sábado, 22 de junho de 2024

PSOL vai ao STF contra lei que barra ‘saidinhas de presos’: “Populismo penal”

 

Pessoas de braços levantados atrás de grades, em foto escura
PSOL acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) contra lei que envolve saidinhas de presos – Agência Brasil


O PSOL apresentou uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra uma nova legislação aprovada pelo Congresso Nacional que veta a saída de presos do regime semiaberto em feriados para visitas familiares, conhecida como “saidinha”. Anteriormente vetado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o dispositivo foi derrubado pelos parlamentares.

A sigla entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), argumentando que a medida viola a Constituição ao aumentar indiscriminadamente a privação de liberdade, sem considerar a reintegração social dos detentos. O partido destacou que a visita familiar é um direito fundamental, previsto no artigo 226 da Constituição.

Segundo o PSOL, especialistas e governos estaduais alertam para o risco de rebeliões e fugas devido à nova legislação. O partido solicitou uma medida cautelar para suspender a lei até que o mérito da ADI seja julgado.

Corredor de prisão com presos fazendo sinal de lotação de dentro das celasReprodução/Agência Brasil

“Não é com populismo penal que vamos resolver o problema da criminalidade no país. Temos que fortalecer a inteligência policial e não tomar medidas que em nada vão colaborar com a redução da violência”, afirmou Paula Coradi, presidente da sigla.

Recentemente, o Congresso Nacional aprovou modificações na Lei de Execução Penal, eliminando as saídas temporárias em datas comemorativas para presos do regime semiaberto. Apesar dos vetos parciais de Lula, que tentou preservar a visita familiar em feriados, os deputados decidiram reverter essa medida.

A nova lei permite saídas temporárias apenas para estudo ou trabalho externo, beneficiando exclusivamente detentos do regime semiaberto que cumpriram um sexto da pena e mantêm bom comportamento.

De acordo com um levantamento da Folha de S.Paulo, menos de 5% dos detentos que tiveram direito à saidinha de Natal em 2023 não retornaram aos presídios, uma taxa considerada baixa por especialistas.

Fonte: DCM

 

Charlatão da cloroquina, Bolsonaro alega que elaborou “sofisticada política pública” na pandemia

 

Jair Bolsonaro segurando caixa de cloroquina e olhando para o lado sério, perto de microfone e de bandeiras
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com caixa de cloroquina – Reprodução


Na noite desta sexta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou um longo texto em sua página no X/Twitter, alegando que, durante a pandemia da Covid-19, elaborou “uma sofisticada política pública que tinha como pilar básico salvar vidas”.

No entanto, em dezenas de discursos oficiais, o ex-mandatário fez apologia ao uso da cloroquina, que de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) não tem eficácia contra o coronavírus. O político do PL também tecia críticas severas às medidas de restrição e distanciamento social.

Quando contraiu a doença, Bolsonaro afirmou, em discursos dados em inaugurações obras no interior do país, solenidades do Executivo e reuniões com autoridades, que havia sido curado fazendo uso da hidroxicloroquina e de outro medicamento sem eficácia comprovada, Annita, vermífugo a base de nitazoxanida. Ele também criticou governadores que rejeitavam o que era chamado de tratamento precoce:

“Durante a pandemia elaboramos uma sofisticada política pública que tinha como pilar básico salvar vidas. Para tanto foram transferidos centenas de bilhões de reais diretamente para as famílias, para as empresas e para os governos estaduais e municipais. Sob o lema mais Brasil e menos Brasília, a ajuda do governo federou foi rápida e sem burocracias.

Para ajudar nossos irmãos gaúchos o governo federal precisa seguir a mesma linha: confiar mais na população e governos locais. Para isso é necessário desburocratizar e acelerar a transferência de recursos para a população por meio de auxílios financeiros diretos as famílias. Também é fundamental retomar o BEm (Benefício Emergencial) para garantir a manutenção dos empregos (durante a pandemia o BEm salvou mais de 10 milhões de empregos).

Também é necessário crédito desburocratizado para as pequenas e microempresas. Por fim, o Regime de Recuperação Judicial do Rio Grande do Sul precisa levar em conta a catástrofe atual: não adianta repassar recursos para o estado se o regime de recuperação cria amarras para o uso desse recurso. Fundamental ainda fornecer socorro financeiro para as finanças do estado que certamente tiveram perdas expressivas de arrecadação.

