sexta-feira, 5 de julho de 2024

Datafolha mostra disputa acirrada e empate técnico em São Paulo: Nunes tem 24% e Boulos, 23%

Em terceiro lugar, embolados, estão: José Luiz Datena (11%), Pablo Marçal (10%), Tabata Amaral (7%) e Marina Helena (5%)


A mais recente pesquisa do Datafolha, divulgada nesta sexta-feira (5), sobre a disputa pela Prefeitura de São Paulo mostra estabilidade nas intenções de voto, com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) liderando, com 24% e 23%, respectivamente. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos, o que configura um empate técnico.


Em terceiro lugar, há também um grupo tecnicamente empatado: o apresentador José Luiz Datena (PSDB) com 11%, o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) com 10%, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) com 7%, e Marina Helena (Novo) com 5%.

Mais atrás, o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil) aparece com 3%. Na lanterna, com 1%, estão João Pimenta (PCO), Fernando Fantauzzi (DC) e Altino (PSTU). Entre os eleitores, 10% declaram votar em branco, nulo ou em ninguém, enquanto 3% ainda não decidiram seu voto.


Comparado ao levantamento anterior do Datafolha, realizado no fim de maio, Nunes e Boulos mantiveram suas posições, com Nunes assumindo uma ligeira vantagem numérica.

A pesquisa atual entrevistou 1.092 eleitores entre os dias 2 e 4 de julho. Encomendada pela Folha de S.Paulo, a pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral sob o número SP-001178/2024.


A pesquisa espontânea, onde os eleitores indicam suas preferências sem uma lista de candidatos, também mostra estabilidade: Boulos tem 14%, Nunes 8%, “o atual prefeito” 3%, Marçal 3%, Datena e Tabata 2%, e Kim 1%. Um total de 55% dos entrevistados ainda não sabe em quem votar.


Com a abertura da temporada de convenções partidárias marcada para 20 de julho, as discussões sobre as candidaturas devem se intensificar. As convenções definirão os candidatos até 5 de agosto. Entre os pré-candidatos, os nomes de Datena e Kim são considerados os mais incertos: Datena, devido ao seu histórico de desistências, e Kim, porque seu partido, União Brasil, provavelmente apoiará Nunes, a menos que haja uma mudança significativa envolvendo o presidente da Câmara Municipal, Milton Leite.


O Datafolha também simulou um cenário sem Datena e Kim. Nesse caso, a ordem dos candidatos não se altera significativamente: Nunes lidera com 26%, seguido por Boulos com 25%, Marçal com 12%, Tabata com 9% e Marina Helena com 7%.


Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S.Paulo

Família de Boechat receberá indenização por queda de helicóptero

 

O jornalista Ricardo Boechat, morto em 2019 em acidente de helicótero. Foto: Reprodução

A farmacêutica Libbs terá que pagar uma indenização de R$ 600 mil à família do jornalista Ricardo Boechat, jornalista morto em acidente de helicóptero em fevereiro de 2019. Ele voltava de uma palestra promovida pela empresa em Campinas (SP) quando a aeronave caiu sobre um caminhão em trecho do Rodoanel.

O valor será repartido entre os filhos do jornalista, Paula Boechat e Rafael Boechat. A decisão é do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que diminuiu o valor determinado em primeira instância, de R$ 1,2 milhão. A Libbs argumentou que não tinha responsabilidade sobre o acidente, mas a Justiça não aceitou o argumento.

Em sua defesa, a farmacêutica alegou que o táxi-aéreo foi contratado por outra empresa, que seria responsável pela palestra, mas o colegiado entendeu que cabia à empresa a segurança do jornalista no trajeto.

“O modo pelo qual o transporte foi efetivado, se diretamente pela apelada ou por meio de outra empresa por ela contratada para a realização desse serviço, não altera o fato indiscutível de que esta, efetivamente, assumiu expressamente a obrigação perante o jornalista de efetuar o seu transporte, para que realizasse a palestra”, afirmou o desembargador Spencer Almeida, que foi seguido por outros dois magistrados.

