domingo, 30 de junho de 2024

Visando reeleição, Nunes turbina agenda de inaugurações às vésperas do prazo da legislação eleitoral

 

No controle da máquina pública, prefeito de São Paulo tem até a próxima sexta-feira (5), conforme a legislação eleitoral, para participar de inaugurações de obras

(Foto: Divulgação/Prefeitura de São Paulo)

 O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), está em uma intensa maratona de inaugurações para aproveitar a vantagem de estar no controle da máquina pública antes das eleições de outubro. Nunes tem até a próxima sexta-feira (5), conforme a legislação eleitoral, para participar de inaugurações de obras, sob pena de cassação do registro ou diploma eleitoral em caso de desrespeito à proibição.

Segundo a Folha de S. Paulo, apenas nos últimos dez dias, Nunes participou, em média, de duas inaugurações diárias, focando em entregas de equipamentos de saúde, habitação e unidades do Descomplica SP, programa que descentraliza o atendimento presencial da prefeitura. Nas semanas anteriores, ele participava de uma inauguração por dia, em média.

A pré-campanha do prefeito enfrentou desafios recentemente, especialmente com a entrada do coach Pablo Marçal (PRTB) na disputa eleitoral, ameaçando tirar o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL). Para manter Bolsonaro e o PL em sua coligação, Nunes teve que aceitar a indicação do ex-comandante da Rota Ricardo Mello Araújo (PL) como vice, um nome radical que poderia afastar eleitores moderados, com Lula tendo recebido 53% dos votos na capital no segundo turno de 2022.

Apesar das dificuldades, Nunes tem usado as inaugurações para ganhar visibilidade. De acordo com uma pesquisa Datafolha do final de maio, a gestão de Nunes é aprovada por 26% dos paulistanos e considerada regular por 45%. Nesse momento, ele aparecia com 23% das intenções de voto, tecnicamente empatado com seu principal adversário, o deputado federal Guilherme Boulos (Psol), que tinha 24%. Boulos tem o apoio do presidente Lula na disputa pela capital paulista.

Os aliados de Nunes acreditam que sua avaliação junto ao eleitorado está ligada à percepção da administração municipal e que as inaugurações em bairros periféricos são uma vantagem sobre Boulos. Nas redes sociais, o prefeito intensificou postagens sobre as entregas para destacar a continuidade da gestão do ex-prefeito Bruno Covas, falecido em 2021.

Até o dia 5, está previsto o início das obras de duplicação da ponte Jurubatuba, do corredor de ônibus Itapecerica e do túnel Sena Madureira, e do corredor Amador Bueno. Também devem ser entregues mais unidades de moradia transitória, do Armazém Solidário, e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), incluindo a inauguração da UPA 21 de junho na Freguesia do Ó, prevista para terça-feira (2).

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Governo avalia realizar novo 'Enem dos Concursos' em 2025, diz ministra

 

"Nossa ideia é de que possa ser replicado…Pensamos em fazer no ano que vem", disse a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck

Esther Dweck (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

 A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, revelou em entrevista à CNN Brasil que o governo federal está considerando a possibilidade de realizar um novo Concurso Público Nacional Unificado (CNPU), popularmente conhecido como "Enem dos Concursos", em 2025. Segundo a ministra, ainda não há uma definição sobre a periodicidade do exame, mas a intenção é que ele se torne “o novo modelo de entrada no setor público federal”. "Nossa ideia é de que possa ser replicado…Pensamos em fazer no ano que vem", disse Dweck.

A primeira edição do exame, programada para este ano, foi adiada devido à situação de calamidade no estado do Rio Grande do Sul causada pelas chuvas, e está agora marcada para o dia 18 de agosto.

A ministra também mencionou que novas vagas serão autorizadas até o início de julho. A decisão sobre a realização de um novo exame no próximo ano dependerá dos órgãos que tiverem vagas abertas. “Temos que avaliar se essas novas vagas e áreas contempladas vão querer fazer uma prova unificada. Se quiserem podemos repetir a prova unificada, caso contrário, imaginamos que tenha que ter um intervalo de dois em dois anos porque é um pouco o tempo que dura um curso”, ressaltou.