Em resumo, para ajudar o Rio Grande do Sul o governo federal deveria seguir o lema: Mais Brasil e Menos Brasília, passando recursos diretamente para as famílias e governos locais e deixando que estes escolham as melhores opções do que fazer com esses recursos.”

Fonte: DCM

 

Líder tucano desdenha da chapa de Nunes: “O roto concordou com a Rota”

 

José Aníbal criticou a imposição a Ricardo Nunes de Mello Araújo para ser seu vice. Fotomontagem


O presidente do diretório municipal do PSDB em São Paulo, o ex-senador José Aníbal, criticou a confirmação de que Ricardo de Mello Araújo (PL), ex-comandante da Rota, será o vice do prefeito Ricardo Nunes (MDB) na eleição.

Mello Araújo foi escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o cargo, e o anúncio foi feito pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) nesta sexta-feira (21). Inicialmente, Nunes e seus aliados resistiram ao coronel da reserva da Polícia Militar, mas decidiram aceitá-lo para não arriscar perder o apoio de Bolsonaro para Pablo Marçal (PRTB).

“Quer dizer que o roto concordou com o Rota, ambos tutelados pelo governador que se elegeu tutelado pelo ‘Bolso’. Na bandeira de São Paulo, a frase simbólica ‘não sou conduzido, conduzo’ como é que fica? Ambos são conduzidos. Para onde?” disse Aníbal à Folha de S.Paulo.

O PSDB lançou a pré-candidatura do apresentador José Luiz Datena em São Paulo.

Fonte: DCM

Itapema (SC), onde Bolsonaro teve 76% dos votos em 2022, confirma casos de sarna

 

Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Clube do Mickey, em Itapema (SC). Foto: Reprodução/Google Street View

Uma creche em Itapema, no litoral de Santa Catarina, suspendeu as aulas nesta quinta-feira (20) e sexta-feira (21) após a confirmação de casos de escabiose (sarna humana). A Secretaria de Educação de Itapema não divulgou o número exato de casos registrados no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Clube do Mickey, no bairro Várzea.

Em nota, a Secretaria de Educação explicou que a suspensão das aulas é necessária para a higienização completa da unidade escolar. A limpeza da creche está sendo realizada por uma equipe da Secretaria de Saúde. A doença já havia atingido a cidade vizinha de Balneário Camboriú.

A previsão é de que as aulas sejam retomadas na segunda-feira (24).

No segundo turno das eleições de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) obteve 76,32% dos votos na cidade. Já o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi a escolha de 23,68% dos eleitores.

Fonte: DCM

Esposa de Dallagnol entra de vez para a política mirando em 2026

 

Fernanda Dallagnol e Deltan Dallagnol sorrindo para foto com camisa do Partido Novo
Fernanda Dallagnol e Deltan Dallagnol, do Partido Novo – Reprodução

Fernanda Dallagnol, esposa de Deltan Dallagnol, oficializa sua entrada na política ao assumir o cargo de embaixadora do Partido Novo no Paraná. Ela liderará o projeto “Mulheres na Política”, substituindo Adriana Garcia, que está deixando o posto.

Segundo informações de aliados reveladas pelo jornal O Globo, o objetivo é que Fernanda concorra ao cargo de deputada federal nas próximas eleições, seguindo os passos de seu marido, cujo mandato foi cassado recentemente.

Deltan Dallagnol, ex-procurador, era considerado um forte pré-candidato à prefeitura de Curitiba. No entanto, ele decidiu não concorrer, alegando que deseja focar na formação de novos políticos.

Fonte: DCM

PT pede ao STF que declare inconstitucional lei de Tarcísio que cria escolas militares

 

Os advogados do partido apontam também desrespeito aos direitos fundamentais ao pleno desenvolvimento da pessoa e seu preparo para o exercício da cidadania

Tarcísio de Freitas
Tarcísio de Freitas (Foto: Patricia Cruz/Governo do Estado de SP)

Rede Brasil Atual -  O diretório nacional do PT pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que declare inconstitucional a lei de autoria do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) que cria as escolas cívico-militares. Protocolada nesta quinta-feira (20), a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) pede a suspensão cautelar, com pedido de liminar, da Lei Complementar nº 1.398/24. O objetivo é evitar prejuízos sociais e econômicos, impedindo a violação frontal da ordem democrática.

