terça-feira, 9 de julho de 2024

Mãe de Eduardo, Carlos e Flávio, ex-de Bolsonaro ganha cargo no governo do RJ

Rogéria Nantes com o filho Flávio Bolsonaro, senador pelo Rio de Janeiro, ambos sorrindo lado a ladoRogéria Nantes com o filho Flávio Bolsonaro, senador pelo Rio de Janeiro – Reprodução/Redes Sociais

 A mãe dos deputados Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro, Rogéria Nantes Bolsonaro, foi recentemente nomeada para um cargo no governo do estado do Rio de Janeiro, sob a administração de Cláudio Castro (PL).

De acordo com informações divulgadas pelo UOL, a nomeação ocorreu em 1º de julho deste ano, quando ela assumiu a posição de assessora na Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Filiada ao Partido Liberal (PL) desde 2022, mesmo partido de Cláudio Castro e do seu ex-marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro, Rogéria tentou se eleger vereadora pelo Rio de Janeiro em 2020 pelo Republicanos, mas não obteve sucesso.

Rogéria Nantes com um dos filhos, Carlos Bolsonaro, ambos deitados e sorrindoRogéria Nantes com um dos filhos, Carlos Bolsonaro – Reprodução/Redes Sociais

Antes de sua atual nomeação, ela trabalhou na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), no gabinete do deputado estadual Bruno Boaretto (PL).

Rogéria possui uma vasta experiência política, tendo já atuado como assessora parlamentar e sido vereadora do Rio de Janeiro por dois mandatos. Em 2022, ela tentou se inserir na campanha eleitoral como suplente do senador Romário (PL-RJ), porém foi vetada pela equipe do então presidente Jair Bolsonaro.

Fonte: DCM

Caso Marielle: Conselho de Ética da Câmara deve retomar nesta terça processo de Chiquinho Brazão com audiência de testemunhas

 Deputado acusado de ter mandado matar vereadora do PSol pode perder seu mandato

O Conselho de Ética retoma nesta terça-feira (9) o processo que pode levar à cassação do mandato de Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). A previsão é de ouvir testemunhas nesta terça.


O processo foi instalado há quase três meses.


Chiquinho Brazão é investigado por suposta quebra de decoro parlamentar. Ele foi apontado pela Polícia Federal, junto com seu irmão Domingos Brazão, como mandante da execução da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes em 2018.


A primeira testemunha confirmada é o deputado federal Tarcísio Motta (PSOL-RJ), indicado pela relatora do processo, deputada Jack Rocha (PT-ES).


A relatora e a defesa de Chiquinho Brazão listaram várias pessoas para serem ouvidas pelo Conselho. No entanto, algumas declinaram do convite e outras não confirmaram presença para a sessão desta terça-feira.


As testemunhas em processos no Conselho de Ética não são obrigadas a prestar depoimento, pois o órgão não possui o poder coercitivo de autoridades judiciais, como as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). Assim, o comparecimento se dá por convite.


Tarcísio Motta afirmou à GloboNews que espera colaborar fornecendo informações sobre o contexto do assassinato de Marielle Franco. Ele pretende destacar como Marielle representava um obstáculo para os interesses políticos e econômicos da milícia no Rio de Janeiro, conforme apontado pelas investigações da Polícia Federal.


Além de Tarcísio Motta, Jack Rocha demonstrou interesse em ouvir os delegados da Polícia Federal responsáveis pela investigação, a ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge e o atual procurador-geral Paulo Gonet. Inicialmente, a oitiva estava agendada para o fim de junho, mas foi cancelada.


Entre as testemunhas listadas pela defesa de Chiquinho Brazão estão:


  • Eduardo Paes (PSD), prefeito do Rio de Janeiro
  • Jorge Felippe (PP), vereador do Rio
  • Willian Coelho (DC), vereador do Rio
  • Ronald Paulo de Alves Pereira, o Major Ronald, preso e apontado como um dos responsáveis por monitorar a rotina de Marielle (declinou do convite)
  • Élcio de Queiroz, ex-PM acusado de ser um dos executores de Marielle
  • Reimont (PT-RJ), deputado federal (declinou do convite)
  • Marcos Rodrigues Martins, assessor da Câmara de Vereadores do Rio
  • Thiago Kwiatkowski Ribeiro, vice-presidente do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro

No início de junho, Jack Rocha apresentou seu plano de trabalho para a apuração do caso. Desde então, não houve avanços significativos e nenhuma testemunha foi ouvida.


