Nesta sexta-feira (28), um funcionário da RedeTV! morreu dentro das dependências da emissora. O portal LeoDias apurou que o homem passou mal durante o horário de almoço, dirigiu-se ao ambulatório, mas acabou caindo e falecendo.
A tragédia gerou uma forte reação entre os funcionários, que agora se mobilizam para paralisar as atividades em protesto.
Segundo fontes presentes, não havia médicos no ambulatório no momento em que o homem foi socorrido.
A enfermeira e os bombeiros tentaram reanimá-lo, mas sem sucesso.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi chamado, mas o funcionário já estava sem vida quando chegaram.
O homem, que trabalhava como contra-regra, estava desviado de sua função original, acumulando diversas tarefas.
Pessoas próximas relataram ao portal LeoDias que o acúmulo de funções e o desvio de suas responsabilidades habituais geravam um constante estado de estresse no funcionário.
O incidente gerou indignação entre os funcionários da emissora presentes no local.
Estúdios da RedeTV!. Foto: Divulgação
A revolta é tamanha que eles agora ameaçam paralisar todas as atividades e interromper a programação do canal em sinal de protesto.
Em nota oficial, a RedeTV! confirmou a morte do funcionário e lamentou profundamente o ocorrido. A emissora destacou que o colaborador foi prontamente atendido pela equipe de primeiros socorros da empresa, que realizou todos os procedimentos de emergência no local.
Confira a nota na da RedeTV na integra:
“A RedeTV! informa que o profissional sentiu um mal estar na tarde da última sexta-feira (28) e procurou o ambulatório da emissora, sendo prontamente atendido pela equipe de primeiros socorros, que realizou todos os procedimentos de emergência no local.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi imediatamente acionado e chegou rapidamente para prestar atendimento. O colaborador foi levado de ambulância à unidade hospitalar mais próxima da sede do canal, em Osasco, seguindo o protocolo do SAMU. No pronto-socorro, infelizmente, ele não resistiu, após sofrer uma parada cardíaca.
A RedeTV! expressa profundo pesar pelo falecimento do colaborador (o qual terá a identidade preservada em respeito à família). Nossas mais sinceras condolências aos familiares, amigos e colegas de trabalho neste momento de dor”.
No centro de uma controvérsia nas redes sociais, Felipe Neto utilizou seu X para esclarecer acusações de associação com gestos nazistas, levantadas por bolsonaristas após o incidente envolvendo o influencer Gato Galactico vir a tona na internet.
Neste sábado (29), o Youtuber utilizou sua plataforma do X (antigo Twitter) para se defender das acusações que os bolsonaristas estão espalhando.
“Neonazistas resgataram um vídeo meu experimentando comidas. Nele, a gnt experimenta um IOGURTE. E estão divulgando como se eu tb tivesse feito um ‘apito de cachorro’ pra supremacistas brancos, dizendo q é leite e q eu ‘fiz a mesma coisa’. É contra essa gente q estamos lidando”, escreveu Felipe Neto.
Felipe Neto deixou claro que o vídeo foi tirado de contexto deliberadamente para difamar sua imagem, reiterando sua posição contra qualquer forma de supremacia racial e apologia ao nazismo.
A jovem desviou quase R$ 180 mil de sua avó para gastar no “Jogo do Tigrinho”
Na semana passada, a polícia civil do Paraná prendeu uma mulher de 22 anos sob suspeita de desviar R$ 179 mil do próprio avô. O incidente ocorreu em Jussara, um município localizado no noroeste do estado.
De acordo com a polícia, o desvio do montante ocorreu ao longo de dois meses, entre setembro e outubro do ano passado, período durante o qual a jovem realizou 59 saques e transferências bancárias usando o cartão e a senha da conta do avô.
O delegado Carlos Gabriel descobriu que o dinheiro foi utilizado em um jogo de apostas online conhecido como “Jogo do Tigrinho”.
A suspeita foi presa na última quinta-feira (27). Na ocasião, ela negou a prática do crime, alegando não saber a origem do dinheiro que foi depositado em sua conta bancária. A polícia afirmou que câmeras de segurança registraram as visitas da jovem ao banco.
Eliana e a perna do Rico Melquiades. Foto: Divulgação
Menos de uma semana após encerrar seu último programa no SBT, Eliana teve uma mudança simbólica marcada no estacionamento da emissora. Neste sábado (29), o influenciador Rico Melquiades compartilhou nas redes sociais que a estrela que representava a apresentadora não estava mais presente na “calçada da fama” interna.
