sexta-feira, 5 de julho de 2024

Ditador saudita que deu joias a Bolsonaro é patrão de Neymar e foi acusado de mandar matar jornalista


Bolsonaro e Mohammed bin Salman. Foto: reprodução

 O ditador saudita Mohamed bin Salman, conhecido por presentear o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com kits de joias, é patrão de Neymar e alvo de inúmeras denúncias, incluindo o esquartejamento de um jornalista dissidente, intolerância religiosa e a imposição de um apartheid contra mulheres e homossexuais. Com informações do Globo.

Salman é o primeiro na linha de sucessão ao trono saudita e foi nomeado primeiro-ministro em setembro do ano passado, cargo tradicionalmente ocupado pelo rei, que sofre de Alzheimer.

Antes disso, ele atuou como vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa. Segundo a consultoria Brand Finance, seu patrimônio é avaliado em US$ 1,4 trilhão (cerca de R$ 7,8 trilhões).

O ditador, que tem acumulado diversos bens nos últimos anos, assinou um contrato de duas temporadas com Neymar para jogar no Al-Hilal, um dos clubes adquiridos pelo fundo estatal de investimentos da Arábia Saudita. No entanto, Salman é alvo de inúmeras denúncias.

Neymar lands in Saudi ahead of unveiling ceremony - Al-Monitor: Independent, trusted coverage of the Middle East
Neymar em sua apresentação ao Al-Hilal. Foto: reprodução

Assassinato de jornalista

Um relatório da Inteligência dos Estados Unidos, divulgado em 2021, concluiu que Mohamed bin Salman aprovou a operação para “capturar ou matar o jornalista” Jamal Khashoggi.

Jamal desapareceu em 2 de outubro de 2018, após entrar no consulado saudita em Istambul. A Arábia Saudita, entretanto, alegou que ele foi morto durante uma briga.

Khashoggi, originário de uma família influente na Arábia Saudita, vivia nos Estados Unidos desde 2017 por questões de segurança. Ele escrevia para o The Washington Post e estava envolvido em projetos de oposição ao regime saudita, promovendo reformas. O jornalista foi estrangulado e seu corpo desmembrado por um grupo de 15 assassinos sauditas.

Bombardeios no Iêmen

Já em 2018, um grupo de direitos humanos iemenita processou Mohamed bin Salman por cumplicidade em tortura e tratamento desumano. A queixa afirma que, como ministro da Defesa da Arábia Saudita, ele foi responsável por vários ataques aéreos que mataram civis no Iêmen.

Encontros Familiares

Segundo 14 funcionários da inteligência dos EUA em depoimentos ao canal NBC News, o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman proibiu sua mãe, a princesa Fahda bint Falah Al Hathleen, de se encontrar com o rei Salman, que sofre de Alzheimer.

A razão seria o receio de que ela pudesse prejudicar seus planos de consolidação no poder. Os funcionários afirmam que Mohamed manteve sua mãe afastada do rei por mais de dois anos, possivelmente sob prisão domiciliar em um palácio real.

Perseguição Religiosa

Vale destacar que a Arábia Saudita, governada por uma monarquia absolutista, é um país com uma população quase inteiramente islâmica e sem liberdade religiosa. A conversão ao cristianismo é ilegal e pode levar à pena de morte, sendo considerada um crime de “apostasia”.

Mohammed bin Salman - Wife, Age & PrinceMohammed bin Salman. Foto: reprodução

Os cristãos são proibidos de praticar sua fé abertamente, mesmo em suas próprias casas, que são frequentemente inspecionadas pela polícia religiosa. Qualquer sinal de culto cristão pode resultar na expulsão do país.

Opressão contra mulheres

Além da repressão religiosa, a sociedade saudita exerce uma opressão intensa sobre as mulheres, que são rigidamente monitoradas.