O processo contra Chiquinho Brazão foi aberto em abril. Pelas regras, o período de produção de provas pode durar até 40 dias úteis. Nessa fase, a relatora pode solicitar documentos e complementar o plano de trabalho, além de solicitar novas provas.


Após a coleta de provas, a relatora terá dez dias úteis para elaborar seu parecer, que poderá recomendar o arquivamento do processo ou a aplicação de penalidades. Os membros do Conselho de Ética podem aprovar ou rejeitar o parecer.


Se o colegiado aprovar a cassação ou suspensão temporária do mandato, caberá ao plenário principal da Câmara referendar ou não a medida.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

Entrada da Bolívia no Mercosul vai beneficiar faixa oeste do Brasil e facilitar acesso ao lítio


“A incorporação da Bolívia é, também, a entrada ao bloco, da faixa oeste do Brasil”, diz economista

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e presidente da Bolívia, Luis Arce. (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

O presidente da Bolívia, Luis Arce, entregou na última segunda-feira (8), durante Cúpula do Mercosul, a ata de ratificação da adesão plena do país ao bloco econômico.
Segundo informa O Globo, a incorporação do país vizinho como quinto sócio do Mercosul pode beneficiar Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai em diferentes áreas, desde o acesso a minérios, como o lítio, até a melhoria na qualidade de vida de cidadãos dos países que vivem em território boliviano.

No caso do Brasil, a relação bilateral com a Bolívia possui um grande potencial, conforme mostra um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado na semana passada. Os estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre serão os mais beneficiados, ganhando acesso ao oceano pacífico através do país vizinho e de acordos já estabelecidos com Chile e Perú.
Os portos de Arica, no Chile, e de Ilo e Matari, no Perú, são usados atualmente pela Bolívia e entrarão na rota das exportações brasileiras.

“Os portos deverão ser adaptados aos tipos de cargas brasileiras. Também será necessário melhorar as estradas, muitos trechos na Bolívia precisam ser pavimentados” explica Pedro Silva Barros, coordenador do estudo do Ipea, em entrevista ao O Globo.

O economista também aponta que a entrada da Bolívia no Mercosul pode trazer melhorias para as cidades brasileiras que estão mais próximas do oceano Pacífico do que do Atlântico, como a capital de Rondônia, Porto Velho. “Fora do Sul e do Sudeste, outras regiões do Brasil não se sentem tão parte do Mercosul. A incorporação da Bolívia é, também, a entrada ao bloco do Mato Grosso, Rondônia e Acre, a faixa oeste do Brasil”, afirma Silva Barros.

Além disso, a Bolívia conta com grandes reservas de insumos que o Brasil precisa para produzir fertilizantes, como potássio, fosfato e uréia. Atualmente, esses insumos são importados de países como Bielorrússia, Egito, Marrocos e Rússia. Portanto, essa nova dinâmica tende a favorecer o complexo agroindustrial brasileiro.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

PT planeja tour eleitoral com Lula para conter expansão bolsonarista em São Paulo

 

A presença de Lula é vista como crucial para recuperar espaços perdidos e reviver o "cinturão vermelho" na Grande São Paulo

(Foto: Ricardo Stuckert)

O Partido dos Trabalhadores (PT) está organizando uma ofensiva estratégica em São Paulo, visando conter a crescente influência bolsonarista no estado. O objetivo é frear o avanço de partidos como PL, PP e Republicanos, que planejam campanhas alinhadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o PT está apostando em Lula como seu principal cabo eleitoral.

De acordo com reportagem do Metrópoles, em resolução a ser apresentada na convenção estadual do partido, marcada para o dia 20 de julho, os dirigentes paulistas propõem destinar uma parte do fundo eleitoral para financiar viagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a São Paulo. A presença de Lula é vista como crucial para recuperar espaços perdidos e reviver o "cinturão vermelho" na Grande São Paulo.

