quarta-feira, 26 de junho de 2024

Ex-presidente do Vitória da Bahia afirma ao vivo ter fraudado exame antidoping de um atleta e comprado um desembargador (veja os vídeos)

 ‘Troquei urina porque era maconheiro’, confessou o dirigente


O ex-presidente do Vitória, Paulo Carneiro, afirmou, durante uma entrevista transmitida ao vivo em redes sociais, que fraudou um exame antidoping de um atleta do clube para que ele não fosse flagrado por uso de um entorpecente. Na ocasião, o dirigente teria, segundo ele, entregado sua urina ao atacante Matuzalem, por conta do risco de ele ser pego por uso de maconha.


Em outro trecho da entrevista, Carneiro já havia afirmado ter “comprado” um desembargador, quando comentava sobre uma goleada do time sobre o Fluminense.


“Eu entrei com uma ação contra a CBF e contra a Globo. Peguei um advogado no Rio, meu amigo Pedro Paulo Magalhães, bom pra caramba, e eu comprei um desembargador no Rio [momento em que a transmissão é interrompida].”


Voltando ao Matuzalem, afirmou:


 Aí eu subi a escada atrás de Matuzalem, que o cínico era o Matuzalem, vagabundo. Já troquei até urina para salvar o doping dele, que ele era maconheiro — afirmou Carneiro.


Em seguida, pessoas que participavam da transmissão brincaram que o dirigente estava “soltando tudo”, em referência às revelações que vinha fazendo. Carneiro, então, pediu que aquele momento não fosse gravado, quando foi logo alertado de que estava ao vivo.


— Vocês estão de brincadeira [afastando o microfone]. Estão falando sério? — questionou. — Tira aí, tira aí, tira aí, por favor, se não […] Pelo amor de Deus, nem brinque com isso. Pode tirar aí, senão eu paro.


Citado pelo dirigente no caso da urina, Matuzalem foi revelado pelo clube baiano em 1996, mas se transferiria para o futebol italiano dois anos depois. No país, ele atuaria por uma série de clubes, como Parma, Napoli e Lazio. O atacante encerrou a carreira em 2018. Antes, Matuzalem foi o responsável pelo episódio no qual, segundo Carneiro, ele e mais dois jogadores invadiram um estabelecimento e agrediram uma pessoa.


“O porteiro me ligou falando que Preto [Casagrande, ex-jogador], Allan Dellon e Matuzalem entraram de madrugada lá, pularam o muro, bateram no cara […]. Esse Preto é um covarde. […] Fui lá, o primeiro que achei na portaria foi o Preto, dei logo um murro no meio do peito dele, bateu lá no sofá e caiu sentado. Mas eu queria pegar era o Matuzalem”, contou Carneiro.

Presidente do Vitória entre 1991 e 2000, Carneiro voltaria ao cargo em 2019, mas acabaria destituído do cargo em 2022 após o Conselho Deliberativo do Vitória tê-lo afastado depois que a Comissão de Ética do clube apontou indícios de gestão temerária do mandatário.


Com informações de O Globo:


Assista aos vídeos:

Turistas elegem Cristo Redentor como uma das 25 melhores atrações do mundo

 O ranking foi feito através do voto dos viajantes


O Cristo Redentor ficou entre as 25 maiores atrações do mundo, segundo o site de viagem Tripadvisor. A votação tinha como critério as maravilhas naturais a construções criadas pelo homem. O ranking foi feito através do voto dos viajantes. O ponto turístico carioca ficou em 25º lugar das mais de 8 milhões de atrações inscritas no concurso.


A disputa nomeada Travellers’ Choice indica “os melhores dos melhores”. E é concedido a quem recebe um grande volume de avaliações e opiniões positivas dos clientes do Tripadvisor, em um período de 12 meses. Segundo a empresa, dos 8 milhões de perfis, menos de 1% alcança o marco.


O Corcovado, o Cristo Redentor, teve 65.742 avaliações positivas.


“Onde quer que você vá ao Rio, você verá o Cristo Redentor pairando sobre você. É uma bela caminhada até a encosta, então pegue o trem ou um ônibus turístico para chegar ao topo. Embora a estátua definitivamente valha uma visita, o que realmente surpreende é a vista panorâmica de 360 ​​graus do horizonte da cidade”, descreve o site Tripadvisor.