Durante as investigações e perseguições contra cristãos, as mulheres ficam ainda mais vulneráveis, pois são culturalmente pressionadas a manter a reputação da família intacta. Qualquer comportamento considerado inadequado pode desonrar a família e é visto como um pecado grave.

As mulheres sauditas não podem sair de casa sem a companhia de um parente masculino e estão expostas a riscos de abusos físicos e sexuais. Essa vulnerabilidade está ligada à posição submissa das mulheres na sociedade saudita e à ausência de proteção quando estão desacompanhadas.

Fonte: DCM


As imagens da suruba que interrompeu live e fez professora da UnB chorar

 


Durante uma palestra on-line da Universidade de Brasília (UnB) sobre “Road Movies em uma perspectiva de gênero”, um grupo hacker invadiu a transmissão para realizar um ataque machista, misógino e gordofóbico.

Cerca de 30 pessoas se infiltraram na live, proferindo frases desconexas pelo microfone e exibindo imagens pornográficas, impossibilitando a continuidade da apresentação. Entre as imagens exibidas estavam cenas de sexo oral e penetração anal, o que chocou os participantes.

A professora Rose May Carneiro, organizadora da palestra, descreveu a ação como violenta e agressiva. Ela registrou uma ocorrência on-line contra os suspeitos e afirmou que chorou após a palestra, marcada para o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, que foi imediatamente encerrada. Segundo o boletim de ocorrência, os invasores, usando nomes femininos, compartilharam frases ofensivas e desrespeitosas no chat. Além disso, tentaram enganar a professora com instruções falsas para desativar os microfones.

Hackers invadiram live da UnB – Foto: Reprodução
Hackers invadiram live da UnB – Foto: Reprodução

Fonte: DCM

Carlos Bolsonaro é alvo de quebra de sigilo em investigação sobre caso Marielle


Carlos Bolsonaro – Foto: Reprodução

 O vereador Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), teve seu sigilo telefônico e digital quebrado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro durante a investigação dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). Embora a investigação tenha descartado seu envolvimento no crime, descobriu uma rede de emails e contas de redes sociais associadas a Carlos, além de detalhes sobre sua atuação política.

O parlamentar entrou no radar dos investigadores após uma discussão com um assessor de Marielle em maio de 2017, dez meses antes do homicídio. Testemunhas afirmaram que o assessor indicou o gabinete de Carlos como a “ala fascista” do Legislativo carioca, o que levou Carlos a confrontá-lo. Marielle interveio e discutiu com o vereador.

A quebra de sigilo telemático, solicitada pelo delegado Daniel Rosa, ocorreu em dezembro de 2019 e envolveu 21 celulares e 11 números de telefone relacionados a Carlos. A decisão judicial do juiz Gustavo Kalil também permitiu a interceptação de três linhas telefônicas ligadas ao vereador.

Foram solicitados dados de janeiro de 2017 até a data da decisão, emitida em janeiro de 2020. Relatórios indicaram que nada foi encontrado sobre Marielle nos dados, mas revelaram detalhes sobre a movimentação política de Carlos. Quatro endereços de email foram identificados, um dos quais continha logins e senhas para mais de 70 contas de email e redes sociais.

Marielle Franco – Foto: Reprodução

Intercepções telefônicas mostraram que um dos telefones em nome de Carlos era usado por Thiago Medeiros da Silva, seu assessor. Em uma das conversas interceptadas, ele orienta um indivíduo, chamado “Magrelo”, a evitar um evento do Aliança pelo Brasil. A interceptação durou 15 dias, de 24 de janeiro a 7 de fevereiro, sem renovação da medida.

A investigação sobre Carlos seguiu após a polícia descartar a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele foi incluído no inquérito após a apreensão de uma planilha de controle de visitantes do Condomínio Vivendas da Barra, onde morava e tinha como vizinho o ex-PM Ronnie Lessa, que confessou o assassinato de Marielle.