Ainda de acordo com a reportagem, sem poder usar recursos da Presidência para viagens de campanha, o PT está buscando alternativas financeiras para garantir a presença de Lula nas cidades-chave do cenário político paulista. O partido vê viabilidade em candidaturas em 140 dos 645 municípios de São Paulo, com a meta de aumentar de quatro para doze o número de prefeituras sob seu comando.

Entre as cidades estratégicas, destacam-se São Bernardo, Santo André, Osasco e Guarulhos, onde o partido busca retomar prefeituras e aumentar a presença de vereadores. O PT também pretende manter o controle em Mauá e Diadema, reconstituindo o tradicional "cinturão vermelho" ao redor da capital paulista. Além disso, o partido apoiará campanhas como vice em outras cidades, incluindo Guarujá, Itapeva, Cubatão e Bauru, e na capital paulista, onde apoiará Guilherme Boulos (PSol) com Marta Suplicy como vice.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Inquérito da PF com sigilo retirado por Moraes aprofunda acusações a Bolsonaro e crimes podem levar de 10 a 32 anos de prisão

 Defesa do ex-presidente nega irregularidades e diz que a verdade vai prevalecer

O inquérito da Polícia Federal (PF) que teve o sigilo retirado nesta segunda, 8, pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro pela venda ilegal de joias da Presidência da República.


A retirada do sigilo da investigação dos supostos crimes permitiu aprofundar as acusações feitas pela PF ao ex-presidente e entender quais os crimes foram imputados.


Como é sabido, indiciamento não significa que ele é culpado e MPF precisa apresentar acusação formal à Justiça, o que ainda vai ser analisado pela Procuradoria Geral da República (PGR).


Além de Bolsonaro, foram indiciadas outras 11 pessoas. Entre os nomes apontados pela PF estão o do tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, considerado o braço-direito do ex-presidente durante o mandato dele na Presidência, e dois ex-ministros: Fabio Wajngarten, que comandava a Secretaria de Comunicação Social (Secom) e Bento Albuquerque, ex-chefe do Ministério de Minas e Energia.


Os crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro cometidos por Jair Bolsonaro (PL) no esquema que desviou pelo menos R$ 6,8 milhões em joias somam penas que variam de 10 a 32 anos de prisão, conforme publicação desta segunda-feira (8) no jornal O Estado de S.Paulo. 


A lei determina que a pena para o crime de lavagem de dinheiro varia de três a até 10 anos de prisão. Na lei nº 9.613/98, o crime de lavagem de dinheiro é o ato de tentar ocultar ou dissimular a “natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade” de bens materiais. O crime acontece quando o “dinheiro sujo”, utilizado ou proveniente de ilegalidades, é transformado em “dinheiro limpo” que aparenta não ter origem irregular.


O crime de peculato, previsto no artigo 312 do Código Penal, a pena para o crime varia entre dois e 12 anos de reclusão. É quando um funcionário público usa o cargo para se apropriar ou desviar determinado bem em detrimento próprio, ou para terceiros. “Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio”, diz a lei.


No crime de associação criminosa, previsto no artigo 288-A do Código Penal, a pena pode ficar entre cinco e dez anos de reclusão. O delito ocorre quando três ou mais pessoas se reúnem com o objetivo de cometer um ou alguns atos ilícitos.


 Com mais de 400 páginas, o relatório da Polícia Federal (PF) sobre o caso das joias traz uma série de elementos que indicam a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no desvio e na venda de presentes de luxo recebidos durante seu mandato na Presidência da República. Mensagens, fotografias e documentos analisados pela investigação mostram que Bolsonaro sabia do esquema que, segundo a PF, desviou R$ 6,8 milhões em joias da União.


A defesa de Bolsonaro nega irregularidades e diz que os presentes recebidos pelo ex-presidente seguiram um protocolo rigoroso de tratamento e catalogação pelo Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), sem influência do chefe do Executivo. No X (antigo Twitter), Bolsonaro disse aguardar que a PF faça as “correções” no inquérito. “A última será aquela dizendo que todas as joias ‘desviadas’ estão na CEF [Caixa Econômica Federal], acervo ou PF, inclusive as armas de fogo”, escreveu.


Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal Estado de São Paulo

Joias desviadas por Bolsonaro podem ter valor maior que R$ 6,8 milhões; entenda


O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

 A perícia da Polícia Federal (PF) estimou que os presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em viagens oficiais, desviados no esquema investigado, possuem um valor de mercado de aproximadamente US$ 1,227 milhão, o que equivale a R$ 6,8 milhões na cotação do dólar no início de julho deste ano, conforme informações do Globo.