Fonte: DCM

Saiba onde Bolsonaro guardou joias investigadas pela PF

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro e as joias recebidas no exterior apreendidas pela Receita Federal. Foto: Reprodução

Os presentes recebidos pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro foram guardados em diversos locais diferentes, como uma fazenda, a casa de um militar e joalherias no exterior. As joias, os relógios de luxo e as esculturas são alvo de investigação da Polícia Federal por pertencerem à União e serem vendidos ilegalmente.

A fazenda do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet, a “Fazenda Piquet”, em área nobre da capital federal, abrigou no total 175 caixas de presentes recebidos por Bolsonaro. Entre os itens guardados no local, há dois conjuntos de joias deixados após o ex-presidente deixar o Palácio do Planalto.

Rolex cravejado de diamantes e o kit ouro branco. Foto: Reprodução

Parte das joias também ficou guardada com o general do Exército Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Segundo a PF, o militar abrigou esculturas recebidas por Bolsonaro após o Seminário Empresarial da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira na cidade de Manama, no Reino do Bahrein, em novembro de 2021.

Esses itens foram transportados para os Estados Unidos no dia 30 de dezembro de 2022 no avião presidencial, quando ele deixou o Brasil para não passar a faixa a Lula durante a posse. Chegado ao país, as esculturas foram encaminhadas a estabelecimentos especializados.

Kit ouro rosé. Foto: Reprodução

Além das esculturas, outras joias também foram parar em lojas de Nova York, Pensilvânia e na Flórida. Elas ficaram guardadas nos locais enquanto eram negociadas por auxiliares de Bolsonaro. Esses foram os abrigos do “kit ouro branco”, recebido por Bolsonaro durante viagem à Arábia Saudita em outubro de 2019, e o “kit ouro rosé”, entregue ao então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, no mesmo país em outubro de 2021.

O segundo conjunto de peças, que conta com relógio, abotoaduras, caneta, anel e um rosário islâmico da marca de luxo Chopard, foi apreendido pela Receita Federal e originou posteriormente o inquérito das joias.

A “Fazenda do Piquet”, propriedade do ex-piloto de Fórmula 1 em área nobre da capital federal. Foto: Reprodução

Fonte: DCM

Desembargador que falou em “mulheres loucas” foi condenado por agredir mãe e irmã

 

O desembargador Luís César de Paula Espíndola. Foto: Reprodução

O desembargador Luís Cesar de Paula Espíndola, de 68 anos, é juiz desde 1989 e foi promovido a desembargador em 2013 no Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR). Ele será investigado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) após declarar que “as mulheres estão loucas atrás de homens” durante uma audiência na última quarta-feira (3). A declaração, que repercutiu nas redes sociais, também expõe um histórico de acusações de agressão contra mulheres por parte do magistrado.

Em março de 2023, Espíndola foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por lesão corporal em contexto de violência doméstica. Ele foi acusado de agredir sua irmã e, involuntariamente, sua mãe durante uma discussão. A pena imposta foi de 4 meses e 20 dias de prisão em regime aberto, suspensa por dois anos mediante a condição de prestar serviços comunitários e manter distância de 100 metros das vítimas. Apesar da condenação, o STJ permitiu seu retorno imediato às funções no TJPR.

O magistrado também foi denunciado por lesão corporal em um suposto incidente com uma vizinha em 2016, relacionado ao despejo de entulho. Porém, neste caso, a Corte Especial do STJ absolveu Espíndola por falta de provas.

Durante a audiência desta semana, Espíndola fez comentários considerados machistas em um caso de assédio envolvendo um professor e uma aluna em Curitiba. Após a advogada da vítima se pronunciar, o desembargador criticou o discurso como “feminista desatualizado”.

“Se vossa excelência sair na rua hoje em dia, quem está assediando, quem está correndo atrás de homens, são as mulheres. Hoje em dia, esta é a realidade, as mulheres estão loucas atrás de homens porque são muitos poucos”, disse o desembargador.

Espíndola continuou dizendo que as mulheres têm “cachorrinhos” como companhia e que estão desesperadas por um parceiro, argumentando que a paquera sempre existiu e não deveria ser vista como desrespeito.

As declarações de Espíndola foram repudiadas pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), pela Ordem dos Advogados do Brasil do Paraná (OAB-PR) e pela Defensoria Pública do Paraná.

