre as testemunhas listadas pela defesa de Chiquinho Brazão estão:


  • Eduardo Paes (PSD), prefeito do Rio de Janeiro
  • Jorge Felippe (PP), vereador do Rio
  • Willian Coelho (DC), vereador do Rio
  • Ronald Paulo de Alves Pereira, o Major Ronald, preso e apontado como um dos responsáveis por monitorar a rotina de Marielle (declinou do convite)
  • Élcio de Queiroz, ex-PM acusado de ser um dos executores de Marielle
  • Reimont (PT-RJ), deputado federal (declinou do convite)
  • Marcos Rodrigues Martins, assessor da Câmara de Vereadores do Rio
  • Thiago Kwiatkowski Ribeiro, vice-presidente do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro

No início de junho, Jack Rocha apresentou seu plano de trabalho para a apuração do caso. Desde então, não houve avanços significativos e nenhuma testemunha foi ouvida.


O processo contra Chiquinho Brazão foi aberto em abril. Pelas regras, o período de produção de provas pode durar até 40 dias úteis. Nessa fase, a relatora pode solicitar documentos e complementar o plano de trabalho, além de solicitar novas provas.


Após a coleta de provas, a relatora terá dez dias úteis para elaborar seu parecer, que poderá recomendar o arquivamento do processo ou a aplicação de penalidades. Os membros do Conselho de Ética podem aprovar ou rejeitar o parecer.


Se o colegiado aprovar a cassação ou suspensão temporária do mandato, caberá ao plenário principal da Câmara referendar ou não a medida.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

Entrada da Bolívia no Mercosul vai beneficiar faixa oeste do Brasil e facilitar acesso ao lítio


“A incorporação da Bolívia é, também, a entrada ao bloco, da faixa oeste do Brasil”, diz economista

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e presidente da Bolívia, Luis Arce. (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

O presidente da Bolívia, Luis Arce, entregou na última segunda-feira (8), durante Cúpula do Mercosul, a ata de ratificação da adesão plena do país ao bloco econômico.
Segundo informa O Globo, a incorporação do país vizinho como quinto sócio do Mercosul pode beneficiar Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai em diferentes áreas, desde o acesso a minérios, como o lítio, até a melhoria na qualidade de vida de cidadãos dos países que vivem em território boliviano.

No caso do Brasil, a relação bilateral com a Bolívia possui um grande potencial, conforme mostra um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado na semana passada. Os estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre serão os mais beneficiados, ganhando acesso ao oceano pacífico através do país vizinho e de acordos já estabelecidos com Chile e Perú.
Os portos de Arica, no Chile, e de Ilo e Matari, no Perú, são usados atualmente pela Bolívia e entrarão na rota das exportações brasileiras.

“Os portos deverão ser adaptados aos tipos de cargas brasileiras. Também será necessário melhorar as estradas, muitos trechos na Bolívia precisam ser pavimentados” explica Pedro Silva Barros, coordenador do estudo do Ipea, em entrevista ao O Globo.

O economista também aponta que a entrada da Bolívia no Mercosul pode trazer melhorias para as cidades brasileiras que estão mais próximas do oceano Pacífico do que do Atlântico, como a capital de Rondônia, Porto Velho. “Fora do Sul e do Sudeste, outras regiões do Brasil não se sentem tão parte do Mercosul. A incorporação da Bolívia é, também, a entrada ao bloco do Mato Grosso, Rondônia e Acre, a faixa oeste do Brasil”, afirma Silva Barros.

Além disso, a Bolívia conta com grandes reservas de insumos que o Brasil precisa para produzir fertilizantes, como potássio, fosfato e uréia. Atualmente, esses insumos são importados de países como Bielorrússia, Egito, Marrocos e Rússia. Portanto, essa nova dinâmica tende a favorecer o complexo agroindustrial brasileiro.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

PT planeja tour eleitoral com Lula para conter expansão bolsonarista em São Paulo

 

A presença de Lula é vista como crucial para recuperar espaços perdidos e reviver o "cinturão vermelho" na Grande São Paulo

(Foto: Ricardo Stuckert)

O Partido dos Trabalhadores (PT) está organizando uma ofensiva estratégica em São Paulo, visando conter a crescente influência bolsonarista no estado. O objetivo é frear o avanço de partidos como PL, PP e Republicanos, que planejam campanhas alinhadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o PT está apostando em Lula como seu principal cabo eleitoral.

