Barroso enfatizou a necessidade de esclarecer que o STF não está legalizando o consumo ou porte de drogas
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, recebeu nesta quinta-feira (20) uma ligação de dom Jaime Spengler, presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), expressando preocupações sobre o julgamento da descriminalização do porte de maconha para uso pessoal, que foi retomado na sessão plenária da tarde.
Barroso compartilhou detalhes da conversa no início da sessão, destacando que o receio de Spengler decorre de uma certa desinformação sobre o tema em pauta.
Barroso enfatizou a necessidade de esclarecer que o STF não está legalizando o consumo ou porte de drogas. Ele afirmou que, conforme a legislação atual, o consumo e o porte de drogas, mesmo para uso pessoal, continuam sendo atos ilícitos. Ele frisou que o tribunal mantém essa visão e não está descriminalizando essas ações. Barroso também destacou que todos os ministros têm famílias e educam seus filhos a entender que o consumo de drogas é prejudicial, reforçando a posição de que o consumo de drogas deve ser visto como algo negativo.
Essa comunicação visa tranquilizar a população sobre a natureza do julgamento e combater a desinformação, esclarecendo que o tribunal não está promovendo a legalização das drogas, mas sim discutindo questões específicas relacionadas à descriminalização do porte para uso pessoal dentro do âmbito da lei existente.
Fonte: agenda do Poder com informações da Folha de S. Paulo.
Ele criticou a decisão de manter os juros em 10,5%, afirmando que ‘quem perde com isso é o povo brasileiro’
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) questionou nesta quinta-feira (20) a autonomia do Banco Central do Brasil (BC) e criticou a postura do seu presidente, Roberto Campos Neto. Essa é a segunda vez que Lula sobe o tom contra Campos Neto nesta semana.
Durante entrevista à Rádio Verdinha de Fortaleza (CE), Lula afirmou que, embora o presidente da República nunca interfira nas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Banco Central, ele tinha o poder de demitir o presidente do BC, como aconteceu em seu governo anterior com Henrique Meirelles, e com outros presidentes durante mandatos anteriores.
Ele questionou a verdadeira autonomia do BC, perguntando: “Autonomia de quem? Pra servir quem? Atender quem?”
Além disso, Lula comentou a decisão do Copom de manter a taxa básica de juros, a Selic, inalterada em 10,5% ao ano. Ele criticou essa decisão, afirmando que “quem perde com isso é o povo brasileiro”.
Lula argumentou que quanto mais juros o Brasil paga, menos dinheiro sobra para investimentos internos. Ele também mencionou que a taxa de juros deveria ser considerada um gasto, e destacou que os bancos privados preferem ganhar dinheiro com a alta taxa de juros em vez de conceder crédito.
Lula enfatizou a necessidade de o crédito ser tratado de forma mais acessível pelo Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste e BNDES.
Ele criticou os bancos privados por não concederem crédito adequadamente e comentou que “os grandes créditos são feitos pela Caixa, pelo Banco do Brasil, pelo Banco do Nordeste e pelo BNDES.”
Durante sua série de viagens pelo Nordeste, Lula buscou entregar e divulgar novas ações do governo federal na região. Ele reiterou a importância de considerar as necessidades dos trabalhadores, da classe média e dos mais necessitados, destacando que são esses os que mais pagam impostos no país.
Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles.
‘Esse conjunto habitacional poderia ter sido inaugurado em 2018, faltava 2% para terminar, pois entrou uma praga de gafanhoto para governar esse país, comeu todas as esperanças do povo’, disse
Nesta quinta-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez duras críticas ao governo Jair Bolsonaro, comparando-o a uma “praga de gafanhotos” durante a cerimônia de entrega de 416 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida em Fortaleza (CE).
Lula acusou a administração anterior de atrasar a conclusão das obras do complexo habitacional Cidade Jardim, que haviam sido retomadas em 2020, mas não foram finalizadas.
No evento, Lula afirmou: “Esse conjunto habitacional que vou inaugurar poderia ter sido inaugurado em 2018, faltava 2% para terminar, pois entrou uma praga de gafanhoto para governar esse país, comeu todas as esperanças do povo e não inaugurou as casas”.
Além da entrega das habitações, Lula anunciou um investimento federal de R$ 778,9 milhões em instituições federais de ensino no Ceará. Foram lançadas as pedras fundamentais para a construção de hospitais universitários das universidades federais do Ceará e do Cariri (UFC e UFCA), do Campus Iracema da UFC, do campus da Unilab em Baturité e de quatro novos campi do IFCE (Instituto Federal do Ceará).
Ainda nesta tarde, Lula participa da solenidade de entrega das 416 habitações do Minha Casa, Minha Vida em Fortaleza. Paralelamente, outro conjunto habitacional financiado pelo mesmo programa será entregue em Sinop (MT), com 288 apartamentos.
Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.
