Apesar da taxa de reprovação, Lula supera tanto o prefeito da cidade, o bolsonarista Sebastião Melo (MDB), quanto o governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), no ranking de aprovação, aponta Atlas/Intel
Pesquisa Atlas Intel divulgada nesta sexta-feira (21) revelou que o presidente Lula obteve aprovação de 46% entre a população de Porto Alegre (RS), após as enchentes que atingiram a cidade. Esse resultado coloca o petista como o líder político com a maior aprovação na capital gaúcha.
No entanto, a avaliação do presidente é dividida na cidade, com 49% de reprovação, 46% de aprovação e 6% de “não sei”. Apesar da alta taxa de reprovação, Lula supera tanto o prefeito da cidade, o bolsonarista Sebastião Melo (MDB), quanto o governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), no ranking de aprovação.
Sebastião Melo registra 37% de aprovação, enquanto Eduardo Leite tem 31%. Ambos apresentam a mesma taxa de desaprovação, que é de 59%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 14 de junho de 2024, com 1.798 entrevistados na capital gaúcha, e possui uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Além disso, a pesquisa também perguntou aos entrevistados sobre o desempenho dos líderes e do governo, com Lula liderando essa estatística, obtendo 36% de ótimo/bom, 19% de regular e 44% de ruim/péssimo.
Melo é o único com avaliações negativas majoritárias na capital, com 52% de ruim/péssimo, enquanto Leite tem a pior taxa de ótimo/bom, com 18%, mas também a menor taxa de ruim/péssimo, com 40%, e 41% de avaliação regular.
Governo vem combatendo fraudes no Bolsa Família e este ano começou a fiscalizar os cadastros da Previdência, do INSS e do Proagro, com previsão de economizar R$ 10 bilhões
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva planeja economizar entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões no próximo ano por meio da revisão de cadastros de benefícios. Esses recursos são essenciais para atingir a meta fiscal de 2025, que prevê um resultado zero, e já devem estar incluídos no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa), a ser enviado ao Congresso até 31 de agosto.
O governo tem enfrentado pressão para apresentar medidas de cortes de gastos, demonstrando compromisso com o arcabouço fiscal. Após recentes derrotas na agenda de recuperação da base arrecadatória, liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a pressão aumentou. Ontem, o dólar fechou no maior valor do terceiro mandato de Lula, a R$ 5,46, refletindo as incertezas fiscais e temores de intervenção do presidente no Banco Central.
Em discussões privadas, a equipe econômica tem afirmado que a elaboração do Ploa de 2025 tem sido desafiadora devido à necessidade de corte de despesas para alcançar o equilíbrio no resultado primário, mas descartam qualquer mudança no arcabouço fiscal.
Outros membros do governo indicam que, inicialmente, a agenda de contenção de gastos deve focar na revisão de cadastros como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), seguro-desemprego e auxílio-doença, visando excluir aqueles que recebem o benefício sem ter direito.
Outras medidas consideradas pela equipe econômica, como a modernização de vinculações em benefícios previdenciários e nos pisos de saúde e educação, além da questão do regime de proteção social dos militares, devem ser abordadas posteriormente devido a resistências dentro do Executivo e no Congresso.
Desde o ano passado, o governo vem combatendo fraudes no Bolsa Família e este ano começou a fiscalizar os cadastros da Previdência, do INSS e do Proagro, com previsão de economizar R$ 10 bilhões. No caso do programa social, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, recentemente declarou que cerca de 2% das famílias que recebem o benefício não se enquadram nos critérios.
Durante o governo de Jair Bolsonaro, a mudança de regras do programa, então chamado de Auxílio Brasil, resultou em um rápido e significativo aumento de famílias unipessoais, compostas por um único membro. A suspeita é que houve desmembramento de famílias para aumentar a renda recebida.
Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.
Texto, entretanto, fazia alusão não apenas a Tereshkova, mas também ao programa Artemis da Nasa, que visa levar a primeira mulher e a primeira pessoa negra à lua
A Agência Espacial Brasileira (AEB) excluiu uma publicação nas redes sociais que celebrava os 61 anos da viagem espacial da primeira mulher astronauta, Valentina Tereshkova. A polêmica surgiu porque a ilustração acompanhando o texto mostrava uma mulher negra, enquanto Tereshkova é branca. O texto, entretanto, fazia alusão não apenas a Tereshkova, mas também ao programa Artemis da Nasa, que visa levar a primeira mulher e a primeira pessoa negra à lua.
