domingo, 30 de junho de 2024

Nova estratégia de comunicação de Lula dará destaque às entrevistas à mídia regional

 

O foco principal será o aumento de entrevistas concedidas a rádios locais, especialmente durante as viagens do presidente pelo Brasil

Entrevista do presidente Lula à rádio Itatiaia (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está implementando uma nova estratégia de comunicação, inspirada nas práticas adotadas durante seu segundo mandato, entre 2007 e 2010. O foco principal será o aumento de entrevistas concedidas à mídia regional, especialmente durante as viagens do presidente pelo Brasil, que serão intensificadas em um ano eleitoral, segundo reportagem do Estado de S. Paulo. Acompanhando Lula nessas viagens estará o ministro interino da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Laércio Portela.

Esta mudança na comunicação do governo já se reflete em atividades recentes, como a série de entrevistas e anúncios de investimentos realizados em Minas Gerais. A reativação de táticas de comunicação utilizadas anteriormente sob a direção de Franklin Martins, ex-ministro da Secom, evidencia uma tentativa de replicar sucessos passados.

Além das entrevistas, a primeira-dama Janja da Silva tem promovido a plataforma Comunica BR, uma iniciativa para sistematizar e divulgar as conquistas do governo federal. Esta plataforma está sendo adaptada para um formato de aplicativo móvel, visando facilitar o acesso à informação. Com isso, o presidente Lula tem conseguido pautar o debate nacional.

Fonte: Brasil 247 com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo

Ministério da Justiça espera aval de Lula para avançar com PEC da Segurança Pública

 

Se Lula der o aval, a expectativa é de que a tramitação da PEC no Legislativo ocorra sem grandes dificuldades. Projeto amplia ação da Polícia Federal no combate ao crime organizado

Lula e Ricardo Lewandowski (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 Após entregar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, na última segunda-feira (24), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, trabalha para convencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que essa é a melhor estratégia para combater o crime organizado e as milícias. Internamente, a proposta foi apelidada no Ministério da Justiça de "o FBI do Lewandowski"

Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, até o momento, o presidente ainda não se mostrou totalmente convencido da eficácia do projeto.  Se Lula der o aval, a expectativa no Ministério da Justiça é de que a tramitação da PEC no Legislativo ocorra sem grandes dificuldades

Ainda conforme a reportagem,  também existe um temor junto à Casa Civil de que “os governadores considerem a PEC uma intromissão indevida nos estados”.

No entanto, dentro do Palácio do Planalto, há oposição, sendo Rui Costa, chefe da Casa Civil, um dos críticos. Costa expressa preocupação de que os governadores possam ver a PEC como uma interferência indevida nos estados.

De acordo com a proposta, a Polícia Federal (PF) teria sua atuação expandida para todo o território nacional, focando no combate ao crime organizado e às milícias em casos de repercussão nacional e internacional. Para isso, seria necessário contratar cerca de três mil novos agentes, aumentando o contingente atual da corporação, que é de 13 mil funcionários. Esses agentes seriam dedicados exclusivamente à investigação.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) teria suas funções ampliadas para além das rodovias federais, passando a atuar também em ferrovias e hidrovias, assumindo a função de polícia ostensiva.

Se Lula der o aval, a expectativa no Ministério da Justiça é de que a tramitação da PEC no Legislativo ocorra sem grandes dificuldades.

Fonte: Brasil 247 com informações do jronal O Globo


Latino-americanos e estudantes estrangeiros na França temem resultado de eleições legislativas

 

Partido de extrema direita Reunião Nacional lidera as pesquisas para as eleições gerais, cujo primeiro turno será realizado no domingo em solo francês e o segundo em 7 de julho

Urnas são preparadas para eleição na França 28/6/2024 REUTERS/Gonzalo Fuentes (Foto: REUTERS/Gonzalo Fuentes)

RFI - O primeiro turno das eleições legislativas mais vigiadas da história recente da França já começou, neste sábado (29), em alguns territórios fora do país e para os franceses no exterior. Os migrantes latino-americanos na França estão preocupados com as políticas anti-imigração que o partido de extrema direita, líder nas pesquisas, promete implementar se obtiver a maioria parlamentar. 

Apenas três semanas após a surpreendente dissolução da Assembleia Nacional por Emmanuel Macron, está chegando a hora das primeiras lições a serem aprendidas, antes do segundo turno em 7 de julho. 