O Ministério das Relações Exteriores recebeu do governo da Argentina uma lista com nomes de brasileiros que cumpriam medidas cautelares por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, e estão foragidos no país vizinho. O documento foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), na última terça-feira (18), que foi quem solicitou ao Itamaraty que fizesse a consulta ao governo argentino.
Os trâmites para uma eventual extradição para o Brasil dependem de pedido formal pelo Judiciário e são de responsabilidade do Ministério da Justiça e Segurança Pública. No que diz respeito à cooperação jurídica internacional, o Itamaraty atua de forma auxiliar na tramitação de documentos.
No início deste mês, a Polícia Federal (PF) realizou operação para cumprir mandados de prisão de centenas de investigadospor envolvimento na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. Os alvos são pessoas foragidas ou que descumpriram medidas cautelares determinadas pelo STF, inclusive aqueles que romperam tornozeleiras eletrônicas e fugiram para países como a Argentina e Uruguai. Condenados a penas superiores a dez anos de prisão, eles recorrem em liberdade das condenações.
Pelo menos 50 pessoas foram presas até o dia seguinte à operação e a PF segue trabalhando para localização e captura de outros 159 condenados ou investigados considerados foragidos. As diligências fazem parte da Operação Lesa Pátria, que desde o ano passado apura quem são os responsáveis e os executores dos ataques e já teve 28 fases, a última deflagrada nesta quinta-feira (20).
“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido. As investigações continuam em curso, e a Operação Lesa Pátria é permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados cumpridos e pessoas capturadas”, informou a PF.
Apucarana é o município paranaense, com mais de 100 mil habitantes, que apresenta o maior percentual de crianças alfabetizadas na idade certa. Conforme relatório divulgado recentemente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), embasado nos resultados da Prova Paraná Mais 2023, 82,1% dos estudantes apucaranenses estão chegando ao final do 2º Ano do Ensino Fundamental dominando as habilidades de leitura e escrita.
O prefeito Junior da Femac destaca que Apucarana superou em 2,1% a meta de alfabetização estabelecida para 2030. “O Ministério da Educação, por meio do INEP, previu que o nosso município conseguiria alfabetizar 80% das suas crianças, na idade certa, em 2030. Mas nós conseguimos atingir e superar a meta com sete anos de antecedência. Na noite da última terça-feira (18/6), o Prêmio Band Cidades Evolução também apontou Apucarana como uma das três cidades que mais evoluíram em educação no Paraná. Isso é motivo de muito orgulho. Parabéns aos diretores, coordenadores, professores e funcionários das nossas escolas pela conquista destes excelentes resultados,” comemorou.
A secretária Marli Fernandes aponta os investimentos feitos, nos últimos anos, na rede municipal de educação como outro fator que contribuiu para os resultados alcançados na pesquisa Alfabetiza Brasil, do INEP. “Nós equipamos todas as salas de aula, das nossas 36 escolas, com bibliotecas itinerantes, que são estantes capazes de armazenar e transportar até cem livros. Por atenderem a um número menor de estudantes, os CMEIs foram contemplados com um livreiro cada. Assim, as obras literárias ficam sempre ao alcance das mãos das crianças, que podem folheá-las durante as aulas, nos intervalos e até as levar para casa a fim de ler com a família,” disse.
Apucarana é seguida pelos seguintes municípios, com mais de 100 mil habitantes, no ranking da alfabetização no Paraná: Maringá (80,5%), Cascavel (80,1%), Toledo (79,6%), Cambé (79,1%) e Arapongas (76%).
Conforme edital publicado há 15 dias no Diário Oficial do Município, a Prefeitura de Apucarana realiza na noite desta quinta-feira, dia 20 de junho, a partir das 19 horas, no Cine Teatro Fênix, audiência pública para discutir e consultar a população sobre o contrato de concessão de uso do imóvel onde será instalado o Hospital Municipal de Apucarana, bem como a concessão dos serviços médicos e hospitalares do mesmo.
Durante a audiência pública será apresentado o atual estágio das obras e também serão transmitidas informações sobre a licitação de contrato com empresa para gerenciar o hospital. Importante lembrar que a Lei Municipal Nº033/2024 autorizou o Executivo Municipal a celebrar contrato de concessão de uso do imóvel onde será instalado o Hospital Municipal de Apucarana.
Análise preliminar do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2023, divulgada nesta semana pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab/PR) aponta Apucarana com o melhor desempenho da região centro-norte paranaense. Entre os itens que mais geraram riquezas estão a produção de frango de corte (R$ 329,5 milhões), soja (R$ 171,9 milhões), milho (R$ 41,6 milhões) e trigo (R$31,8 milhões).
