sábado, 22 de junho de 2024

Aumento da aprovação de Lula em Porto Alegre coloca presidente como o líder político com maior aceitação na capital gaúcha

 Apesar da taxa de reprovação, Lula supera tanto o prefeito da cidade, o bolsonarista Sebastião Melo (MDB), quanto o governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), no ranking de aprovação, aponta Atlas/Intel


Pesquisa Atlas Intel divulgada nesta sexta-feira (21) revelou que o presidente Lula obteve aprovação de 46% entre a população de Porto Alegre (RS), após as enchentes que atingiram a cidade. Esse resultado coloca o petista como o líder político com a maior aprovação na capital gaúcha.


No entanto, a avaliação do presidente é dividida na cidade, com 49% de reprovação, 46% de aprovação e 6% de “não sei”. Apesar da alta taxa de reprovação, Lula supera tanto o prefeito da cidade, o bolsonarista Sebastião Melo (MDB), quanto o governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), no ranking de aprovação.


Sebastião Melo registra 37% de aprovação, enquanto Eduardo Leite tem 31%. Ambos apresentam a mesma taxa de desaprovação, que é de 59%.


A pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 14 de junho de 2024, com 1.798 entrevistados na capital gaúcha, e possui uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.


Além disso, a pesquisa também perguntou aos entrevistados sobre o desempenho dos líderes e do governo, com Lula liderando essa estatística, obtendo 36% de ótimo/bom, 19% de regular e 44% de ruim/péssimo.


Melo é o único com avaliações negativas majoritárias na capital, com 52% de ruim/péssimo, enquanto Leite tem a pior taxa de ótimo/bom, com 18%, mas também a menor taxa de ruim/péssimo, com 40%, e 41% de avaliação regular.


Fonte: Agenda do Poder com informações do DCM.  

Governo federal planeja revisar cadastros de benefícios e economizar até R$ 30 bilhões para ajudar meta fiscal

 Governo vem combatendo fraudes no Bolsa Família e este ano começou a fiscalizar os cadastros da Previdência, do INSS e do Proagro, com previsão de economizar R$ 10 bilhões


O governo de Luiz Inácio Lula da Silva planeja economizar entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões no próximo ano por meio da revisão de cadastros de benefícios. Esses recursos são essenciais para atingir a meta fiscal de 2025, que prevê um resultado zero, e já devem estar incluídos no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa), a ser enviado ao Congresso até 31 de agosto.


O governo tem enfrentado pressão para apresentar medidas de cortes de gastos, demonstrando compromisso com o arcabouço fiscal. Após recentes derrotas na agenda de recuperação da base arrecadatória, liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a pressão aumentou. Ontem, o dólar fechou no maior valor do terceiro mandato de Lula, a R$ 5,46, refletindo as incertezas fiscais e temores de intervenção do presidente no Banco Central.


Em discussões privadas, a equipe econômica tem afirmado que a elaboração do Ploa de 2025 tem sido desafiadora devido à necessidade de corte de despesas para alcançar o equilíbrio no resultado primário, mas descartam qualquer mudança no arcabouço fiscal.


Outros membros do governo indicam que, inicialmente, a agenda de contenção de gastos deve focar na revisão de cadastros como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), seguro-desemprego e auxílio-doença, visando excluir aqueles que recebem o benefício sem ter direito.


Outras medidas consideradas pela equipe econômica, como a modernização de vinculações em benefícios previdenciários e nos pisos de saúde e educação, além da questão do regime de proteção social dos militares, devem ser abordadas posteriormente devido a resistências dentro do Executivo e no Congresso.


Desde o ano passado, o governo vem combatendo fraudes no Bolsa Família e este ano começou a fiscalizar os cadastros da Previdência, do INSS e do Proagro, com previsão de economizar R$ 10 bilhões. No caso do programa social, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, recentemente declarou que cerca de 2% das famílias que recebem o benefício não se enquadram nos critérios.


Durante o governo de Jair Bolsonaro, a mudança de regras do programa, então chamado de Auxílio Brasil, resultou em um rápido e significativo aumento de famílias unipessoais, compostas por um único membro. A suspeita é que houve desmembramento de famílias para aumentar a renda recebida.

Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.