A publicação gerou críticas pela suposta incoerência entre a imagem e a referência histórica. Em resposta, a AEB explicou em uma nova postagem que o objetivo da imagem era simbolizar o futuro, destacando as metas inclusivas do programa Artemis, e não retratar Tereshkova diretamente.
A agência afirmou: “O texto fez alusão à data histórica da primeira mulher a viajar para o espaço, a russa Valentina Tereshkova, e à pretensão do programa Artemis da Nasa de levar a primeira mulher e a primeira pessoa negra para a lua.”
A situação reacendeu o debate após o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro do governo Bolsonaro, criticar o governo Lula, compartilhando a publicação da página Space Today, que também criticava a homenagem feita pela AEB. O perfil Space Today destacou a importância histórica do dia e expressou insatisfação com a ilustração utilizada pela agência brasileira.
Ao tratar do tema, o senador incluiu uma crítica da página Space Today, que soma mais de 2 milhões de seguidores em diferentes plataformas. “Hoje, dia 16 de junho de 2024, é um dia especial para a exploração espacial: a astronauta Valentina Tereshkova há 61 anos se tornava a primeira mulher a ir ao espaço. Aí o governo brasileiro resolveu fazer uma homenagem e aprontou isso aí!”, reclamou o perfil, especializado em temas espaciais.
Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.
PSOL acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) contra lei que envolve saidinhas de presos – Agência Brasil
O PSOL apresentou uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra uma
nova legislação aprovada pelo Congresso Nacional que veta a saída de presos do
regime semiaberto em feriados para visitas familiares, conhecida como
“saidinha”. Anteriormente vetado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT), o dispositivo foi derrubado pelos parlamentares.
A sigla entrou com uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI), argumentando que a medida viola a Constituição ao
aumentar indiscriminadamente a privação de liberdade, sem considerar a
reintegração social dos detentos. O partido destacou que a visita familiar é um
direito fundamental, previsto no artigo 226 da Constituição.
Segundo o PSOL, especialistas e
governos estaduais alertam para o risco de rebeliões e fugas devido à nova
legislação. O partido solicitou uma medida cautelar para suspender a lei até
que o mérito da ADI seja julgado.
Reprodução/Agência Brasil
“Não é com populismo penal que vamos
resolver o problema da criminalidade no país. Temos que fortalecer a
inteligência policial e não tomar medidas que em nada vão colaborar com a
redução da violência”, afirmou Paula Coradi, presidente da sigla.
Recentemente, o Congresso Nacional aprovou modificações na Lei de
Execução Penal, eliminando as saídas temporárias em datas comemorativas para
presos do regime semiaberto. Apesar dos vetos parciais de Lula, que tentou
preservar a visita familiar em feriados, os deputados decidiram reverter essa
medida.
A nova lei permite saídas temporárias apenas para estudo
ou trabalho externo, beneficiando exclusivamente detentos do regime semiaberto
que cumpriram um sexto da pena e mantêm bom comportamento.
De acordo com um levantamento da Folha de S.Paulo, menos
de 5% dos detentos que tiveram direito à saidinha de Natal em 2023 não
retornaram aos presídios, uma taxa considerada baixa por especialistas.
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com caixa de cloroquina – Reprodução
Na noite desta sexta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
publicou um longo texto em sua página no X/Twitter, alegando que, durante a
pandemia da Covid-19, elaborou “uma sofisticada política pública que tinha como
pilar básico salvar vidas”.
No entanto, em
dezenas de discursos oficiais, o ex-mandatário fez apologia ao uso da
cloroquina, que de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) não tem
eficácia contra o coronavírus. O político do PL também tecia críticas severas
às medidas de restrição e distanciamento social.
Quando contraiu a doença, Bolsonaro afirmou, em discursos dados em
inaugurações obras no interior do país, solenidades do Executivo e reuniões com
autoridades, que havia sido curado fazendo uso da hidroxicloroquina e de outro
medicamento sem eficácia comprovada, Annita, vermífugo a base de nitazoxanida.
