quinta-feira, 27 de junho de 2024

Bolívia prende cerca de uma dezena de militares após tentativa de golpe, diz ministro

 

Mobilização das Forças Armadas foi liderada pelo general Juan José Zúñiga, preso na quarta-feira. Militares envolvidos na intentona golpista podem pegar até 30 anos de prisão

Pessoas cobrem o rosto enquanto manifestantes enfrentam militares bolivianos
 26/6/2024   REUTERS/Claudia Morales
Pessoas cobrem o rosto enquanto manifestantes enfrentam militares bolivianos 26/6/2024 REUTERS/Claudia Morales (Foto: REUTERS/Claudia Morales)

Reuters - Cerca de uma dezena de militares bolivianos foram presos após a tentativa de golpe de quarta-feira, disse um ministro do governo à televisão local nesta quinta-feira, acrescentando que eles enfrentam acusações que podem levar a penas de 15 a 30 anos de prisão.

A mobilização das Forças Armadas foi liderada pelo general Juan José Zúñiga, preso na noite de quarta-feira. Ele reuniu soldados na praça principal de La Paz, arrombando uma porta do palácio presidencial com um veículo blindado que permitiu que os soldados entrassem no prédio.

Os soldados acabaram por se retirar e a polícia retomou o controle da praça. O presidente Luis Arce criticou a tentativa de golpe e nomeou rapidamente um novo general.

Zúñiga foi informado na noite de terça-feira que seria destituído do seu cargo porque a sua conduta "não estava em conformidade com a Constituição", disse o ministro do Interior, Eduardo del Castillo, em entrevista à emissora de televisão Unitel.

Zúñiga reagiu com calma à notícia, segundo del Castillo.

“Mas ninguém poderia imaginar que no dia seguinte, antes da transferência oficial dos cargos, haveria um golpe fracassado em nosso país”, afirmou ele.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Indústria de alimentos é a que mais emprega no Brasil, diz IBGE

 

Outros setores foram confecção e fabricação de produtos de metal

O setor com o maior número de pessoas ocupadas na indústria brasileira é o de fabricação de alimentos. Ele é responsável por 22,8% do total de 8,3 milhões de pessoas empregadas na indústria nacional em 2022. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Industrial Anual (PIA) Empresa.

A  indústria de confecção de artigos do vestuário e acessórios, com 7%,  e a de fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, com 5,9%, foram os outros segmentos com maior representatividade na quantidade de pessoas ocupadas.

Indústrias, fábricas,Confecção Cobra D'agua,Confecção de roupas

Vila velha (ES) 19.05.2006 - Foto Miguel Ângelo
Indústrias, fábricas,Confecção  Foto Miguel Ângelo - Miguel Ângelo/CNI/Direitos reservados

Em 2022, o universo de empresas industriais com uma ou mais pessoas ocupadas totalizou 346,1 mil, abrangendo um total de 8,3 milhões de pessoas. Essas empresas geraram uma receita líquida de vendas de R$ 6,7 trilhões e um valor de transformação industrial de R$ 2,5 trilhões, dos quais 89,3% foram provenientes das Indústrias de transformação.

A PIA-Empresa registrou 8,3 milhões de pessoas empregadas em 2022, sendo a maior parte empregada nas Indústrias de transformação, 97,3% do total. Esse percentual permaneceu estável em relação a 2013, quando 97,5% da mão de obra estava alocada nas Indústrias de transformação e 2,5%, nas Indústrias extrativas.

Salário

Em 2022, o salário médio pago na indústria foi de 3,1 salários mínimos (s.m.), tendo se reduzido em 0,3 s.m. em relação a 2013. Esse decréscimo foi reflexo do comportamento dos salários médios tanto nas Indústrias extrativas quanto nas Indústrias de transformação, que tiveram quedas, respectivamente, de 6,3 s.m. para 5,2 s.m. e de 3,3 s.m. para 3,0 s.m. no mesmo período.

Produto

O IBGE também divulgou a Pesquisa Industrial Anual - Produto (PIA-Produto). Em 2022, foram pesquisados cerca de 3.400 produtos e serviços industriais em aproximadamente 39,8 mil unidades locais industriais distribuídas por mais de 33,1 mil empresas.

No ranking dos dez principais produtos industriais, óleos brutos de petróleo foi o produto com a maior receita líquida de vendas na indústria brasileira, com receita de R$ 274,5 bilhões e participação de 5,3% do total da receita líquida industrial nacional.

O aumento da cotação do barril de petróleo contribuiu para este cenário, e fez com que o produto ganhasse uma posição no ranking. Óleo diesel, por ser um derivado de petróleo, também foi influenciado pela elevação no seu preço e ocupou a segunda posição, com receita líquida de vendas de R$ 200 bilhões e participação de 3,9% no total.

Em seguida, minérios de ferro (R$ 159,6 bilhões e 3,1% de participação) recuou duas posições em função da queda nos preços internacionais provocada pela menor demanda chinesa, ainda impactada por paralisações nas fábricas devido à covid-19.

