Estimativa considera todos os segmentos: controle de pragas e
doenças, inoculantes, bioestimulantes e solubilizadores. Levantamento apontou
ainda vendas de R$ 5 bilhões no país
Colheita de soja em Ponta Grossa, Paraná (Foto: RODOLFO BUHRER / REUTERS)
Reuters - O mercado
brasileiro de bioinsumos agrícolas teve crescimento estimado em 15% na safra
2023/24, de acordo com uma pesquisa da Blink/CropLife Brasil, que apontou ainda
vendas de 5 bilhões de reais no país, considerando o preço final para o
agricultor.
A estimativa considera todos os segmentos: controle de
pragas e doenças, inoculantes, bioestimulantes e solubilizadores.
Enquanto produtores buscam práticas agrícolas mais
sustentáveis e com menor pegada de carbono, o mercado brasileiro de bioinsumos
registrou crescimento anual de 21% nos últimos três anos, quatro vezes acima da
média global, segundo a CropLife.
A associação, que reúne especialistas, instituições e
empresas que atuam na pesquisa e desenvolvimento de tecnologias agrícolas, nas
áreas de germoplasma (mudas e sementes), biotecnologia, defensivos químicos e
produtos biológicos, apontou ainda que os bioinseticidas tiveram em 2023
representatividade de 34% no mercado brasileiro, seguido pelos bionematicidas
(24%) e biofungicidas (22%), enquanto os bioinoculantes e solubilizadores
responderam por 19%, segundo o levantamento.
Decisão foi tomada após reunião do presidente Lula com
ministros, incluindo Carlos Fávaro, da Agricultura, e Fernando Haddad, da
Fazenda
(Foto: Reuters/Enrique Marcarian)
Reuters - O governo
federal adiou para a próxima semana o anúncio do Plano Safra 2024/2025, que
estava inicialmente previsto para ser lançado nesta semana, informou o Palácio
do Planalto nesta terça-feira.
A decisão foi tomada após reunião do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva com ministros, incluindo Carlos Fávaro, da Agricultura, e
Fernando Haddad, da Fazenda.
De acordo com a CNN Brasil, o adiamento teria sido
decidido porque o governo não teria recebido confirmação de presença de
produtores ao evento no Palácio do Planalto, em meio a insatisfações do setor.
Levantamento do Sebrae com dados da Receita Federal mostram que
no último mês foram cerca de 373,4 mil novos empreendimentos inaugurados
(Foto: Reprodução/Sebbrae)
Agência Sebrae - O
otimismo da economia brasileira tem impulsionado o empreendedorismo. Entre os
meses de janeiro e abril deste ano, cerca de 1,43 milhão de novos pequenos
negócios foram abertos no país. O montante representa 96,7% do total (1,47
milhão). Em comparação ao mesmo período de 2023, o acréscimo de pequenos
negócios foi de 9,1%, quando chegaram a 1,31 milhão de novas empresas. O
levantamento foi realizado pelo Sebrae com dados da Receita Federal do Brasil.
No mês de abril foi registrado o maior número de pequenas
empresas abertas desde abril de 2023. Foram contabilizados 373,4 mil novos
pequenos negócios em 30 dias. O setor de serviços se destaca com 61,6% do total
(230.128 novas empresas). Na sequência vem o comércio (22,9%), a indústria da
transformação (7,5%) e a construção (7,1%). Considerando as regiões do país, o
Sudeste liderou com a abertura de 188,4 mil novos pequenos negócios, seguido
pela região Sul (72,3 mil), Nordeste (58,4 mil), Centro-Oeste (35,6 mil) e
Norte (18,4 mil).
Entre os microempreendedores individuais (MEI), a
atividade ligada ao setor da beleza (cabeleireiro e outros) liderou a abertura
em abril, com 17.952 novos empreendimentos, seguido pelas atividades de
publicidade (17,1 mil), Transporte rodoviário de carga (15,5 mil) e Atividades
de ensino (14,4 mil). Já entre as Micro e Pequenas Empresas (MPE), as clínicas
médicas e odontológicas estiveram na frente com 4,6 mil novos empreendimentos
registrados. Em seguida, aparecem os escritórios administrativos (com 4,2 mil
novos negócios) e Restaurantes e estabelecimentos de alimentação e bebidas (com
4,2 mil empresas).