Ele também criticou governadores que rejeitavam o que era chamado de tratamento
precoce:
“Durante a pandemia elaboramos uma sofisticada política
pública que tinha como pilar básico salvar vidas. Para tanto foram transferidos
centenas de bilhões de reais diretamente para as famílias, para as empresas e
para os governos estaduais e municipais. Sob o lema mais Brasil e menos
Brasília, a ajuda do governo federou foi rápida e sem burocracias.
Para ajudar nossos irmãos gaúchos o governo federal precisa seguir a mesma
linha: confiar mais na população e governos locais. Para isso é necessário
desburocratizar e acelerar a transferência de recursos para a população por
meio de auxílios financeiros diretos as famílias. Também é fundamental retomar
o BEm (Benefício Emergencial) para garantir a manutenção dos empregos (durante
a pandemia o BEm salvou mais de 10 milhões de empregos).
Também é necessário crédito desburocratizado para as
pequenas e microempresas. Por fim, o Regime de Recuperação Judicial do Rio
Grande do Sul precisa levar em conta a catástrofe atual: não adianta repassar
recursos para o estado se o regime de recuperação cria amarras para o uso desse
recurso. Fundamental ainda fornecer socorro financeiro para as finanças do
estado que certamente tiveram perdas expressivas de arrecadação.
Em resumo, para ajudar o Rio Grande do Sul o governo
federal deveria seguir o lema: Mais Brasil e Menos Brasília, passando recursos
diretamente para as famílias e governos locais e deixando que estes escolham as
melhores opções do que fazer com esses recursos.”
José Aníbal criticou a imposição a Ricardo Nunes de Mello Araújo para ser seu vice. Fotomontagem
O presidente
do diretório municipal do PSDB em São Paulo, o ex-senador José Aníbal, criticou
a confirmação de que Ricardo de Mello Araújo (PL), ex-comandante da Rota, será
o vice do prefeito Ricardo Nunes (MDB) na eleição.
Mello
Araújo foi escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o cargo, e o
anúncio foi feito pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) nesta
sexta-feira (21). Inicialmente, Nunes e seus aliados resistiram ao coronel da
reserva da Polícia Militar, mas decidiram aceitá-lo para não arriscar perder o
apoio de Bolsonaro para Pablo Marçal (PRTB).
“Quer
dizer que o roto concordou com o Rota, ambos tutelados pelo governador que se
elegeu tutelado pelo ‘Bolso’. Na bandeira de São Paulo, a frase simbólica ‘não
sou conduzido, conduzo’ como é que fica? Ambos são conduzidos. Para onde?”
disse Aníbal à Folha de S.Paulo.
O
PSDB lançou a pré-candidatura do apresentador José Luiz Datena em São Paulo.
Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Clube do Mickey, em Itapema (SC). Foto: Reprodução/Google Street View
Uma creche
em Itapema, no litoral de Santa Catarina, suspendeu as aulas nesta quinta-feira
(20) e sexta-feira (21) após a confirmação de casos de escabiose (sarna
humana). A Secretaria de Educação de Itapema não divulgou o número exato de
casos registrados no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Clube do
Mickey, no bairro Várzea.
Em
nota, a Secretaria de Educação explicou que a suspensão das aulas é necessária
para a higienização completa da unidade escolar. A limpeza da creche está sendo
realizada por uma equipe da Secretaria de Saúde. A doença já havia
atingido a cidade vizinha de Balneário Camboriú.
A
previsão é de que as aulas sejam retomadas na segunda-feira (24).
No segundo turno das eleições de 2022, o ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL) obteve 76,32% dos votos na cidade. Já o então candidato Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) foi a escolha de 23,68% dos eleitores.
Fernanda
Dallagnol, esposa de Deltan Dallagnol, oficializa sua entrada na política ao
assumir o cargo de embaixadora do Partido Novo no Paraná. Ela liderará o
projeto “Mulheres na Política”, substituindo Adriana Garcia, que está deixando
o posto.
Segundo
informações de aliados reveladas pelo jornal O Globo, o objetivo é que Fernanda
concorra ao cargo de deputada federal nas próximas eleições, seguindo os passos
de seu marido, cujo mandato foi cassado recentemente.