Há ainda carnes de bovinos frescas ou refrigeradas (R$ 114,7 bilhões e 2,2% de participação); adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) (R$ 102,8 bilhões e 2%); gasolina automotiva (R$ 90,3 bilhões e 1,7%); tortas, bagaços e farelos da extração do óleo de soja (R$ 76,1 bilhões e 1,5%); álcool etílico (etanol) não desnaturado para fins carburantes (R$ 67,5 bilhões e 1,3%); óleos combustíveis, exceto diesel (R$ 67 bilhões e 1,3%); e automóveis, com motor a gasolina, álcool ou bicombustível, de cilindrada maior que 1.500 cm3 ou menor ou igual a 3.000 cm3 (R$ 60,6 bilhões e 1,2%).

Os dez produtos com as maiores receitas, em conjunto, concentraram 23,4% do valor das vendas em 2022, participação superior à observada em 2021 (22,9%).

Fonte: Agência Brasil

CNJ envia relatórios da correição da Lava Jato à PGR, TCU e STF

 

Correição resultou na abertura de processos administrativos contra quatro magistrados que atuaram nas ações da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba

Luis Roberto Barroso
Luis Roberto Barroso (Foto: Ana Araújo /Ag. CNJ)

 O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luís Roberto Barroso, encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Tribunal de Contas da União (TCU) os relatórios da correição realizada na 13ª Vara Federal de Curitiba. A correição investiga magistrados que tomaram decisões no âmbito da Operação Lava Jato. Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, os documentos também foram enviados ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator das investigações criminais.

A apuração, liderada pelo corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, resultou na abertura de processos administrativos contra quatro magistrados que atuaram nas ações da força-tarefa. Entre eles está a juíza Gabriela Hardt, que substituiu o ex-juiz suspeito e senador Sergio Moro (União Brasil-PR) na Vara de Curitiba e atualmente é senadora.

O plenário do CNJ formou maioria para a abertura dos processos, com 9 votos a favor e 6 contra, seguindo a linha defendida por Salomão. Os conselheiros Marcello Terto, Marcus Vinícius Jardim, Bandeira de Mello, Daiane Nogueira de Lira, Caputo Bastos, Mônica Autran Machado Nobre e Daniela Pereira Madeira acompanharam o voto do corregedor.

Salomão afirmou que Hardt descumpriu deveres do cargo e cometeu infrações disciplinares, violando a Lei da Magistratura e o Código de Ética da Magistratura. Ele anexou ao processo o relatório da inspeção feita na Vara de Curitiba e nos gabinetes da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

Em abril, o CNJ afastou os desembargadores do TRF-4 Thompson Flores e Loraci Flores de Lima de seus cargos. Na mesma ocasião, seguindo a tese defendida por Barroso, o conselho revogou a suspensão de Gabriela Hardt e do juiz federal convocado Danilo Pereira Júnior.

No mês passado, o ministro do STF Flávio Dino negou um pedido de Thompson Flores e Loraci Flores de Lima para a revogação de seus afastamentos. Dino argumentou que "é prudente" manter o afastamento até a conclusão do processo administrativo disciplinar pelo colegiado do CNJ.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Bandeiras no Parque Jaboti chamam a atenção para os atrativos turísticos de Apucarana

 

As pessoas que costumam fazer caminhadas, assim como aqueles que visitam a cidade, estão se deparando com bandeiras instaladas no Parque Jaboti, que são um convite para que conheçam os demais atrativos turísticos de Apucarana. As bandeiras foram colocadas no trajeto entre o letreiro “Eu Amo Apucarana” e o chalé onde está localizado o Centro de Atendimento ao Turista (CAT).

Andreia Rinaldo, superintendente municipal de turismo, afirma que o objetivo é reforçar que existe neste espaço um local onde as pessoas podem receber orientação e informações turísticas. “As bandeiras, que foram colocadas em postes neste trajeto, trazem a solicitação para que as pessoas peguem uma bandeira, levando-a até o chalé e façam a troca pelo Mapa Turístico do Município, por cartões postais da cidade e outros materiais”, informa Andreia.

De acordo com ela, há no CAT uma pessoa que faz o atendimento de segunda a sexta-feira, no período das 7 às 12 horas e das 15 às 20 horas, e aos sábados das 8 às 18 horas. “Muita gente ainda associa o chalé com o Residencial Casarin, supondo que é um ponto de venda de terrenos e queremos que este espaço seja cada vez mais reconhecido como referência no tocante a informações turísticas”, pontua.

Além dos materiais de divulgação do turismo, o CAT proporciona aos visitantes a experiência da prensa francesa do café. “A pessoa poderá moer o grão na hora, provando o café produzido em Apucarana e tendo essa experiência turística”, explica a superintendente da Promatur.

Andreia acrescenta que o CAT é um espaço aconchegante em formato de chalé, viabilizado com o intuito de fornecer informações e assistência aos visitantes em destinos turísticos. “Isso é essencial para viajantes que desejam explorar a cidade de Apucarana de forma mais organizada, facilitando a descoberta e exploração de destinos turísticos”, completa.