Dirigida ao presidente do Supremo, ministro Luís Roberto Barroso, a petição aponta uma série de inconstitucionalidades nos dispositivos que violam a competência da União. Isso porque, ao legislar sobre o referido tema, o governo de Tarcísio de Freitas viola dispositivos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).

Os advogados do partido apontam também desrespeito aos direitos fundamentais ao pleno desenvolvimento da pessoa e seu preparo para o exercício da cidadania, da dignidade, ao respeito, à liberdade das crianças e adolescentes. E ainda aos princípios constitucionais da gestão democrática do ensino e da valorização dos profissionais da educação básica. Com isso, “promove uma inconstitucional militarização precoce e forçada de crianças e adolescentes e extrapolando as funções das forças militares do estado de São Paulo”, destaca o PT em um trecho da petição.

Projeto de militarização da escola civil

Na avaliação do Partido dos Trabalhadores, trata-se da criação de um novo modelo de escola pública para o Estado de São Paulo. E de um projeto de militarização da escola civil, que abrirá caminho para práticas e dogmas militares na dinâmica escolar. É o caso de continência individual como cumprimento no ambiente escolar, formatura baseada na estrutura do modelo militar, normas e condutas de “ordem unida”, “sentido”, aos moldes do universo militar que passarão a configurar na Escola Cívico Militar.

O PT evoca à Suprema Corte a experiência da implantação da Escola Cívico Militar no Estado do Paraná, cujo modelo se baseia na repressão como método. Conforme o relatório de 2021 do Observatório das Escolas Militarizadas, há relatos de que em apenas um ano de implementação crianças e adolescentes foram submetidos ao julgo da força policial dentro do ambiente escolar, houve agressões e ameaças, além de apologia a arma de fogo. Sem contar o ambiente opressivo e tóxico, com denúncias de racismo e discriminação aos estudantes LGBTI+.

Para o PT os danos financeiros serão graves, mas os danos sociais serão irreparáveis e as consequências políticas põem em risco a ordem democrática e o Estado de Direito.

Projeto aprovado sob violência da PM contra alunos

O projeto que cria o programa das escolas militares foi aprovado no último dia 21 de maio, em sessão tensa, marcada por violência policial. Estudantes contrários à proposta, que lotaram a Assembleia Legislativa, foram agredidos pelos PMs e detidos.

Pouco debatido, com apenas uma audiência pública, o projeto tramitou em regime de urgência. Polêmico, autoriza a conversão, fusão, desmembramento ou incorporação de escolas estaduais já em funcionamento para o modelo de escola cívico-militar. Ou seja, permite a implementação em escolas públicas já existentes ou em unidades novas, voltadas para educação de jovens e adultos, onde os municípios participarão mediante adesão voluntária.

A proposta é combatida também porque cria privilégios para os militares dentro das escolas. Ou seja, PMs aposentados serão contratados para atuar nas mesmas unidades que os professores, mas com salários maiores. Receberão, para cada jornada diária de 8 horas, limitada a 40h semanais, o valor equivalente a R$ 301,70 por dia. Em 20 dias trabalhados a remuneração será de R$ 6.034. Isso supera o piso salarial pago aos professores, que é de de R$ 5.300.

Segundo especialistas, segue na contramão do Ministério da Educação (MEC), que extingue progressivamente o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), criado no primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro (PL).

Fonte: Brasil 247 com Rede Brasil Atual

Maria Lúcia Fattorelli denuncia a ciranda financeira embutida nos juros do BC

 

Auditora aponta em entrevista o efeito nocivo da continuidade dos juros brasileiros nas alturas. Assista na TV 247

Maria Lúcia Fattorelli
Maria Lúcia Fattorelli (Foto: Pedro França/Agência Senado)

 Após anunciar em primeira mão para o 247 que o estado de Minas Gerais foi o primeiro a solicitar oficialmente uma auditoria da sua dívida pública, a coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida (ACD), Maria Lúcia Fattorelli, fez um verdadeiro raio X do que é a nossa dívida pública e do quanto é injusto jogar a conta para a sociedade pagar. A auditoria mineira foi uma vitória, em sua opinião, do Sindifisco, o sindicato dos auditores locais.