O cálculo ainda é parcial, pois itens como abotoaduras, anéis e rosários de dois kits de joias supostamente desviados ainda não foram periciados pela corporação. O valor total está no relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que considera a soma dos objetos.

Adicionalmente, as esculturas douradas de um barco e uma palmeira, assim como o relógio Patek Philippe, recebidos por Bolsonaro durante uma viagem ao Reino do Bahrein em 2021, ainda não foram recuperados, e suas estimativas de valor de mercado estão pendentes.

Inicialmente, o relatório da PF concluiu que o total de bens movimentados pelo esquema era de R$ 25 milhões, mas a corporação corrigiu o valor para R$ 6,8 milhões, conforme mencionado em trechos do documento.

Entre os itens já periciados, o mais valioso é o conjunto de brilhantes destinado à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, retido pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos, São Paulo, em 2021.

As joias da marca suíça Chopard foram recebidas pelo então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, na Arábia Saudita e interceptadas na volta ao Brasil na mochila de um assessor. O relógio, par de brincos, anel e colar prateado do kit somam US$ 1,015 milhão.

Peritos da PF apontam marcas de uso em joias presenteadas a BolsonaroJoias sauditas presenteadas a Bolsonaro. Foto: reprodução

O relógio Chopard do kit ouro rosé, também recebido pela comitiva de Bento Albuquerque durante a visita oficial à Arábia Saudita, vale mais de US$ 100 mil. Trazido ilegalmente ao país, o item passou despercebido e foi mantido em um cofre do Ministério de Minas e Energia até novembro de 2022.

Mais tarde, o relógio foi transportado em uma mala no avião presidencial quando Bolsonaro viajou aos EUA antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo a PF. O kit Chopard foi a leilão no país, mas não foi arrematado. Ele foi devolvido pela defesa de Bolsonaro após determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) para devolver presentes recebidos em viagens oficiais ao governo federal.

Já o relógio Rolex do kit ouro branco, vendido nos EUA por Mauro Cid junto com o relógio Patek Philippe, foi avaliado em US$ 73,7 mil. O conjunto, que inclui uma caneta Chopard avaliada em US$ 20 mil e outras joias, foi recebido por Bolsonaro em viagem oficial a Doha, no Catar, e Riade, na Arábia Saudita, em 2019.

Antes de ser negociado, o relógio foi retirado do acervo presidencial pelo ex-ajudante de ordens. A peça foi recuperada nos EUA pelo advogado Frederick Wassef, após pedido do TCU para Bolsonaro devolver itens recebidos em função do cargo.

Por fim, a perícia calculou que uma escultura de cavalo dourada, interceptada pela Receita no aeroporto de Guarulhos em 2021, vale US$ 4.971,12. Vale destacar que a peça chegou ao país danificada.

Fonte: DCM

Com metade dos argentinos na pobreza, Milei assina pacto político para reforçar plano econômico


Entre os itens cobertos pelo pacto, o governo de Milei destacou um orçamento equilibrado inegociável, cortes nos gastos públicos, bem como reformas tributárias e trabalhistas

Javier Milei (Foto: Reuters/Ammar Awad)

Reuters - O presidente da Argentina, Javier Milei, assinou um pacto há muito adiado com governadores das províncias na madrugada desta terça-feira, em um esforço para ampliar o apoio às reformas econômicas e fortalecer seu governo minoritário de quase sete meses.

O acordo, assinado pouco depois da meia-noite com 18 governadores, busca dissipar as dúvidas do mercado sobre a capacidade de Milei de enfrentar a pior crise econômica das últimas décadas, que levou metade da população à pobreza e fez com que a inflação subisse para quase 300%.

"A Argentina se encontra em um ponto de inflexão", disse Milei, um economista libertário radical, em um discurso mais tarde na cidade de Tucumán, no norte do país, onde a Argentina declarou independência da Espanha há mais de dois séculos.

"As pessoas exigem uma mudança de direção."

Os títulos e o peso estão sob pressão renovada após uma forte recuperação inicial do mercado quando Milei assumiu o cargo em dezembro, com a economia entrando em recessão e a tensão política aumentando.