Mais informações sobre os pontos turísticos de Apucarana podem ser acessadas pelo no portal www.visiteapucarana.com.br

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Lula diz que ama inflação baixa e não é contra desoneração

Presidente defende que setores privados devem dar contrapartida

Após modificar o sistema de metas de inflação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (26) que a taxa baixa significa dinheiro no bolso do povo brasileiro. Ele lembrou de quando a inflação no país era de 80%, obrigando as pessoas a fazerem estoque de produtos. 

“Ninguém nesse país conhece a inflação como eu, porque eu vivi dentro de uma fábrica com inflação de 80% ao mês. eu recebia meu pagamento no dia 10 e corria de noite para um atacadista para comprar excesso de papel higiênico, de óleo de soja e de tudo que não fosse perecível, porque se não o meu salário desaparecia com a inflação. Então, eu amo inflação baixa, o povo brasileiro ama inflação baixa e quer inflação baixa porque isso significa dinheiro no bolso”, disse Lula, após evento de apresentação de novos ônibus escolares, em Brasília. 

O governo publicou hoje decreto modificando o sistema de metas de inflação, instituindo, a partir de 2025, a meta contínua, sem vinculação ao ano-calendário. 

Segundo Lula, a meta de inflação é um número a ser perseguido. “Não é a primeira vez que a gente discute meta de inflação. A meta de inflação é um número a ser perseguido, então  nós vamos trabalhar para tentar levar a inflação para a meta com 1,5 [ponto percentual] a mais ou 1,5 a menos. No meu outro mandato era [uma meta de] 4,5 com uma banda de 2 para cima e 2 para baixo. Então, nós vamos manter isso”. 

Lula disse que não é contra a desoneração da folha de pagamento para alguns setores da economia, no entanto lembrou que é preciso ter contrapartida do setor privado. “O empresário que quer desoneração tem que garantir estabilidade no emprego, ele não pode querer desoneração só para aumentar o lucro”, disse o presidente, lembrando que em 2008 aprovou US$ 47 bilhões de desonerações, no entanto, havia previsão de contrapartidas. 

O presidente disse que ainda não avaliou as sugestões negociadas entre a área econômica do governo e o Congresso Nacional sobre as medidas para compensar a perda de receitas com a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia e para pequenos municípios.

“Estamos dispostos a fazer alguma coisa para que o país não fique tensionado, não queremos atrapalhar ninguém. Mas o governo não pode ficar só abrindo mão de receita  

Para o presidente, o Brasil vive um bom momento na área econômica, com controle da inflação e crescimento de investimentos e de empregos. “Não olhe a economia brasileira apenas pela macroeconomia que aparece na televisão. Olhe pela microeconomia, que aparece nos créditos dos pequenos. Esse crédito faz milagre”.

Fonte: Agência Brasil

Juscelino Filho deve deixar o cargo e União Brasil já avalia outros nomes

 

Presidente Lula sinalizou que ministro não deve continuar no cargo

Juscelino Filho
Juscelino Filho (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

 O futuro de Juscelino Filho como Ministro das Comunicações é duvidoso, com lideranças da União Brasil considerando sua saída como certa. Filho, que é membro do partido e está sob investigação da Polícia Federal por suspeita de corrupção, pode estar prestes a ser demitido, conforme interpretações de gestos recentes do governo Lula e suas próprias declarações. Essa percepção foi reforçada após declarações do presidente Lula e contatos de auxiliares presidenciais com dirigentes do partido durante a semana, de acordo com reportagem da Folha de S. Paulo.

A situação de Juscelino Filho se complicou após a Polícia Federal indiciá-lo por múltiplos crimes, incluindo organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, falsidade ideológica e fraude em licitação. As acusações vinculam o ministro a desvios de recursos públicos em obras de pavimentação. A investigação foi encaminhada para a Procuradoria-Geral da República (PGR), onde o procurador-geral Paulo Gonet está encarregado de avaliar a denúncia.

O presidente Lula, que anteriormente evitava discutir a demissão de Filho para não desestabilizar a relação com a União Brasil, mudou sua postura em uma entrevista ao portal UOL. Ele mencionou que, se o ministro for oficialmente denunciado, terá de reconsiderar sua posição no governo. Esta mudança de discurso do presidente sugere uma maior probabilidade de afastamento de Juscelino Filho.

Fonte: Brasil 247 com reportagem da Folha de S. Paulo

Em resposta ao STF, Câmara vai discutir a 'PEC das Drogas' perto das eleições

 

Supremo Tribunal Federal descriminalizou o porte de até 40g de maconha para uso pessoal

Arthur Lira
Arthur Lira (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

 Em um movimento que promete acirrar os ânimos políticos às vésperas das eleições, a Câmara dos Deputados se prepara para analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das Drogas. A medida surge em resposta direta à recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que descriminalizou o porte de maconha para uso pessoal.