Fonte: DCM

Gleisi Hoffmann responde a Moro: defesa de Bolsonaro é ainda mais 'desmoralizante'

 

"Não compare o incomparável", sugeriu a presidente do PT ao ex-juiz suspeito após ele tentar comparar o caso de Bolsonaro ao da perseguição ao presidente Lula

Gleisi Hoffmann e Sergio Moro (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados | GUSTAVO BEZERRA)

O ex-juiz suspeito e hoje senador, Sergio Moro, levou uma invertida da presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, após o ex-Lava Jato tentar comparar o indiciamento de Jair Bolsonaro pela venda ilegal de joias à perseguição política sofrida pelo presidente Lula durante a operação. 

"É incrível, mas desta vez Sergio Moro fala alguma coisa verdadeira: O presidente Lula não foi indiciado pela Lava Jato por causa de presentes que recebeu quando era presidente. Ele só esquece de dizer que, diferentemente de Bolsonaro, Lula não se apropriou nem vendeu joias que recebeu como chefe de Estado e que pertencem ao povo. Não tem nada de similar entre as duas situações. Bolsonaro foi investigado pela Polícia Federal dentro da lei, com direito de defesa e seguindo o devido processo legal. A Lava Jato de Moro fez espionagem ilegal, vazou para a imprensa acusações falsas sobre um crucifixo (que não era obra de Aleijadinho) e fez de tudo para indiciar Lula, só que ele tinha tudo documentado e não levou nada escondido pra casa nem pra Miami. Não compare o incomparável, Moro. Você já se desmoralizou o bastante", escreveu a dirigente do PT na rede social X (antigo X). 

Mais cedo, também no X, Moro defendeu Bolsonaro após o ex-capitão ser indiciado pela Polícia Federal (PF): "Lula não foi indiciado por peculato por se apropriar de presentes que recebeu na Presidência. Mesmo durante a Lava Jato tudo foi tratado como uma infração administrativa dada a ambiguidade da lei. Os crimes foram outros. Há uma notável diferença de tratamento entre situações similares".

Fonte: Brasil 247

Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,4 bilhões de valores a receber

 

Sistema do BC já devolveu R$ 7,13 bilhões em recursos esquecidos

Os brasileiros ainda não sacaram R$ 8,4 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o fim de maio, divulgou nesta sexta-feira (5) o Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 7,13 bilhões, de um total de R$ 15,49 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.

As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de maio, 21.266.542 correntistas haviam resgatado valores. Apesar de a marca ter ultrapassado os 21 milhões, isso representa apenas 32,27% do total de 65.896.646‬ correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que já retiraram valores, 19.819.974 são pessoas físicas e 1.446.568 são pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.284.748 são pessoas físicas e 3.345.356 são pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque têm direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,6% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 24,86% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,77% dos clientes. Só 1,77% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em maio, foram retirados R$ 327 milhões, uma alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 290 milhões.

Melhorias

A atual fase do SVR tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também haverá uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vidas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

Fontes de recursos

Também foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado: contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

Golpes

O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.

Edição: Fernando Fraga

Governo pagará R$ 40 mil na compra de casa a famílias do RS no MCMV

 

Financiamento do valor valerá para incritos na faixa 3 do programa

O governo federal financiará a entrada da compra de imóveis na faixa 3 do programa federal Minha Casa, Minha Vida (MCMV) aos moradores do Rio Grande do Sul que perderam ou tiveram as habitações comprometidas pelas as enchentes de maio.

O governo federal custeará até R$ 40 mil do valor de entrada do financiamento habitacional. A medida busca agilizar o atendimento às famílias desalojadas. O anúncio foi feito pelo ministro da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, em reunião com prefeitos, em Porto Alegre (RS), nessa quinta-feira (4).  

Pimenta explicou que prefeituras e o governo estadual também poderão contribuir para ampliar o valor subsidiado aos desabrigados pelas chuvas.  

Na faixa 3 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), a família a ser beneficiada com o financiamento do imóvel precisa ter renda mensal bruta entre R$ 4.400,01 e R$ 8 mil, nas áreas urbanas. Para localidades rurais, a renda familiar anual deve ser entre $ 52.800,01 e R$ 96 mil.