O partido A Liberdade Avança, de Milei, não tem maioria parlamentar e não tem governadores de províncias, de modo que precisa negociar com outros partidos políticos para levar adiante sua agenda.

Entre os 10 itens cobertos pelo pacto, o governo de Milei destacou um orçamento equilibrado inegociável, cortes acentuados nos gastos públicos, bem como reformas tributárias e trabalhistas.

"Esse pacto mostra que governadores de diferentes partidos políticos podem unir forças para que o governo nacional possa administrar esse compromisso", afirmou Martin Llaryora, governador da província central de Córdoba, a repórteres no final da segunda-feira.

No final de junho, os parlamentares argentinos aprovaram duas importantes reformas legislativas apoiadas por Milei e destinadas a impulsionar a economia, reduzindo os gastos públicos e atraindo investimentos privados. Mas os mercados recuaram na última semana.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Teto de gastos e novo arcabouço atrapalham metas do PNE, diz relatório

 

Para instituto, rigidez de regras fiscais atrapalhou ensino público

Relatório divulgado nesta terça-feira (9) pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) mostra que o teto de gastos e o novo arcabouço fiscal contribuíram para que as metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE) para o decênio 2014-2024 não fossem alcançadas. Segundo o relatório, a rigidez das regras fiscais atrapalhou o ensino público no Brasil entre os anos de 2019 e 2023.

“Desde 2017, o Brasil conviveu com três grandes regras fiscais que moldaram o arcabouço fiscal brasileiro até 2022 e restringiram o volume de recursos destinados à educação. Ao impedir que os gastos orçamentários crescessem mais do que a inflação de um ano para outro, o teto de gastos se mostrou como a regra fiscal mais rígida já implementada no Brasil”, disse Cléo Manhas, assessora política do Inesc, em entrevista à Agência Brasil.

Segundo ela, mesmo que de forma não explícita, as regras fiscais que estipulam um limite para o gasto público levou a corte de investimentos em educação. No período analisado pelo relatório, por exemplo, os recursos financeiros voltados à educação básica ficaram em um patamar baixo, aumentando somente nos anos em que houve alguma flexibilização nas regras fiscais, como ocorreu em 2023.

“O ano de 2023 se diferencia dos demais por termos um novo governo e pelo fato de ser o único ano em que o orçamento público não estava restrito a alguma regra fiscal de teto de gastos. Nele, constatamos uma redução expressiva do quadro de subfinanciamento, quando comparado com a média dos anos que o antecederam. Por se tratar de um ano isolado, ainda não deu tempo de os recursos financeiros promoverem mudanças nos índices qualitativos de educação, mas notoriamente reduzimos a distância para o nível de gastos compatível com uma educação de qualidade, calculado por especialistas da área”, afirmou Cléo;

“Ainda que o ano de 2023 tenha se mostrado um alento para o subfinanciamento da educação, o fato é que ainda estamos distantes do volume de recursos tido como adequado para financiar os custos referentes a uma educação de qualidade”, acrescentou.

Para a assessora do Inesc, os maiores prejudicados com o patamar baixo de financiamento para a educação são os grupos de estudantes indígenas, pretos e pardos. No Amazonas e em Mato Grosso do Sul, por exemplo, dois dos estados com maior percentual de estudantes indígenas do Brasil, os gastos per capita com educação entre os anos de 2019 e 2021 ficaram abaixo da média nacional de R$ 5 mil por ano.

“Esse estudo mostra que o argumento de que a escassez de recursos melhora a sua alocação é frágil. Na verdade, regras rígidas prejudicam o financiamento de áreas importantes para o país, que não têm lobby financeiros a seu favor, como é o caso da educação”, conclui.

Estados

O relatório do Inesc analisou o financiamento do ensino público entre os anos de 2019 e 2023 em cada um dos 26 estados e no Distrito Federal.

O levantamento revelou ainda que, entre os anos de 2019 e 2022, apenas cinco estados brasileiros e o Distrito Federal (DF) conseguiram ultrapassar a média nacional de gastos por aluno da rede pública por ano, estabelecida em cerca de R$ 5 mil. As unidades federativas que conseguiram obter esse resultado foram o DF, seguido pelo Amapá, Acre, São Paulo, Roraima e o Paraná.