A PEC das Drogas, que já passou pelo Senado, propõe a criminalização constitucional do porte de qualquer tipo de substância entorpecente, independentemente da quantidade, explica o jornal O Globo. A iniciativa é vista por muitos parlamentares como uma tentativa de reverter a decisão do STF, considerada uma "invasão de competência" do Judiciário sobre o Legislativo.

Durante a sessão de julgamento desta quarta-feira (26), o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, defendeu o papel da Corte em questões desse tipo, afirmando: “não existe matéria mais pertinente que essa ao Supremo. É tipicamente uma matéria para o Poder Judiciário”.

A expectativa é que a PEC seja aprovada na Câmara sem grandes obstáculos, mas os deputados pretendem adiar a votação em plenário até depois das eleições. Esse adiamento estratégico visa evitar que o debate intensifique ainda mais o clima eleitoral, transformando-se em uma bandeira de campanha, especialmente para a oposição.

Com as eleições se aproximando, a discussão sobre a PEC das Drogas coloca os parlamentares em uma posição delicada. Os governistas enfrentam o dilema de apoiar uma medida que pode ser vista como impopular ou seguir a posição histórica da esquerda, de reconhecer o problema das drogas sob uma perspectiva de saúde pública.

Em entrevista ao UOL, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se posicionou contra a PEC, dizendo que a proposta “tende a ser pior” do que a decisão do STF.

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados e responsável por instalar a comissão especial para debater a PEC, assegurou que não haverá pressa na votação em plenário. De acordo com o regimento, a comissão especial precisa discutir a proposta por pelo menos dez sessões antes de encaminhá-la para votação.

Com um cronograma legislativo que prevê sessões limitadas em agosto e início de setembro, devido ao foco dos parlamentares nas campanhas eleitorais locais, estima-se que a discussão sobre a PEC se intensifique em setembro, coincidentemente no auge da temporada eleitoral.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Entenda o que é a 'economia circular', que surge como alternativa sustentável à 'economia linear'

 

Presidente Lula deve receber do 'Conselhão' uma sugestão de criação de política nacional que promova a inclusão produtiva de agentes relacionados à economia circular

(Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

 O presidente Lula (PT) se reúne com ministros, empresários e ativistas nesta quinta-feira (27), em mais uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o "Conselhão". Na ocasião, os conselheiros devem sugerir a Lula a criação de uma política nacional que promova a inclusão produtiva de agentes relacionados à economia circular.

Mas o que é 'economia circular'?

A economia circular é um modelo econômico inovador e sustentável que busca redefinir a maneira como se produz e consome bens e serviços. Ao contrário do modelo tradicional de economia linear, que segue o padrão "extrair, produzir, usar e descartar", a economia circular propõe um ciclo contínuo de uso e reutilização dos recursos. O objetivo é minimizar o desperdício e maximizar o valor dos produtos ao longo de suas vidas úteis.

Princípios Fundamentais da Economia Circular

  1. Eliminação de resíduos e poluição: a economia circular visa eliminar os resíduos e a poluição desde o início, através do design de produtos e processos que previnem a geração de resíduos. Isso envolve o uso de materiais biodegradáveis ou a incorporação de processos que permitam a reciclagem eficiente de materiais não biodegradáveis.
  2. Manter produtos e materiais em uso: ao invés de descartar produtos após seu uso, a economia circular promove a reutilização, reparo, remanufatura e reciclagem. Esse princípio visa prolongar a vida útil dos produtos e materiais, mantendo-os em circulação no sistema econômico por mais tempo.
  3. Regeneração de sistemas naturais: a economia circular não apenas foca em reduzir o impacto negativo da produção e do consumo, mas também em regenerar e restaurar os sistemas naturais. Isso inclui práticas como a agricultura regenerativa e o uso de energias renováveis.

Benefícios da Economia Circular

  1. Sustentabilidade ambiental: reduzindo a extração de recursos naturais e a produção de resíduos, a economia circular contribui significativamente para a preservação do meio ambiente. Menos poluição e menor uso de matérias-primas resultam em uma pegada ecológica reduzida.
  2. Inovação e crescimento econômico: a transição para a economia circular incentiva a inovação em design de produtos, processos de fabricação e modelos de negócios. Empresas que adotam essa abordagem frequentemente descobrem novas oportunidades de mercado e vantagens competitivas.
  3. Resiliência e segurança de recursos: Ao depender menos de recursos finitos e focar na reutilização, a economia circular promove a resiliência econômica e a segurança de recursos, especialmente em um mundo com recursos naturais cada vez mais escassos.
  4. Criação de empregos: a economia circular pode criar novas oportunidades de emprego em áreas como a reciclagem, reparo, remanufatura e gestão de resíduos, além de fomentar novos modelos de negócios.