Uma portaria do Ministério das Cidades com os detalhes do programa deve ser publicada na próxima semana.  

Faixa 1 e 2 do MCMV

O anúncio do custeio de até R$40 mil por habitação da faixa 3 do MCMV se soma às compras pelo governo federal de imóveis já prontos, novos e usados, destinados a famílias desalojadas pelas enchentes, das faixas 1 e 2 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

Nesse caso, a renda familiar mensal deve ser de até R$ 4.400. O cadastramento das famílias aptas a receber o imóvel é realizado pelas prefeituras, em site específico da Caixa Econômica Federal. O limite do valor de compra e venda é de até R$ 200 mil por imóvel. Essas moradias serão custeadas integralmente pelo governo federal.

O ministro Paulo Pimenta estima que as primeiras entregas devem ocorrer ainda neste mês.  “Nós queremos entregar, ainda no mês de julho, as primeiras 2 mil casas. O presidente Lula determinou que as pessoas que se enquadram nas faixas 1 e 2 do Minha Casa Minha Vida tenham 100% do imóvel custeado pelo Governo Federal.”

Até o momento, o banco público já recebeu a oferta de cerca de 4,7 mil unidades habitacionais, O cadastramento de imóveis pode ser feito pelo site do Minha Casa Minha Vida — Reconstrução [ www.caixa.gov.br/reconstrucao ]. A Caixa realizará vistorias nas habitações e, quando aprovadas, destinará as moradias ao socorro dos desalojados.

Pelas regras do programa, podem ofertar imóveis proprietários particulares (pessoas física e jurídica) de imóveis novos ou usados; construtoras com imóveis em estoque; instituições financeiras com ativos mantidos para venda; empresas do ramo da construção civil com imóveis em estoque ou em fase de finalização em até 120 dias.

Os imóveis usados devem estar disponíveis para ocupação imediata e sem qualquer restrição para a venda. Unidades em construção devem estar finalizadas e legalizadas para entrega em até 120 dias, a contar da disponibilização ao programa.

Imóveis Rurais

Outra medida adicional é a construção de 2 mil unidades habitacionais em áreas rurais atingidas pelos desastres naturais no estado. O Ministério das Cidades tem recebido propostas de entidades e sindicatos rurais interessados em fazer a construção dos imóveis. O governo pagará até R$ 86 mil para construção de cada uma das moradias rurais.

A medida contempla, exclusivamente, as famílias identificadas que tiveram moradias destruídas ou interditadas definitivamente em função dos desastres climáticos, em áreas rurais de municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública, formalmente reconhecidos pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).

Edição: Marcelo Brandão

Fonte: Agência Brasil

Transferência de Adélio Bispo para hospital psiquiátrico é suspensa

 

Portador de transtornos mentais, ele segue preso em Campo Grande


Responsável por desferir uma facada no então candidato à Presidência Jair Bolsonaro, em 2018, Adélio Bispo teve sua transferência para Minas Gerais suspensa pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Atualmente, Adélio está na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS). Segundo a Defensoria Pública da União (DPU), houve um conflito de competência que impediu a transferência.

No caso em questão, o juiz da 5ª Vara Federal de Campo Grande/MS entende que compete ao Juízo da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora/MG determinar as providências necessárias para receber Adélio. No entanto, a vara mineira apontou falta de vaga no hospital de custódia de Minas Gerais e a incapacidade das unidades médico-psiquiátricas penais de prestar a assistência adequada.

Em fevereiro, a Justiça determinou sua transferência para um estabelecimento psiquiátrico Minas Gerais. O processo criminal que o condenou, também o considerou inimputável por transtorno mental.

Por enquanto, Adélio continua no estabelecimento prisional de Campo Grande até a solução da questão. Em nota, a DPU entendeu que ele não pode continuar em um ambiente exclusivamente prisional e citou uma lei de 2001 que garante a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais.