De acordo com informações do site do Santuário do Cristo Redentor, a propriedade intelectual do monumento pertence à Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, que iniciou sua construção em 1926, “em terreno próprio” no Alto do Corcovado.


Fonte: Agenda do Poder 

Lula viaja a MG e visita as principais cidades governadas pelo PT no estado

 Estratégia visa turbinar pré-candidaturas aliadas para a eleição municipal de outubro



Em uma estratégia para turbinar pré-candidaturas aliadas para a eleição municipal de outubro, o presidente Luiz Inácio Lula Silva planeja visitar nesta semana as duas principais cidades mineiras comandadas pelo PT, Contagem e Juiz de Fora, para anunciar iniciativas do governo federal. Nos dois municípios, as atuais prefeitas vão disputar a reeleição. As visitas acontecem poucos dias antes do prazo, definido pela lei eleitoral, em que candidatos ficam proibidos de participar de inaugurações ou de anúncios de obras públicas.


Lideranças petistas de Minas queriam que Lula também estendesse o giro para Governador Valadares e Montes Claros, mas as visitas a essas cidades não vão acontecer. Os dois municípios não são governados por prefeitos do PT. Segundo maior colégio eleitoral do país, o estado é decisivo nas disputas presidenciais. Desde a redemocratização, nunca um presidente foi eleito sem vencer entre os mineiros. No segundo turno de 2022, o petista superou Jair Bolsonaro (PL) em Minas por 50,20% a 49,80% dos votos válidos.


Um levantamento do jornal GLOBO mostrou que o presidente concentrou suas agendas de viagens nacionais, realizada até o dia 18 deste mês, em cidades nas quais o PT tem interesse eleitoral. Das 29 localidades visitadas pelo chefe do Executivo neste ano, o partido tem candidato ou costura alianças em 21, o equivalente a 72%.


Dessas 29 cidades, a sigla do presidente já aprovou candidaturas em 14. Do total, 13 fazem parte do grupo de municípios com mais de 200 mil eleitores. Em 12 desses lugares, os candidatos escolhidos estiveram presentes em eventos com Lula. Conquistar essas prefeituras é estratégico pelo reflexo no potencial eleitoral e nas alianças para 2026.


Na quinta-feira, Lula estará em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde a prefeita petista Marília Campos planeja disputar a reeleição em outubro. O presidente vai visitar uma obra de uma avenida que integra o município à capital e às cidades de Esmeraldas e Betim. Está prevista no pacote a construção de um corredor de ônibus, de um canal de macrodrenagem e de um parque linear para resolver problemas de inundações que atingem a região.


Presença de ministros


Durante a visita, Lula também anunciará investimentos do governo federal em Contagem, que é o terceiro município mais populoso do estado, nas áreas da saúde, cultura e infraestrutura urbana. Os ministros Jader Filho (Cidades), Nísia Trindade (Saúde), Margareth de Menezes (Cultura) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) vão participar da comitiva.


O PT está em seu terceiro mandato à frente do município da Região Metropolitana de BH. A própria Marília Campos, que agora tenta se reeleger, comandou a cidade por dois mandatos consecutivos, entre 2005 e 2012. No segundo turno da eleição presidencial de 2022, Bolsonaro teve 55,49% em Contagem contra 44,51% de Lula.


No dia seguinte da visita a Contagem, o presidente vai a Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, para inauguração de um viaduto na cidade, que é a quarta mais populosa do estado. O PT governa o município pela primeira vez, com Margarida Salomão, que tentará um novo mandato em outubro.


Está prevista a presença da prefeita, ao lado do presidente, na inauguração do viaduto. Pela legislação eleitoral, os candidatos ficam proibidos de participar de inaugurações de obras públicas depois de 6 de julho, três meses antes do primeiro turno.


Em Juiz de Fora o PT está em seu primeiro mandato. Lula venceu Bolsonaro na cidade no segundo turno da disputa presidencial de 2022, com 56,09% dos votos válidos.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.

Avião com Julian Assange chega à Austrália após julgamento que o libertou (vídeo)

 Criador do WikiLeaks ganha liberdade e volta a seu país natal após impasse com os EUA que durou 14 anos


O avião que leva o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, pousou em Camberra, capital da Austrália, nesta quarta-feira (26).


Após mais de uma década, Assange chega a seu país natal como um homem livre. Na noite desta terça-feira, ele se declarou culpado e foi condenado durante uma audiência no tribunal dos Estados Unidos nas Ilhas Marianas do Norte.