De acordo com reportagem do Metrópoles, em resolução a ser apresentada na convenção estadual do partido, marcada para o dia 20 de julho, os dirigentes paulistas propõem destinar uma parte do fundo eleitoral para financiar viagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a São Paulo. A presença de Lula é vista como crucial para recuperar espaços perdidos e reviver o "cinturão vermelho" na Grande São Paulo.

Ainda de acordo com a reportagem, sem poder usar recursos da Presidência para viagens de campanha, o PT está buscando alternativas financeiras para garantir a presença de Lula nas cidades-chave do cenário político paulista. O partido vê viabilidade em candidaturas em 140 dos 645 municípios de São Paulo, com a meta de aumentar de quatro para doze o número de prefeituras sob seu comando.

Entre as cidades estratégicas, destacam-se São Bernardo, Santo André, Osasco e Guarulhos, onde o partido busca retomar prefeituras e aumentar a presença de vereadores. O PT também pretende manter o controle em Mauá e Diadema, reconstituindo o tradicional "cinturão vermelho" ao redor da capital paulista. Além disso, o partido apoiará campanhas como vice em outras cidades, incluindo Guarujá, Itapeva, Cubatão e Bauru, e na capital paulista, onde apoiará Guilherme Boulos (PSol) com Marta Suplicy como vice.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Inquérito da PF com sigilo retirado por Moraes aprofunda acusações a Bolsonaro e crimes podem levar de 10 a 32 anos de prisão

 Defesa do ex-presidente nega irregularidades e diz que a verdade vai prevalecer

O inquérito da Polícia Federal (PF) que teve o sigilo retirado nesta segunda, 8, pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro pela venda ilegal de joias da Presidência da República.


A retirada do sigilo da investigação dos supostos crimes permitiu aprofundar as acusações feitas pela PF ao ex-presidente e entender quais os crimes foram imputados.


Como é sabido, indiciamento não significa que ele é culpado e MPF precisa apresentar acusação formal à Justiça, o que ainda vai ser analisado pela Procuradoria Geral da República (PGR).


Além de Bolsonaro, foram indiciadas outras 11 pessoas. Entre os nomes apontados pela PF estão o do tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, considerado o braço-direito do ex-presidente durante o mandato dele na Presidência, e dois ex-ministros: Fabio Wajngarten, que comandava a Secretaria de Comunicação Social (Secom) e Bento Albuquerque, ex-chefe do Ministério de Minas e Energia.


Os crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro cometidos por Jair Bolsonaro (PL) no esquema que desviou pelo menos R$ 6,8 milhões em joias somam penas que variam de 10 a 32 anos de prisão, conforme publicação desta segunda-feira (8) no jornal O Estado de S.Paulo. 


A lei determina que a pena para o crime de lavagem de dinheiro varia de três a até 10 anos de prisão. Na lei nº 9.613/98, o crime de lavagem de dinheiro é o ato de tentar ocultar ou dissimular a “natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade” de bens materiais. O crime acontece quando o “dinheiro sujo”, utilizado ou proveniente de ilegalidades, é transformado em “dinheiro limpo” que aparenta não ter origem irregular.


O crime de peculato, previsto no artigo 312 do Código Penal, a pena para o crime varia entre dois e 12 anos de reclusão. É quando um funcionário público usa o cargo para se apropriar ou desviar determinado bem em detrimento próprio, ou para terceiros. “Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio”, diz a lei.


No crime de associação criminosa, previsto no artigo 288-A do Código Penal, a pena pode ficar entre cinco e dez anos de reclusão. O delito ocorre quando três ou mais pessoas se reúnem com o objetivo de cometer um ou alguns atos ilícitos.