Agência Espacial Brasileira comemora 61 anos da primeira mulher astronauta com foto de uma negra e é criticada nas redes

 Texto, entretanto, fazia alusão não apenas a Tereshkova, mas também ao programa Artemis da Nasa, que visa levar a primeira mulher e a primeira pessoa negra à lua


A Agência Espacial Brasileira (AEB) excluiu uma publicação nas redes sociais que celebrava os 61 anos da viagem espacial da primeira mulher astronauta, Valentina Tereshkova. A polêmica surgiu porque a ilustração acompanhando o texto mostrava uma mulher negra, enquanto Tereshkova é branca. O texto, entretanto, fazia alusão não apenas a Tereshkova, mas também ao programa Artemis da Nasa, que visa levar a primeira mulher e a primeira pessoa negra à lua.


A publicação gerou críticas pela suposta incoerência entre a imagem e a referência histórica. Em resposta, a AEB explicou em uma nova postagem que o objetivo da imagem era simbolizar o futuro, destacando as metas inclusivas do programa Artemis, e não retratar Tereshkova diretamente.


A agência afirmou: “O texto fez alusão à data histórica da primeira mulher a viajar para o espaço, a russa Valentina Tereshkova, e à pretensão do programa Artemis da Nasa de levar a primeira mulher e a primeira pessoa negra para a lua.”


A situação reacendeu o debate após o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro do governo Bolsonaro, criticar o governo Lula, compartilhando a publicação da página Space Today, que também criticava a homenagem feita pela AEB. O perfil Space Today destacou a importância histórica do dia e expressou insatisfação com a ilustração utilizada pela agência brasileira.


Ao tratar do tema, o senador incluiu uma crítica da página Space Today, que soma mais de 2 milhões de seguidores em diferentes plataformas. “Hoje, dia 16 de junho de 2024, é um dia especial para a exploração espacial: a astronauta Valentina Tereshkova há 61 anos se tornava a primeira mulher a ir ao espaço. Aí o governo brasileiro resolveu fazer uma homenagem e aprontou isso aí!”, reclamou o perfil, especializado em temas espaciais.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.  

VÍDEO: Burro se torna líder de manada de veados

 

Burro se torna líder de manada de veados. Reprodução Instagram

Um burro foi descoberto junto a um grupo de veados na Califórnia, nos Estados Unidos, após estar desaparecido por cinco anos.

O animal foi encontrado pelo atleta Max Fennell durante uma viagem de caça em Auburn, em março, mas o relato ganhou popularidade recentemente.

Segundo os donos, Dave e Terri Drewry, o burro, chamado Diesel, fugiu quando se assustou com um leão da montanha durante um passeio da família.

 

Fonte: DCM

PSOL vai ao STF contra lei que barra ‘saidinhas de presos’: “Populismo penal”

 

Pessoas de braços levantados atrás de grades, em foto escura
PSOL acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) contra lei que envolve saidinhas de presos – Agência Brasil


O PSOL apresentou uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra uma nova legislação aprovada pelo Congresso Nacional que veta a saída de presos do regime semiaberto em feriados para visitas familiares, conhecida como “saidinha”. Anteriormente vetado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o dispositivo foi derrubado pelos parlamentares.

A sigla entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), argumentando que a medida viola a Constituição ao aumentar indiscriminadamente a privação de liberdade, sem considerar a reintegração social dos detentos. O partido destacou que a visita familiar é um direito fundamental, previsto no artigo 226 da Constituição.

Segundo o PSOL, especialistas e governos estaduais alertam para o risco de rebeliões e fugas devido à nova legislação. O partido solicitou uma medida cautelar para suspender a lei até que o mérito da ADI seja julgado.

Corredor de prisão com presos fazendo sinal de lotação de dentro das celasReprodução/Agência Brasil

“Não é com populismo penal que vamos resolver o problema da criminalidade no país. Temos que fortalecer a inteligência policial e não tomar medidas que em nada vão colaborar com a redução da violência”, afirmou Paula Coradi, presidente da sigla.

Recentemente, o Congresso Nacional aprovou modificações na Lei de Execução Penal, eliminando as saídas temporárias em datas comemorativas para presos do regime semiaberto. Apesar dos vetos parciais de Lula, que tentou preservar a visita familiar em feriados, os deputados decidiram reverter essa medida.

A nova lei permite saídas temporárias apenas para estudo ou trabalho externo, beneficiando exclusivamente detentos do regime semiaberto que cumpriram um sexto da pena e mantêm bom comportamento.

De acordo com um levantamento da Folha de S.Paulo, menos de 5% dos detentos que tiveram direito à saidinha de Natal em 2023 não retornaram aos presídios, uma taxa considerada baixa por especialistas.

