segunda-feira, 1 de julho de 2024

Boletim Focus: mercado sobe previsão da inflação para 4% em 2024

 É a oitava semana seguida de alta na expectativa do IPCA; em 6 de maio, a previsão era de 3,72%


Analistas consultados pelo Banco Central passaram a prever que a inflação terminará em 4,0% neste ano, ao mesmo tempo em que voltaram a elevar a projeção para o dólar em relação ao real, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira (1º).


O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a estimativa para a alta do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu 0,02 ponto percentual em relação ao último relatório.


É a oitava semana seguida de alta. Em 6 de maio, os economistas previam que a inflação seria de 3,72% no ano.


Para 2025 também houve aumento, de 0,02 ponto percentual, a 3,87%, enquanto que para os dois anos seguintes a estimativa segue respectivamente em 3,6% e 3,5%.


O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.


A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda maior desvalorização do real, com o dólar calculado em R$ 5,20 e R$ 5,19 em 2024 e 2025. Na semana passada, os dois anos estavam em R$ 5,15.


Na sexta-feira (28), o dólar voltou a disparar e chegou a ser cotado a R$ 5,60 durante a sessão, fechando o dia em alta de 1,50%, a R$ 5,5907 na venda, maior valor de fechamento desde 10 de janeiro de 2022.


Em relação à política monetária, os especialistas seguem vendo a taxa básica de juros Selic encerrar 2024 no patamar atual de 10,5%, indo a 9,5% no ano que vem.


Para o PIB (Produto Interno Bruto), a estimativa de crescimento permaneceu em 2,09% este ano mas caiu a 1,98% no próximo, de 2,0% calculados antes.


Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo.

Lula confirma revisão de gastos do governo: “estamos fazendo um pente-fino”

 

Presidente voltou a garantir que os mais pobres não serão afetados: “não haverá mudança na política de salário mínimo”

Lula em entrevista ao UOL (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na manhã desta segunda-feira (1º), em entrevista a Rádio Princesa, da Bahia, que o governo federal está promovendo uma revisão de seus gastos. “A gente só gasta aquilo que a gente tem. Se a gente tiver que fazer uma dívida, a gente tem que saber se a gente tem dinheiro para pagar. Se não tiver, não faça a dívida porque você vai quebrar. É assim que eu quero cuidar do Brasil. Eu quero aumentar a riqueza, quero aumentar a arrecadação, a distribuição e o bem-estar da sociedade brasileira. Então estamos fazendo um estudo, um pente-fino para saber se tem alguma coisa errada, se tem alguém recebendo o que não deveria receber”, disse.

No entanto, Lula garantiu que o corte de gastos não vai atingir a população mais pobre, e que políticas consideradas essenciais, como o aumento do salário mínimo, não serão modificadas. “Não é correto do ponto de vista econômico, não é correto do ponto de vista político e não é correto do ponto de vista humanitário você tentar jogar a culpa de qualquer ajuste que você tenha que fazer em cima do mínimo. Não tem nada mais baixo que o mínimo. Então o mínimo é aquilo que está estabelecido por lei para que a gente garanta ao trabalhador a possibilidade de comer as calorias e proteínas necessárias para sua sobrevivência [...] Agora, quando a coisa dá um certo desandar, a corda arrebenta do lado mais pobre. Então por isso eu digo: não haverá mudança na nossa política de salário mínimo porque nós não vamos prejudicar quem já é prejudicado a vida inteira”, defendeu.

Fonte: Brasil 247

"Inflação baixa não é um desejo, é uma obsessão", afirma Lula

 

"Quanto mais baixa a inflação, mais o trabalhador tem poder aquisitivo", disse o presidente, em resposta a quem critica o suposto descontrole dos gastos do governo

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a pressão do mercado financeiro pela autonomia do Banco Central e afirmou que a inflação está sob controle em seu governo. “Inflação baixa, para mim, não é um desejo, é uma obsessão, porque eu sei que quanto mais baixa a inflação, mais o trabalhador tem poder aquisitivo, mais o dinheiro dele vai render. Então isso faz parte da minha vida”, disse Lula nesta segunda-feira (1) em entrevista à Rádio Princesa, na Bahia. 

“A inflação está controlada. Acabamos de aprovar a manutenção da meta de 3%. Responsabilidade é uma coisa que a gente preza muito. Eu vivi dentro de uma fábrica recebendo salário como uma inflação de 80%. Quando eu pegava o salário eu ia direto para o atacadista para comprar tudo que não era perecível, para não perder meu salário”, destacou.

“Então isso faz parte da minha vida. Não é um programa de governo, não é um discurso. É uma profissão de fé que eu carrego. A inflação tem que ser baixa, o governo tem que gastar corretamente, tem que fazer coisas para que sobrem dinheiro para investimento, porque o Estado brasileiro tem pouca capacidade de fazer investimentos”, disse Lula mais à frente. 