O TJPR afirmou que não endossa os comentários do desembargador e que uma investigação preliminar foi aberta. O CNJ, que também está acompanhando o caso, deve instaurar um procedimento de investigação pela Corregedoria Nacional de Justiça.

Fonte: DCM

PF pretende avançar em novas investigações contra Bolsonaro; veja quais


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: reprodução

 Após indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro no caso das joias sauditas, a Polícia Federal (PF) está avançando em novas investigações que prometem complicar ainda mais a situação do ex-capitão.

Prevê-se que na próxima semana seja concluído um relatório final sobre outra frente de investigação: a suposta trama golpista durante sua administração para impedir a posse do agora presidente Lula (PT), conforme informações da colunista Malu Gaspar, do Globo.

O ex-chefe do Executivo poderá enfrentar novos indiciamentos por crimes graves como golpe de Estado e tentativa de abolir o Estado democrático de direito, com penas previstas de 4 a 12 anos e 4 a 8 anos de prisão, respectivamente.

Esses crimes já foram objeto de pedidos de indiciamento na CPI do 8 de Janeiro, encerrada em outubro do ano passado no Congresso Nacional.

Eleições 2022: Bolsonaro já atacou governos de 26% da população do planeta | VEJA

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: reprodução

Vale destacar também que a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, desempenhou um papel fundamental nas investigações da PF, semelhante ao seu papel no caso das joias sauditas.

Segundo o cronograma estabelecido pelos policiais, há uma expectativa de que Bolsonaro seja julgado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) ainda neste ano, possivelmente em dezembro.

Contudo, a Procuradoria-Geral da República (PGR), sob a liderança de Paulo Gonet, tem adotado uma abordagem prudente para evitar qualquer percepção de influência política durante o período eleitoral.

Fonte: DCM

Ditador saudita que deu joias a Bolsonaro é patrão de Neymar e foi acusado de mandar matar jornalista


Bolsonaro e Mohammed bin Salman. Foto: reprodução

 O ditador saudita Mohamed bin Salman, conhecido por presentear o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com kits de joias, é patrão de Neymar e alvo de inúmeras denúncias, incluindo o esquartejamento de um jornalista dissidente, intolerância religiosa e a imposição de um apartheid contra mulheres e homossexuais. Com informações do Globo.

Salman é o primeiro na linha de sucessão ao trono saudita e foi nomeado primeiro-ministro em setembro do ano passado, cargo tradicionalmente ocupado pelo rei, que sofre de Alzheimer.

Antes disso, ele atuou como vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa. Segundo a consultoria Brand Finance, seu patrimônio é avaliado em US$ 1,4 trilhão (cerca de R$ 7,8 trilhões).

O ditador, que tem acumulado diversos bens nos últimos anos, assinou um contrato de duas temporadas com Neymar para jogar no Al-Hilal, um dos clubes adquiridos pelo fundo estatal de investimentos da Arábia Saudita. No entanto, Salman é alvo de inúmeras denúncias.

Neymar lands in Saudi ahead of unveiling ceremony - Al-Monitor: Independent, trusted coverage of the Middle East
Neymar em sua apresentação ao Al-Hilal. Foto: reprodução

Assassinato de jornalista

Um relatório da Inteligência dos Estados Unidos, divulgado em 2021, concluiu que Mohamed bin Salman aprovou a operação para “capturar ou matar o jornalista” Jamal Khashoggi.

Jamal desapareceu em 2 de outubro de 2018, após entrar no consulado saudita em Istambul. A Arábia Saudita, entretanto, alegou que ele foi morto durante uma briga.

Khashoggi, originário de uma família influente na Arábia Saudita, vivia nos Estados Unidos desde 2017 por questões de segurança. Ele escrevia para o The Washington Post e estava envolvido em projetos de oposição ao regime saudita, promovendo reformas. O jornalista foi estrangulado e seu corpo desmembrado por um grupo de 15 assassinos sauditas.

Bombardeios no Iêmen

Já em 2018, um grupo de direitos humanos iemenita processou Mohamed bin Salman por cumplicidade em tortura e tratamento desumano. A queixa afirma que, como ministro da Defesa da Arábia Saudita, ele foi responsável por vários ataques aéreos que mataram civis no Iêmen.