Tradicionalmente, as vagas dos apresentadores no SBT são adornadas com estrelas em um gesto de reconhecimento pela contribuição à emissora. No entanto, Eliana perdeu essa homenagem após anunciar sua saída e assinar contrato com a TV Globo na última quinta-feira (27).
“Já apagaram a estrela da Eliana. Por que não botam o meu, então, Rico?”, questionou Melquiades em seu post nas redes sociais, refletindo o espanto com a rápida remoção da homenagem à apresentadora.
Eliana, conhecida por sua longa trajetória no SBT, expressou sua emoção ao se despedir da emissora onde construiu parte significativa de sua carreira. Em suas redes sociais, ela compartilhou: “Nossos sonhos serão verdade”, em referência à vinheta de final de ano da TV Globo.
O jornalista Reinaldo Azevedo, da BandNews FM. Reprodução
O nome do jornalista Reinaldo Azevedo esteve nos Trending Topics do X (ranking de assuntos mais comentados do antigo Twitter) neste sábado (29) devido a uma sequência de postagens nas quais ironiza a má vontade de setores da imprensa com o governo Lula.
Usando simulações de títulos jornalísticos absurdos, ele mostra como se forçam argumentos para criticar o atual mandatário: “Lula diz que a Terra é redonda, e dólar dispara”, escreveu ele, com a “explicação”:
“Para Maria das Couves, da Bet of Beast Asset, ‘Lula não cumpre a promessa de pacificar o país e deixa claro que recusa o diálogo com o contraditório'”. Nesse caso, a hipotética analista diz que a falta de diálogo de Lula com os terraplanistas, pessoas que se recusam a aceitar as evidências científicas, prejudica a economia.
O detalhe curioso são os nomes escolhidos pelo âncora do “É da Coisa” para as empresas ouvidas e seus “especialistas”: as corretoras “Gossip & Shits” (Fofocas & Merdas, em português), “Bob Fields rides again” (em alusão ao apelido do avô do presidente do Banco Central, o economista Roberto Campos, conhecido por suas ideias liberais), ou ainda a menção a Lucius Antonius Ruffus Apius, nome de um juiz do Império Romano que assinava como L.A.R. Apius e ficou conhecido por sua desonestidade.
A Prefeitura de Santana do Ipanema, no interior de Alagoas, contratou o bolsonarista Gusttavo Lima para se apresentar na tradicional Festa da Juventude, que ocorre entre os dias 12 e 14 de julho. Principal atração dos três dias de festa, o sertanejo recebeu R$ 1,1 milhão de cachê.
O evento, que celebra sua 60ª edição, também vai contar com apresentações dos cantores Léo Santana e Mari Fernandez. Cada uma delas vai custar R$ 450 mil aos cofres municipais.
Santana do Ipanema, governada por Christiane Bulhões (MDB) — irmã do deputado federal Isnaldo Bulhões (MDB-AL) — tem 46,2 mil habitantes, segundo o Censo 2022. Segundo dados do Portal de Transparência da cidade, já foram gastos R$ 2.550.000 na realização do festival, considerado a “maior festa jovem do estado de Alagoas”.
Eduardo Cunha durante culto evangélico no Rio de Janeiro – Foto: Reprodução
Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, foi vaiado durante um culto evangélico no Rio de Janeiro na noite de sábado (29).
As vaias aconteceram quando Cunha foi chamado ao palco durante o culto que comemorava o centenário das igrejas Assembleias de Deus no estado. O evento, realizado no ginásio do Maracanãzinho, reuniu milhares de fiéis.
Os organizadores do culto explicaram que o político havia ajudado a arrecadar recursos junto ao governo do estado e à prefeitura da capital fluminense para custear a celebração.
O senador, entretanto, já convenceu as duplas Bruno e Marrone, Chitãozinho & Xororó e o cantor Eduardo Costa
O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) abriu diálogo com cantores sertanejos para um almoço de relacionamento com Lula, visando aproximação com o público que gosta deste gênero musical e que é majoritariamente bolsonarista.
Segundo informa o colunista Lauro Jardim, do jornal O GLOBO, Kajuru está em linha direta com Leonardo, e já convenceu as duplas Bruno e Marrone, Chitãozinho & Xororó e o cantor Eduardo Costa a participarem do encontro.
Gusttavo Lima, bolsonarista até a medula, segue resistente à proposta. O cantor, autodenominado “embaixador do agronegócio”, costuma fazer críticas à esquerda e, especialmente, à Lei Rouanet — que libera captação de recusos para a cultura, vindos da iniciativa privada sob contrapartida de desconto nos impostos — enquanto ganha cachês milionários de prefeituras pagos com dinheiro público.
Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo
Ao defender a proibição de apostas, a bancada religiosa apela para a moral cristã, cara ao eleitor evangélico
A oposição ferrenha da bancada evangélica à legalização dos jogos de azar no Brasil rachou a relação da direita e do centrão no Congresso.
Sempre alinhados em temas morais, como drogas e aborto, deputados evangélicos e do centrão se dividiram sobre a liberação dos jogos de azar. Enquanto os evangélicos votaram contra, o centrão votou com governistas e aprovou o texto na CCJ (Comissão de Justiça e Cidadania) do Senado depois de já tê-lo aprovado na Câmara.
Ao defender a proibição de apostas, a bancada apela para a moral cristã, cara ao eleitor evangélico. “Mesmo que a Bíblia não proíba os jogos de azar e bebida alcoólica, os fiéis são instruídos a se afastarem de ambientes assim”, explica Raquel Sant’Ana, antropóloga e pesquisadora evangélica na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
“É uma questão profundamente moral”, disse à reportagem o senador Eduardo Girão (Novo-CE), membro da Frente Parlamentar Evangélica. “Leva pessoas ao vício, que por sua vez leva muitos ao suicídio, destruindo famílias”, diz.
Não se trata de medo de perder evangélicos, diz o senador Magno Malta (PL-ES), também da Frente Evangélica. “A questão é que a igreja é um ‘hospital, e teremos mais doentes para tratar”, disse à reportagem. “Mas o receio é que o Brasil se torne um paraíso para a contravenção.”
Em ano eleitoral, a bancada evangélica não vai apoiar a liberação de cassinos. “Sempre será bom para a bancada se posicionar sobre o que seus eleitores consideram a defesa da moral cristã”, diz o cientista político da USP Vinicius do Valle, diretor do Observatório Evangélico. “Se votasse pela legalização, opositores ou pastores poderiam explorar essa contradição, impactando a opinião dos fiéis sobre esses políticos.”
Eleitores evangélicos já respondem a esse apelo em suas redes de contato. “Esta semana circularam muito as notícias sobre pessoas viciadas em aposta, como a enfermeira que desapareceu porque estava viciada no jogo do tigrinho”, diz a antropóloga, que monitora grupos evangélicos no WhatsApp e Telegram. “Eles compartilham a informação sempre com alguma frase, como ‘precisamos ficar atentos’.”
“Reverberou muito a ideia de que é preciso temer os danos dos jogos de azar. Isso move a pauta da família, gera coesão”, diz a pesquisadora Raquel Sant’Ana. E completa:
“Muitos religiosos se identificam mais com a moral cristã do que com a teologia. Muito do que faz a igreja é construir um jeito ‘certo’ de viver.”
Bancada ganha até quando perde
O plano do bloco é manter o tema em debate pelo máximo tempo possível. Depois de passar na CCJ, o projeto estava pronto para votação no plenário do Senado, mas uma manobra da bancada evangélica obrigou o texto a passar por nova rodada de discussões.
A ideia é levar o projeto para debate em outros colegiados. O senador Eduardo Girão (Novo-CE) quer que a proposta passe por três comissões: a de Assuntos Econômicos, a de Direitos Humanos e a de Segurança Pública. Já o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, senador Carlos Viana (Podemos-MG), pediu uma audiência pública.
“A nossa estratégia é que a população tenha conhecimento do que está sendo proposto”, afirmou Viana à reportagem. “Quem defende quer aprovar rapidamente, sem alarde, porque sabe que gera impacto. Nós queremos mais discussão.”
Manter o assunto em debate nacional deve ajudar candidaturas evangélicas nas eleições municipais. As lideranças evangélicas no Congresso serão cabos eleitorais de candidatos a prefeito e vereadores na eleição de outubro. “Essa é uma pauta fácil de vocalizar e conquistar apoio de uma base eleitoral”, diz a especialista.
A bancada também surfa em outros temas de costumes também em evidência. As recentes discussões sobre a PEC do Aborto por Estupro e a descriminalização do porte de maconha também foram explorados pela direita, especialmente a evangélica.
Até as derrotas nas discussões sobre a PEC do Aborto e do PL dos jogos de azar podem significar vitória nas urnas. “Eles não perderam [a disputa] porque conseguiram pautar a sociedade, levar essa discussão para fora da igreja”, diz o diretor do Observatório Evangélico.