 Com mais de 400 páginas, o relatório da Polícia Federal (PF) sobre o caso das joias traz uma série de elementos que indicam a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no desvio e na venda de presentes de luxo recebidos durante seu mandato na Presidência da República. Mensagens, fotografias e documentos analisados pela investigação mostram que Bolsonaro sabia do esquema que, segundo a PF, desviou R$ 6,8 milhões em joias da União.


A defesa de Bolsonaro nega irregularidades e diz que os presentes recebidos pelo ex-presidente seguiram um protocolo rigoroso de tratamento e catalogação pelo Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), sem influência do chefe do Executivo. No X (antigo Twitter), Bolsonaro disse aguardar que a PF faça as “correções” no inquérito. “A última será aquela dizendo que todas as joias ‘desviadas’ estão na CEF [Caixa Econômica Federal], acervo ou PF, inclusive as armas de fogo”, escreveu.


Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal Estado de São Paulo

Joias desviadas por Bolsonaro podem ter valor maior que R$ 6,8 milhões; entenda


O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

 A perícia da Polícia Federal (PF) estimou que os presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em viagens oficiais, desviados no esquema investigado, possuem um valor de mercado de aproximadamente US$ 1,227 milhão, o que equivale a R$ 6,8 milhões na cotação do dólar no início de julho deste ano, conforme informações do Globo.

O cálculo ainda é parcial, pois itens como abotoaduras, anéis e rosários de dois kits de joias supostamente desviados ainda não foram periciados pela corporação. O valor total está no relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que considera a soma dos objetos.

Adicionalmente, as esculturas douradas de um barco e uma palmeira, assim como o relógio Patek Philippe, recebidos por Bolsonaro durante uma viagem ao Reino do Bahrein em 2021, ainda não foram recuperados, e suas estimativas de valor de mercado estão pendentes.

Inicialmente, o relatório da PF concluiu que o total de bens movimentados pelo esquema era de R$ 25 milhões, mas a corporação corrigiu o valor para R$ 6,8 milhões, conforme mencionado em trechos do documento.

Entre os itens já periciados, o mais valioso é o conjunto de brilhantes destinado à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, retido pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos, São Paulo, em 2021.

As joias da marca suíça Chopard foram recebidas pelo então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, na Arábia Saudita e interceptadas na volta ao Brasil na mochila de um assessor. O relógio, par de brincos, anel e colar prateado do kit somam US$ 1,015 milhão.

Peritos da PF apontam marcas de uso em joias presenteadas a BolsonaroJoias sauditas presenteadas a Bolsonaro. Foto: reprodução

O relógio Chopard do kit ouro rosé, também recebido pela comitiva de Bento Albuquerque durante a visita oficial à Arábia Saudita, vale mais de US$ 100 mil. Trazido ilegalmente ao país, o item passou despercebido e foi mantido em um cofre do Ministério de Minas e Energia até novembro de 2022.

Mais tarde, o relógio foi transportado em uma mala no avião presidencial quando Bolsonaro viajou aos EUA antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo a PF. O kit Chopard foi a leilão no país, mas não foi arrematado. Ele foi devolvido pela defesa de Bolsonaro após determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) para devolver presentes recebidos em viagens oficiais ao governo federal.

Já o relógio Rolex do kit ouro branco, vendido nos EUA por Mauro Cid junto com o relógio Patek Philippe, foi avaliado em US$ 73,7 mil. O conjunto, que inclui uma caneta Chopard avaliada em US$ 20 mil e outras joias, foi recebido por Bolsonaro em viagem oficial a Doha, no Catar, e Riade, na Arábia Saudita, em 2019.

Antes de ser negociado, o relógio foi retirado do acervo presidencial pelo ex-ajudante de ordens. A peça foi recuperada nos EUA pelo advogado Frederick Wassef, após pedido do TCU para Bolsonaro devolver itens recebidos em função do cargo.

Por fim, a perícia calculou que uma escultura de cavalo dourada, interceptada pela Receita no aeroporto de Guarulhos em 2021, vale US$ 4.971,12. Vale destacar que a peça chegou ao país danificada.

Fonte: DCM