Ainda segundo o presidente, “quem quer o Banco Central autônomo é o mercado, que faz parte do Copom, que determina meta da inflação, a taxa de juros. Eu tive um Banco Central independente, O Meirelles ficou oito anos no meu governo como presidente do BC e teve total independência para fazer os ajustes que tinha que fazer. Agora, o que você não pode é ter um BC que não está combinando adequadamente com aquilo que é o desejo da nação. Nós não precisamos ter política de juros altos nesse momento. A taxa Selic de 10,5% está exagerada. A inflação está controlada. Acabamos de aprovar a manutenção da meta de 3%. Responsabilidade é uma coisa que a gente preza muito”. 

Ainda segundo o presidente, “o Banco Central tem que ser o Banco Central de uma pessoa que seja indicada pelo presidente. Como pode um presidente da República ganhar as eleições e depois não poder indicar o presidente do BC ou, se indica, ele tem mandato? Eu estou há dois anos com o presidente do Banco Central do Bolsonaro. Há dois anos. Então não é correto isso”. 

“O correto é que entre o presidente da República e ele indique o presidente do Banco Central. Se der errado ele tira, como o Fernando Henrique Cardoso tirou três. O que não dá é para o cidadão ter um um mandato e ser mais importante que o presidente da República. É isso que está equivocado”, completou. 

Lula, porém, ressaltou que “também não faço disso uma profissão de fé, uma questão ideológica. Foi aprovada pelo Congresso a independência do BC, foi indicado o cidadão pelo governo passado. Eu tenho que, com muita paciência, esperar chegar a hora de indicar um outro candidato e ver se a gente consegue, com a maior autonomia possível, que é a decência política das pessoas, ter um presidente do Banco Central que olhe um pouco esse país do jeito que ele é, e não do jeito que o sistema financeiro fala”.

Fonte: Brasil 247

"Quem sabe da condição do Biden é o Biden", diz Lula sobre o democrata se manter na campanha pela Casa Branca

 

"Só ele pode dizer", disse Lula sobre o estado de saúde de Joe Biden. Após debate com Trump, condição cognitiva do candidato à reeleição passou a ser discutida nos EUA

Lula e Joe Biden no Salão Oval da Casa Branca (Foto: Jonathan Ernst/Reuters)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta segunda-feira (1), em entrevista à Rádio Princesa, na Bahia, que somente o próprio presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pode avaliar se deve permanecer ou desistir de sua candidatura à reeleição. ”É muito difícil a gente dar palpite no processo eleitoral do outro país. Porque depois do resultado eleitoral, a gente tem que conviver com quem ganhou as eleições. Então você tem que tomar cuidado para não criar animosidade. Eu, pessoalmente, gosto do Biden, já encontrei com o Biden várias vezes. Acho que o Biden tem um problema que ele está andando mais lentamente, está demorando mais para responder as coisas, possivelmente esteja pensando… Mas quem sabe da condição do Biden é o Biden”, disse o presidente.

“Eu fui visitar o presidente Sarney, ele tem 94 anos, e o Sarney está preocupado com as eleições em 2026. Cara, eu pensei que ele estava aposentado. Não está. A cabecinha dele está a mil por hora. Eu fui visitar o Fernando Henrique Cardoso, está com 93 anos e a cabeça está boa - falando mais lentamente por causa da idade. Eu fui visitar todas as pessoas que já passaram dos 80 e poucos anos e que estão meio em situação de saúde precária. E eu acho que o Biden é ele que sabe. Uma pessoa pode mentir para todo mundo, ele não pode mentir a vida inteira para ele mesmo. Então o Biden é que tem que avaliar: se ele está bem, se ele achar que está em condições, ótimo; mas se ele não está, é melhor eles tomarem uma decisão”, ressaltou Lula.

O debate entre Joe Biden e Donald Trump foi transmitido pela CNN na quinta-feira (27). Na ocasião, Biden demonstrou sinais de fraqueza e senilidade que levantam dúvidas sobre sua capacidade de disputar a reeleição. Um  levantamento divulgado neste domingo (30) pela emissora americana CBS News com a empresa de pesquisa YouGov mostrou que 72% dos eleitores americanos acreditam que Joe Biden não deveria disputar a reeleição em novembro.

Ainda conforme Lula, “o que foi chato e desagradável é que no debate expuseram muito a fragilidade do Biden. Primeiro, do outro lado um cidadão mentiroso - segundo o The New York Times, contou 101 mentiras no debate [ex-presidente Donald Trump]. E do outro lado o Biden com uma certa morosidade para responder as coisas. Mas quem sabe da saúde dele é ele, não eu. Então eu acho que tem que ser muito levado em conta, porque as eleições nos Estados Unidos são muito importantes para o resto do mundo”. 