“A gente não é contra dívidas”, afirmou. O que deveria ser motivo de perplexidade, para ela, é “o grande diferencial entre a dívida pública no Brasil e a dos outros países”. 

Aproveitando o exemplo, estabelecendo um paralelo entre o estoque da dívida do Brasil e a dívida pública americana, Fattorelli esclareceu que, apesar dos EUA ter 107% do seu PIB comprometido com a sua dívida pública, isto para eles não significa nenhum sacrifício, pois a taxa de juros deles “é próxima de zero”. 

Com isso, a auditora aponta o efeito nocivo da continuidade dos juros brasileiros, mantidos nesta semana na casa dos 10,5%, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. “Os títulos públicos americanos são títulos de longuíssimo prazo. Além de eles terem essa taxa próxima de zero, eles ainda têm um balizamento de acordo com a valorização ou desvalorização dos títulos”, que determinam os resultados, com reflexos, inclusive, no Brasil.

Ela lembrou que o estoque da dívida pública no Japão está na casa dos 200% do PIB, mas não abala as finanças, porque a taxa de juros é negativa. “É um juro que não cobre nem sequer a inflação”, destacou, acrescentando que lá, ao contrário do sistema brasileiro, não há especulação sobre os títulos públicos.

A auditora apontou distorções do tipo: “Há mais de R$ 2,3 trilhões que o Tesouro Nacional doa para o Banco Central, advindos desses títulos, e paga juros por eles”. Nesse momento, lembrou que há em curso no Congresso Nacional um Projeto de Emenda Constitucional (PEC), de nº 65, que propõe a transformação do BC em uma empresa privada. Ou seja, uma entrega desabrida da nossa política monetária, que ela classificou de “um abuso”. Explicou que isso significa transferir as nossas reservas à iniciativa privada. “Isso tem que estar a cargo do Estado”, frisou.

Em sua opinião, já foi distorção nomear um banqueiro aliado do projeto derrotado nas urnas, para conduzir o BC. “Ele foi derrotado nas urnas e continua mandando na moeda, nos juros, no câmbio, na política monetária, em tudo. Isso é um desrespeito à população”, protestou.

Fattorelli disse ainda que grande parte da dívida está indexada à taxa Selic. “Então, a estimativa é a de que o Brasil pagará de R$ 800 bilhões a R$ 1 trilhão de juros da dívida neste ano!". A maior parte desse total o BC destina para pagar aos bancos, detentores da maior parte dos títulos públicos. Ou seja, os banqueiros se sentam em cima do dinheiro que a sociedade deposita em seus estabelecimentos, e em vez de emprestar para movimentar a economia, eles trancam no cofre e caem na farra do lucro pelos títulos públicos. 

Depois não querem que o presidente Lula se revolte com o engessamento da economia pela política monetária emanada do Banco Central autônomo e dirigido pelo declaradamente bolsonarista Roberto Campos Neto, “aquele cidadão”. Assistam no domingo, às 12h, pela TV 247, à entrevista completa concedida ao “Denise Assis Convida”: 

Fonte: Brasil 247

"Já há provas mais do que suficientes para a propositura de ação penal contra Bolsonaro", diz Jorge Folena

 

Advogado expressou preocupação com a demora na tomada de ações judiciais, alertando que o prolongamento do processo pode beneficiar o ex-ocupante do Planalto politicamente. Assista

Jair Bolsonaro, 8 de janeiro e Jorge Folena
Jair Bolsonaro, 8 de janeiro e Jorge Folena (Foto: REUTERS | Reprodução)

 O advogado e cientista político Jorge Folena defendeu, em entrevista ao programa Boa Noite 247 desta sexta-feira (21), que já existem 'provas cabais' que justificam a propositura de uma ação penal contra Bolsonaro, especialmente em relação aos eventos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023, que configuram crimes contra o Estado Democrático de Direito.

"Eu coloco a seguinte questão: quando o PGR irá propor a denúncia contra o Bolsonaro? Ao meu modo de ver, já há provas mais do que suficientes, pelo menos para os atos de 8 de janeiro, os crimes contra o Estado Democrático de Direito, provas suficientes para a propositura de ação penal," afirmou Folena durante a transmissão.