"Fazia muito tempo que eu não tinha tanto medo dos resultados das eleições", disse à AFP Maria, uma mexicana que está na França há seis anos e não quer revelar seu sobrenome.

O partido de extrema direita Reunião Nacional (RN) lidera as pesquisas para as eleições gerais, cujo primeiro turno será realizado no domingo em solo francês e o segundo em 7 de julho.

O RN e seus aliados têm 36% dos votos, seguidos pela Nova Frente Popular (NFP, 29%), de esquerda, e pela aliança de centro-direita do presidente Emmanuel Macron (20%), de acordo com uma pesquisa da Ipsos (órgão de pesquisa e consultoria de mercado com sede em Paris) publicada na sexta-feira (28). Estimativas também apontam para participação recorde de eleitores votando presencialmente ou via procuração.

Incerteza para estrangeiros - A incerteza paira sobre a possibilidade de os extremistas de direita conquistarem a maioria absoluta na Assembleia Nacional, o que abriria as portas para um governo do RN com seu jovem líder, Jordan Bardella, 28 anos, como primeiro-ministro.

"Você não se sente confortável na rua sabendo que uma em cada três pessoas está votando em um candidato que quer expulsá-lo", diz Luis Molero, um estudante peruano da Universidade Sciences Po, em Paris.

Em 2022, cerca de 7 milhões de migrantes viviam na França - 10,3% da população do país - dos quais 2,6 milhões obtiveram a nacionalidade francesa, de acordo com o instituto de estatísticas Insee. A maioria é da África e da Europa, e cerca de 6% vêm das Américas e da Oceania juntas, de acordo com dados oficiais.

RN contra imigrantes - As políticas contra a migração irregular foram um ponto central da campanha eleitoral do RN, que também propõe medidas que afetariam os estrangeiros com documentos válidos, principalmente ao implementar a noção de "prioridade nacional".

Essa doutrina implicaria priorizar o acesso ao trabalho e à moradia e reservar os benefícios sociais para os cidadãos franceses. No caso de estudantes estrangeiros, seu acesso a residências estudantis públicas seria restrito.

"Os estudantes estrangeiros não terão prioridade e os benefícios sociais serão reservados, em primeiro lugar, para os estudantes franceses, que também têm problemas para encontrar acomodação e pagar as contas", anunciou o candidato a deputado do RN, Alexis Jolly, à rádio France Bleu durante a campanha.

Discriminação inconstitucional - Essa política "não é compatível nem com a Constituição francesa, nem com a legislação da União Europeia, nem com a legislação internacional de direitos humanos", disse à AFP Marie-Laure Basilien-Gainche, professora de direito público na Universidade de Lyon 3.

"A discriminação, especialmente com base na nacionalidade, é proibida. O RN iria contra essas regras fundamentais", acrescenta.

O partido de extrema direita poderia, no entanto, restringir os critérios para a concessão de vistos, benefícios ou ajuda financeira, como o aumento do número mínimo de anos de residência no território.

Fonte: Brasil 247 com RFI

O Brasil não está em crise e a mídia entrou em modo pânico porque percebeu que Lula é candidato – e favorito – à reeleição

 


A economia vai bem e a única turbulência se deve ao ataque especulativo contra o real comandado pela mídia e pelo presidente do Banco Central

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Abri os jornais nesta manhã e me deparei com a notícia de que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava fechando, no dia de hoje, seu pior semestre dos três já decorridos neste terceiro mandato. 

"Como assim?", eu me questionei. 

Nesta semana mesmo, o IBGE anunciou que, sob o comando do presidente Lula, a taxa de desemprego recuou ao menor nível em dez anos. Esta é apenas uma das boas notícias no campo econômico. A arrecadação é a maior em 29 anos, a massa salarial é recorde, os grandes investimentos públicos e privados voltaram e os brasileiros estão mais otimistas em relação ao próprio futuro. Em relação ao PIB, ainda que as projeções de crescimento, entre 2% e 3%, estejam claramente abaixo do potencial da economia brasileira, elas são melhores do que vinha sendo projetado pelo chamado "mercado".