“A depender de quem ganhe e de que política externa quer ter os Estados Unidos, a gente pode melhorar ou piorar o mundo, e eu acho que é importante a gente levar em conta que é preciso a gente melhorar o mundo. O mundo precisa ficar mais humano, mais solidário, mais fraterno, mais humanista. Então eu fico torcendo pelo Biden. Deus queira que ele esteja bem de saúde, que ele possa concorrer. Se não, o partido Democrata pode indicar outra pessoa. Aqui eu estava preso e indiquei o Haddad. Faltavam poucos meses para a campanha e o Haddad teve uma boa participação na campanha. Mas é isso. O Biden tem que contar até dez e pensar ‘eu vou ou não vou’, ‘posso ou não posso’, ‘estou em condições ou não’. Só ele pode dizer”, ressaltou Lula. 

Fonte: Brasil 247

"O agronegócio está bombando", diz Lula

 

Segundo o presidente, o setor não deve temer movimentos sociais de luta pela reforma agrária, como o MST, pois "quem toma as terras deles hoje são os bancos"

Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Paulo Whitaker/Reuters)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (1), em entrevista à Rádio Princesa, na Bahia, que “o agronegócio está bombando” e que o setor não deve temer movimentos sociais de luta pela reforma agrária, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), pois "quem toma as terras deles hoje são os bancos".

“Vi o companheiro [Carlos] Fávaro (ministro da Agricultura e Pecuária) dizer uma coisa: ‘o agronegócio não deveria ter medo das ocupações dos sem terra, quem toma terra deles hoje são os bancos que compram título da dívida agrária deles’”, disse Lula. 

“Faz tempo que os sem-terras não invadem terra nesse país. Eles fizeram uma opção de se transformar em pequenos produtores altamente produtivos, é o maior produtor de arroz orgânico da América Latina e colocar alimento saudável na mesa do trabalhador”, destacou o presidente. Lula enfatizou que a população brasileira optou por uma reforma agrária “pacífica” e “tranquila” e disse que o “agronegócio está bombando hoje”.

Nesta quarta-feira (3), o governo federal lançará o Plano Safra 2024/2025 e a versão do programa dedicada à agricultura familiar, reforçando o compromisso com o setor agrícola. "O agronegócio é responsável por grande parte da riqueza do país e é importante que continue assim. O Brasil tem um potencial agrícola extraordinário", concluiu Lula.

Fonte: Brasil 247


Milei ignora Mercosul e viaja ao Brasil para evento "conservador" e possível encontro com Bolsonaro

 

Argentino evita, mais uma vez, se encontrar com o presidente Lula

Jair Bolsonaro (à esq.) e Javier Milei (Foto: Reuters)

Reuters - O presidente da Argentina, Javier Milei, viajará ao Brasil neste fim de semana para um evento, mas não se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, podendo encontrar, no entanto, o ex-presidente Jair Bolsonaro, disse o porta-voz do líder argentino nesta segunda-feira.

"Vamos viajar ao Brasil. Não tenho agenda e os horários", disse o porta-voz da Presidência argentina, Manuel Adorni, em coletiva de imprensa.

Ele acrescentou que Milei não participará de uma cúpula do Mercosul prevista para acontecer nesta semana na capital paraguaia, Assunção.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Geração solar própria no Minha Casa, Minha Vida alivia custos para a população e está alinhada à sustentabilidade

 

Para a Absolar, decreto que destinará R$ 3 bi para a geração solar em 500 mil unidades do programa reduz despesas da população e fortalece a transição energética

Usina fotovoltaica em Manaus, no Brasil (Foto: Reuters/Bruno Kelly)

 O decreto assinado pelo presidente Lula (PT) e pelos ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e das Cidades, Jader Filho, na sexta-feira (28), que prevê a destinação de R$ 3 bilhões para a instalação de sistemas fotovoltaicos nas unidades do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), representa um grande avanço para a democratização do acesso à energia elétrica limpa, renovável e competitiva para os consumidores de baixa renda, reforçando a sustentabilidade e a contribuindo para a justiça social no País.

A avaliação é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Para a entidade, os recursos, que sairão do Orçamento Geral da União para viabilizar, num primeiro momento, 500 mil unidades do PMCMV, terão papel estratégico na redução da conta de luz da população de baixa renda, bem como aliviarão o orçamento dos mais pobres e ainda vão contribuir para fortalecer a transição energética no País.