Fonte: DCM

 

Charlatão da cloroquina, Bolsonaro alega que elaborou “sofisticada política pública” na pandemia

 

Jair Bolsonaro segurando caixa de cloroquina e olhando para o lado sério, perto de microfone e de bandeiras
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com caixa de cloroquina – Reprodução


Na noite desta sexta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou um longo texto em sua página no X/Twitter, alegando que, durante a pandemia da Covid-19, elaborou “uma sofisticada política pública que tinha como pilar básico salvar vidas”.

No entanto, em dezenas de discursos oficiais, o ex-mandatário fez apologia ao uso da cloroquina, que de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) não tem eficácia contra o coronavírus. O político do PL também tecia críticas severas às medidas de restrição e distanciamento social.

Quando contraiu a doença, Bolsonaro afirmou, em discursos dados em inaugurações obras no interior do país, solenidades do Executivo e reuniões com autoridades, que havia sido curado fazendo uso da hidroxicloroquina e de outro medicamento sem eficácia comprovada, Annita, vermífugo a base de nitazoxanida. Ele também criticou governadores que rejeitavam o que era chamado de tratamento precoce:

“Durante a pandemia elaboramos uma sofisticada política pública que tinha como pilar básico salvar vidas. Para tanto foram transferidos centenas de bilhões de reais diretamente para as famílias, para as empresas e para os governos estaduais e municipais. Sob o lema mais Brasil e menos Brasília, a ajuda do governo federou foi rápida e sem burocracias.

Para ajudar nossos irmãos gaúchos o governo federal precisa seguir a mesma linha: confiar mais na população e governos locais. Para isso é necessário desburocratizar e acelerar a transferência de recursos para a população por meio de auxílios financeiros diretos as famílias. Também é fundamental retomar o BEm (Benefício Emergencial) para garantir a manutenção dos empregos (durante a pandemia o BEm salvou mais de 10 milhões de empregos).

Também é necessário crédito desburocratizado para as pequenas e microempresas. Por fim, o Regime de Recuperação Judicial do Rio Grande do Sul precisa levar em conta a catástrofe atual: não adianta repassar recursos para o estado se o regime de recuperação cria amarras para o uso desse recurso. Fundamental ainda fornecer socorro financeiro para as finanças do estado que certamente tiveram perdas expressivas de arrecadação.

Em resumo, para ajudar o Rio Grande do Sul o governo federal deveria seguir o lema: Mais Brasil e Menos Brasília, passando recursos diretamente para as famílias e governos locais e deixando que estes escolham as melhores opções do que fazer com esses recursos.”

Fonte: DCM

 

Líder tucano desdenha da chapa de Nunes: “O roto concordou com a Rota”

 

José Aníbal criticou a imposição a Ricardo Nunes de Mello Araújo para ser seu vice. Fotomontagem


O presidente do diretório municipal do PSDB em São Paulo, o ex-senador José Aníbal, criticou a confirmação de que Ricardo de Mello Araújo (PL), ex-comandante da Rota, será o vice do prefeito Ricardo Nunes (MDB) na eleição.

Mello Araújo foi escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o cargo, e o anúncio foi feito pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) nesta sexta-feira (21). Inicialmente, Nunes e seus aliados resistiram ao coronel da reserva da Polícia Militar, mas decidiram aceitá-lo para não arriscar perder o apoio de Bolsonaro para Pablo Marçal (PRTB).

“Quer dizer que o roto concordou com o Rota, ambos tutelados pelo governador que se elegeu tutelado pelo ‘Bolso’. Na bandeira de São Paulo, a frase simbólica ‘não sou conduzido, conduzo’ como é que fica? Ambos são conduzidos. Para onde?” disse Aníbal à Folha de S.Paulo.

O PSDB lançou a pré-candidatura do apresentador José Luiz Datena em São Paulo.

Fonte: DCM

Itapema (SC), onde Bolsonaro teve 76% dos votos em 2022, confirma casos de sarna

 

Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Clube do Mickey, em Itapema (SC). Foto: Reprodução/Google Street View

Uma creche em Itapema, no litoral de Santa Catarina, suspendeu as aulas nesta quinta-feira (20) e sexta-feira (21) após a confirmação de casos de escabiose (sarna humana). A Secretaria de Educação de Itapema não divulgou o número exato de casos registrados no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Clube do Mickey, no bairro Várzea.

Em nota, a Secretaria de Educação explicou que a suspensão das aulas é necessária para a higienização completa da unidade escolar. A limpeza da creche está sendo realizada por uma equipe da Secretaria de Saúde. A doença já havia atingido a cidade vizinha de Balneário Camboriú.

A previsão é de que as aulas sejam retomadas na segunda-feira (24).