"Temos provas cabais que vieram a público e ao conhecimento de todos, como por exemplo os depoimentos dos comandantes do Exército e da Aeronáutica de Bolsonaro, que foram acachapantes no sentido de mostrar que de fato houve uma conspiração com a presença do presidente da República," detalhou Folena.

Além disso, ele mencionou a reunião promovida por Bolsonaro poucos meses antes das eleições de 2022, na qual o ex-ocupante do Palácio do Planalto reuniu seus ministros para tramar uma conspiração contra as votações daquele ano. "Ou como aquele vídeo, do dia 5 de julho de 2022, em que Bolsonaro reuniu toda a tropa dele para uma conspiração. Ao meu modo de ver, há elementos suficientes para a propositura dessa ação penal," acrescentou. Vale apontar que a descoberta das gravações de tal reunião sustentou a Operação Tempus Veritatis (Hora da Verdade), da Polícia Federal.

Folena expressou preocupação com a demora na tomada de ações judiciais, alertando que o prolongamento do processo pode beneficiar Bolsonaro politicamente ou fazer com que o caso perca relevância na agenda pública. "Quanto mais passa o tempo, isso facilita o Bolsonaro, porque ele pode fazer suas movimentações políticas, ou o assunto vai ficando de lado, então eu espero que, efetivamente, o quanto antes, o Bolsonaro responda por tudo isso," concluiu. Assista ao trecho no vídeo abaixo:

Fonte: Brasil 247

Adélia Prado vence Prêmio Machado de Assis de 2024

 

Honraria é a mais importante da Academia Brasileira de Letras

Adélia Prado
Adélia Prado (Foto: Frame / TV Cultura)

Agência Brasil – A escritora mineira Adélia Prado é a vencedora do Prêmio Machado de Assis de 2024. Essa é a mais importante honraria da Academia Brasileira de Letras e uma das mais tradicionais do país.

O prêmio celebra os mais de 20 livros publicados por Adélia Prado, cuja escrita é construída entre a prosa e o verso, poetizando temas do cotidiano, da religiosidade e do feminino. Em um artigo publicado no Jornal do Brasil, em 1975, Carlos Drummond de Andrade a descreveu como: "lírica, bíblica e existencial" e disse que ela "faz poesia como faz bom tempo".

Considerada uma das principais escritoras brasileiras, Adélia Prado escreveu os primeiros versos aos 15 anos. Depois de alguns anos de ausência, se prepara para lançar uma nova obra ainda este ano, com o título provisório de “Jardim das Oliveiras”.

O Prêmio Machado de Assis será entregue no dia 19 de julho, data de aniversário da Academia Brasileira de Letras.

Batizado em homenagem a um dos fundadores da instituição, o escritor Machado de Assis, o prêmio é distribuído desde 1941. No ano passado, a premiada foi a escritora Marina Colasanti. Adélia Prado é a 11ª mulher laureada.

Fonte: Agência Brasil com Agência Brasil

Governo Tarcísio pode levantar R$ 16,5 bilhões com a privatização da Sabesp

 

Os investidores apresentarão suas propostas ao longo da semana que vem, com a divulgação dos finalistas em 28 de junho

Tarcísio de Freitas e Sabesp
Tarcísio de Freitas e Sabesp (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli | Divuglação/Sabesp)

SÃO PAULO (Reuters) - O governo do Estado de São Paulo pode levantar até 16,5 bilhões de reais com a oferta pública de ações da Sabesp, considerando o valor de fechamento do papel nesta sexta-feira.

A companhia paulista de saneamento básico divulgou esta noite o prospecto preliminar para a operação que a tornará privada, com uma oferta base de 191,7 milhões de ações e um lote suplementar de 28,8 milhões de ações. O papel da empresa fechou em 74,85 reais nesta sexta-feira.

Por enquanto, o valor de 16,5 bilhões de reais é apenas um indicativo de quanto o Estado poderia arrecadar com o negócio, já que o preço por ação será definido apenas em 18 de julho.

De acordo com a secretária estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natalia Resende, o investidor de referência escolhido para deter uma participação de 15% na Sabesp será divulgado em 16 de julho.