Apesar da condenação por espionagem, ele foi posto em liberdade. Devido a um acordo feito com as autoridades estadunidenses, a Justiça dos EUA considerou que ele já cumpriu a pena de prisão enquanto esteve detido na Inglaterra.


A audiência em Saipan, nas Ilhas Marianas do Norte, durou cerca de três horas. A juíza do caso, Ramona Villagomez Manglona, aceitou o acordo entre procuradores estadunidenses e a defesa de Assange.


“Você estará autorizado a sair deste tribunal como um homem livre”, disse a juíza após a sentença.


A juíza disse ainda ser “justo” e “razoável” aceitar como sentença os 62 meses de prisão que Assange já cumpriu no Reino Unido. Por fim, Manglona ainda desejou “feliz aniversário” antecipado para o criador do WikiLeaks, que comemora 53 anos na próxima semana.

Declaração de culpa


Assange se declarou culpado por violar a Lei de Espionagem dos Estados Unidos. A acusação envolve conspiração para obter e divulgar documentos classificados de defesa nacional.

Ele disse ao tribunal acreditar que a Lei de Espionagem contradizia os direitos da Primeira Emenda dos Estados Unidos, mas que aceitava o fato de que incentivar fontes a fornecer informações confidenciais para publicação pode ser ilegal.

“Trabalhando como jornalista, incentivei minha fonte a fornecer informações consideradas confidenciais para publicá-las”, afirmou na audiência.

Depois de deixar o tribunal, Assange foi para o aeroporto e embarcou em voo rumo a Camberra, na Austrália. O ativista é australiano e deve viver no país com a esposa e os dois filhos.

Julian Assange ficou mundialmente conhecido por fundar o WikiLeaks, criando uma rede de ativistas. A organização foi responsável pelo vazamento de cerca de 700 mil documentos sigilosos dos Estados Unidos, o que irritou autoridades locais, já que havia evidências de crimes de guerra cometidos pelo país.

Assange sai de tribunal dos Estados Unidos como homem livre, em 25 de junho de 2024 — Foto: REUTERS/Kim Hong-Ji

Acordo


O acordo fechado entre Assange e a Justiça dos Estados Unidos encerra uma disputa legal que se arrastou por 14 anos.

A audiência de Assange foi feita nas Ilhas Marianas do Norte por ser o território mais próximo da Austrália sob domínio dos Estados Unidos. Além disso, a ilha conta com um tribunal, e o ativista não aceitou ir para a América.


Assange chegou às Ilhas Marianas do Norte durante a tarde desta terça. Assim que saiu da prisão de segurança máxima em Londres, na manhã de segunda (24), o ativista pegou um voo privado em direção ao território.


Durante o trajeto, o voo chegou a ser o mais monitorado do mundo no FlightRadar24, informou o site especializado em monitoramento aéreo em tempo real.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

Proposta do Brasil no G20, taxação dos super-ricos pode arrecadar até US$ 688 bilhões no mundo

 Imposto global sobre grandes fortunas visa usar recursos para sanar problemas mundiais, como a fome


A depender do grau de ambição e do alinhamento político das 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia (UE) e a União Africana, a criação de um imposto mínimo sobre a riqueza dos super-ricos poderia gerar receitas extraordinárias de até US$ 688 bilhões às nações (cerca de R$ 3,7 trilhões) anualmente.


O montante, algo entre o Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina e o da Polônia, poderia ser usado para enfrentar questões globais para as quais já não se encontra espaço em orçamentos públicos cada vez mais enxutos.


Os números são parte de relatório encomendado pela presidência brasileira do G20 ao economista francês Gabriel Zucman, diretor do Observatório Fiscal Europeu, e serão ponto de partida das negociações no âmbito do grupo para tratar do tema, que conta com a simpatia evidente de Brasil, França, Bélgica, África do Sul, Colômbia e União Africana, mas não dos Estados Unidos.


Em princípio, este é o potencial da arrecadação, que vai variar segundo o universo de pessoas a serem tributadas, o percentual do imposto a ser criado, o número de nações a aplicá-lo e as ferramentas que terão para identificar, fiscalizar e cobrar os contribuintes. O cálculo de US$ 688 bilhões inclui a tributação em 3% de indivíduos com patrimônio superior a US$ 100 milhões e bilionários (acima de US$ 1 bilhão).