O CNPU permite que candidatos concorram a diversas vagas em diferentes órgãos públicos do governo federal, incluindo ministérios, proporcionando uma maior democratização e eficiência nos processos seletivos. 

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Sete em cada dez gaúchos acreditam que destruição provocada por enchentes poderia ter sido evitada, diz Datafolha

 

Maioria dos gaúchos responsabiliza tanto os governos locais quanto a instância federal e a própria população pelos estragos.

Enchentes no Rio Grande do Sul (Foto: Agência Brasil)

 A devastação causada pelas enchentes históricas no Rio Grande do Sul nos últimos dois meses poderia ter sido evitada, segundo sete em cada dez gaúchos entrevistados. Essa percepção é compartilhada pela maioria dos brasileiros, que apontam as três esferas governamentais, parlamentares e a própria população como responsáveis pela tragédia.

A pesquisa, conduzida pelo Datafolha e divulgada neste domingo (3) pela Folha de S. Paulo, entrevistou 2.457 brasileiros em todas as regiões do país, incluindo 567 moradores do Rio Grande do Sul. A margem de erro para a amostra estadual é de 4 pontos percentuais, enquanto para a população brasileira é de 2 pontos percentuais, ambas com nível de confiança de 95%.

Entre os gaúchos, 75% acreditam que os danos poderiam ter sido evitados, com uma diferença mínima em relação ao Brasil como um todo, onde 72% compartilham dessa opinião. Na região metropolitana de Porto Alegre, área severamente afetada por falhas em diques, essa percepção é ainda mais forte, com 81% dos moradores afirmando que a destruição era evitável. No interior do estado, 67% dos entrevistados concordam com essa opinião.

Problemas no sistema de contenção de alagamentos da capital são apontados há mais de uma gestão. Engenheiros como André Luiz Lopes da Silveira, ex-diretor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS, ressaltam que a prevenção dos estragos teria sido possível com manutenções preventivas e protocolos de inspeção frequentes.

A maioria dos gaúchos responsabiliza tanto os governos locais quanto a instância federal e a própria população pelos estragos. Segundo a pesquisa, 85% dos gaúchos atribuem culpa às prefeituras, 84% à população, 83% ao governo do Rio Grande do Sul e 80% ao governo federal. Os moradores de Porto Alegre e região são ainda mais críticos neste ponto, com 93% responsabilizando as prefeituras e 92% o governo estadual.

A avaliação do desempenho dos mandatários diante da crise é equilibrada. Os índices de ótimo e bom, regular, ruim e péssimo em relação ao governador Eduardo Leite (PSDB) estão empatados dentro da margem de erro, variando entre 36% e 31%. Prefeitos gaúchos também tiveram um empate técnico nesses índices. A avaliação do presidente Lula no socorro às vítimas foi considerada boa ou ótima por 31%, regular por 27% e ruim por 40%. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Após Macron dissolver Congresso e convocar eleições, França vai às urnas com extrema direita fortalecida

 As eleições parlamentares francesas serão realizadas em dois turnos, em 30 de junho e 7 de julho


Os partidos políticos franceses disputam neste domingo (30) o primeiro turno das eleições legislativas convocadas antes da hora e em que a extrema direita, líder nas pesquisas, se aproxima do poder.


A eleição acontece três semanas depois de o presidente francês, Emmanuel Macron, dissolver o Parlamento e convocar um novo pleito por conta do resultado ruim de seu partido nas eleições para o Parlamento europeu.


Em 9 de junho, o partido de Macron (REM) foi derrotado nas eleições do Parlamento Europeu para o partido (RN) de Marine Le Pen, política populista de extrema direita.


Macron votou na manhã deste domingo em Paris.


O aliado de Macron ao pleito, Gabriel Attal, chegou a dizer na sexta-feira que quer “evitar que os extremos, especialmente a extrema direita, ganhem estas eleições”. A fala teve como objetivo instar os franceses a votarem na aliança do presidente Emmanuel Macron. Seu adversário é o jovem líder de extrema direita Jordan Bardella, de 28 anos, do partido de Le Pen.