Para Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar, a medida é um pleito histórico da entidade junto às autoridades públicas. “A geração própria solar no PMCMV fortalece e democratiza o uso de fontes renováveis no País. Ao mesmo tempo, traz mais investimentos, mais empregos verdes e mais renda aos trabalhadores, aquecendo a economia local, reduzindo impactos ambientais e aumentando a conscientização ambiental da população”, aponta Koloszuk.

Já Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar, destaca que a inclusão de sistemas fotovoltaicos no PMCMV proporciona uma redução de até 70% na conta de luz dos beneficiados, aliviando o orçamento da população mais vulnerável economicamente. “Cada real que uma família de baixa renda deixar de gastar para pagar a conta de luz no final do mês poderá ser usado para melhorar sua alimentação, saúde, educação, transporte e qualidade de vida. Isso faz muita diferença na vida das pessoas, especialmente de quem ganha menos, pois cada real conta. Por isso, a inclusão da geração própria solar no PMCMV é um grande avanço em prol de mais equilíbrio e justiça social no País”, conclui Sauaia.

Fonte: Brasil 247

Discursos pró-armas dominam debate sobre questão no Congresso Nacional

 

Desde 2015, o pró-armamentismo teve 2,4 vezes mais pronunciamentos

Os discursos em defesa da ampliação do acesso a armas de fogo pela população civil dominaram os debates sobre a questão na última década. Desde 2015, o pró-armamentismo teve 2,4 vezes mais pronunciamentos nas tribunas do Congresso Nacional do que as falas contrárias ao uso de armas pelas pessoas comuns.

A constatação é de um levantamento feito pelo Instituto Fogo Cruzado, que mostrou que, de 2015 a 2023, foram 376 discursos de parlamentares pró-armamentismo (69% do total) ante 157 pronunciamentos (29%) contra a ampliação do acesso da população civil a armas e 11 neutros (2%).

O estudo analisou discursos envolvendo o assunto de 1951 a 2023 e mostra que o debate só começou a se intensificar no Congresso a partir de 1997, devido às discussões sobre o Sistema Nacional de Armas (Sinarm), o Estatuto do Desarmamento e o referendo sobre comercialização de armas.

No entanto, somente a partir de 2015 que os discursos pró-armas começaram a predominar sobre a posição contrária, que é pró-controle das armas.

No período de 2015 a 2018, foram 272 discursos sobre armamento, dos quais 198 foram a favor da ampliação do acesso a armas (73%), 65 contra (24%) e nove neutros (3%). Segundo a coordenadora de Pesquisa do Instituto Fogo Cruzado, Terine Coelho, foi nessa legislatura que houve uma virada e a mobilização pró-armamento se torna mais clara.

“Isso é uma novidade na história republicana brasileira. Do outro lado, parece que tem uma passividade dos parlamentares pró-controle. Uma das hipóteses que a pesquisa sugere é que isso deu porque esse campo [pró-controle de armas] parece acreditar que o tema está pacificado. Há uma crença de setores da sociedade, baseada no Estatuto do Desarmamento e na ideia de que a maioria dos brasileiros é contra o armamento, de que esse tema não precisa mais de discussão”, explica Terine.

Entre 2019 e 2022, com a ascensão ao poder do presidente Jair Bolsonaro, que é pró-armamentista, as discussões sobre o tema recuaram, totalizando 173 discursos, sendo 103 a favor da ampliação do acesso às armas (60%), 68 contrários (39%) e dois neutros (1%).

“O caminho que o Bolsonaro adotou para operar uma virada na legislação [com uma liberação maior para o comércio de armas] foi a partir de decretos. E isso ocorreu sem que houvesse uma posição firme no Congresso. Ou seja, no momento mais importante no que se refere à regulação do armamento civil desde o Estatuto do Desarmamento, o Congresso Nacional se comportou como se fosse coadjuvante dessa pauta”, afirma.

Em 2023, a discussão voltou à tona, com um total de 99 discurso em apenas um ano, sendo 75 a favor do acesso da população civil às armas e 24 contra. “O campo pró-controle parece ter se apoiado na revogação dos decretos [do governo anterior pelo atual governo] e está de novo se acomodando na ideia de que o tema está pacificado. Por outro lado, os congressistas pró-armamento não se desmobilizaram e nem vão, porque esse assunto é central para eles. A gente está vendo que eles estão muito mais mobilizados”, disse Terine.

Entre os armamentistas, alguns dos conteúdos que mais apareceram nos discursos foram o direito à defesa, o descontrole da segurança pública, o impacto do desarmamento no aumento da violência, os aspectos legais do uso de armas e a divisão entre bandidos e cidadãos de bem.

“O que a gente conclui, com a pesquisa, é que esse não é um tema pacificado. É um tema que está organizando o debate político. Hoje deputados e senadores [pró-armas] renovaram seus quadros e seus discursos e estão mais bem articulados, com novos argumentos”, afirma a pesquisadora.