Encontros Familiares

Segundo 14 funcionários da inteligência dos EUA em depoimentos ao canal NBC News, o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman proibiu sua mãe, a princesa Fahda bint Falah Al Hathleen, de se encontrar com o rei Salman, que sofre de Alzheimer.

A razão seria o receio de que ela pudesse prejudicar seus planos de consolidação no poder. Os funcionários afirmam que Mohamed manteve sua mãe afastada do rei por mais de dois anos, possivelmente sob prisão domiciliar em um palácio real.

Perseguição Religiosa

Vale destacar que a Arábia Saudita, governada por uma monarquia absolutista, é um país com uma população quase inteiramente islâmica e sem liberdade religiosa. A conversão ao cristianismo é ilegal e pode levar à pena de morte, sendo considerada um crime de “apostasia”.

Mohammed bin Salman - Wife, Age & PrinceMohammed bin Salman. Foto: reprodução

Os cristãos são proibidos de praticar sua fé abertamente, mesmo em suas próprias casas, que são frequentemente inspecionadas pela polícia religiosa. Qualquer sinal de culto cristão pode resultar na expulsão do país.

Opressão contra mulheres

Além da repressão religiosa, a sociedade saudita exerce uma opressão intensa sobre as mulheres, que são rigidamente monitoradas.

Durante as investigações e perseguições contra cristãos, as mulheres ficam ainda mais vulneráveis, pois são culturalmente pressionadas a manter a reputação da família intacta. Qualquer comportamento considerado inadequado pode desonrar a família e é visto como um pecado grave.

As mulheres sauditas não podem sair de casa sem a companhia de um parente masculino e estão expostas a riscos de abusos físicos e sexuais. Essa vulnerabilidade está ligada à posição submissa das mulheres na sociedade saudita e à ausência de proteção quando estão desacompanhadas.

Fonte: DCM


As imagens da suruba que interrompeu live e fez professora da UnB chorar

 


Durante uma palestra on-line da Universidade de Brasília (UnB) sobre “Road Movies em uma perspectiva de gênero”, um grupo hacker invadiu a transmissão para realizar um ataque machista, misógino e gordofóbico.

Cerca de 30 pessoas se infiltraram na live, proferindo frases desconexas pelo microfone e exibindo imagens pornográficas, impossibilitando a continuidade da apresentação. Entre as imagens exibidas estavam cenas de sexo oral e penetração anal, o que chocou os participantes.

A professora Rose May Carneiro, organizadora da palestra, descreveu a ação como violenta e agressiva. Ela registrou uma ocorrência on-line contra os suspeitos e afirmou que chorou após a palestra, marcada para o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, que foi imediatamente encerrada. Segundo o boletim de ocorrência, os invasores, usando nomes femininos, compartilharam frases ofensivas e desrespeitosas no chat. Além disso, tentaram enganar a professora com instruções falsas para desativar os microfones.

Hackers invadiram live da UnB – Foto: Reprodução
Hackers invadiram live da UnB – Foto: Reprodução

Fonte: DCM

Carlos Bolsonaro é alvo de quebra de sigilo em investigação sobre caso Marielle


Carlos Bolsonaro – Foto: Reprodução

 O vereador Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), teve seu sigilo telefônico e digital quebrado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro durante a investigação dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). Embora a investigação tenha descartado seu envolvimento no crime, descobriu uma rede de emails e contas de redes sociais associadas a Carlos, além de detalhes sobre sua atuação política.

O parlamentar entrou no radar dos investigadores após uma discussão com um assessor de Marielle em maio de 2017, dez meses antes do homicídio. Testemunhas afirmaram que o assessor indicou o gabinete de Carlos como a “ala fascista” do Legislativo carioca, o que levou Carlos a confrontá-lo. Marielle interveio e discutiu com o vereador.

A quebra de sigilo telemático, solicitada pelo delegado Daniel Rosa, ocorreu em dezembro de 2019 e envolveu 21 celulares e 11 números de telefone relacionados a Carlos. A decisão judicial do juiz Gustavo Kalil também permitiu a interceptação de três linhas telefônicas ligadas ao vereador.