A projeção considera exercícios com alíquotas de 1% a 3%. Tudo precisa ser negociado se a ideia for criar um padrão comum de tributação, como sugere Zucman. Quanto mais países aderirem, diz, mais eficiente será a cobrança.


Mas Zucman defende que, num primeiro momento, o foco esteja nos bilionários, menos numerosos, portanto, em tese, mais facilmente identificáveis. Se as contas estiverem corretas, são 3 mil espalhados pelo mundo. Concentrar-se neles pode garantir, de cara, receitas anuais extras de quase US$ 250 bilhões, se considerada a aplicação de taxa de 2% anuais sobre o seu patrimônio.


Esse valor considera o que se chama de cobrança “perfeita”. Ou seja, que esses mesmos contribuintes, que hoje se desvencilham dos tributos que incidem sobre a renda dos trabalhadores da classe média, não terão como esconder-se deste tributo também.


Discípulo do economista Thomas Piketty, Zucman afirma que essa seria uma forma de distribuir de maneira mais justa os ganhos proporcionados pela globalização. Do fim da década de 1980 até este ano, diz, esses contribuintes terão pago em média 0,3% de imposto de renda por ano.


Na Holanda, o valor chegaria a zero. Na França, um dos países entusiastas da criação do tributo, 0,8%; nos EUA, 8%. Nesse mesmo período, a riqueza dessas pessoas teve um ganho de 7,5% ao ano, já descontados os efeitos da inflação. A média do aumento da renda de adultos comuns no mundo não passou de 1,3%. Isso explica como esta fatia de 0,0001% da população mundial conseguiu aumentar a sua fatia de riqueza no PIB global de 3% para 14% em quase 40 anos.


Para o economista, ainda levará alguns anos até que se encontre um consenso entre os países. Em entrevista ao jornal GLOBO em abril, Zucman afirmou que tributar bilionários e grandes multinacionais é tarefa moral, econômica e política:

— O relatório é o início da conversa, e não o seu fim. Deve alimentar a discussão política, que vai levar tempo.


Exemplo de multinacionais


Para ele, a criação de um tributo mínimo de 15% para multinacionais, que entrou em vigor este ano, é a prova de que é possível ter um também para indivíduos bilionários.


— Foram nove anos para o das multinacionais. Com a experiência que se acumulou, acho que há esperança de que levará menos do que esses nove anos, mas certamente mais do que nove meses — disse.


Zucman admite não ser fácil identificar os contribuintes a serem tributados. Mas afirma que metade do seu patrimônio está atrelado a ações listadas em Bolsa. Uma das alternativas para encontrá-los e saber o valor do seu patrimônio está em acrescentar a chamada propriedade beneficiária.


“Como a maior parte da riqueza dos bilionários está em ações de multinacionais, a mera inclusão de informações sobre propriedade beneficiária nos relatórios país por país (por exemplo, listar indivíduos que possuem mais de 1% das ações) permitiria às autoridades fiscais capturar a maior parte de sua riqueza, facilitando a aplicação (da taxação)”, diz o documento de Zucman. Esta seria uma forma de driblar as lacunas que ainda persistem na troca de informações entre os países.


Em conversa com jornalistas, ele insistiu que não se trata de criar um novo imposto sobre riqueza. Ele seria complementar. “Fundamentalmente, este imposto mínimo deve ser visto não como um imposto sobre a riqueza, mas como uma ferramenta para fortalecer o Imposto de Renda.


Um bilionário que já paga o equivalente a 2% de sua riqueza em imposto (por exemplo, porque tem quantidade significativa de ganhos de capital ou ganha quantia significativa de dividendos diretamente) não teria nenhum imposto extra a pagar”, diz no estudo também.


Para Zucman, o tributo não precisa do acordo de todos os países do mundo para vigorar, o que tampouco ocorreu com o das multinacionais (os EUA não são signatários), podendo funcionar em nações individualmente. E diz que o acordo pode prever que os países que aderirem podem criar o “imposto de saída”, para tributar os contribuintes caso eles mudem seus ativos para nações que estão de fora.


“Podem ser taxados por um número de anos” diz. A compensação beneficiaria os países que estão no acordo, convenceria outros a aderirem e dissuadiria a mudança de ativos de indivíduos por razões fiscais.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.