Exemplos de economia circular em prática

  1. Design de produto sustentável: Empresas estão cada vez mais projetando produtos com o fim de vida em mente. Por exemplo, a fabricação de smartphones com componentes modulares que podem ser facilmente substituídos ou atualizados para prolongar sua vida útil.
  2. Modelos de negócio baseados em serviços: Em vez de vender produtos, algumas empresas oferecem serviços de aluguel ou leasing, onde os bens são retornados ao fabricante após o uso, para serem recondicionados ou reciclados. Isso é comum em indústrias como a de eletrodomésticos e de mobilidade, com bicicletas e carros compartilhados.
  3. Reciclagem avançada: Tecnologias inovadoras estão permitindo a reciclagem de materiais que antes eram considerados resíduos. Por exemplo, a reciclagem química pode decompor plásticos complexos em suas moléculas básicas, que podem ser reutilizadas para fabricar novos produtos.

Desafios e oportunidades

Implementar a economia circular em larga escala enfrenta diversos desafios. Um deles é a necessidade de mudança nas cadeias de valor e nos sistemas de produção, que requerem investimentos iniciais significativos. Além disso, as regulamentações e políticas governamentais muitas vezes estão alinhadas com o modelo linear tradicional.

Contudo, as oportunidades são vastas. Empresas e governos que adotarem a economia circular podem não só se posicionar como líderes em sustentabilidade, mas também preparar-se para um futuro em que a eficiência de recursos e a redução de resíduos serão essenciais.

Fonte: Brasil 247

Lula deve indicar em agosto o novo presidente do Banco Central, diz Noblat

 

Gabriel Galípolo é o favorito para ocupar a presidência da autarquia

Banco Central e Luiz Inácio Lula da Silva
Banco Central e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: ABR | REUTERS/Adriano Machado)

 Em meio à expectativa crescente sobre a sucessão na liderança do Banco Central (BC), o presidente Lula (PT) está sendo aconselhado a anunciar antecipadamente o substituto de Roberto Campos Neto, cujo mandato se encerra em 31 de dezembro de 2024. A sugestão é que a nomeação ocorra em agosto, permitindo uma transição mais suave e facilitando a passagem de comando, segundo Ricardo Noblat, do Metrópoles.

Nos círculos de apostas e especulações, o nome de Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do BC, surge como o favorito para assumir a presidência da instituição. Galípolo, que tem se destacado nas discussões sobre a política monetária e a definição da nova meta de inflação contínua, reuniu-se recentemente com Lula para debater essas questões. Seu perfil técnico e sua experiência no BC são vistos como ativos importantes para liderar a instituição.

O indicado de Lula precisará passar por uma sabatina e aprovação dos senadores antes de 22 de dezembro, data limite antes do recesso parlamentar.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Governo avaliou romper relações e mobilizou ações diplomáticas internacionais em resposta à tentativa de golpe na Bolívia

 

Preocupação com a estabilidade democrática na região levou o Brasil a considerar diversas ações coordenadas com países da América Latina

Membros das forças armadas da Bolívia se reúnem ao lado de um veículo militar enquanto o presidente Luis Arce denuncia a "mobilização irregular” de algumas unidades do exército do país em La Paz, Bolívia, em 26 de junho de 2024
Membros das forças armadas da Bolívia se reúnem ao lado de um veículo militar enquanto o presidente Luis Arce denuncia a "mobilização irregular” de algumas unidades do exército do país em La Paz, Bolívia, em 26 de junho de 2024 (Foto: REUTERS/Claudia Morales)

A tentativa de golpe na Bolívia levou o governo brasileiro a discutir internamente e com países da América Latina medidas para se opor à eventual deposição do presidente Luis Arce. Segundo a CNN Brasil, a preocupação com a estabilidade democrática na região levou o Brasil a considerar diversas ações coordenadas com nações vizinhas.

Uma das principais medidas que foram discutidas foi a retirada do embaixador brasileiro em La Paz, Luís Henrique Sobreira Lopes. Essa ação seria um forte sinal de rompimento diplomático com a Bolívia, mantendo apenas o apoio consular para os cidadãos brasileiros que residem no país..

Além disso, a diplomacia brasileira promoveu uma intensa articulação com a cúpula da Organização dos Estados Americanos (OEA) para formular uma resposta conjunta à crise. Outro ponto de análise estava ligado ao acionamento do Protocolo de Ushuaia, conhecido como a “cláusula democrática” do Mercosul.

 A Bolívia, recentemente integrada como sócia-plena do bloco, poderia ser alvo desse mecanismo, que já foi utilizado contra o Paraguai após o impeachment do presidente Fernando Lugo. O protocolo prevê a suspensão de direitos e privilégios de países-membros em casos de ruptura da ordem democrática.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Jogador de futebol denuncia racismo em loja da Zara: 'Me senti acuado'

 

A abordagem do segurança durou cerca de 40 minutos

(Foto: Divulgação)

 O jogador de futebol Guilherme Quintino, 20, estava fazendo compras em uma loja da rede Zara quando foi abordado por um segurança ao tentar sair da loja. O prestador de serviço determinou que Quintino mostrasse imediatamente onde havia deixado as roupas que havia desistido de comprar, constrangendo visivelmente o rapaz. 