Desde que o programa teve início, em 13 de maio, até o último
dia 19, mais de 38 mil empresas renegociaram R$ 1,7 bilhão
(Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil)
Agência Gov - O programa Desenrola Pequenos Negócios, voltado para a renegociação de
dívidas bancárias de microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e
pequenas empresas, já renegociou um total de R$ 1,7 bilhão até 19 de junho.
Este valor representa um aumento de 33,6% em relação ao levantamento anterior,
que contabilizava R$ 1,25 bilhão renegociado até 12 de junho. A iniciativa já
beneficiou cerca de 38.765 empresas, com 49.875 contratos renegociados.
O programa passou a ser oferecido na rede bancária em 13 de maio. Desde
então, o valor de dívidas renegociadas a cada cinco dias úteis gira em torno de
R$ 607 milhões. O Desenrola Pequenos Negócios faz parte do projeto Acredita
Brasil, lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 22 de abril.
Agentes envolvidos nas investigações avaliam que o caso está
praticamente encerrado e que o inquérito deverá ser finalizado até agosto
Carlos e Jair Bolsonaro | Polícia Federal (Foto: Alan Santos/PR | Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
A Polícia Federal
(PF) considera ter elementos suficientes para indiciar o vereador Carlos
Bolsonaro (PL-RJ), filho de Jair Bolsonaro (PL), por espionagem ilegal no caso
conhecido como "Abin Paralela", destaca a CNN Brasil. A investigação sugere que
Carlos estaria envolvido em um esquema de espionagem contra críticos e
adversários políticos do governo do ex-mandatário. Em janeiro deste ano, Carlos
Bolsonaro foi alvo de mandados de busca e apreensão.
Os investigadores da PF acreditam que o caso da Abin
Paralela está intimamente ligado a outra estrutura informal, conhecida como
"gabinete do ódio”, que disseminava fake news contra opositores políticos
de Jair Bolsonaro.
Agentes envolvidos nas investigações avaliam que o caso
está praticamente encerrado e que o inquérito deverá ser finalizado até agosto,
com o objetivo de evitar qualquer influência sobre as eleições municipais de
outubro. “Isso porque o candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, apoiado por
Bolsonaro, o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) também deverá ser indiciado.
Ramagem era Diretor-Geral da Abin [Agência Brasileira de Inteligência] à época
e tem Carlos Bolsonaro como coordenador da campanha. A PF ainda avalia o
indiciamento do ex-presidente”, destaca a reportagem.
“Não fale bobagem (...) O piso aqui é bom”, disse Jorginho
Mello, batendo os pés no chão
Jorginho Mello (Foto: Roberto Zacarias/SECOM)
O governador de Santa
Catarina, Jorginho Mello (PL), discutiu na última quinta-feira (20) com um
grupo de professoras da rede estadual que protestavam por reajuste nos
salários. Após ouvir as reivindicações das educadoras sobre o piso salarial do
setor, Mello foi irônico e pisou forte no chão, se esquivando dos
questionamentos. “Não fale bobagem (...) O piso aqui é bom”, disse, em
referência ao ‘piso’ dos professores.
Procurado pelo Globo, o Sindicato dos
Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte/SC) disse que "há uma
ausência de valorização pela formação e carreira" de professores, e pede o
reajuste salarial. “Lamentamos como o governador vem conduzindo a negociação. Mello
fez sérias ameaças durante a greve. Houve tentativas de demissões dos nossos
trabalhadores grevistas. Até hoje, ele mantém uma postura radical de não buscar
resolver os problemas graves do setor, incluindo as condições das unidades
escolares”, disse Evandro Accadrolli, coordenador do Sinte/SC, ao jornal.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
Proposta de taxação mínima global sobre bilionários encomendada
pelo Brasil na presidência do G20 tem potencial para arrecadar até US$ 250
bilhões por ano
Lula (Foto: Reuters)
Reuters - O
economista francês Gabriel Zucman apresentou nesta terça-feira a proposta de
taxação mínima global sobre bilionários encomendada pelo Brasil na presidência
do G20, com potencial de arrecadar até 250 bilhões de dólares por ano, de
aproximadamente 3.000 super-ricos, mas apontando desafios que precisam ser
superados para a implementação.
A proposta, que será apresentada a ministros de Finanças e
presidentes de bancos centrais em reunião do G20 no Rio de Janeiro em julho,
prevê uma cobrança anual de 2% sobre a fortuna total dessas pessoas.
Zucman é diretor da instituição independente European
Union Tax Observatory. Em fevereiro, a convite do ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, ele discursou a autoridades do G20, em São Paulo, sobre a importância
de uma tributação progressiva global, com foco na cobrança sobre bilionários.
Após o encontro, o governo brasileiro pediu ao economista que elaborasse um
estudo para detalhar a viabilidade da proposta.
O novo plano é tratado por Zucman como uma proposta
inicial para discussão das lideranças globais, e o economista apresenta também
outras possibilidades, que mudariam o número de impactados e da arrecadação.
Em um cenário alternativo, o escopo da taxação poderia ser
ampliado, atingindo não apenas pessoas com patrimônio superior a 1 bilhão de
dólares, mas aqueles com riqueza acima de 100 milhões de dólares. Nesse caso,
seriam adicionados até 140 bilhões de dólares de ganho anual com a taxação.
“Os sistemas fiscais contemporâneos, em vez de serem
progressivos, não tributam efetivamente os indivíduos mais ricos. Com todos os
impostos incluídos, pessoas com patrimônio líquido ultraelevado tendem a pagar
menos impostos relativamente ao seu rendimento do que outros grupos sociais”,
disse no documento divulgado nesta terça. “Cooperação internacional é essencial
para promover justiça fiscal”.
Zucman acredita ser possível implementar o imposto mínimo
global sobre super-ricos, usando como inspiração o acordo firmado entre países
em 2021 para criar uma taxação mínima sobre empresas multinacionais.
“Com base nos progressos recentes na cooperação fiscal
internacional, essa norma comum tornou-se tecnicamente viável”, disse.
Zucman ressaltou que sua proposta não discute a forma como
as receitas provenientes dessa taxação deveriam ser gastas. O tema gera
divergências geopolíticas, com o Brasil, por exemplo, defendendo o aumento do
fluxo de recursos para países em desenvolvimento, enquanto nações mais ricas
rejeitam a ideia.
Segundo ele, a implementação seria feita de forma flexível
por cada país, com cobranças sobre a renda ou o patrimônio. No entanto, o
objetivo final seria garantir a cobrança anual equivalente a 2% do patrimônio,
considerado mais fácil de medir do que os rendimentos.
“Os impostos só teriam de ser pagos pelos bilionários que ainda
não pagam o equivalente a 2% da sua riqueza em imposto sobre rendimentos:
apenas os indivíduos com um patrimônio líquido ultraelevado e pagamentos de
impostos particularmente baixos seriam afetados”, argumentou.
Desafios - No documento, Zucman afirma que restam “dois desafios
principais” para que o padrão global da tributação se torne uma realidade.
O primeiro ponto é a necessidade de fechar lacunas no
intercâmbio internacional de informações e na identificação dos bens. Para ele,
a solução passaria por um aprimoramento da prestação de dados sobre propriedade
de ativos.
Ele argumentou que como a maior parte da riqueza dos bilionários
deriva da posse de ações, a simples inclusão dessas informações em relatórios
dos países, como a listagem de quem possui mais de 1% das ações de uma
companhia, permitiria às autoridades identificar a maior parte da riqueza
dessas pessoas.
A segunda dificuldade, para ele, diz respeito a fatores
políticos que poderiam dificultar uma efetiva participação global no plano.
Ao afirmar que o relatório debate ideias para evitar que
bilionários migrem para países não participantes do acordo, Zucman sugeriu a
criação de um mecanismo similar ao previsto no caso das multinacionais, que
autoriza os países a taxarem aqueles que estão sendo subtributados em outros
locais.
Em entrevista à Reuters em maio, o economista afirmou que
sua proposta deve angariar mais apoio com os esclarecimentos técnicos sendo
compartilhados com os países do G20, expressando otimismo quanto ao possível
apoio dos Estados Unidos à iniciativa.
Coletivo Padres da Caminhada classifica o PL como como
"vingança social" e afirma que a medida "acarreta a grave
consequência de penalizar as mulheres pobres"
Manifestação de protesto contra o PL 1904/24 (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
O coletivo Padres da
Caminhada, formado por padres, bispos e diáconos da Igreja Católica no Brasil,
divulgou um manifesto contra o Projeto de Lei 1904/2024, que equipara o aborto
após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio. Com mais de 460 signatários,
o documento classifica o PL como como “vingança social” e afirma que a medida
"acarreta a grave consequência de penalizar as mulheres pobres que não
podem sequer usar o sistema público de saúde". Segundo o jornal O Globo, o manifesto será enviado ao papa
Francisco.
O projeto, de autoria do deputado bolsonarista Sóstenes
Cavalcante (PL-RJ), busca estabelecer que a interrupção da gravidez após 22
semanas seja considerada um crime de homicídio, impondo penas rigorosas às
mulheres, independentemente do motivo do aborto. O projeto estabelece penas
maiores para a mulher que realizar o aborto do que para estupradores.
O manifesto dos Padres da Caminhada enfatiza que os
religiosos não são favoráveis ao aborto, mas se posicionam contra a
substituição de políticas públicas por legislações punitivas. Eles argumentam
que tal abordagem não reduzirá o número de abortos, mas apenas aumentará os
riscos para a saúde das mulheres, especialmente as mais pobres, que não têm
acesso a serviços de saúde adequados.
O manifesto dos Padres da Caminhada contrasta com o
posicionamento oficial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que
expressou apoio ao PL 1904/2024 sob o argumento de defesa da vida desde a
concepção. A CNBB destacou que a proposta visa proteger tanto a mãe quanto o
bebê e refuta a ideia de que o projeto seja uma forma de punição às mulheres.
Após uma reação negativa intensa, o
presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) recuou quanto à
tramitação acelerada do projeto. Ele anunciou que o texto será debatido por uma
comissão específica a partir de agosto, após o recesso parlamentar, evitando um
trâmite apressado que poderia desconsiderar discussões sobre o tema.
Fonte: Brasil 247 com informações do
jornal O Globo
"É bom não esquecer que ainda há centenas de jornalistas
presos, processados, perseguidos e censurados pelo mundo afora. Alguns aqui
mesmo no Brasil", diz Octávio Costa
Octávio Costa (Foto: Reprodução)
O presidente da
Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Octávio Costa, celebrou em nota
divulgada nesta terça-feira (25) a libertação do jornalista Julian Assange,
fundador do WikiLeaks. Assange deixou a prisão no Reino Unido na noite desta
segunda-feira (24), após chegar a um acordo com a Justiça dos Estados Unidos e
se declarar culpado em acusações de espionagem. Ele ficou preso durante cinco
anos. Assange recebeu fiança do Supremo Tribunal de Londres e foi libertado no
aeroporto de Stansted durante a tarde, onde embarcou em um avião e partiu do
Reino Unido. Leia a manifestação de Octávio Costa:
Assange está livre!
Mas a luta continua!
A Associação
Brasileira de Imprensa sempre esteve ao lado do australiano Julian Assange,
fundador do WikiLeaks e alvo de implacável perseguição do governo dos Estados
Unidos desde 2011. Assange exerceu seu ofício de jornalista ao revelar
documentos secretos sobre crimes praticados por tropas norte-americanas no
Afeganistão. Mas foi processado exatamente por esse motivo.
Qual um Ulisses dos
tempos modernos, amargou doze anos de privações, com a ameaça de cumprir pena
de 175 anos com base em legislação da I Guerra Mundial. De 2012 a 2019, Assange
viveu asilado na embaixada do Equador em Londres. Com o fim do refúgio, foi detido
pela polícia britânica e ficou cinco anos na prisão de Belmarsh, no aguardo de
extradição para os EUA.
Foram doze anos de afronta à liberdade de imprensa. Um
escândalo, uma vergonha. Sob pressão de Washington, o Reino Unido ameaçava
extraditar para os EUA um cidadão australiano cujo único crime foi o de
praticar jornalismo profissional e de alta qualidade. Vale lembrar que vários
grandes jornais que reproduziram as informações do WikiLeaks foram elogiados e
ganharam prêmios de reportagem.
No Dia de São João,
chegou ao fim a odisséia de Julian Assange, que agora deve voltar ao seu país
de origem. A ABI, que, entre vários atos de apoio, recebeu no ano passado John
Shipton, o pai de Assange, junta-se às entidades e jornalistas do mundo que estão
comemorando a libertação do colega australiano. Fizemos o bom combate e temos
motivo para nos unirmos à festa da combativa Stella Assange, que tanto lutou
pela libertação de seu marido.
Viva Assange!!! Viva
a liberdade de imprensa!!! Mas é bom não esquecer que ainda há centenas de
jornalistas presos, processados, perseguidos e censurados pelo mundo afora.
Alguns casos acontecem aqui mesmo no Brasil. Assange está livre. Mas a luta
pela liberdade de imprensa continua.
Necessidade ficou evidente após as investigações do assassinato
de Marielle, dizem integrantes do governo. Texto ainda será avaliado pelo
presidente Lula
Cerimônia de posse do novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski (Foto: Ricardo Stuckert)
O Ministério da
Justiça entregou na última segunda-feira (24) ao Palácio do Planalto uma
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia a atuação da Polícia Federal
no combate às milícias. Segundo a jornalista Andréia Sadi, do G1,
o texto propõe que a PF investigue crimes cometidos por “organizações
criminosas e milícias privadas".
A ideia é que a polícia atue contra milícias de grande
porte, com o projeto prevendo que a competência da corporação seja para
combater as que pratiquem crimes de repercussão interestadual ou
internacional.
Segundo integrantes do governo, a necessidade para ampliar
a atuação da PF no combate às milícias ficou evidente após a demora nas
investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ). O autor do
crime, Ronnie Lessa, admitiu ter executado Marielle em troca da promessa de que
comandaria uma milícia em Jacarepaguá, área de influência dos mandantes do
crime, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão.
Segundo a PF, a atuação de Marielle contrariava os
interesses da família, incluindo a regularização de loteamentos irregulares nos
bairros dominados pela milícia. A identificação dos mandantes do crime demorou
cerca de seis anos.
De acordo com o cronograma atual do Artemis da NASA, astronautas
dos EUA pousarão na Lua no final de 2026
O astronauta da NASA Joseph M. Acaba discursa em um evento da NASA em Houston, Texas, EUA, onde foi anunciada a tripulação da missão Artemis II, que viajará até a Lua e retornará (Foto: REUTERS/Go Nakamura/File Photo)
(Sputnik) - A China
alcançou grandes conquistas ao completar quatro pousos suaves não tripulados de
espaçonaves na Lua, mas os Estados Unidos ainda vencerão Pequim na corrida para
retornar humanos à superfície lunar e estabelecer uma base espacial lá, disse o
administrador da NASA, Bill Nelson, ao Washington Post em uma entrevista
publicada nesta segunda-feira (25).
Nelson afirmou que a China teve sucessos repetidos em suas
missões lunares nos últimos anos, bem como estabeleceu sua própria estação
espacial em órbita terrestre baixa, mas expressou confiança de que o programa
Artemis da NASA ainda estabelecerá uma presença humana de longo prazo lá
primeiro, próximo ao polo sul lunar.
De acordo com o cronograma atual do Artemis da NASA,
quatro astronautas voarão ao redor da Lua em 2025, uma façanha realizada pela
primeira vez pela missão Apollo 8 em 1968, e os primeiros astronautas dos EUA
pousarão lá no final de 2026.
No entanto, o Washington Post reconheceu que a espaçonave
Orion, projetada para transportar os astronautas dos EUA à Lua e de volta,
passou por problemas de deterioração do escudo térmico em um voo de teste em
2022, que poderia ter condenado uma missão lunar e matado os astronautas a
bordo.
Analistas da indústria espacial também
questionaram repetidamente se a base industrial dos EUA é agora grande o
suficiente para atender ao cronograma do programa Artemis da NASA.
Leilão foi anulado após o governo identificar fragilidades
técnicas e financeiras nas empresas vencedoras do processo
Paulo Teixeira e Carlos Fávaro (Foto: TV Globo/Reprodução)
O ministro do
Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou nesta terça-feira (25) que o
diretor de Operações e Abastecimento da Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab), Thiago José dos Santos, será exonerado por conta da suspensão do
leilão de arroz importado. A compra do grão foi anulada após o governo
identificar fragilidades técnicas e financeiras nas empresas vencedoras do
processo.
De acordo com Teixeira, a demissão será referendada pelo
conselho de administração da Conab ainda nesta terça-feira (25) e enviada para
publicação no Diário Oficial da União. A saída do diretor foi confirmada antes
de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tratar do
próximo Plano Safra.
Além de Thiago, foi exonerado o secretário de Política
Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller. Na última terça-feira (25),
o próprio presidente Lula reconheceu que houve uma “falcatrua” no leilão.
“Tomei a decisão de importar 1 milhão de toneladas. E, depois, tivemos anulação
do leilão porque houve uma falcatrua numa empresa. Por que eu vou importar?
Porque o arroz tem que chegar na mesa do povo no mínimo a R$ 20 o pacote de
cinco quilos. Que compre a R$ 4 um quilo de arroz, mas não dá pra ser um preço
exorbitante”, disse.
"Horizonte do BC é de médio e longo prazo. Não faz muito
sentido levar em consideração o que está acontecendo em função do Rio Grande do
Sul para fim da política monetária", disse
Fernando Haddad (Foto: Diogo Zacarias/MF)
O ministro da
Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse que a recente pressão inflacionária
causada pelas intensas chuvas no Rio Grande do Sul, destacadas na ata da última
reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) como uma
fonte de incerteza econômica, afeta a inflação de curto prazo. “Acredito que
tem uma pressão, uma pequena pressão inflacionária em função do que aconteceu
no Rio Grande do Sul. Essa é uma inflação que afeta o curto prazo“, disse
Haddad nesta terça-feira (25), de acordo com o Metrópoles.
No entanto, Haddad frisou que o horizonte do Banco Central
é voltado para o médio e longo prazo, sugerindo que as atuais condições
climáticas no sul não devem ser consideradas na formulação da política
monetária. “O horizonte do Banco Central é de médio e longo prazo. Não faz
muito sentido levar em consideração o que está acontecendo em função do Rio
Grande do Sul para fim da política monetária. Porque o juro de hoje está
afetando 12, 18 meses para a frente”, ressaltou.
A ata do Copom, divulgada nesta terça-feira, indicou que a
diretoria do BC está preocupada com as incertezas sobre os efeitos econômicos
da tragédia no Rio Grande do Sul. O documento ressaltou que ainda há dúvidas
sobre a intensidade da queda na atividade econômica e sua recuperação
subsequente, bem como sobre a redução do estoque de capital resultante das
enchentes e inundações.
Em sua última reunião, o Copom decidiu, por unanimidade,
manter a taxa básica de juros, a Selic, inalterada em 10,50% ao ano. A decisão
foi tomada em meio à aceleração da inflação no país, influenciada pelo aumento
dos preços dos alimentos e pela valorização do dólar. Com isso, o BC
interrompeu temporariamente o ciclo de cortes de juros, mantendo a Selic em
10,50% ao ano até a próxima reunião do Copom, agendada para 30 e 31 de julho.
Haddad avaliou positivamente a ata do Copom, afirmando que o
documento está alinhado com o comunicado emitido pelo BC, o que, segundo ele, é
um sinal de transparência e de avaliação do cenário econômico. “Isso transmite
a ideia de que está havendo uma interrupção para avaliar o cenário interno e
externo, para que o Copom fique à vontade para tomar decisões a partir de novos
dados.”, explicou o ministro.
Questionado sobre a possibilidade de a Selic voltar a
subir após meses de cortes, Haddad reforçou que o documento do BC sinaliza
apenas uma interrupção no processo de redução dos juros. “Eventuais ajustes, se
for necessário, sempre vão acontecer. O que é importante frisar é que a
diretoria [do Banco Central] fala numa interrupção do ciclo [de cortes dos
juros] e me parece que essa é uma diferença importante para se salientar”,
concluiu.
Presidente do PT critica "movimentações no Congresso"
com a finalidade de "fazer esse ataque por meio da próxima LDO"
Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
A presidente do PT, a
deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), já adiantou em postagem no X, antigo
Twitter, nesta terça-feira (25) que o partido vai se opor a qualquer iniciativa
legislativa de alterar o piso orçamentário previsto para as áreas da Saúde e
Educação.
"Um Congresso que já controla, por meio de emendas
parlamentares, mais de R$ 50 bilhões do Orçamento da União não tem argumentos
para mexer nos pisos da Saúde e da Educação. Antes que a discussão avance,
vamos deixar bem claro que somos contra a ideia de fazer esse ataque por meio
da próxima LDO, como mostram algumas movimentações no Congresso", disse
Gleisi, citando o presidente Lula (PT), que "já disse: não é justo fazer
'ajuste' em cima dos pobres num país em que os ricos se recusam a pagar
impostos".
Segundo a CartaCapital, o senador Confúcio Moura
(MDB-RO), relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, expressou
ao Valor Econômico sua disposição para discutir a alteração nos pisos com o
ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Atualmente, as despesas com Saúde
correspondem a 15% da receita corrente líquida e em Educação, 18% da receita
líquida de impostos.
"É o caso de Sergio Moro e seus colegas que inventaram
essas fundações e buscaram se apropriar como se estivessem remunerando-se pelo
fato de terem combatido a corrupção", disse
Gilmar Mendes e Sergio Moro (Foto: Reprodução | ABR)
O ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes fez duras críticas ao ex-juiz suspeito e
atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR) durante uma entrevista à CNN Portugal nesta segunda-feira
(24). Mendes questionou a abordagem adotada pelo Brasil no combate à corrupção
e destacou que a estratégia adotada pela Operação Lava Jato falhou.
“No Brasil a gente inventou uma forma de combate à
corrupção, mas os combatentes gostavam também muito de dinheiro. É o caso de
Sergio Moro e seus colegas que inventaram essas fundações e buscaram se
apropriar como se estivessem remunerando-se pelo fato de terem combatido a
corrupção, isso foi extremamente negativo”, disse o ministro na entrevista.
“É o caso de Sergio Moro e seus colegas, que inventaram
essas fundações e buscaram se apropriar, como se estivessem remunerando-se pelo
fato de terem combatido a corrupção. Isso foi extremamente negativo”,
completou. A referência às fundações diz respeito à criação de entidades
privadas para gerir recursos derivados de acordos de delação premiada, prática
que tem sido alvo de críticas devido a possíveis conflitos de interesse.
Gilmar Mendes está em Portugal para participar do 12º
Fórum Jurídico de Lisboa, evento que ocorre de 26 a 28 de junho na capital
portuguesa. O fórum reúne diversas autoridades dos Três Poderes brasileiros e
oferece um espaço de debate sobre temas jurídicos e políticos de relevância
internacional, sendo o ministro um dos anfitriões do evento.