“A DPU reitera que presta assistência jurídica ao sr. Adélio desde 11 de junho de 2019, atuando de maneira exclusivamente técnica, sob o enfoque dos direitos humanos e na defesa dos direitos fundamentais de seus assistidos. A instituição considera que a alegação de suposta escassez de vagas no sistema público de saúde não autoriza a manutenção de Adélio Bispo por prazo indeterminado em um ambiente exclusivamente prisional, pois se trata de um direito previsto na Lei nº 10.216 desde 2001.”

O órgão informou ainda que levou a questão ao conhecimento da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão integrante do Sistema Interamericano de Direitos Humanos.

Edição: Marcelo Brandão

Fonte: Agência Brasil

Gleisi condena "etarismo" da imprensa brasileira contra Lula em comparações com Biden

 

"Os que usam o etarismo como argumento na política poderiam comparar aqueles a quem prestam este serviço: Bolsonaro e Trump", critica a presidente do PT

(Foto: ABR | Ricardo Stuckert)

Desde que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, teve um desempenho desastroso em um debate eleitoral contra Donald Trump, o titular da Casa Branca vem sendo pressionado a desistir de sua campanha pela reeleição por supostamente não ter condições físicas e mentais de assumir um novo mandato de quatro anos. No Brasil, a imprensa tenta estabelecer um paralelo entre o estado de saúde de Biden, 81, e do presidente Lula (PT), 78, que está em seu auge intelectual.

Diante destes ataques, a presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), usou o X, antigo Twitter, nesta sexta-feira (5) para condenar o etarismo disparado contra Lula. "A nova modinha na mídia é comparar depreciativamente Joe Biden com o presidente Lula. Pessoas diferentes, de países muito diferentes e com trajetórias políticas muito distintas.
Mas eles têm sim três características comuns: ambos derrotaram nas urnas presidentes de extrema direita, ambos enfrentaram golpes de Estado quando tomaram posse e ambos são atacados diariamente por poderosas máquinas de mentiras que espalham ódio e intolerância. E param por aí as semelhanças". Gleisi ainda apontou que diferentemente de Biden, 'Lula sofreu e vem vencendo o preconceito ao longo da vida'.

Em seguida, ela cobra a imprensa a comparar Jair Bolsonaro (PL) a Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos e oponente de Biden na disputa pela Casa Branca. Ambos, segundo ela, são "inimigos da democracia". "Os colunistas e publicações sem assunto que usam o etarismo como argumento depreciativo na politica bem poderiam fazer o exercício de comparar aqueles a quem prestam este serviço: Bolsonaro e Trump são ambos seres humanos arrogantes e desqualificados, ambos são políticos manipuladores do ódio e do preconceito, ambos são golpistas e inimigos da democracia".


Fonte: Brasil 247

Na França, últimas pesquisas apontam ligeira recuperação do bloco de Macron contra a extrema direita

 

Essa recomposição do cenário que pode emergir das urnas no domingo é uma consequência das desistências de candidaturas entre os dois turnos

Macron e Le Pen (Foto: Reuters)

RFI Uma nova pesquisa OpinionWay divulgada nesta sexta-feira (5) aponta que a extrema direita e seus aliados obteriam entre 205 e 230 vagas na Assembleia Nacional, portanto longe dos 289 assentos que representam a maioria absoluta do plenário. 

A Nova Frente Popular de esquerda, que reúne socialistas, ecologistas, comunistas e candidatos da França Insubmissa, sigla de esquerda radical, ficaria com 145 a 175 deputados. Já o campo presidencial poderia conquistar entre 130 e 162 vagas na Assembleia Nacional, contra 250 antes da dissolução.