Guilherme experimentou um casaco e uma calça de moletom e deixou a bolsa da Zara em um local apropriado. A abordagem do segurança durou cerca de 40 minutos e, após encontrar a ecobag, o funcionário ainda levou as peças para serem conferidas.  

“Por ser negro, eu já até ‘me acostumei’ com esse tipo de abordagem mais ríspida, e às vezes passa até despercebido, mas fiquei em choque por estar vivenciando aquilo “, disse o atleta de acordo com o portal Veja

Vale destacar que não é a primeira vez que a loja ganha destaque por promover episódios ligados a racismo e enfrenta outros processos de pessoas que foram constrangidas em suas unidades. Além disso, em 2017, O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região determinou que o trabalho análogo ao escravo registrado na cadeia produtiva da Zara Brasil. O desembargador disse à época que a Zara fez mais do que ignorar deliberadamente o que se passava nas oficinas contratadas por suas terceirizadas, como a Aha Indústria e Comércio.

Fonte: Brasil 247 com informações do portal Veja

Banco Central melhora projeção de crescimento do PIB para 2,3% em 2024, ante 1,9%

 

Ministério da Fazenda, por sua vez, prevê expansão de 2,5% para o PIB este ano

Prédio do Banco Central em Brasília
25/08/2021 REUTERS/Amanda Perobelli
Prédio do Banco Central em Brasília 25/08/2021 REUTERS/Amanda Perobelli (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

Reuters - O Banco Central melhorou sua projeção de crescimento econômico em 2024 a 2,3%, ante patamar de 1,9% estimado em março, conforme Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira.

O Ministério da Fazenda, por sua vez, prevê expansão de 2,5% para o PIB este ano, apesar de observar incertezas relacionadas aos efeitos do desastre provocado pelas chuvas no Rio Grande do Sul. O mercado, segundo a pesquisa Focus mais recente, estima que a economia crescerá 2,09% em 2024.

Em relação à condução dos juros básicos, o BC reiterou mensagem da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) de que a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Brasileiros desconhecem e não controlam doenças cardiovasculares, revelam estudos


A conclusão é de dois trabalhos apresentados no Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, realizado em maio na capital paulista

(Foto: Divulgação)

Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein - As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo – no Brasil, elas respondem por quase um terço dos óbitos, sendo o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC) os mais predominantes. Todos os anos, mais de R$ 1 bilhão são gastos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com procedimentos cardiovasculares, segundo dados da Estatística Cardiovascular 2023, levantamento conduzido por pesquisadores de diversas instituições brasileiras.

Ainda assim, mesmo sendo um problema tão comum, a maioria da população desconhece quais são os fatores de risco cardíaco mais básicos — e pior: mesmo com acesso a diagnósticos e medicamentos, muitos não controlam adequadamente a doença. A constatação é de dois trabalhos apresentados no 44º Congresso da Sociedade Paulista de Cardiologia (Socesp), que aconteceu no final de maio, em São Paulo. 

Um deles é uma pesquisa feita pela Socesp com 2.764 pessoas, que demonstrou a falta de conhecimento sobre condições básicas que prejudicam o coração. Ao serem questionados sobre os fatores de risco cardíaco, somente 8% dos entrevistados mencionaram diabetes, 11% associaram ao colesterol elevado, 11% responderam obesidade, 11% relacionaram à hipertensão, 12% apontaram a falta de atividade física e 13%, a alimentação não saudável.

Os resultados preocupam os especialistas, que atribuem parte do problema à falta de informação de qualidade. “Esse resultado é preocupante, embora não tão surpreendente. Não existe uma única explicação de por que isso acontece, mas a conscientização da população vai além do acesso à informação. A informação, de uma maneira geral, está disponível para a maioria das pessoas, mas falta um programa de fato que tenha esse objetivo”, avalia o cardiologista Pedro Gabriel Melo de Barros e Silva, diretor-científico do congresso. “As iniciativas que fazemos são pontuais. Deveria existir um programa que incluísse toda a população, em diferentes meios, de maneira consistente, não apenas em ondas. Isso porque estamos falando da doença que responde por cerca de um terço das mortes, que é a doença cardiovascular.”

Estima-se que 50% dos ataques cardíacos e AVCs seriam evitados caso o colesterol se mantivesse dentro dos parâmetros normais: abaixo de 130 miligramas por decilitro (mg/dl). A Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), utilizou o diagnóstico autorreferido de colesterol alto e, entre os 88.531 adultos avaliados, identificou-se uma prevalência de 14,6% da condição. Mas, segundo a investigação da Socesp, somente 11% dos entrevistados entendem o colesterol elevado como risco cardíaco.

Para o cardiologista Humberto Graner, do Hospital Israelita Albert Einstein de Goiânia, isso reflete a falta de educação em saúde, uma vez que diabetes, colesterol elevado, obesidade, hipertensão, falta de atividade física e alimentação não saudável são fatores de risco muito bem estabelecidos como determinantes para doenças cardiovasculares. 