Foram solicitados dados de janeiro de 2017 até a data da decisão, emitida em janeiro de 2020. Relatórios indicaram que nada foi encontrado sobre Marielle nos dados, mas revelaram detalhes sobre a movimentação política de Carlos. Quatro endereços de email foram identificados, um dos quais continha logins e senhas para mais de 70 contas de email e redes sociais.

Marielle Franco – Foto: Reprodução

Intercepções telefônicas mostraram que um dos telefones em nome de Carlos era usado por Thiago Medeiros da Silva, seu assessor. Em uma das conversas interceptadas, ele orienta um indivíduo, chamado “Magrelo”, a evitar um evento do Aliança pelo Brasil. A interceptação durou 15 dias, de 24 de janeiro a 7 de fevereiro, sem renovação da medida.

A investigação sobre Carlos seguiu após a polícia descartar a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele foi incluído no inquérito após a apreensão de uma planilha de controle de visitantes do Condomínio Vivendas da Barra, onde morava e tinha como vizinho o ex-PM Ronnie Lessa, que confessou o assassinato de Marielle.

Fonte: DCM

Gleisi Hoffmann responde a Moro: defesa de Bolsonaro é ainda mais 'desmoralizante'

 

"Não compare o incomparável", sugeriu a presidente do PT ao ex-juiz suspeito após ele tentar comparar o caso de Bolsonaro ao da perseguição ao presidente Lula

Gleisi Hoffmann e Sergio Moro (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados | GUSTAVO BEZERRA)

O ex-juiz suspeito e hoje senador, Sergio Moro, levou uma invertida da presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, após o ex-Lava Jato tentar comparar o indiciamento de Jair Bolsonaro pela venda ilegal de joias à perseguição política sofrida pelo presidente Lula durante a operação. 

"É incrível, mas desta vez Sergio Moro fala alguma coisa verdadeira: O presidente Lula não foi indiciado pela Lava Jato por causa de presentes que recebeu quando era presidente. Ele só esquece de dizer que, diferentemente de Bolsonaro, Lula não se apropriou nem vendeu joias que recebeu como chefe de Estado e que pertencem ao povo. Não tem nada de similar entre as duas situações. Bolsonaro foi investigado pela Polícia Federal dentro da lei, com direito de defesa e seguindo o devido processo legal. A Lava Jato de Moro fez espionagem ilegal, vazou para a imprensa acusações falsas sobre um crucifixo (que não era obra de Aleijadinho) e fez de tudo para indiciar Lula, só que ele tinha tudo documentado e não levou nada escondido pra casa nem pra Miami. Não compare o incomparável, Moro. Você já se desmoralizou o bastante", escreveu a dirigente do PT na rede social X (antigo X). 

Mais cedo, também no X, Moro defendeu Bolsonaro após o ex-capitão ser indiciado pela Polícia Federal (PF): "Lula não foi indiciado por peculato por se apropriar de presentes que recebeu na Presidência. Mesmo durante a Lava Jato tudo foi tratado como uma infração administrativa dada a ambiguidade da lei. Os crimes foram outros. Há uma notável diferença de tratamento entre situações similares".

Fonte: Brasil 247

Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,4 bilhões de valores a receber

 

Sistema do BC já devolveu R$ 7,13 bilhões em recursos esquecidos

Os brasileiros ainda não sacaram R$ 8,4 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o fim de maio, divulgou nesta sexta-feira (5) o Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 7,13 bilhões, de um total de R$ 15,49 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.

As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de maio, 21.266.542 correntistas haviam resgatado valores. Apesar de a marca ter ultrapassado os 21 milhões, isso representa apenas 32,27% do total de 65.896.646‬ correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que já retiraram valores, 19.819.974 são pessoas físicas e 1.446.568 são pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.284.748 são pessoas físicas e 3.345.356 são pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque têm direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,6% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 24,86% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,77% dos clientes. Só 1,77% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em maio, foram retirados R$ 327 milhões, uma alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 290 milhões.

Melhorias

A atual fase do SVR tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também haverá uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vidas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

Fontes de recursos

Também foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado: contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

Golpes

O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.

Edição: Fernando Fraga