Em 2020, pior resultado do período, apenas essas seis unidades federativas conseguiram ultrapassar a média nacional. Em 2022, ano de eleições no país e com liberação de emendas parlamentares que flexibilizaram o teto de gastos, o resultado foi melhor, com 14 unidades federativas conseguindo ultrapassar a média nacional. Além do Distrito Federal, Amapá, Acre, São Paulo, Roraima e Paraná, também conseguiram ultrapassar a média os estados de Goiás, do Tocantins, de Mato Grosso, Rondônia, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, do Amazonas e de Sergipe.

O relatório demonstrou ainda que, em alguns estados como o Rio Grande do Sul, Maranhão e Alagoas, a média não só foi mais baixa que a nacional em 2023, mas também houve grande discrepância entre a expectativa e a realidade: enquanto esses estados deveriam investir entre R$ 9,8 mil e R$ 10,9 mil por aluno a cada ano, os gastos com educação por matrícula não chegaram, na realidade, a atingir, mais do que R$ 3,3 mil.

“A situação se agrava ainda mais se pensarmos que os recursos despendidos ainda teriam de corrigir a dívida educacional com as gerações passadas, bem como resgatar estudantes em idade escolar que evadiram da educação básica”, observou..

Melhorias

Para a assessora do Inesc, a educação precisa ser tratada como investimento, não como gasto. Por isso, ela defende a necessidade de desvincular as transferências para a educação de uma regra fiscal de teto de gastos. “Em primeiro lugar, é preciso tratar a educação como investimento e não como gasto que pode ser cortado a favor dos ventos. Ela precisa ser tratada como política pública que pode garantir cidadania e direitos a todas as pessoas, além de contribuir para o desenvolvimento do país”, afirmou.

“O que propomos, como caminhada necessária para superar o subfinanciamento da educação nas unidades da federação, é a desvinculação das transferências educacionais de qualquer regra fiscal de teto. Os pisos são bem-vindos para impedir que governos mais sensíveis aos interesses privados reduzam os gastos até níveis ainda mais alarmantes, mas o limite superior se mostrou entrave significativo nos últimos anos”, ressaltou.

Edição: Graça Adjuto

Fonte: Agência Brasil


PGR tem 15 dias para decidir se denuncia Bolsonaro pelo desvio de joias

 

Ex-mandatário e outras 11 pessoas foram indiciadas por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos. Penas podem chegar a até 32 anos de prisão

(Foto: Marcos Corrêa/PR | José Cruz/Agência Brasil)

Nesta segunda-feira (8), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes retirou o sigilo do inquérito das joias sauditas, que apura o suposto desvio dos itens do acervo presidencial por Jair Bolsonaro (PL) e seus ex-assessores. O documento foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que tem o prazo de 15 dias para análise, podendo solicitar mais provas, arquivar o caso ou apresentar denúncia contra os indiciados, destaca a CNN Brasil.

No último dia 4, a Polícia Federal indiciou Bolsonaro e outras 11 pessoas por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos. A investigação identificou que três conjuntos de bens foram recebidos pelo ex-mandatário, totalizando um valor de US$ 1.227.725,12 (aproximadamente R$ 6.826.151,66).

Caso condenado, Bolsonaro pode pegar entre 10 e 32 anos de reclusão pelos crimes.

Em entrevista ao programa CNN Arena, exibido nesta segunda-feira (8), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que "estão tentando transformar um presente em um caso de corrupção" e que seu pai sofre "perseguição". A defesa de Jair Bolsonaro emitiu uma nota esclarecendo que os presentes ofertados à Presidência seguem um rígido protocolo de tratamento e catalogação, e que o ex-presidente não teria ingerência sobre esses processos. A defesa também criticou a condução do inquérito e a competência do STF para julgar o caso.

A investigação revelou que o general Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-mandatário, teria repassado US$ 25 mil em espécie a Bolsonaro. Em mensagens interceptadas pela PF, Cid expressou receio em usar o sistema bancário formal para transferir o dinheiro, sugerindo entregá-lo em mãos por meio de seu pai. Uma conversa de WhatsApp entre Bolsonaro e Mauro Cid mostrou que o ex-presidente foi informado sobre o leilão de um "Kit Ouro Rosé", parte do acervo de presentes presidenciais. Na conversa, Bolsonaro respondeu com o jargão "selva" após ser informado sobre o leilão.