As eleições parlamentares são realizadas em dois turnos, em 30 de junho e 7 de julho.


Uma pesquisa realizada pelo OpinionWay publicada pelo jornal Les Echos na última sexta (28) apontou que o partido (RN) poderia alcançar até 37% do voto popular, um aumento de dois pontos percentuais em relação à pontuação de uma semana atrás. O partido Juntos, do bloco centrista de Macron, atingiu 20%, uma queda de dois pontos em relação à última publicação.


Já o resultado do segundo turno francês é um pouco mais incerto devido ao próprio sistema eleitoral do país: os 577 deputados são eleitos em círculos eleitorais não nominais, com sistema majoritário em dois turnos.


Socialistas, comunistas e ambientalistas, aliados do partido radical França Insubmissa (LFI) na coligação de esquerda NFP, já avisaram que retirarão seus candidatos se chegaram em terceiro lugar ao segundo turno para dar mais chances ao candidato do governo frente a um de extrema direita.


O que acontece se a extrema direita assumir o parlamento?


Por ora, o partido governante de Macron tem 169 deputados na Assembleia Nacional, o maior grupo na câmara de 577 assentos. O partido de oposição mais forte, o Reagrupamento Nacional, de Le Pen, possui 88 assentos.

Para ganhar uma maioria absoluta na câmara baixa francesa, o partido precisaria aumentar seu número de deputados para 289. Caso ganhem, Macron seria obrigado a nomear um adversário para o cargo de primeiro-ministro. E quem assumisse o posto, seria responsável por escolher os ministros do gabinete.


E se isso acontecesse – do presidente e o primeiro-ministro serem de partidos políticos diferentes – seria chamado de “coabitação”. A França viveu três períodos semelhantes a esse.

Nesse cenário, o presidente mantém o papel principal em defesa como comandante-em-chefe e em política externa —a constituição diz que ele negocia tratados internacionais—, mas perderia o poder de definir a política doméstica.


Isso aconteceu pela última vez em 1997, quando o presidente de centro-direita Jacques Chirac dissolveu o parlamento pensando que ganharia uma maioria mais forte, mas inesperadamente perdeu para uma coalizão de esquerda liderada pelo partido Socialista.


Impacto no país


O partido de Macron tentou diversas vezes alertar para o risco da chegada ao poder da extrema direita – que tem se esforçado para moderar a imagem herdada do seu fundador Jean-Marie Le Pen, conhecido por seus comentários racistas.


Desde que Marine Le Pen assumiu a liderança do partido Reagrupamento National em 2011, ela tenta constantemente argumentar sobre encontrar políticas populistas para os franceses. Mas, ao mesmo tempo, tem posturas xenofóbicas e ideais próximas ao governo russo.


Ela, por exemplo, já sugeriu que, caso chegasse ao poder, Macron teria dificuldade de enviar tropas para apoiar a Ucrânia contra a Rússia.


Segundo a Rádio França Internacional (RFI), a sigla também quer deixar de lado o impacto do carbono na região, já que planeja dar incentivos as s indústrias francesas. A expectativa é que RN governe de uma forma semelhante à gestão da italiana Giorgia Meloni, que adota internacionalmente um discurso voltado a preocupação com as negociações climáticas e internamente que permite que ministros e aliados questionem as ciências do clima.


Além disso, existe uma preocupação com os africanos que têm parentes no país. O partido de Le Pen já afirmou que planeja proibir que certos cargos “sensíveis”, como na área da defesa, por exemplo, sejam proibidos para cidadãos com dupla nacionalidade.