Segundo ela, por outro lado, a participação dos parlamentares pró-controle de armas no debate é ínfima. “A expansão do armamento civil é um fator central para aumentar a violência num país onde tem milhares de pessoas morrendo por armas de fogo. E os parlamentares pró-controle não estão se posicionando firmemente nesse debate”.

No grupo pró-controle, os argumentos foram o monopólio do uso da arma pela polícia, as consequências de uma maior circulação de armas para a segurança pública, a necessidade de uma solução mais ampla para a violência e os impactos para mulheres, população não-branca e em escolas.

Edição: Aécio Amado

Fonte: Agência Brasil

Candidato pode usar marca de empresa privada em nome de urna, diz TSE

 

Plenário respondeu a uma consulta da deputada Simone Marquetto

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmou nesta segunda-feira (1º), por maioria, que os candidatos nas eleições municipais de 2024 podem utilizar no nome de urna marcas ou siglas de empresas privadas.

Brasília - O ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), participa do 8º Workshop sobre o Sistema Penitenciário Federal, promovido pelo Conselho da Justiça Federal e o Departamento Penitenciário Nacional (Marcello Casal Jr
Brasília - Ministro Raul Araújo. Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

O plenário respondeu a uma consulta feita pela deputada Simone Marquetto (MDB-SP). Ela questionou ao TSE se a proibição de marcas e produtos em propagandas eleitorais, que já é prevista pelas regras eleitorais, se estende também ao nome da urna.

Para a maioria dos ministros do TSE, a proibição relativa à propaganda eleitoral não se estende ao nome de urna. Prevaleceu o entendimento do relator, ministro Raul Araújo. Ele frisou que não há regra expressa que proíba a presença de marca associada a empresas como parte do próprio nome do candidato na urna.

Em seu voto, Araújo acrescentou que tal prática é usual no Brasil, em especial em eleições municipais, quando costumam se multiplicar candidatos como “Fulano do Posto” e “Cicrana da Farmácia”, por exemplo.

Seguiram o relator os ministros Nunes Marques, Isabel Galloti e André Mendonça. Ficaram vencidos os ministros Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares e Cármen Lúcia, presidente do TSE.

“Há uma exploração indevida dessas marcas, que se convertem em propagandas. Devemos evitar que o uso de siglas e expressões, que são de abrangência pública, beneficie de forma abusiva alguma candidatura”, disse Cármen Lúcia, que ficou vencida.

No mesmo julgamento, o TSE reforçou, por unanimidade, o entendimento de que marcas, produtos e siglas de empresas privadas não podem ser utilizadas em nenhuma peça de propaganda eleitoral. A regra foi inserida em resolução em 2019.

Edição: Aécio Amado

Fonte: Agência Brasil


Corregedor de Justiça arquiva processos contra ex-juízes da Lava Jato

 

Indícios são insuficientes para caracterizar má conduta, diz ministro

O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, decidiu arquivar nove processos – entre reclamações disciplinares e pedidos de providência – que tinham como alvo os juízes Gabriela Hardt e Eduardo Fernando Appio. Ambos já foram responsáveis pela Operação Lava Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba. 

Em todos os casos arquivados, os juízes eram acusados de ter praticado atos abusivos e parciais na condução da Lava Jato. Em um dos processos, Appio foi apontado como suspeito de violar o sigilo de uma decisão.

Salomão concluiu que, nesses casos, não há indícios o bastante para caracterizar a má conduta dos magistrados.

Numa das reclamações, parlamentares alegavam que Appio tinha agido de forma política ao criticar a condução da Lava Jato por magistrados que foram seus antecessores. Para o corregedor, contudo, eventuais falas críticas do magistrado foram proferidas na condição de professor, o que é permitido. 

Salomão escreveu que as manifestações de Appio foram feitas sob proteção da “liberdade de cátedra prevista pela Constituição e não foram baseadas em preferências exclusivamente políticas ou posicionamentos morais ou puramente ideológicos, mas sim em critérios técnicos, conceitos jurídicos e correntes teóricas do direito penal e processual penal, o que não pode ser configurado como infração funcional”. 

No caso de Gabriela Hardt, o corregedor de Justiça concluiu que “as imputações deduzidas demonstram mero descontentamento da parte requerente diante do que foi decidido nos autos, não havendo indícios de que a reclamada tenha incorrido em falta funcional”.