“As pessoas não entendem o papel do colesterol no risco cardiovascular e há uma grande desinformação espalhada em mídias e redes sociais de que ‘colesterol não faz mal’ quando, na verdade, faz! Para melhorar esse quadro, é essencial intensificar programas de educação em saúde, melhorar o acesso a médicos especialistas e a exames regulares”, comenta Graner. Vale ressaltar que colesterol alto é um problema silencioso, que não dá manifestações clínicas e, quando surge um sintoma, muitas vezes já é o evento cardiovascular, como infarto e derrame. 

Apesar do conhecimento crescente em relação aos benefícios cardiovasculares da atividade física, quase metade da população brasileira não se exercita o suficiente. Os números mais preocupantes são os de mulheres, idosos e aqueles com menor nível de escolaridade. Segundo a Estatística Cardiovascular 2023, no ano de 2019, 7,6% do total de mortes por doenças cardiovasculares no Brasil foram atribuídas ao sedentarismo.

O exame mais simples para identificar risco cardiovascular é a aferição da pressão arterial – que deveria fazer parte das consultas de rotina pelo menos uma vez ao ano e pode ser feita, inclusive, em crianças. Exames laboratoriais dos principais marcadores (para colesterol e diabetes) também devem ser realizados com frequência, especialmente a partir dos 40 anos.

“Era comum recomendar o início da avaliação preventiva regular, o check-up, a partir dos 40 anos. No entanto, temos visto cada vez mais indivíduos entre 30 e 40 anos manifestarem doença cardiovascular de forma precoce. Por isso, a ideia é que uma primeira avaliação seja feita aos 35 anos, ou mesmo antes, se houver histórico familiar de doenças cardíacas ou outros fatores de risco significativos”, alerta o cardiologista do Einstein. 

Doença sem controle

Outro trabalho, também apresentado no congresso da Socesp, mostrou que 99,7% dos indivíduos com doenças cardiovasculares diagnosticadas não controlam adequadamente os fatores de risco para evitar infarto e AVC. Os dados são do Registro Brasileiro de Doença Aterotrombótica (NEAT), uma pesquisa feita com mais de 2 mil portadores de doença arterial coronariana ou periférica. 

De acordo com o registro, apenas 8,6% dos pacientes estavam com o controle do colesterol ideal e somente 12,5% cumpriam a prática recomendada de 150 minutos de exercícios físicos por semana. O levantamento mostra também que um em cada cinco (20,7%) monitorava o diabetes regularmente e que 31,5% dos consultados apresentavam Índice de Massa Corporal (IMC) adequado. Para completar, menos da metade (40,7%) estava com a pressão arterial dentro da meta. Apesar da doença cardiovascular estabelecida, 15,7% mantinham o hábito de fumar.

“Esse dado é preocupante, porque não estamos falando de prevenção primordial ou de prevenção primária para pessoas que não têm a doença. Estamos falando de indivíduos que já tiveram um infarto, já fizeram uma cirurgia, já colocaram um stent [tubo inserido na artéria para evitar que ela entupa novamente], já fizeram angioplastia. Se a gente considerar todas as ações que deveriam ser feitas para prevenção de um novo evento cardiovascular, quase 60% delas não foram feitas. Se olharmos o paciente individualmente, 99,7% não conseguiam cumprir todos os itens e só 0,3% estava com o tratamento perfeito”, destaca Barros e Silva.

De acordo com ele, essa é uma questão que envolve tanto a ação médica quanto o engajamento do paciente. Da parte do profissional de saúde, muitas medicações mais modernas e melhores para o tratamento não são prescritas como deveriam, provocando uma lacuna entre a prática clínica e o que tem de mais novo nos achados científicos. 

Isso inclui estatinas de alta intensidade e bloqueadores dos receptores da angiotensina (BRA), que regulam a pressão arterial. “Apesar do uso da estatina ser muito frequente, esse estudo mostrou que a maioria dos médicos não prescreve estatinas de alta potência, que deveriam ser rotineiras para esses pacientes que já tiveram um evento [cardíaco] anterior”, explica Barros e Silva. Muitos profissionais acham que o paciente não tem indicação formal para aquela terapia, por isso não prescrevem a medicação. “Isso mostra que precisamos trabalhar na conscientização dos médicos. As metas para o bom controle cardiovascular ficam só nos livros, nos guidelines. Mas, na prática, quase 100% dos pacientes estão fora da meta”, afirma o cardiologista.

Segundo Graner, esse problema é chamado de “inércia terapêutica”, caracterizada pela falta de ajustes ou de intensificação do tratamento quando indicado, podendo levar a um “subtratamento” ou até a piora do quadro dos pacientes. “A inércia terapêutica é um viés muitas vezes inconsciente, que tem sido muito estudado. Envolve a tendência de procurar e interpretar informações que confirmem as crenças e práticas preexistentes, ignorando ou minimizando as novas evidências. Existe a tendência de preferir a inação (omissão) por medo de causar dano ao paciente, mesmo quando a ação (mudança ou intensificação terapêutica) é justificada”, analisa. 