Crise mesmo só há na imprensa corporativa brasileira, que, em associação com o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, vem comandando um ataque especulativo contra o real, a moeda que completa trinta anos nesta semana. Mesmo com a armação, tudo o que Campos Neto e seus parceiros na imprensa conseguiram foi uma pequena desvalorização de cerca de 12% da moeda brasileira, com o real caindo de R$ 5 para R$ 5,6 em relação ao dólar. 

A questão é: por que a moeda brasileira não cai mais, diante das provocações de Campos Neto e da inação do Banco Central, que deixou de realizar leilões contra ataques especulativos? Porque qualquer agente econômico sério percebe que os fundamentos da economia brasileira são muito mais sólidos do que aquilo que vem sendo pintado nas páginas econômicas. O superávit comercial é de US$ 100 bilhões ao ano, as agências internacionais de risco vêm melhorando as perspectivas para o Brasil e o País atrai cada vez mais investimentos diretos, com o aumento do poder de compra da população. Por isso mesmo, o presidente Lula, nesta semana, afirmou que "quem apostar contra o real", em associação com os "cretinos" da imprensa, vai perder dinheiro. Lula tem razão. A julgar pelos fundamentos, a moeda brasileira poderia, inclusive, estar sendo negociada abaixo dos R$ 5.

A histeria da mídia se deve a um único fator: a percepção de que o presidente Lula não apenas é candidato à reeleição em 2026, como também é franco favorito. Dias atrás, o presidente fixou em seu perfil no X, antigo Twitter, uma mensagem dizendo que, aos 80 anos, se vê em seu auge físico e intelectual. E mais: que está pronto para seguir na presidência caso sua participação seja necessária para enfrentar os "trogloditas".

Lula não apenas se declarou candidato, como passou a agir como tal. Nos últimos dias, Lula viajou pela Bahia, Piauí, Maranhão, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Mais do que colocar o pé na estrada, o presidente também passou a conceder entrevistas às rádios regionais, demonstrando força não apenas para desconstruir as falácias da mídia tradicional, como também para pautar o debate no País.

Com isso, os setores da direita tradicional brasileira, que se agarraram ao presidente Lula para atirar ao mar o lixo fascista ao qual se associaram em 2018, começaram a se dar conta de que o atual governo não é uma ponte para o neoliberalismo, mas sim um projeto de oito anos. Só isso explica a pancadaria. E não há antídoto melhor contra essa cretinice do que a palavra constante do presidente. Fala mais, Lula. Quanto mais, melhor.  

Fonte: Brasil 247

Visando reeleição, Nunes turbina agenda de inaugurações às vésperas do prazo da legislação eleitoral

 

No controle da máquina pública, prefeito de São Paulo tem até a próxima sexta-feira (5), conforme a legislação eleitoral, para participar de inaugurações de obras

(Foto: Divulgação/Prefeitura de São Paulo)

 O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), está em uma intensa maratona de inaugurações para aproveitar a vantagem de estar no controle da máquina pública antes das eleições de outubro. Nunes tem até a próxima sexta-feira (5), conforme a legislação eleitoral, para participar de inaugurações de obras, sob pena de cassação do registro ou diploma eleitoral em caso de desrespeito à proibição.

Segundo a Folha de S. Paulo, apenas nos últimos dez dias, Nunes participou, em média, de duas inaugurações diárias, focando em entregas de equipamentos de saúde, habitação e unidades do Descomplica SP, programa que descentraliza o atendimento presencial da prefeitura. Nas semanas anteriores, ele participava de uma inauguração por dia, em média.

A pré-campanha do prefeito enfrentou desafios recentemente, especialmente com a entrada do coach Pablo Marçal (PRTB) na disputa eleitoral, ameaçando tirar o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL). Para manter Bolsonaro e o PL em sua coligação, Nunes teve que aceitar a indicação do ex-comandante da Rota Ricardo Mello Araújo (PL) como vice, um nome radical que poderia afastar eleitores moderados, com Lula tendo recebido 53% dos votos na capital no segundo turno de 2022.

Apesar das dificuldades, Nunes tem usado as inaugurações para ganhar visibilidade. De acordo com uma pesquisa Datafolha do final de maio, a gestão de Nunes é aprovada por 26% dos paulistanos e considerada regular por 45%. Nesse momento, ele aparecia com 23% das intenções de voto, tecnicamente empatado com seu principal adversário, o deputado federal Guilherme Boulos (Psol), que tinha 24%. Boulos tem o apoio do presidente Lula na disputa pela capital paulista.