Os investidores apresentarão suas propostas ao longo da semana que vem, com a divulgação dos finalistas em 28 de junho, detalhou Resende a jornalistas nesta sexta-feira, durante coletiva no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.

O "bookbuilding" ficou marcado para os dias 1º a 15 de julho, encerrando um dia antes da divulgação do investidor de referência escolhido.

O governo estadual detém atualmente 50,3% da Sabesp e espera manter uma participação minoritária de 18% na empresa, enquanto uma fatia de 17% será ofertada para o mercado em geral.

A operação, inteiramente secundária, será liquidada em 22 de julho.

Entre os investidores interessados na oferta de ações da Sabesp, estão a empresa de saneamento Aegea e a Equatorial Energia, informaram nesta sexta-feira três fontes à Reuters. O empresário Nelson Tanure também chegou a analisar a possibilidade, mas não deve entrar na disputa, de acordo com as fontes.

O governo de São Paulo aprovou na véspera os últimos detalhes envolvendo a oferta, como o preço mínimo e a cobertura mínima para a operação, que só serão divulgados após a liquidação.

Na ocasião, a gestão estadual também adicionou uma condição que dá direito ao "right to match", que permite ao investidor com menor preço ponderado ao final do "bookbuilding", se tiver maior valor do book, igualar sua proposta à do concorrente e vencer a disputa.

Segundo o governo, isso "permitirá maximizar ainda mais o retorno financeiro do Estado de SP e garantir a escolha do melhor investidor".

Na semana que vem, a empresa inicia seu "roadshow" internacional para apresentar seu modelo de oferta de ações e projetos de desestatização, concessões e parcerias do Estado, começando pelos Estados Unidos, e, na sequência Europa e Brasil.

"Sempre no intuito de esclarecer, de tirar dúvidas, de mostrar todo o projeto que foi feito, explicar o modelo, na linha do que a gente já vem fazendo", afirmou Resende.

O processo de privatização da Sabesp tem sido marcado por protestos contrários à decisão da gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). O Estado de São Paulo diz que a desestatização da companhia vai viabilizar a universalização do saneamento básico e reduzir tarifas.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

 

"Chegou a hora da colheita", diz Lula, no Maranhão

 

Presidente anunciou grandes investimentos no estado

Lula no Maranhão
Lula no Maranhão (Foto: Ricardo Stuckert)

 Durante um evento na capital maranhense, São Luís, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou um abrangente pacote de investimentos para o Maranhão nesta sexta-feira, 21 de junho. Os projetos incluem a expansão da Av. Litorânea e do Porto do Itaqui, além da ampliação do programa Luz para Todos e a construção de espaços esportivos comunitários.

A expansão da Avenida Litorânea contempla a implantação de um corredor de transporte público e a criação de uma ciclovia, enquanto o projeto no Porto do Itaqui envolve a construção de 602 km de linha de transmissão através do estado, configurando um polo receptor de energias renováveis.

Lula destacou a singularidade e a magnitude dos investimentos planejados para o estado. "Duvido que, na história do Maranhão, um presidente da República e seus ministros vieram, com o governador, num único dia anunciar a quantidade de coisas que nós anunciamos para o Maranhão. Nós estamos plantando e nós vamos colher", declarou o presidente.

O programa Luz para Todos será expandido para beneficiar cerca de 39 mil pessoas em 99% dos municípios maranhenses, alcançando quase 10 mil unidades consumidoras até 2026. O objetivo é fornecer energia elétrica a áreas que ainda carecem deste serviço essencial.

Além disso, foi dada a ordem de serviço para a expansão do Berço 98 no Porto do Itaqui e a renovação do contrato de delegação do porto por mais 25 anos, permitindo um aumento de capacidade que facilitará a movimentação de mais de 106 navios anualmente.

O pacote de investimentos também inclui a construção de 31 espaços esportivos comunitários em várias cidades do Maranhão, cada um compreendendo campo de futebol, meia quadra de basquete, pista de caminhada e parquinho infantil, com custos estimados de R$ 1,5 milhão por unidade.

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, contribuiu para as notícias anunciando a entrega de 2.500 computadores para escolas de ensino integral e a ampliação da banda larga para mais de 10.300 escolas públicas no estado, além da extensão da telefonia 4G para 200 localidades maranhenses.