James Shields, professor de estudos franceses da Universidade de Warwick, no Reino Unido, disse à BBC que as referências racistas e antissemitas ficaram para trás, mas as velhas medidas de lei e ordem anti-imigrantes e autoritárias do antigo partido do pai de Le Pen permanecem praticamente inalteradas.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

Igreja Universal, do pastor e empresário Edir Macedo, vai investir R$ 1 bi em canais de TV aberta

 

Maior parte do investimento será direcionada à Record TV, que também pertence a Edir Macedo

Edir Macedo (Foto: Alan Santos/PR/Divulgação)

 Após um período de redução de investimentos em televisão aberta iniciado em  2019, a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), do pastor e empresário Edir Macedo, decidiu reverter essa estratégia em 2024, com planos de gastar mais de R$ 1 bilhão em locações de horários televisivos. A maior parte desse investimento será direcionada à Record TV, que também pertence ao religioso.

Segundo o F5,  a igreja planeja desembolsar cerca de R$ 910 milhões até dezembro de 2024 somente com a compra de horários para telecultos e programas especiais durante a madrugada. O valor ainda não inclui os custos com a produção de novelas bíblicas, uma estratégia adotada desde 2022 para reduzir despesas da emissora. 

Outro fator que eleva o investimento da IURD é a retomada da parceria com a Rede 21, do Grupo Bandeirantes de Comunicação. Suspenso desde dezembro de 2022, o contrato foi renovado após um acordo judicial. A igreja voltou a ocupar 22 horas da programação do canal, com gastos estimados em R$ 300 milhões anuais. A Band comprometeu-se a melhorar a transmissão de sinal, ampliando a cobertura nacional para até 70% do território brasileiro, atendendo a uma antiga reivindicação da IURD.

Além da Record e Rede 21, a IURD também reajustou contratos com outras emissoras. A TV Gazeta de São Paulo aumentou sua faixa de vendas para a igreja, resultando em um custo anual de aproximadamente R$ 300 milhões por 13 horas diárias de programação. A RedeTV! também negociou mais uma hora de sua grade matinal, totalizando três horas diárias e um gasto anual de cerca de R$ 350 milhões. Na CNT, a IURD continua a ocupar 22 horas da programação, com um custo de R$ 100 milhões anuais.

Desde 2019, a IURD vinha tentando reduzir seus gastos com televisão aberta para fortalecer sua presença digital e atrair novos fiéis. No entanto, os resultados dessa estratégia ficaram abaixo das expectativas. Em 2023, a igreja decidiu recalcular sua rota e retomou os investimentos na mídia tradicional. Só na Record, houve um aumento de repasse superior a R$ 100 milhões, incluindo pagamentos para afiliadas em todo o Brasil.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna F5 da Folha de S. Paulo

Chuvas no RS: Leite tem 35% e Lula 36% de aprovação na condução da tragédia climática, aponta Datafolha

 Para 23% da população, condução do governador foi péssima; 32% reprovam atuação do presidente


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) tiveram avaliações semelhantes na condução da tragédia climática gaúcha, que deixou ao menos 179 pessoas mortas em decorrência das fortes chuvas que atingiram a região no mês de maio —o número pode aumentar, uma vez que 33 pessoas ainda estão desaparecidas.


De acordo com a pesquisa Datafolha, a condução do presidente foi considerada ótima ou boa por 36% da população brasileira e o governador gaúcho, por 35%. Já a rejeição, ou seja, a parcela que considera a condução das autoridades ruim ou péssima é pior para Lula (32%) do que para Leite (23%).


O instituto realizou 2.457 entrevistas com pessoas, na faixa de 16 anos ou mais, nos dias 17 a 22 de junho. Eles foram ouvidos em 130 cidades do Brasil. Em relação à amostra do estado do Rio Grande do Sul, foram realizadas 567 entrevistas na capital e em cidades do interior, distribuídas sem 24 municípios.


Na amostra nacional, a margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. Já na amostra gaúcha, a margem é de quatro pontos, dentro do nível de confiança também de 95%.


Quando os políticos são avaliados apenas pelos gaúchos, o resultado muda um pouco. Levando em conta apenas as pessoas entrevistadas no estado, 40% consideram que a condução de Lula na tragédia foi ruim ou péssima, enquanto 31% consideram que foi ótima ou boa.