Deltan
Dallagnol, ex-procurador, era considerado um forte pré-candidato à prefeitura
de Curitiba. No entanto, ele decidiu não concorrer, alegando que deseja focar
na formação de novos políticos.
Os advogados do partido apontam também desrespeito aos direitos
fundamentais ao pleno desenvolvimento da pessoa e seu preparo para o exercício
da cidadania
Rede Brasil Atual - O diretório nacional do PT pediu ao
Supremo Tribunal Federal (STF) que declare inconstitucional a lei de autoria do
governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) que cria as escolas
cívico-militares. Protocolada nesta quinta-feira (20), a Ação Direta de Inconstitucionalidade
(ADI) pede a suspensão cautelar, com pedido de liminar, da Lei Complementar nº
1.398/24. O objetivo é evitar prejuízos sociais e econômicos, impedindo a
violação frontal da ordem democrática.
Dirigida ao presidente do Supremo, ministro Luís Roberto
Barroso, a petição aponta uma série de inconstitucionalidades nos dispositivos
que violam a competência da União. Isso porque, ao legislar sobre o referido
tema, o governo de Tarcísio de Freitas viola dispositivos da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).
Os advogados do partido apontam também desrespeito aos direitos
fundamentais ao pleno desenvolvimento da pessoa e seu preparo para o exercício
da cidadania, da dignidade, ao respeito, à liberdade das crianças e
adolescentes. E ainda aos princípios constitucionais da gestão democrática do
ensino e da valorização dos profissionais da educação básica. Com isso,
“promove uma inconstitucional militarização precoce e forçada de crianças e
adolescentes e extrapolando as funções das forças militares do estado de São
Paulo”, destaca o PT em um trecho da petição.
Projeto de militarização da escola
civil
Na avaliação do Partido dos Trabalhadores, trata-se da
criação de um novo modelo de escola pública para o Estado de São Paulo. E de um
projeto de militarização da escola civil, que abrirá caminho para práticas e
dogmas militares na dinâmica escolar. É o caso de continência individual como
cumprimento no ambiente escolar, formatura baseada na estrutura do modelo
militar, normas e condutas de “ordem unida”, “sentido”, aos moldes do universo
militar que passarão a configurar na Escola Cívico Militar.
O PT evoca à Suprema Corte a experiência da implantação da
Escola Cívico Militar no Estado do Paraná, cujo modelo se baseia na repressão
como método. Conforme o relatório de 2021 do Observatório das Escolas
Militarizadas, há relatos de que em apenas um ano de implementação crianças e
adolescentes foram submetidos ao julgo da força policial dentro do ambiente
escolar, houve agressões e ameaças, além de apologia a arma de fogo. Sem contar
o ambiente opressivo e tóxico, com denúncias de racismo e discriminação aos
estudantes LGBTI+.
Para o PT os danos financeiros serão graves, mas os danos
sociais serão irreparáveis e as consequências políticas põem em risco a ordem
democrática e o Estado de Direito.
Projeto aprovado sob violência da PM contra alunos
Pouco debatido, com apenas uma audiência pública, o
projeto tramitou em regime de urgência. Polêmico, autoriza a conversão, fusão,
desmembramento ou incorporação de escolas estaduais já em funcionamento para o
modelo de escola cívico-militar. Ou seja, permite a implementação em escolas
públicas já existentes ou em unidades novas, voltadas para educação de jovens e
adultos, onde os municípios participarão mediante adesão voluntária.
A proposta é combatida também porque cria privilégios para os
militares dentro das escolas. Ou seja, PMs aposentados serão contratados para
atuar nas mesmas unidades que os professores, mas com salários maiores.
Receberão, para cada jornada diária de 8 horas, limitada a 40h semanais, o
valor equivalente a R$ 301,70 por dia. Em 20 dias trabalhados a remuneração
será de R$ 6.034. Isso supera o piso salarial pago aos professores, que é de de
R$ 5.300.
Segundo especialistas, segue na contramão do Ministério da
Educação (MEC), que extingue progressivamente o Programa
Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), criado no primeiro
ano do governo de Jair Bolsonaro (PL).