Os aliados de Nunes acreditam que sua avaliação junto ao eleitorado está ligada à percepção da administração municipal e que as inaugurações em bairros periféricos são uma vantagem sobre Boulos. Nas redes sociais, o prefeito intensificou postagens sobre as entregas para destacar a continuidade da gestão do ex-prefeito Bruno Covas, falecido em 2021.

Até o dia 5, está previsto o início das obras de duplicação da ponte Jurubatuba, do corredor de ônibus Itapecerica e do túnel Sena Madureira, e do corredor Amador Bueno. Também devem ser entregues mais unidades de moradia transitória, do Armazém Solidário, e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), incluindo a inauguração da UPA 21 de junho na Freguesia do Ó, prevista para terça-feira (2).

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Governo avalia realizar novo 'Enem dos Concursos' em 2025, diz ministra

 

"Nossa ideia é de que possa ser replicado…Pensamos em fazer no ano que vem", disse a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck

Esther Dweck (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

 A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, revelou em entrevista à CNN Brasil que o governo federal está considerando a possibilidade de realizar um novo Concurso Público Nacional Unificado (CNPU), popularmente conhecido como "Enem dos Concursos", em 2025. Segundo a ministra, ainda não há uma definição sobre a periodicidade do exame, mas a intenção é que ele se torne “o novo modelo de entrada no setor público federal”. "Nossa ideia é de que possa ser replicado…Pensamos em fazer no ano que vem", disse Dweck.

A primeira edição do exame, programada para este ano, foi adiada devido à situação de calamidade no estado do Rio Grande do Sul causada pelas chuvas, e está agora marcada para o dia 18 de agosto.

A ministra também mencionou que novas vagas serão autorizadas até o início de julho. A decisão sobre a realização de um novo exame no próximo ano dependerá dos órgãos que tiverem vagas abertas. “Temos que avaliar se essas novas vagas e áreas contempladas vão querer fazer uma prova unificada. Se quiserem podemos repetir a prova unificada, caso contrário, imaginamos que tenha que ter um intervalo de dois em dois anos porque é um pouco o tempo que dura um curso”, ressaltou.

O CNPU permite que candidatos concorram a diversas vagas em diferentes órgãos públicos do governo federal, incluindo ministérios, proporcionando uma maior democratização e eficiência nos processos seletivos. 

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Sete em cada dez gaúchos acreditam que destruição provocada por enchentes poderia ter sido evitada, diz Datafolha

 

Maioria dos gaúchos responsabiliza tanto os governos locais quanto a instância federal e a própria população pelos estragos.

Enchentes no Rio Grande do Sul (Foto: Agência Brasil)

 A devastação causada pelas enchentes históricas no Rio Grande do Sul nos últimos dois meses poderia ter sido evitada, segundo sete em cada dez gaúchos entrevistados. Essa percepção é compartilhada pela maioria dos brasileiros, que apontam as três esferas governamentais, parlamentares e a própria população como responsáveis pela tragédia.

A pesquisa, conduzida pelo Datafolha e divulgada neste domingo (3) pela Folha de S. Paulo, entrevistou 2.457 brasileiros em todas as regiões do país, incluindo 567 moradores do Rio Grande do Sul. A margem de erro para a amostra estadual é de 4 pontos percentuais, enquanto para a população brasileira é de 2 pontos percentuais, ambas com nível de confiança de 95%.

Entre os gaúchos, 75% acreditam que os danos poderiam ter sido evitados, com uma diferença mínima em relação ao Brasil como um todo, onde 72% compartilham dessa opinião. Na região metropolitana de Porto Alegre, área severamente afetada por falhas em diques, essa percepção é ainda mais forte, com 81% dos moradores afirmando que a destruição era evitável. No interior do estado, 67% dos entrevistados concordam com essa opinião.

Problemas no sistema de contenção de alagamentos da capital são apontados há mais de uma gestão. Engenheiros como André Luiz Lopes da Silveira, ex-diretor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS, ressaltam que a prevenção dos estragos teria sido possível com manutenções preventivas e protocolos de inspeção frequentes.