No segundo turno das eleições de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) obteve 76,32% dos votos na cidade. Já o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi a escolha de 23,68% dos eleitores.

Fonte: DCM

Esposa de Dallagnol entra de vez para a política mirando em 2026

 

Fernanda Dallagnol e Deltan Dallagnol sorrindo para foto com camisa do Partido Novo
Fernanda Dallagnol e Deltan Dallagnol, do Partido Novo – Reprodução

Fernanda Dallagnol, esposa de Deltan Dallagnol, oficializa sua entrada na política ao assumir o cargo de embaixadora do Partido Novo no Paraná. Ela liderará o projeto “Mulheres na Política”, substituindo Adriana Garcia, que está deixando o posto.

Segundo informações de aliados reveladas pelo jornal O Globo, o objetivo é que Fernanda concorra ao cargo de deputada federal nas próximas eleições, seguindo os passos de seu marido, cujo mandato foi cassado recentemente.

Deltan Dallagnol, ex-procurador, era considerado um forte pré-candidato à prefeitura de Curitiba. No entanto, ele decidiu não concorrer, alegando que deseja focar na formação de novos políticos.

Fonte: DCM

PT pede ao STF que declare inconstitucional lei de Tarcísio que cria escolas militares

 

Os advogados do partido apontam também desrespeito aos direitos fundamentais ao pleno desenvolvimento da pessoa e seu preparo para o exercício da cidadania

Tarcísio de Freitas
Tarcísio de Freitas (Foto: Patricia Cruz/Governo do Estado de SP)

Rede Brasil Atual -  O diretório nacional do PT pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que declare inconstitucional a lei de autoria do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) que cria as escolas cívico-militares. Protocolada nesta quinta-feira (20), a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) pede a suspensão cautelar, com pedido de liminar, da Lei Complementar nº 1.398/24. O objetivo é evitar prejuízos sociais e econômicos, impedindo a violação frontal da ordem democrática.

Dirigida ao presidente do Supremo, ministro Luís Roberto Barroso, a petição aponta uma série de inconstitucionalidades nos dispositivos que violam a competência da União. Isso porque, ao legislar sobre o referido tema, o governo de Tarcísio de Freitas viola dispositivos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).

Os advogados do partido apontam também desrespeito aos direitos fundamentais ao pleno desenvolvimento da pessoa e seu preparo para o exercício da cidadania, da dignidade, ao respeito, à liberdade das crianças e adolescentes. E ainda aos princípios constitucionais da gestão democrática do ensino e da valorização dos profissionais da educação básica. Com isso, “promove uma inconstitucional militarização precoce e forçada de crianças e adolescentes e extrapolando as funções das forças militares do estado de São Paulo”, destaca o PT em um trecho da petição.

Projeto de militarização da escola civil

Na avaliação do Partido dos Trabalhadores, trata-se da criação de um novo modelo de escola pública para o Estado de São Paulo. E de um projeto de militarização da escola civil, que abrirá caminho para práticas e dogmas militares na dinâmica escolar. É o caso de continência individual como cumprimento no ambiente escolar, formatura baseada na estrutura do modelo militar, normas e condutas de “ordem unida”, “sentido”, aos moldes do universo militar que passarão a configurar na Escola Cívico Militar.

O PT evoca à Suprema Corte a experiência da implantação da Escola Cívico Militar no Estado do Paraná, cujo modelo se baseia na repressão como método. Conforme o relatório de 2021 do Observatório das Escolas Militarizadas, há relatos de que em apenas um ano de implementação crianças e adolescentes foram submetidos ao julgo da força policial dentro do ambiente escolar, houve agressões e ameaças, além de apologia a arma de fogo. Sem contar o ambiente opressivo e tóxico, com denúncias de racismo e discriminação aos estudantes LGBTI+.

Para o PT os danos financeiros serão graves, mas os danos sociais serão irreparáveis e as consequências políticas põem em risco a ordem democrática e o Estado de Direito.

Projeto aprovado sob violência da PM contra alunos

O projeto que cria o programa das escolas militares foi aprovado no último dia 21 de maio, em sessão tensa, marcada por violência policial. Estudantes contrários à proposta, que lotaram a Assembleia Legislativa, foram agredidos pelos PMs e detidos.

Pouco debatido, com apenas uma audiência pública, o projeto tramitou em regime de urgência. Polêmico, autoriza a conversão, fusão, desmembramento ou incorporação de escolas estaduais já em funcionamento para o modelo de escola cívico-militar. Ou seja, permite a implementação em escolas públicas já existentes ou em unidades novas, voltadas para educação de jovens e adultos, onde os municípios participarão mediante adesão voluntária.