Em nota, a defesa de Bolsonaro argumentou que todos os ex-presidentes tiveram seus presentes analisados e catalogados pelo Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH) e que a investigação contra Bolsonaro seria “estranhamente” direcionada apenas ao seu governo.

O Partido Liberal (PL) também emitiu uma nota afirmando desconhecimento sobre qualquer kit de joias supostamente levado à sede do partido e reiterou seu compromisso com a transparência e a ética, além de manifestar confiança na inocência de Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Itamaraty condena bombardeio a hospital infantil na Ucrânia


Em nota, a chancelaria brasileira convoca Rússia e Ucrânia "a cumprirem suas obrigações perante o direito internacional humanitário"

Destroços do Hospital Infantil Ohmatdyt em Kiev, Ucrânia (Foto: Reuters/Gleb Garanich)

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu uma nota na noite desta segunda-feira (8) condenando o bombardeio contra um hospital infantil em Kiev, na Ucrânia. O ataque matou pelo menos 36 pessoas e foi atribuído à Rússia pela Ucrânia. 

Moscou, por sua vez, negou a autoria do bombardeio e disse que a destruição da unidade hospitalar teria ocorrido devido à queda de um míssil de defesa aérea ucraniano lançado de um sistema de mísseis antiaéreos em Kiev.

Pela nota, o Itamaraty convoca Rússia e Ucrânia "a cumprirem suas obrigações perante o direito internacional humanitário".

Leia na íntegra:

"Bombardeio a hospital infantil na Ucrânia
O governo brasileiro condena o bombardeio que atingiu hoje o hospital infantil Ohmatdyt, em Kiev, que resultou em número expressivo de vítimas fatais, incluindo crianças. O governo brasileiro reitera sua condenação a ataques em áreas densamente povoadas, especialmente quando acarretam danos a instalações hospitalares e a outras infraestruturas civis, e expressa sua solidariedade às vítimas e a seus familiares.

O Brasil exorta as partes no conflito a cumprirem suas obrigações perante o direito internacional humanitário, inclusive a proteção especial conferida a instalações e unidades médicas, que devem ser respeitadas em todas as circunstâncias.

O governo brasileiro continua a defender o diálogo e uma solução pacífica para o conflito na Ucrânia. Até que os atores relevantes se engajem de forma genuína e eficaz em negociações de paz, o Brasil reitera o apelo para que três princípios para a desescalada da situação sejam observados: não expansão do campo de batalha, não escalada dos combates e não inflamação da situação por qualquer parte".

Fonte: Brasil 247

segunda-feira, 8 de julho de 2024

PF corrige estimativa e afirma que Bolsonaro desviou R$ 6,8 milhões em presentes

 

Na última semana, Bolsonaro foi indiciado por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro

Ex-presidente Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A Polícia Federal informou nesta segunda-feira (8) que o valor do desvio ou tentativa de desvio de itens no caso da negociação de joias chega a R$ 6,8 milhões (US$ 1.227.725,12), e não R$ 25 milhões (US$ 4.550.015,06) como inicialmente foi dito. 

O dado incorreto constava na conclusão do relatório que fundamentou o indiciamento do ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL) na investigação sobre um suposto esquema de desvio de joias do acervo da Presidência. O valor correto é mencionado em outros trechos do documento.

De acordo com a corporação, as evidências obtidas ao longo da investigação apontam para "uma associação criminosa voltada para a prática de desvio de presentes de alto valor recebidos em razão do cargo pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro e/ou por comitivas do governo brasileiro, que estavam atuando em seu nome, em viagens internacionais".

Os presentes eram entregues por autoridades estrangeiras e, posteriormente, negociados para venda no exterior. Segundo a polícia, os valores obtidos com as vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e incorporados ao patrimônio pessoal do ex-mandatário, sem a utilização do sistema bancário formal para “ocultar a origem, localização e propriedade dos valores".

A PF concluiu a investigação na última semana, resultando no indiciamento de Bolsonaro por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Outras 11 pessoas também foram indiciadas no caso. 

Fonte: Brasil 247 com informações de Folha