A maioria dos gaúchos responsabiliza tanto os governos locais quanto a instância federal e a própria população pelos estragos. Segundo a pesquisa, 85% dos gaúchos atribuem culpa às prefeituras, 84% à população, 83% ao governo do Rio Grande do Sul e 80% ao governo federal. Os moradores de Porto Alegre e região são ainda mais críticos neste ponto, com 93% responsabilizando as prefeituras e 92% o governo estadual.

A avaliação do desempenho dos mandatários diante da crise é equilibrada. Os índices de ótimo e bom, regular, ruim e péssimo em relação ao governador Eduardo Leite (PSDB) estão empatados dentro da margem de erro, variando entre 36% e 31%. Prefeitos gaúchos também tiveram um empate técnico nesses índices. A avaliação do presidente Lula no socorro às vítimas foi considerada boa ou ótima por 31%, regular por 27% e ruim por 40%. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Após Macron dissolver Congresso e convocar eleições, França vai às urnas com extrema direita fortalecida

 As eleições parlamentares francesas serão realizadas em dois turnos, em 30 de junho e 7 de julho


Os partidos políticos franceses disputam neste domingo (30) o primeiro turno das eleições legislativas convocadas antes da hora e em que a extrema direita, líder nas pesquisas, se aproxima do poder.


A eleição acontece três semanas depois de o presidente francês, Emmanuel Macron, dissolver o Parlamento e convocar um novo pleito por conta do resultado ruim de seu partido nas eleições para o Parlamento europeu.


Em 9 de junho, o partido de Macron (REM) foi derrotado nas eleições do Parlamento Europeu para o partido (RN) de Marine Le Pen, política populista de extrema direita.


Macron votou na manhã deste domingo em Paris.


O aliado de Macron ao pleito, Gabriel Attal, chegou a dizer na sexta-feira que quer “evitar que os extremos, especialmente a extrema direita, ganhem estas eleições”. A fala teve como objetivo instar os franceses a votarem na aliança do presidente Emmanuel Macron. Seu adversário é o jovem líder de extrema direita Jordan Bardella, de 28 anos, do partido de Le Pen.


As eleições parlamentares são realizadas em dois turnos, em 30 de junho e 7 de julho.


Uma pesquisa realizada pelo OpinionWay publicada pelo jornal Les Echos na última sexta (28) apontou que o partido (RN) poderia alcançar até 37% do voto popular, um aumento de dois pontos percentuais em relação à pontuação de uma semana atrás. O partido Juntos, do bloco centrista de Macron, atingiu 20%, uma queda de dois pontos em relação à última publicação.


Já o resultado do segundo turno francês é um pouco mais incerto devido ao próprio sistema eleitoral do país: os 577 deputados são eleitos em círculos eleitorais não nominais, com sistema majoritário em dois turnos.


Socialistas, comunistas e ambientalistas, aliados do partido radical França Insubmissa (LFI) na coligação de esquerda NFP, já avisaram que retirarão seus candidatos se chegaram em terceiro lugar ao segundo turno para dar mais chances ao candidato do governo frente a um de extrema direita.


O que acontece se a extrema direita assumir o parlamento?


Por ora, o partido governante de Macron tem 169 deputados na Assembleia Nacional, o maior grupo na câmara de 577 assentos. O partido de oposição mais forte, o Reagrupamento Nacional, de Le Pen, possui 88 assentos.

Para ganhar uma maioria absoluta na câmara baixa francesa, o partido precisaria aumentar seu número de deputados para 289. Caso ganhem, Macron seria obrigado a nomear um adversário para o cargo de primeiro-ministro. E quem assumisse o posto, seria responsável por escolher os ministros do gabinete.


E se isso acontecesse – do presidente e o primeiro-ministro serem de partidos políticos diferentes – seria chamado de “coabitação”. A França viveu três períodos semelhantes a esse.

Nesse cenário, o presidente mantém o papel principal em defesa como comandante-em-chefe e em política externa —a constituição diz que ele negocia tratados internacionais—, mas perderia o poder de definir a política doméstica.


Isso aconteceu pela última vez em 1997, quando o presidente de centro-direita Jacques Chirac dissolveu o parlamento pensando que ganharia uma maioria mais forte, mas inesperadamente perdeu para uma coalizão de esquerda liderada pelo partido Socialista.