A proposta é combatida também porque cria privilégios para os militares dentro das escolas. Ou seja, PMs aposentados serão contratados para atuar nas mesmas unidades que os professores, mas com salários maiores. Receberão, para cada jornada diária de 8 horas, limitada a 40h semanais, o valor equivalente a R$ 301,70 por dia. Em 20 dias trabalhados a remuneração será de R$ 6.034. Isso supera o piso salarial pago aos professores, que é de de R$ 5.300.

Segundo especialistas, segue na contramão do Ministério da Educação (MEC), que extingue progressivamente o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), criado no primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro (PL).

Fonte: Brasil 247 com Rede Brasil Atual

Maria Lúcia Fattorelli denuncia a ciranda financeira embutida nos juros do BC

 

Auditora aponta em entrevista o efeito nocivo da continuidade dos juros brasileiros nas alturas. Assista na TV 247

Maria Lúcia Fattorelli
Maria Lúcia Fattorelli (Foto: Pedro França/Agência Senado)

 Após anunciar em primeira mão para o 247 que o estado de Minas Gerais foi o primeiro a solicitar oficialmente uma auditoria da sua dívida pública, a coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida (ACD), Maria Lúcia Fattorelli, fez um verdadeiro raio X do que é a nossa dívida pública e do quanto é injusto jogar a conta para a sociedade pagar. A auditoria mineira foi uma vitória, em sua opinião, do Sindifisco, o sindicato dos auditores locais.

“A gente não é contra dívidas”, afirmou. O que deveria ser motivo de perplexidade, para ela, é “o grande diferencial entre a dívida pública no Brasil e a dos outros países”. 

Aproveitando o exemplo, estabelecendo um paralelo entre o estoque da dívida do Brasil e a dívida pública americana, Fattorelli esclareceu que, apesar dos EUA ter 107% do seu PIB comprometido com a sua dívida pública, isto para eles não significa nenhum sacrifício, pois a taxa de juros deles “é próxima de zero”. 

Com isso, a auditora aponta o efeito nocivo da continuidade dos juros brasileiros, mantidos nesta semana na casa dos 10,5%, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. “Os títulos públicos americanos são títulos de longuíssimo prazo. Além de eles terem essa taxa próxima de zero, eles ainda têm um balizamento de acordo com a valorização ou desvalorização dos títulos”, que determinam os resultados, com reflexos, inclusive, no Brasil.

Ela lembrou que o estoque da dívida pública no Japão está na casa dos 200% do PIB, mas não abala as finanças, porque a taxa de juros é negativa. “É um juro que não cobre nem sequer a inflação”, destacou, acrescentando que lá, ao contrário do sistema brasileiro, não há especulação sobre os títulos públicos.

A auditora apontou distorções do tipo: “Há mais de R$ 2,3 trilhões que o Tesouro Nacional doa para o Banco Central, advindos desses títulos, e paga juros por eles”. Nesse momento, lembrou que há em curso no Congresso Nacional um Projeto de Emenda Constitucional (PEC), de nº 65, que propõe a transformação do BC em uma empresa privada. Ou seja, uma entrega desabrida da nossa política monetária, que ela classificou de “um abuso”. Explicou que isso significa transferir as nossas reservas à iniciativa privada. “Isso tem que estar a cargo do Estado”, frisou.

Em sua opinião, já foi distorção nomear um banqueiro aliado do projeto derrotado nas urnas, para conduzir o BC. “Ele foi derrotado nas urnas e continua mandando na moeda, nos juros, no câmbio, na política monetária, em tudo. Isso é um desrespeito à população”, protestou.

Fattorelli disse ainda que grande parte da dívida está indexada à taxa Selic. “Então, a estimativa é a de que o Brasil pagará de R$ 800 bilhões a R$ 1 trilhão de juros da dívida neste ano!". A maior parte desse total o BC destina para pagar aos bancos, detentores da maior parte dos títulos públicos. Ou seja, os banqueiros se sentam em cima do dinheiro que a sociedade deposita em seus estabelecimentos, e em vez de emprestar para movimentar a economia, eles trancam no cofre e caem na farra do lucro pelos títulos públicos. 

Depois não querem que o presidente Lula se revolte com o engessamento da economia pela política monetária emanada do Banco Central autônomo e dirigido pelo declaradamente bolsonarista Roberto Campos Neto, “aquele cidadão”. Assistam no domingo, às 12h, pela TV 247, à entrevista completa concedida ao “Denise Assis Convida”: 

Fonte: Brasil 247