A juíza, contudo, continua a ser investigada em um processo administrativo disciplinar (PAD) que apura sua conduta na destinação de recursos públicos para a criação de uma fundação por parte de membros do Ministério Público Federa. Existam outras reclamações disciplinares contra a juíza em tramitação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Edição: Nádia Franco

Fonte: Agência Brasil

Dengue: Brasil tem, em 6 meses, 6,1 milhões de casos e 4,2 mil mortes

 

Há 2.730 óbitos em investigação no país

O Brasil encerrou o primeiro semestre de 2024 registrando 6.159.160 casos prováveis de dengue e 4.250 mortes pela doença. Segundo o painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde, há ainda 2.730 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência da dengue no país é, agora, de 3.033 casos para cada 100 mil habitantes e a taxa de letalidade é de 0,07.

Dados divulgados nesta segunda-feira (1º), em Brasília,  mostram que a maior parte dos casos prováveis de dengue em 2024 foi anotada entre mulheres (54,8%), contra 45,2% entre homens.

Faixa etária

Ao todo, 49,6% das ocorrências foram identificadas em pessoas brancas, 42,5% entre pardos, 6,2% entre pretos e 0,3% entre indígenas. A faixa etária de 20 a 29 anos concentra a maior parte das vítimas, seguida pela de 30 a 39 anos e pela de 40 a 49 anos.

Entre as unidades federativas, o Distrito Federal registra o maior coeficiente de incidência de dengue (9.626 casos por 100 mil habitantes). Em seguida, estão Minas Gerais (8.035), Paraná (5.478), Santa Catarina (4.607) e São Paulo (4.301). Em números absolutos, São Paulo lidera com 1,9 milhão de ocorrências. Em seguida, aparecem Minas Gerais (1,6 milhão), Paraná (626,8 mil), Santa Catarina (350,6 mil) e Goiás (301,5 mil). 

Fonte: Agência Brasil

Advogado da Americanas diz que ex-diretores ‘não administravam a companhia, mas sim a fraude’


"Quando você mergulha a fundo, percebe que eles não trabalhavam para a companhia”, disse Celso Villardi

Carlos Alberto Sicupira, Paulo Lemann e Marcel Telles (Foto: Agência Brasil)

 O advogado criminalista Celso Villardi afirmou à jornalista Daniela Lima, do G1, que os ex-diretores das Americanas, que foram presos pelo desvio de R$ 20 bilhões, trabalhavam com foco em garantir o funcionamento do esquema de fraude vigente na companhia. Villardi comandou uma auditoria interna que foi citada pelo Ministério Público Federal na denúncia que levou às prisões de Miguel Gutiérrez, ex-CEO da empresa, e Anna Saicali, ex-diretora.

"Quando você mergulha a fundo, percebe que eles não trabalhavam para a companhia, eles trabalhavam para fraudar. São dezenas e dezenas de documentos que antecediam reuniões trimestrais de apresentação de balanços ao conselho. E esses documentos registram idas e vindas de informações falsas para ajeitar alíneas financeiras, transformar prejuízo em lucro", disse.

Segundo o advogado, a fraude é “incrivelmente documentada”, já que existem registros baixados pelo sistema da empresa pelo uso de celulares e equipamentos corporativos, até de conversas sobre como blindar patrimônio diante de um eventual avanço das investigações. "Nos documentos encontrados em equipamentos funcionais, celulares, Ipads, há menção explícita inclusive a blindagem patrimonial", diz Villardi.

Ele também aponta que Gutiérrez e Saicali estavam entre os diretores “mais discretos” em relação à fraude. “A Anna (Saicali)  presidiu a P2W, empresa que era deficitária, mas aparecia como lucrativa. Ela participava do encontro de contas e há registro de planilhas falsas passando por ela".

Fonte: Brasil 247 com informações da jornalista Daniela Lima, no G1

Imprensa francesa pede 'bloqueio republicano' contra extrema direita no 2° turno das eleições legislativas

 

Partido ultranacionalista Reunião Nacional obteve mais de 33% dos votos, diante da coligação da esquerda Nova Frente Popular, com 28%, e da coligação Juntos, com quase 21%

Homem caminha em frente a pôsteres com propaganda eleitoral em Paris, antes de eleição antecipada para o Parlamento da França 22/06/2024 REUTERS/Dylan Martinez

RFI - Os jornais franceses repercutem nesta segunda-feira (1) os resultados do primeiro turno das eleições legislativas antecipadas, realizado na véspera. Em suas edições especiais, a maioria dos diários são unânimes em convocar os eleitores a realizar uma barragem da extrema direita. O partido ultranacionalista Reunião Nacional obteve um desempenho inédito: mais de 33% dos votos, diante da coligação da esquerda Nova Frente Popular, com 28%, e da coligação presidencial Juntos, com quase 21%.

Após o choque, fazer um bloqueio" é a manchete do jornal progressista Libération, que adverte que o partido Reunião Nacional, da extrema direita, está "às portas do poder". Para o diário, depois de uma decisão "catastrófica" do presidente francês, Emmanuel Macron, de dissolver a Assembleia Legislativa e convocar eleições antecipadas, a França tem "uma semana para evitar o pior".

