Diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues se reuniu com autoridades portuguesas em Lisboa para intensificar buscas
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, participou de reuniões em Portugal com o objetivo de capturar Anna Saicali, ex-diretora das Americanas, que está foragida. Anna Saicali é suspeita de envolvimento em uma fraude contábil na Americanas, com seu nome incluído na lista de procurados da Interpol.
Em Lisboa, Andrei Passos Rodrigues se reuniu com a Polícia Judiciária e a Polícia de Segurança Pública para solicitar colaboração na prisão de Saicali, informa Camila Bomfim, em seu blog no g1. “Fiz reuniões aqui em Lisboa ontem e hoje com a Polícia Judiciária e com a Polícia de Segurança Pública, solicitando colaboração para prisão desta foragida”, declarou.
Nesta sexta-feira (28), o ex-CEO das Lojas Americanas, Miguel Gutierrez, foi preso em Madri. A notícia foi divulgada pelo Blog da Malu Gaspar, de O Globo. A PF havia deflagrado na quinta-feira (27) a Operação Disclosure, que investiga fraudes contábeis nas Lojas Americanas, estimadas em R$ 25 bilhões.
Anna Saicali permanece na Difusão Vermelha da Interpol, a lista dos mais procurados do mundo. Segundo o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro, Anna participou das fraudes, ajudando a criar documentos falsos para apresentar à auditoria, suportando um saldo fictício da Americanas.
Procedimento para extradição de CEO
Quanto ao ex-CEO Miguel Gutierrez, o diretor-geral da PF falou sobre os procedimentos para sua extradição. O juiz de primeira instância na Espanha encaminhará a documentação ao Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional (DRCI) da Polícia Federal brasileira. O Brasil consolidará todos os pedidos e enviará de volta à Espanha. A decisão final sobre a extradição caberá ao juiz espanhol.
A Espanha não extradita seus cidadãos, mas, segundo Andrei Passos, dois critérios podem permitir a extradição: a data da obtenção da nacionalidade espanhola e a gravidade do crime. Se a nacionalidade for recente e o crime considerado grave, a extradição pode ser permitida.
A Americanas divulgou uma nota oficial reiterando sua confiança nas autoridades que investigam o caso e reforçando que foi vítima de uma fraude de resultados por parte da antiga diretoria. A empresa acredita na Justiça e aguarda a conclusão das investigações para responsabilizar judicialmente todos os envolvidos.
Fonte: Agenda do Poder com informações do blog da Camila Bomfim, no G1