Impacto no país


O partido de Macron tentou diversas vezes alertar para o risco da chegada ao poder da extrema direita – que tem se esforçado para moderar a imagem herdada do seu fundador Jean-Marie Le Pen, conhecido por seus comentários racistas.


Desde que Marine Le Pen assumiu a liderança do partido Reagrupamento National em 2011, ela tenta constantemente argumentar sobre encontrar políticas populistas para os franceses. Mas, ao mesmo tempo, tem posturas xenofóbicas e ideais próximas ao governo russo.


Ela, por exemplo, já sugeriu que, caso chegasse ao poder, Macron teria dificuldade de enviar tropas para apoiar a Ucrânia contra a Rússia.


Segundo a Rádio França Internacional (RFI), a sigla também quer deixar de lado o impacto do carbono na região, já que planeja dar incentivos as s indústrias francesas. A expectativa é que RN governe de uma forma semelhante à gestão da italiana Giorgia Meloni, que adota internacionalmente um discurso voltado a preocupação com as negociações climáticas e internamente que permite que ministros e aliados questionem as ciências do clima.


Além disso, existe uma preocupação com os africanos que têm parentes no país. O partido de Le Pen já afirmou que planeja proibir que certos cargos “sensíveis”, como na área da defesa, por exemplo, sejam proibidos para cidadãos com dupla nacionalidade.


James Shields, professor de estudos franceses da Universidade de Warwick, no Reino Unido, disse à BBC que as referências racistas e antissemitas ficaram para trás, mas as velhas medidas de lei e ordem anti-imigrantes e autoritárias do antigo partido do pai de Le Pen permanecem praticamente inalteradas.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

Igreja Universal, do pastor e empresário Edir Macedo, vai investir R$ 1 bi em canais de TV aberta

 

Maior parte do investimento será direcionada à Record TV, que também pertence a Edir Macedo

Edir Macedo (Foto: Alan Santos/PR/Divulgação)

 Após um período de redução de investimentos em televisão aberta iniciado em  2019, a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), do pastor e empresário Edir Macedo, decidiu reverter essa estratégia em 2024, com planos de gastar mais de R$ 1 bilhão em locações de horários televisivos. A maior parte desse investimento será direcionada à Record TV, que também pertence ao religioso.

Segundo o F5,  a igreja planeja desembolsar cerca de R$ 910 milhões até dezembro de 2024 somente com a compra de horários para telecultos e programas especiais durante a madrugada. O valor ainda não inclui os custos com a produção de novelas bíblicas, uma estratégia adotada desde 2022 para reduzir despesas da emissora. 

Outro fator que eleva o investimento da IURD é a retomada da parceria com a Rede 21, do Grupo Bandeirantes de Comunicação. Suspenso desde dezembro de 2022, o contrato foi renovado após um acordo judicial. A igreja voltou a ocupar 22 horas da programação do canal, com gastos estimados em R$ 300 milhões anuais. A Band comprometeu-se a melhorar a transmissão de sinal, ampliando a cobertura nacional para até 70% do território brasileiro, atendendo a uma antiga reivindicação da IURD.

Além da Record e Rede 21, a IURD também reajustou contratos com outras emissoras. A TV Gazeta de São Paulo aumentou sua faixa de vendas para a igreja, resultando em um custo anual de aproximadamente R$ 300 milhões por 13 horas diárias de programação. A RedeTV! também negociou mais uma hora de sua grade matinal, totalizando três horas diárias e um gasto anual de cerca de R$ 350 milhões. Na CNT, a IURD continua a ocupar 22 horas da programação, com um custo de R$ 100 milhões anuais.

Desde 2019, a IURD vinha tentando reduzir seus gastos com televisão aberta para fortalecer sua presença digital e atrair novos fiéis. No entanto, os resultados dessa estratégia ficaram abaixo das expectativas. Em 2023, a igreja decidiu recalcular sua rota e retomou os investimentos na mídia tradicional. Só na Record, houve um aumento de repasse superior a R$ 100 milhões, incluindo pagamentos para afiliadas em todo o Brasil.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna F5 da Folha de S. Paulo

Chuvas no RS: Leite tem 35% e Lula 36% de aprovação na condução da tragédia climática, aponta Datafolha

 Para 23% da população, condução do governador foi péssima; 32% reprovam atuação do presidente


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) tiveram avaliações semelhantes na condução da tragédia climática gaúcha, que deixou ao menos 179 pessoas mortas em decorrência das fortes chuvas que atingiram a região no mês de maio —o número pode aumentar, uma vez que 33 pessoas ainda estão desaparecidas.