A avaliação em relação à condução de Leite diante da tragédias é mais próxima a do restante do país. Entre os gaúchos, 36% consideram a atuação do governador como ótima ou boa, 31% como regular e 32% como ruim ou péssima.


As enchentes afetaram 478 municípios e deixaram 806 feridos. Na pesquisa Datafolha, 77% dos entrevistados que vivem no Rio Grande do Sul afirmaram que a cidade em que vive sofreu com as enchentes.


Para esta parcela da população, foi questionado qual a avaliação da conduta do prefeito de sua cidade. A avaliação em relação às gestões municipais também fica dividida: 34% considera ótima ou boa; 34% diz que foi regular e 31% disse que foi ruim ou péssima.

Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S. Paulo.

Força Nacional reforça equipe de combate a incêndios no Pantanal

 

As frentes de combate aos incêndios no Pantanal foram reforçadas, com a chegada de mais uma equipe da Força Nacional a Corumbá, no Mato Grosso do Sul. O efetivo se juntará às equipes locais, que atuarão também em 13 bases avançadas espalhadas pelo bioma.

“As equipes do Rio Grande do Sul, formadas por 42 integrantes, chegaram na tarde desta sexta-feira (29) e se juntaram aos outros integrantes que estavam na região pantaneira desde quinta-feira (28), vindos do Distrito Federal e do Tocantins”, informou o governo do Mato Grosso do Sul. Ao todo, 82 homens e mulheres da Força Nacional estão em Corumbá. 


A expectativa é de que, com o reforço, se consiga reduzir o tempo de resposta no combate aos incêndios florestais. Iniciada em abril, as frentes de ações já mobilizaram mais de 400 bombeiros militares de Mato Grosso do Sul. Todos orientados pelo Sistema de Controle de Incidentes, com sede em Campo Grande.


O fogo já queimou 520 mil hectares no Pantanal do Mato Grosso do Sul este ano, segundo dados divulgados pelo governo estadual. 


Ação humana


Durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, mais conhecido como Conselhão, no Palácio do Planalto nesta semana, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse que 85% dos incêndios observados no bioma ocorrem em terras privadas, de forma não natural, ou seja, derivado de ação humana.


“Neste momento, não temos incêndio em função de ignição natural”, disse a ministra ao afirmar que o município de Corumbá responde atualmente por metade dos incêndios em Mato Grosso do Sul”. “Os municípios que mais desmatam são os que mais têm incêndio”, ressaltou.


Para a ministra, neste ano, a situação foi agravada pelos efeitos da mudança do clima causada por ações humanas. “Nós estamos vivendo um momento muito particular de nossa trajetória neste planeta. Tivemos no ano de 2023 um dos anos mais intensos em termos de eventos climáticos extremos, com os problemas das ondas de calor, de seca, de enchentes extremas. Isso é um sinal inequívoco de que a mudança do clima já é uma realidade”, disse.


Fonte: Agenda do Poder com informações da Agência Brasil.

Oficiais das Forças Armadas que lideraram golpe fracassado na Bolívia são mantidos em prisão de segurança máxima

 Junto com eles, outros 18 militares da ativa, da reserva e civis foram presos por terem conexão com a tentativa de golpe


O general boliviano Juan José Zúñiga e dois outros oficiais militares de alto escalão acusados de liderar o golpe fracassado contra o presidente Luis Arce foram mantidos em uma prisão de segurança máxima neste sábado (29) por um juiz que ordenou que eles cumprissem seis meses de prisão preventiva.


Zúñiga, ex-comandante do Exército; o vice-almirante Juan Arnez, ex-chefe da Marinha; e Alejandro Irahola, ex-chefe da brigada mecanizada do Exército, entraram na prisão de Chonchocoro, nos arredores de El Alto, um município próximo a La Paz, informou a AFP.


Na sexta-feira, os tribunais ordenaram que eles fossem mantidos na prisão de segurança máxima enquanto continuam as investigações sobre o levante armado de quarta-feira, quando tropas com tanques cercaram a sede do governo por várias horas antes de se retirarem.