O instituto de sondagem Odoxa publica projeções semelhantes. O partido populista Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen e Jordan Bardella, pretendente ao cargo de primeiro-ministro, aparece com 210 a 250 cadeiras, à frente da aliança de esquerda, com 140 a 180 deputados – em ligeira queda –, seguida pelo bloco centrista, relegado à terceira posição, com 115 a 155 assentos no plenário de 577 parlamentares.

Essa recomposição do cenário que pode emergir das urnas no domingo é uma consequência das desistências de candidaturas entre os dois turnos. Os blocos de esquerda e de centro se uniram em uma "frente democrática", também chamada de "cordão sanitário republicano" no jargão político francês, para impedir que a extrema direita conquiste o poder.

Mas há incertezas em relação à participação dos eleitores, que alcançou 66% no primeiro turno, a maior desde 1997. Não é certo que os eleitores dos candidatos que se retiraram da disputa irão votar e ainda redirecionar seus votos para o concorrente da frente republicana.

Dos 76 deputados eleitos no primeiro turno, a maioria são do RN (39) e de esquerda (32), sendo apenas dois do partido do presidente e um da direita republicana. O rosto de Macron desapareceu dos santinhos de propaganda. A campanha foi pilotada pelo primeiro-ministro Gabriel Attal, mais popular entre os franceses, que defendeu o programa do partido Renascimento sem fazer recomendação de voto.

A "urgência" é "impedir a todo custo" a chegada da extrema direita ao poder, reiterou nesta sexta-feira a líder dos Ecologistas Marine Tondelier, que apelou aos eleitores para que votem em opositores ao RN.

Cenário incerto 
Sem maiorias certas em nenhum dos blocos, várias hipóteses começam a surgir: de uma "grande coligação" entre a esquerda (sem o partido França Insubmissa), o partido no poder e os deputados de direita que não se aliaram ao RN, até um governo técnico. 

A imprensa apontou, nos últimos dias, dezenas de candidatos do RN acusados de racismo, antissemitismo, complotismo e com passado judicial comprometedor. 

A fundadora do RN, Marine Le Pen, reeleita no primeiro turno num distrito do norte da França, criticou a formação de um ‘partido único’ contra a extrema direita, vendo as chances de conquistar a maioria se afastar. Jordan Bardella e Le Pen têm repetido que só têm a intenção de chefiar um governo de coabitação com Macron se dispuserem da maioria absoluta dos deputados, para poderem cumprir as promessas que fizeram aos eleitores. "Se não obtivermos a maioria absoluta no domingo, o país ficará bloqueado", escreveu Le Pen no X.

Incidentes de violência
Na reta final da campanha, a atmosfera se deteriora, com incidentes de violência em todo o país. De acordo com o ministro do Interior, Gérald Darmanin, 51 candidatos, suplentes ou militantes foram agredidos fisicamente desde 30 de junho, depois que a extrema direita venceu o primeiro turno com 33% dos votos, à frente da esquerda (28%) e do centro (22%). 

Os agressores são de diversas posições políticas, segundo o ministro, mas principalmente extremistas de direita e de esquerda. Ao menos 30 pessoas envolvidas nos atos de violência foram detidos pela polícia. 

O governo francês antecipa a possibilidade de perturbações da ordem pública na noite de domingo, quando as projeções de resultados forem publicadas. O ministro do Interior anunciou que “30 mil agentes da polícia, incluindo 5 mil em Paris e nos seus subúrbios”, estarão nas ruas para garantir a segurança.

O premiê Gabriel Attal já anunciou nesta sexta-feira que seu governo está disposto a continuar "o tempo que for necessário" para garantir a continuidade do Estado. A França sediará os Jogos Olímpicos de Paris a partir de 26 de julho.

Fonte: Brasil 247 com informações da RFI

Marine Le Pen critica 'lições de moral' de Mbappé no fim da campanha eleitoral na França

 

"Essa tendência de atores, jogadores e cantores de vir e dizer aos franceses em que eles devem votar (...) está começando a ficar muito presente em nosso país", criticou

Kylian Mbappé comemora seu gol contra a Polônia (Foto: Leon Kuegeler / Reuters)

RFI - "Os franceses estão fartos de receber lições de moral e instruções para votar", disse a líder da extrema direita francesa ao canal de TV norte-americano CNN International, que publicou um trecho de sua entrevista nas redes sociais.