De acordo com a pesquisa Datafolha, a condução do presidente foi considerada ótima ou boa por 36% da população brasileira e o governador gaúcho, por 35%. Já a rejeição, ou seja, a parcela que considera a condução das autoridades ruim ou péssima é pior para Lula (32%) do que para Leite (23%).


O instituto realizou 2.457 entrevistas com pessoas, na faixa de 16 anos ou mais, nos dias 17 a 22 de junho. Eles foram ouvidos em 130 cidades do Brasil. Em relação à amostra do estado do Rio Grande do Sul, foram realizadas 567 entrevistas na capital e em cidades do interior, distribuídas sem 24 municípios.


Na amostra nacional, a margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. Já na amostra gaúcha, a margem é de quatro pontos, dentro do nível de confiança também de 95%.


Quando os políticos são avaliados apenas pelos gaúchos, o resultado muda um pouco. Levando em conta apenas as pessoas entrevistadas no estado, 40% consideram que a condução de Lula na tragédia foi ruim ou péssima, enquanto 31% consideram que foi ótima ou boa.


A avaliação em relação à condução de Leite diante da tragédias é mais próxima a do restante do país. Entre os gaúchos, 36% consideram a atuação do governador como ótima ou boa, 31% como regular e 32% como ruim ou péssima.


As enchentes afetaram 478 municípios e deixaram 806 feridos. Na pesquisa Datafolha, 77% dos entrevistados que vivem no Rio Grande do Sul afirmaram que a cidade em que vive sofreu com as enchentes.


Para esta parcela da população, foi questionado qual a avaliação da conduta do prefeito de sua cidade. A avaliação em relação às gestões municipais também fica dividida: 34% considera ótima ou boa; 34% diz que foi regular e 31% disse que foi ruim ou péssima.

Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S. Paulo.

Força Nacional reforça equipe de combate a incêndios no Pantanal

 

As frentes de combate aos incêndios no Pantanal foram reforçadas, com a chegada de mais uma equipe da Força Nacional a Corumbá, no Mato Grosso do Sul. O efetivo se juntará às equipes locais, que atuarão também em 13 bases avançadas espalhadas pelo bioma.

“As equipes do Rio Grande do Sul, formadas por 42 integrantes, chegaram na tarde desta sexta-feira (29) e se juntaram aos outros integrantes que estavam na região pantaneira desde quinta-feira (28), vindos do Distrito Federal e do Tocantins”, informou o governo do Mato Grosso do Sul. Ao todo, 82 homens e mulheres da Força Nacional estão em Corumbá. 


A expectativa é de que, com o reforço, se consiga reduzir o tempo de resposta no combate aos incêndios florestais. Iniciada em abril, as frentes de ações já mobilizaram mais de 400 bombeiros militares de Mato Grosso do Sul. Todos orientados pelo Sistema de Controle de Incidentes, com sede em Campo Grande.


O fogo já queimou 520 mil hectares no Pantanal do Mato Grosso do Sul este ano, segundo dados divulgados pelo governo estadual. 


Ação humana


Durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, mais conhecido como Conselhão, no Palácio do Planalto nesta semana, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse que 85% dos incêndios observados no bioma ocorrem em terras privadas, de forma não natural, ou seja, derivado de ação humana.


“Neste momento, não temos incêndio em função de ignição natural”, disse a ministra ao afirmar que o município de Corumbá responde atualmente por metade dos incêndios em Mato Grosso do Sul”. “Os municípios que mais desmatam são os que mais têm incêndio”, ressaltou.


Para a ministra, neste ano, a situação foi agravada pelos efeitos da mudança do clima causada por ações humanas. “Nós estamos vivendo um momento muito particular de nossa trajetória neste planeta. Tivemos no ano de 2023 um dos anos mais intensos em termos de eventos climáticos extremos, com os problemas das ondas de calor, de seca, de enchentes extremas. Isso é um sinal inequívoco de que a mudança do clima já é uma realidade”, disse.


Fonte: Agenda do Poder com informações da Agência Brasil.