Em seu editorial, intitulado "Barragem", Libé pede um bloqueio republicano contra a extrema direita. O texto também faz um apelo a Macron e ao primeiro-ministro Gabriel Attal a deixarem de lado "a cegueira lamentável e perigosa" para passar uma mensagem aos eleitores sobre a necessidade de "salvar a República". 

"Tragédia francesa" é o título do editorial do jornal conservador Le Figaro que classifica de "desastre" a aposta do presidente francês de tentar criar uma imensa força centrista para erradicar a direita e a esquerda, mas que acabou "afogando o país no caos". O texto afirma que Macron quis dar a palavra ao povo e o povo se manifestou, comparecendo massivamente às urnas, impulsionado pela polarização entre os partidos Reunião Nacional, da extrema direita, e A França Insubmissa, da esquerda radical. 

O fim da era Macron? - "O fim de uma era" é a manchete do jornal econômico Les Echos, que estampa sua capa com uma foto de Macron com um olhar preocupado, quase completamente escondido pela sombra de um guarda-costas. O diário destaca que o campo presidencial se encontra em maus lençóis, amargando um terceiro lugar na preferência do eleitorado, muito atrás do Reunião Nacional, que triunfou na votação.

O jornal católico La Croix defende em sua manchete a necessidade de realizar uma frente republicana para evitar que a extrema direita obtenha uma maioria absoluta na Assembleia. Em editorial, o diário alerta que o Reunião Nacional obteve 12 milhões de votos no domingo, 15 pontos a mais do que nas últimas eleições legislativas, em 2022. 

Ao contrário de parte da mídia francesa, La Croix não acredita que esse seja o fim do movimento político fundado por Macron em 2017, com a proposta de não se posicionar nem à esquerda, nem à direita. Mas esse primeiro turno "assinala o fracasso pessoal do chefe de Estado", que além de ter suscitado uma "decomposição da paisagem política francesa", não conseguiu mobilizar o eleitorado contra a extrema direita, conclui. 

Fonte: Brasil 247 com RFI

Lula diz que governo analisa 'onde é possível cortar gastos' e diz que juros altos são o 'maior gargalo' do Brasil


Os juros altos, pontuou o presidente, "encarecem o crédito e limitam a atividade econômica”, impedindo o Brasil de alcançar uma curva de crescimento sustentável

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 O presidente Lula (PT) concedeu uma entrevista ao jornal A Tarde e afirmou que seu governo tem analisado onde é possível cortar gastos públicos e buscado verificar se “há abusos” em programas sociais. "Importante lembrar que quem propôs o arcabouço fiscal foi o próprio governo, que contou com o apoio da maioria dos parlamentares para aprová-lo no Congresso. Então, é claro que vamos cumpri-lo. Estamos analisando onde é possível fazer cortes e se há abusos em alguns programas. O que tenho dito, e repetido, é que os cortes não podem penalizar os mais pobres, que mais precisam do Estado".

Questionado sobre o principal “gargalo” que impede o Brasil de manter uma curva de crescimento sustentável e competitiva no cenário internacional, o presidente voltou a criticar a alta taxa de juros mantida pelo Banco Central. "O nosso maior gargalo são os juros altos, um dos maiores do mundo, que encarecem o crédito e limitam a atividade econômica”. Ele também citou a histórica falta de investimentos em educação.

Ainda sobre os juros, Lula apresentou dados econômicos que desmontam a tese do Banco Central para justificar o patamar atual da taxa Selic. "O Brasil tem inflação baixa, um projeto consistente de retomada de obras de infraestrutura, um governo responsável, reservas internacionais, recordes de balança comercial. A média de crescimento do PIB nos meus dois primeiros mandatos foi de 4,1% e agora, no terceiro, já estamos crescendo acima das expectativas do mercado. Eu espero que os juros baixem e que aproveitemos as oportunidades que a transição energética, nossa agricultura, nossas empresas e a inclusão dos mais pobres podem trazer para fazer a roda da economia girar e construirmos um crescimento inclusivo, sustentável, constante e mais vigoroso".

O presidente também repetiu que indicará alguém “responsável” para assumir a presidência do Banco Central ao final do mandato de Roberto Campos Neto. "Acho que um presidente do Banco Central precisa ter o compromisso com o controle da inflação - até porque a inflação penaliza principalmente os mais pobres -, mas também com o crescimento do país. Precisa ser alguém com muito senso de responsabilidade com o Brasil".