A polícia montou uma intensa operação de segurança para transferi-los de uma prisão em La Paz.


“Em algum momento a verdade será conhecida”, disse Zúñiga, algemado e sem colete à prova de balas, ao ser conduzido a uma viatura policial.


No momento de sua captura na última quarta-feira, o ex-chefe militar afirmou que foi Arce quem lhe pediu para preparar algo “para aumentar sua popularidade”, o que foi negado pelo presidente boliviano.


Zúñiga e os outros dois oficiais enfrentam acusações de terrorismo e levante armado, pelos quais podem ser condenados a até 20 anos de prisão, de acordo com os promotores.


Junto com eles, outros 18 militares da ativa, da reserva e civis foram presos em conexão com o golpe fracassado.


Neste sábado, o governo disse ter encontrado provas do plano dos militares de transportar forças especiais do departamento de Tarija, no sul do país, para La Paz, com a intenção de realizar o golpe contra Arce.


O general Zúñiga foi identificado desde o início como o principal responsável pela conspiração contra o presidente de esquerda da Bolívia, que assumiu o cargo em 2020 para um mandato de cinco anos.


O ex-comandante do Exército foi preso depois que tropas e veículos blindados foram retirados sem confrontos com as forças leais ao governo.

Durante a rebelião militar, 14 civis foram feridos por balas disparadas por soldados quando entravam na praça onde está localizado o palácio presidencial no centro de La Paz, de acordo com o governo.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.

Moraes diz que anistia a presos do 8/1 depende do STF pois é “quem interpreta a Constituição”

 Relator do caso, ministro disse que a Corte vai garantir a responsabilização dos culpados pelo ataque golpista


Relator das investigações sobre a investida golpista contra as sedes dos Três Poderes em Brasília no 8 de janeiro, o ministro Alexandre de Moraes declarou que quem admite se os golpistas pelo ataque de 2023 devem ou não serem anistiados é o Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro comentava sobre uma proposta em discussão no Congresso de inocentar os condenados.


— Quem admite anistia ou não é a Constituição Federal e quem interpreta a Constituição é o Supremo Tribunal Federal — disse Moraes em palestra no 12º Fórum Jurídico de Lisboa, que complementou: — O Supremo Tribunal Federal vai garantir a responsabilização de todos os culpados pelo dia 8 de janeiro.


O ministro se refere a um projeto de lei em discussão na Câmara de Deputados que trata da anistia aos golpistas condenados no 8 de janeiro. O texto está em discussão na Comissão de Constituição e Justiça, presidido pela deputada bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC). No início do mês, ela escolheu o bolsonarista Rodrigo Valadares (União-SE) para relatar o texto.


Caroline de Toni já defendeu publicamente a anistia aos presos pelas invasões em Brasília. Ao comentar a escolha por Valadares, ela afirmou que “o critério foi técnico”.


— Tivemos um critério técnico, escolhemos uma pessoa formada em direito, que tem noção do processo penal e do devido processo legal. Diante da gravidade dos fatos, resolvemos fazer a designação dessa relatoria para que seja analisado ainda este ano na Comissão de Constituição e Justiça — disse a parlamentar.


Entretanto, não há previsão para que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) paute o tema em plenário.


O próprio Bolsonaro foi alvo de operação deflagrada pela Polícia Federal que investiga a suspeita de atuação de uma organização criminosa na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.


O fórum em que Moraes fez a declaração é promovido por instituição de ensino superior do ministro do STF Gilmar Mendes. No início da semana, o decano havia declarado que “não há clima” no Brasil para anistiar os presos do 8 de janeiro. Segundo Gilmar, pesa contra os investigados a gravidade dos fatos.

— É natural que haja esse tipo de dialogo retórico e político (pela anistia). Não acredito que haja clima no Brasil para um debate sobre anistia diante da gravidade dos fatos que ocorreram — disse o magistrado em entrevista à CNN Portugal. O ministro estava em Portugal para o 12º Fórum Jurídico de Lisboa.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.