"Kylian Mbappé é, sem dúvida, um jogador de futebol muito bom", admitiu Le Pen, ela própria "não muito fã de futebol". Mas "essa tendência de atores, jogadores de futebol e cantores de vir e dizer aos franceses em que eles devem votar (...) está começando a ficar muito presente em nosso país", acrescentou, principalmente quando são "milionários ou mesmo bilionários que vivem no exterior" e estão falando com "pessoas que ganham € 1.300, € 1.400 por mês", enfatizou.

"As pessoas que têm a sorte de viver bem, muito bem mesmo, de estar protegidas da insegurança, da pobreza e do desemprego, (...) deveriam ser mais reservadas", insistiu Le Pen, líder do maior partido de extrema direita da França.

Na quinta-feira (4), Kylian Mbappé disse que era "realmente urgente" votar após os "resultados catastróficos" do primeiro turno, que colocaram o RN em posição de conquistar uma maioria de assentos na Assembleia Nacional da França.

"Esperamos que todos se mobilizem e votem no lado certo", acrescentou o atacante estrela dos Bleus, como é conhecida na França a seleção nacional masculina de futebol,  em uma coletiva de imprensa antes das quartas de final da Eurocopa, na noite desta sexta-feira, na Alemanha.

"Há um verdadeiro sentido de urgência. Não podemos colocar o país nas mãos dessas pessoas", disse o atacante, cuja equipe vai disputar a vaga contra Portugal.

Futebol e extrema direita

Em 16 de junho, a estrela do futebol francês já havia se manifestado politicamente durante um episódio bastante comentado em uma entrevista coletiva em Düsseldorf. Na ocasião, o capitão da seleção francesa declarou que não quer "representar um país que não corresponde aos seus valores". Um texto opinativo assinado por 160 atletas franceses, publicado no jornal esportivo L'Equipe, também pedia uma “mobilização” geral contra a extrema direita na França.

A relação entre o futebol e Marine Le Pen nunca foi simples. Em 2010, por exemplo, ela chegou a dizer que não se reconhecia "no time de futebol francês", e alegou que "alguns jogadores têm outra nacionalidade no coração". "Eles se envolvem" em outras bandeiras, disse, na ocasião, ao canal francês BFMTV.

"A maioria dessas pessoas considera que está representando a França quando se encontra na Copa do Mundo e, no minuto seguinte, considera que pertence a outra nação ou que tem outra nacionalidade no coração", disse Marine Le Pen. "Se eles se comportassem adequadamente, se às vezes ouvíssemos esses jogadores falarem sobre patriotismo, se alguns deles não se recusassem a cantar a Marselhesa, se não os víssemos enrolados em bandeiras de outras nações que não a nossa, talvez as coisas mudassem. Mas do jeito que as coisas estão, tenho que admitir que não me reconheço particularmente nessa equipe", continuou. 

Marine Le Pen também admitiu que "futebol não é muito a minha praia", admitindo que não conhecia Raymond Kopa, o grande atacante francês dos anos 1950 e 1960. Em 1996, no auge da Copa das Nações Europeias, seu pai, cofundador do partido de extrema direita Frente Nacional (FN), na década de 1970, Jean-Marie Le Pen, causou polêmica ao dizer que era uma atitude "artificial trazer jogadores do exterior e chamá-los de time francês".

Em plena Copa do Mundo de 2022, o jornal Le Parisien revelou que havia perguntado à líder do RN sua opinião sobre a seleção francesa e a Copa do Mundo em geral. A resposta de Marine Le Pen foi desconcertante. "Ah, nós ganhamos?", ela perguntou, antes de ironizar: "Nós somos tão bons!"