“Perderam no macro, mas se colocaram com o eleitorado deles como uma referência no combate a esses temas”, conclui o cientista político.
Furando a bolha
Após o racha, a bancada quer avançar sobre o eleitorado conservador que votou pelas legalização das apostas. “Não é só por princípios religiosos que a bancada é contra os jogos de azar”, diz Viana. “É uma questão de segurança pública: cassinos também trabalham com dinheiro vivo, o meio mais fácil do crime organizado lavar dinheiro.”
Viana nega que o posicionamento da bancada mire as eleições de outubro. “Os assuntos [drogas, aborto e apostas] se acumularam por coincidência. A bancada sempre foi uma frente de princípios: compromisso pela vida, pela não liberação das drogas e agora pela não liberação do jogo.”
Sobrou até para bolsonaristas. Embora não seja político, o pastor Silas Malafaia acompanhou presencialmente a votação do projeto na CCJ do Senado. Antes, passou nos gabinetes dos senadores para convencê-los a barrar a proposta.
Depois do resultado, ele disparou contra conservadores que votaram pela liberação dos jogos. “Aquela direita vagabunda que se vende. Uma direita que se vende por cargos não é direita”, afirmou Malafaia à colunista Letícia Casado, do portal UOL.
Uma das vítimas foi a ex-ministra de Bolsonaro Tereza Cristina (PP-MS). “A senhora foi eleita com o voto do povo que apoia Bolsonaro e agora está fazendo o jogo do governo Lula (…) não merece o voto do povo de Mato Grosso do Sul”, disse em uma rede social. Tereza precisou se defender: “Nunca compactuarei com a exploração da boa fé dos brasileiros e sou contrária a misturar política com religião”, disse.
Outro alvo foi o senador Márcio Bittar (União Brasil-AC). O pastor disse que viu o senador prometendo votar contra o projeto em uma ligação no viva voz com Bolsonaro. “Prometeu votar contra o texto e não compareceu à sessão”, afirmou. Bittar respondeu que votará no plenário e que Malafaia “exagerou na patrulha ideológica”. “Eu achava que a patrulha era uma arma apenas da esquerda”, provocou.
“Essas acusações geram engajamento. Os portais de notícias evangélicos e redes de WhatsApp compartilham essas declarações”, diz a pesquisadora da UFRJ Raquel Sant’Ana.
Bancada conhece seu eleitor
Dependentes de drogas e jogos são socorridos pelas igrejas nas comunidades. “São as igrejas evangélicas que estão com as famílias de baixa renda, resgatando de vícios, criminalidade e desenvolvendo a disciplina”, diz Vinicius do Valle. “Eles ajudam no cuidado de crianças e são rede de apoio para conseguir emprego. Cumprem um papel de motivação, assistência emocional, simbólica e até material.”
“Junto com os jogos vêm outras atividades ilícitas que afetam principalmente os mais pobres: vício e dívida geram violência dentro de casa e problemas familiares. Isso mobiliza os evangélicos”, continua o cientista político.
“Cuidar dessas pessoas é a coisa mais comum em nossas igrejas. Tem muita gente que perde patrimônio em apostas mesmo antes da legalização”, afirma o senador Carlos Viana.
Brasil vai arrecadar R$ 22 bi’
O relator do projeto, senador Irajá (PSD-TO), defende ganhos financeiros para o Brasil. Ele disse na CCJ que os jogos hoje ilegais movimentaram até R$ 31,5 bilhões em 2023. Os investimentos depois da aprovação poderiam chegar a R$ 100 bilhões, gerar 1,5 milhão de empregos e elevar a arrecadação anual em R$ 22 bilhões para estados, municípios e União, segundo o projeto.
O governo vê o projeto com bom olhos. O PL chegou a ser listado como uma das medidas para compensar a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. A possibilidade acabou descartada pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), para quem a arrecadação com jogos só aparecerá no médio e longo prazo.
Lula disse que vai sancionar se o projeto passar no Senado. “Eu não acredito no discurso de que ‘se tiver cassino, o pobre vai gastar tudo que tem’. O pobre não vai ao cassino, o pobre vai trabalhar no cassino”, disse ele à rádio Meio Norte, no Piauí.
Jaques Wagner votou a favor na CCJ. “O governo não firmou posição. Eu votei a favor porque não acredito em nada proibido como solução de nada”, comentou.
“Poucos magnatas gananciosos ganham rios de dinheiro e favorecem a lavagem do dinheiro do crime organizado enquanto milhões de pessoas perdem muito”, diz Eduardo Girão, senador.