Apesar da “parcela de culpa” que cabe ao médico, a falta de comprometimento do paciente com o próprio tratamento também é um desafio que pode ser influenciado por vários fatores. Entre eles, a falta de compreensão sobre a gravidade da doença e os benefícios do tratamento, ou sobre efeitos colaterais dos medicamentos, a complexidade do regime terapêutico e barreiras financeiras. 

Além disso, a falta de suporte social e psicológico também podem influenciar na adesão terapêutica. “Estratégias para melhorar esse comprometimento são alvos de vários estudos e pesquisas clínicas recentes, mas ainda estamos longe de uma consciência coletiva que possa mudar essa realidade sobre as doenças cardiovasculares”, completa Humberto Graner.

Fonte: Brasil 247 com Agência Einstein

Quem é o filho de Olavo de Carvalho acusado de estupro, pedofilia e tortura de "mulheres escravas" em seita

 

Mulheres denunciam que foram vítimas de estupros, tortura física e psicológica cometidas pelo astrólogo e empresário Tales de Carvalho

(Foto: Reprodução)

 Mulheres denunciam que foram vítimas de estupros, tortura física e psicológica cometidas pelo astrólogo e empresário Tales de Carvalho, filho do escritor Olavo de Carvalho e um dos proprietários da escola de cursos Instituto Cultural Lux et Sapientia (ICLS). O jornalista Guilherme Amado, em sua coluna no portal Metrópoles, entrevistou algumas vítimas.  “Os relatos incluem depoimentos de uma das ex-mulheres de Tales, Calinka Padilha de Moura, e das duas filhas mais velhas do casal, Julia Moura de Carvalho e Ana Clara Moura de Carvalho. Elas narram episódios de sadismo e crueldade que teriam ocorrido ao longo de mais de duas décadas, além da formação de uma espécie de seita”, informa Amado.

Além de ser um dos proprietários da escola de cursos Instituto Cultural Lux et Sapientia (ICLS), Thales se converteu ao islamismo e de acordo com sua ex-mulher, Calinka, as agressões eram  previstas pelo Islã e destinado a “purificá-las”, “limpá-las” de pecados. A prática, porém, não tem base no islamismo. Tales se diz integrantes de uma “tariqa”. Também sem se referir ao caso concreto do filho do Olavo de Carvalho, o Sheikh Mohamad Al Bukai falou sobre o que significam as “tariqas”, as confrarias esotéricas islâmicas que são regidas também sob o Alcorão, mas contam cada uma com líder religioso próprio e práticas distintas entre si. “A pessoa que não tem conhecimento religioso, quando vai à Tariqa, fica extremista, porque não tem base. Vai a uma área que não domina e acaba desviando, praticando coisas erradas. Por isso não se pode seguir Tariqa sem conhecimento da religião”, diz o Sheikh Mohamad Al Bukai.

De acordo com Calinka, Thales chegou a ser casado ao mesmo tempo com quatro mulheres e decidiu se casar com uma criança de 12 anos. Na nota enviada por seu advogado ao Metrópoles, Tales afirma que ela tinha 14, idade a partir da qual uma relação sexual não caracterizaria estupro de vulnerável. Calinka lembra que o novo relacionamento do marido caiu como uma bomba em seu casamento, inclusive porque a menina era enteada da mãe de Tales, Eugênia.  A união de Tales de Carvalho com quem em algumas famílias seria considerada uma irmã, disse Calinka, envolvia um contrato, que previa a consumação do casamento apenas quando ela completasse 16 anos. A ex-mulher do astrólogo afirma, no entanto, que isso aconteceu quando a jovem tinha 15 anos. 

Calinka conta ainda ao jornalista que um dos piores momentos das sessões de tortura era quando Tales as obrigava a assistir a vídeos de crianças sendo estupradas. Meninos e meninas com menos de dois anos. O empresário, excitado com as cenas, teria o hábito de, na sequência, estuprar e sodomizar Calinka. Essa, porém, não seria a única conexão do empresário com o universo da pornografia infantil. As duas filhas de Tales entrevistadas pela coluna, Julia e Ana Clara, hoje com 26 e 24 anos, respectivamente, relataram ter encontrado no computador do pai, ainda crianças, vídeos de estupros de meninos e meninas.

Tortura -  Calinka conta a Guilherme Amado que ela e a segunda esposa sofreram doversas torturas por parte de Thales, incluindo cortes, choques com fios em genitálias, estupros com garrafas e sessões de espancamento. Ela conseguiu se divorciar de Thales em 2021 e saiu do local com suas duas filhas. A filha mais nova do casal atualmente tem 14 anos e vive com o Tales por escolha própria, mediante um acordo judicial entre o pai e a mãe. 

Outro lado - Por meio de seu advogado, Frank Reche Maciel, o filho de Olavo de Carvalho respondeu que as acusações da ex-mulher “foram utilizadas por ela para tentar privá-lo da guarda da filha menor”. “

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles