Assange deve se declarar culpado na quarta-feira (26) de uma acusação de violação da lei de espionagem dos EUA, em um acordo que permitirá seu retorno à Austrália
A conta do WikiLeaks na rede
social X (antigo Twitter) divulgou uma foto de Julian Assange já no avião que o
levará às Ilhas Marianas do Norte, após o ativista ser libertado da prisão na
Inglaterra.
Assange deve se declarar culpado na quarta-feira (26) de
uma acusação de violação da lei de espionagem dos EUA, em um acordo que
permitirá seu retorno à Austrália, encerrando uma odisseia legal de 14 anos que
poderia tê-lo condenado a muitas décadas de prisão.
As autoridades dos EUA em 2019 acusaram Assange de 18
crimes, incluindo conspiração com a ex-analista de inteligência do Exército dos
EUA, Chelsea Manning, para obter informações confidenciais e publicar
ilegalmente os nomes de fontes classificadas.
Vários grupos de direitos, organizações de mídia importantes e líderes de países como México, Brasil e Austrália pediram que as acusações contra Assange fossem retiradas.
Saiba mais
Do Wikileaks – Julian Assange está livre. Ele deixou a prisão de segurança
máxima de Belmarsh na manhã de 24 de junho, depois de ter passado 1.901 dias
lá. Ele recebeu fiança do Supremo Tribunal de Londres e foi libertado no
aeroporto de Stansted durante a tarde, onde embarcou em um avião e partiu do
Reino Unido.
Este é o resultado de uma campanha global que abrangeu
organizadores de base, defensores da liberdade de imprensa, legisladores e
líderes de todo o espectro político, até às Nações Unidas. Isto criou espaço
para um longo período de negociações com o Departamento de Justiça dos EUA,
conduzindo a um acordo que ainda não foi formalmente finalizado. Forneceremos
mais informações o mais breve possível.
Depois de mais de cinco anos numa cela de 2x3 metros, isolado 23
horas por dia, ele em breve se reunirá com sua esposa Stella Assange e seus
filhos, que só conheceram o pai atrás das grades.
O WikiLeaks publicou histórias inovadoras sobre corrupção
governamental e violações dos direitos humanos, responsabilizando os poderosos
pelas suas ações. Como editor-chefe, Julian pagou caro por esses princípios e
pelo direito do povo de saber.
Ao regressar à Austrália, agradecemos a todos os que nos
apoiaram, lutaram por nós e permaneceram completamente empenhados na luta pela
sua liberdade.
Fonte: Brasil 247