Fim de campanha sob alta tensão

A França encerra uma campanha sob alta tensão nesta sexta-feira (5), a dois dias de eleições legislativas históricas que farão com que o país se incline para a extrema direita e possa se afundar em uma grave instabilidade política.

A campanha oficial termina à meia-noite de Paris (19h em Brasília) e terá revelado a grande fragmentação política da França, um dos pilares da União Europeia, após sete anos de presidência de Emmanuel Macron.

Essa fratura deu origem a uma campanha violenta, com ataques físicos a ativistas, ameaças verbais, acerto de contas políticas e o desencadeamento de retórica racista. "51 candidatos, deputados ou ativistas" foram "agredidos fisicamente" nos últimos dias, de acordo com o ministro do Interior do país, Gérald Darmanin.

Em um sinal do clima tenso, o governo anunciou que "30 mil policiais, incluindo 5 mil em Paris e seus subúrbios" serão mobilizados no domingo para a noite do segundo turno.

(Com AFP)

Lula rebate etarismo da imprensa: "70 anos de idade, energia de 30 e tesão de 20"

 

Lula tem sido alvo de comparações com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que teve um desempenho considerado catastrófico em um debate eleitoral na semana passada

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebateu críticas que vêm recebendo por parte da imprensa por conta de sua idade e a possibilidade de se candidatar à reeleição em 2026, quando completará 81 anos. Nos últimos dias, Lula tem sido alvo de comparações com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que teve um desempenho considerado catastrófico em um debate eleitoral na semana passada.

“Quem achar que o Lulinha está cansado pergunte para a Janja. Ela é testemunha ocular. Quando eu falo que tenho 70 anos de idade, energia de 30 e tesão de 20 eu estou falando com conhecimento de causa. Portanto, não adianta tentar atrapalhar a minha vida”, disse.

O presidente também reforçou que tem energia para viajar pelo país e provocou seus críticos. “Estou vendo vários artigos de colunistas que eu estou cansado, por causa do Biden, nos Estados Unidos. Então eu queria falar duas coisas. Primeiro, a todos que acham que eu estou cansado, eu convido a fazer uma agenda comigo durante o meu mandato. Se ele aguentar levantar 5h e ir dormir meia noite todo dia, aí ele pode dizer que eu estou cansado. Eu quero ver quem fala que eu estou cansado com a bunda sentada na cadeira escrevendo se tem coragem de levantar e ir para a rua para andar. Eu estou andando nesse país desde quinta-feira. Eu já fui a Minas Gerais, a Belo Horizonte, a Contagem, Juiz de Fora, ao Rio de Janeiro inaugurar Casa, a Pernambuco, a Bahia, fui a Campinas, estou em Osasco e domingo viajo para a Bolívia para participar do Mercosul, primeiro no Paraguai”, afirmou.

Lula participa da inagração de novas instalações do edifício acadêmico e administrativo da Escola Paulista de Política, Economia e Negócios do Campus Osasco da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Fonte: Brasil 247

PF desarticula organização criminosa que produzia e comercializava cédulas falsas de reais

 

Estima-se que a fábrica de cédulas falsas de reais tenha sido responsável por cerca de 50% das notas ilícitas em circulação no país

Fábrica de cédulas falsas de reais (Foto: Divulgação/PF)

Nota da Polícia Federal - A Polícia Federal deflagrou hoje, 5/7, a operação Oris, que visa desarticular organização criminosa que produzia e comercializava cédulas falsas de reais.

Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos no município de Itanhaém, litoral sul de São Paulo, onde foi apreendida grande quantidade de maquinário utilizado na fabricação das cédulas, bem como expressivo volume de papel-moeda falso pronto para venda.

Estima-se que a fábrica de cédulas falsas de reais encerrada na operação de hoje tenha sido responsável por cerca de 50% das notas ilícitas em circulação no país.

Os chefes da organização criminosa investigada foram presos em flagrante.

Fonte: Brasil 247 com Nota da PF