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal A Tarde

Eleições na França mostram a consequência do neoliberalismo: "é a extrema direita que tira vantagem", diz Gleisi

 

"E tem gente que se diz democrata querendo impor políticas assim no Brasil", criticou a presidente do PT

Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), usou as redes sociais para alertar sobre o avanço da extrema direita na França em decorrência da adoção de políticas neoliberais. “O primeiro turno das eleições francesas deixou bem claro o que acontece com governos que adotam a receita neoliberal e tiram direitos do povo: é a extrema direita que tira vantagem”, escreveu Gleisi no X, antigo Twitter. 

“Macron [Emmanuel Macron, presidente da França] e seu centro liberal pagam nas urnas o preço da reforma da Previdência que impuseram na marra e outras medidas de arrocho fiscal. E tem gente que se diz democrata querendo impor políticas assim no Brasil. Felizmente, a esquerda francesa está unida e pode liderar a reação à extrema-direita”, completou. 

As eleições francesas foram realizadas neste domingo (30) e o bloco liderado pelo partido de extrema direita Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen e Jordan Bardella, obteve 33,2% dos votos, contra 28% da aliança Nova Frente Popular (NFP), de esquerda, e 20,8% da coalizão centrista Juntos!, de Emmanuel Macron.

O segundo turno será realizado no próximo domingo (7) e as projeções apontam que o partido de Le Pen tem chances de assegurar maioria absoluta no Parlamento, o que levaria Jordan Bardella, de 28 anos, ao cargo de premiê.

Fonte: Brasil 247

Lula: "a direita que aceitar a pauta da extrema direita será engolida por ela"

 

Polarizar com a extrema direita não é tarefa apenas do PT e da centro-esquerda, mas de todo o campo democrático, diz o presidente

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 Em entrevista ao jornal A Tarde, o presidente Lula (PT) afirmou não ver as eleições municipais deste ano como um "teste" para o governo federal. "As eleições para as prefeituras envolvem muito mais as questões e debates locais. As pessoas estão julgando as administrações dos seus prefeitos. Aliás, no governo federal, nós trabalhamos e fazemos parcerias institucionais com todos eles, independentemente de partido e de linha política".

Por outro lado, o presidente fez um apelo para que a população vote contra os "negacionistas". "O que espero é que os brasileiros valorizem seu voto e apoiem políticos que defendem a democracia e o diálogo e digam um sonoro não aos negacionistas da democracia e da ciência".

Perguntado sobre a polarização do PT e da centro-esquerda com a extrema direita, Lula disse que a tarefa é de todo o campo democrático, inclusive da direita democrática. "Não é apenas o PT e a centro esquerda que polarizam com a extrema direita. É o campo democrático, todos aqueles que lutam contra a mentira, a intolerância e o negacionismo. A direita que aceitar a pauta da extrema direita será engolida por ela".

"Não dá para achar normal a insanidade que foi o governo anterior, as centenas de milhares de mortes que poderiam ter sido evitadas na pandemia. A não aceitação do resultado das eleições. Eu acho que temos que ter mais democracia, mais alianças entre os que defendem a democracia mesmo que de correntes políticas distintas, e democracia com resultados concretos para conquistarmos o apoio da maior parte da população e continuarmos derrotando a extrema direita, como fizemos nas eleições de 2022", finalizou.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal A Tarde

"Não passarão": milhares de franceses saem às ruas prometendo resistência contra a extrema-direita (vídeo)

 

Uma multidão gritava pelas ruas da cidade: "não passarão", termo que é referência mundial de resistência e que tem origem francesa

Líder do partido francês de extrema direita Reunião Nacional, Jordan Bardella, em visita a feira de defesa em Villepinte, perto de Paris (Foto: REUTERS/Stephanie Lecocq)

 Paris registrou protestos neste domingo (30), depois de os primeiros resultados indicarem que a extrema-direita saiu à frente no 1° turno das eleições legislativas. 

Uma multidão gritava pelas ruas da cidade: "não passarão", termo que é referência mundial de resistência e que tem origem francesa. 

 A política francesa de direita Marine Le Pen parabenizou neste domingo (30) os apoiadores do Rassemblement National após o sucesso do partido no primeiro turno das eleições parlamentares antecipadas e pediu uma maioria absoluta para a extrema-direita no segundo turno. O partido de extrema direita saiu na frente no primeiro turno das eleições parlamentares realizado neste domingo (30), com 33% dos votos, informou o Ministério do Interior francês.

Caso a liderança da direita se confirme no 1º turno e o RN obtenha outra vitória significativa no 2º turno em 7 de julho, o jovem deputado Jordan Bardella, de 28 anos, emerge como favorito ao cargo de primeiro-ministro.

Já o presidente francês Emmanuel Macron instruiu sua equipe a estudar a situação em cada distrito eleitoral do país para encontrar alianças que possam conter o partido de extrema-direita Reagrupamento Nacional.

Fonte: Brasil 247