Os investimentos totalizam aproximadamente R$ 46,5 milhões e visam não somente melhorar a infraestrutura física do estado, mas também fomentar a inclusão digital e elevar a qualidade de vida dos maranhenses.

Fonte: Brasil 247

 

Brasil é líder em transição energética, aponta o Fórum das Américas

 

O relatório atribui a posição de destaque do Brasil a uma série de políticas estratégicas e investimentos focados na expansão das energias renováveis

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita à planta de produção de etanol de segunda geração, no Parque de Bioenergia Bonfim. Guariba - SP.
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita à planta de produção de etanol de segunda geração, no Parque de Bioenergia Bonfim. Guariba - SP. (Foto: RICARDO STUCKERT/PR)

O Brasil foi destacado como um dos países líderes na transição energética pelo Fórum Econômico Mundial. Em um relatório recente, o país alcançou a 12ª posição no Índice de Transição Energética (ETI), sendo o primeiro colocado entre os países das Américas e o terceiro entre os membros do G20. O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, celebrou a conquista, ressaltando que as políticas públicas brasileiras têm sido reconhecidas pela promoção de uma transição energética justa, inclusiva e equitativa.

O relatório atribui a posição de destaque do Brasil a uma série de políticas estratégicas e investimentos focados na expansão das energias renováveis. Entre as iniciativas destacadas estão o compromisso de longo prazo com a energia hidrelétrica e biocombustíveis, além de avanços significativos na geração de energia solar. Essas ações têm diversificado a matriz energética nacional e fortalecido o ambiente de investimentos em infraestrutura sustentável.

"Somos reconhecidos pelas nossas ações e políticas públicas voltadas para a transição energética justa e inclusiva, como destacou o Fórum Econômico Mundial. Estamos liderando pelo exemplo, com foco na dimensão social da transição energética, pautando os desafios do financiamento para países em desenvolvimento e propondo um conjunto de princípios para um processo justo e inclusivo", afirmou Alexandre Silveira.

Incentivos e Desenvolvimento Tecnológico

O crescimento da geração distribuída e a redução das emissões de gases de efeito estufa foram impulsionados por programas de incentivo e desenvolvimento tecnológico. Um dos projetos mais ambiciosos é o projeto de lei do Combustível do Futuro, que está em apreciação no Senado Federal. Segundo o Ministro Silveira, essa iniciativa pode destravar R$ 200 bilhões em investimentos, fomentar combustíveis de nova geração, introduzir o SAF (Sustainable Aviation Fuel) e o diesel verde na matriz energética, além de criar um marco legal para a atração de investimentos na captura e estocagem de CO2.

Índice de Transição Energética

O Índice de Transição Energética (ETI) é utilizado pelo Fórum Econômico Mundial para classificar 120 países, analisando uma média de 46 indicadores e atribuindo uma nota final de 0 a 100. O Brasil registrou uma pontuação de 65,7, superando grandes potências como Reino Unido (65,6), China (64,1) e Estados Unidos (64).

Renovabilidade da Matriz Energética

De acordo com o Balanço Energético Nacional (BEN) 2024, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em parceria com o Ministério de Minas e Energia, o Brasil aumentou a renovabilidade da sua matriz energética para 49,1% no último ano, muito acima da média global de 14,7%. O percentual de renováveis na matriz elétrica também subiu para 89%, enquanto no mundo é de apenas 29%.

Investimentos em Infraestrutura

O Ministério de Minas e Energia garantiu R$ 60 bilhões em investimentos para a expansão da transmissão de energia pelo Brasil, com dois leilões realizados em 2023 e um no primeiro semestre de 2024. Estes investimentos são fundamentais para garantir a segurança e a transição energética no Sistema Interligado Nacional. Em 2023, foi assinada a ordem de serviço para a linha de transmissão que conectará Roraima ao SIN, com um investimento de R$ 2,5 bilhões para substituir as usinas termelétricas por fontes de energia mais limpas e renováveis.

"O Brasil está mais interligado, mais forte, mais unido e mais verde. Isso significa segurança energética para nossa população, combate à desigualdade, e desenvolvimento socioeconômico com geração de emprego e renda de qualidade", finalizou o ministro Silveira.

Fonte: Brasil 247