O levantamento, que engloba as 27 cidades do Vale do Ivaí mais Arapongas, demonstra que ao longo do ano passado a agropecuária apucaranense contabilizou o maior VBP, com faturamento estimado em R$ 736,4 milhões. O prefeito Júnior da Femac comentou os dados que confirmam a liderança regional de Apucarana na produção rural, salientando políticas de apoio governamental dado ao setor. “Desde 2019, a prefeitura desenvolve uma ampla política de valorização e fortalecimento da atividade agrícola local. Além de estímulo e assessoria técnica contínua, também promovemos a compra direta de inúmeros produtos, sobretudo, da agricultura familiar para enriquecer a alimentação escolar servida em toda a rede municipal e também para abastecer o Programa Feira Verde, que promove, entre a população, a troca de materiais recicláveis por alimentos saudáveis oriundos da agrofamília”, pontua o prefeito.
Júnior da Femac assinala ainda que além do frango de corte, soja, milho e trigo, Apucarana aparece com destaque na produção do café e também da fruticultura, atividade atendida pelo Programa Terra Forte. “Através desta ação a Secretaria Municipal da Agricultura fornece mudas selecionadas, insumos para fertilização do solo, como calcário e fosfato, e assessoria técnica. Sendo uma iniciativa que agrega a fruticultura e a cafeicultura, promovendo a diversificação nas propriedades, a geração de renda e também contribuí para a fixação das famílias no campo”, assegura o prefeito, lembrando que a contrapartida dos produtores rurais é dada em forma de produção agrícola, que é revertida à alimentação escolar e repasses às entidades assistenciais da cidade.
Na fruticultura, Apucarana se destaca na produção de abacate. Com área plantada de 260 hectares, o VBP em 2023 chegou a R$13 milhões. Com o mesmo VBP, somados a primeira e segunda safra, o tomate também é outro item que se destaca no município, segundo levantamento da Seab. Sobre a cafeicultura, o prefeito Júnior da Femac pontua que Apucarana está entre os cinco maiores produtores de café do Paraná. “Além da área cultivada, que tem crescido anualmente com apoio da prefeitura, que fornece mudas selecionadas de forma subsidiada aos produtores, o grão produzido em solo apucaranense se destaca pela qualidade”, assinala o prefeito, frisando que o VBP do café no ano passado chegou a R$30,8 milhões através do cultivo de 1.080 hectares.
De acordo com o relatório analítico da economista Larissa Nahirny, coordenadora da Divisão de Estatísticas Básicas do Deral, o clima favoreceu a maior parte da agropecuária no Estado. “Ao contrário da safra 21/22, na qual as condições climáticas afetaram drasticamente as produtividades das culturas de verão, na safra 22/23 esses produtos obtiveram excelentes resultados”, afirmou. A nota baixa foi representada pela 2ª safra e por algumas culturas de inverno, como feijão e trigo, que registraram perdas de qualidade e produtividade.
O VBP contempla aproximadamente 350 itens diversificados, incluindo grãos, proteínas animais, fruticultura, floricultura, silvicultura e uma ampla gama de produtos da agropecuária paranaense. Os dados são levantados pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Seab, ao longo do ano com pesquisas de preços e das condições das lavouras nos municípios.
O Programa de Hortas Solidárias de Apucarana, que já é um dos maiores do Paraná, ganhará novo impulso com um convênio firmado entre o Município e a Copel. Espaços sob a linha de transmissão de energia, que serão cercados e dentro das normas de segurança, passarão a ser utilizados para ampliar o programa.
O prefeito Junior da Femac agradeceu o governador Ratinho Junior pela parceria, ao presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero, e ao superintendente de meio ambiente da companhia, Carlos Eduardo Medeiros. “Por saber que Apucarana já desenvolve um programa que é referência, a Copel entrou em contato com o Município para firmar a parceria. Com isso, esses espaços poderão ser utilizados de forma ordenada, dentro dos requisitos e normas de segurança exigidos pela Copel”, pontua Junior da Femac.
Junior da Femac afirma que a primeira área selecionada está localizada entre o Núcleo Habitacional Dom Romeu Alberti e Loteamento Sanches dos Santos, em espaço de cerca de 35 mil metros quadrados, compreendido entre as ruas Ângelo Mantovani, São Felipe e São Patrício. “Apucarana possui hoje 39 hortas solidárias que somam área de cerca de 14 mil metros quadrados e, com essa parceria, vamos dobrar a área disponível para o programa”, ressalta Junior da Femac.
A coordenadora do Programa de Hortas Solidárias, Maura Aparecida Fernandes de Oliveira, afirma que diversas famílias já estão cadastradas para utilização do espaço. “Elas serão capacitadas pela Rede de Economia Solidária e pelo Senar com técnicas de manejo de hortas orgânicas. Além disso, receberão orientação de técnicos da Copel para que trabalhem com segurança debaixo da rede”, explica Maura.
De acordo com a parceria, a Copel deverá providenciar o cercamento de todo o espaço, bem como repassar a orientação necessária sobre riscos e cuidados de segurança. “A equipe da Copel já fez duas visitas técnicas no local, inclusive com a presença de um profissional da área de assistência social. Este será um novo espaço em que as famílias poderão cultivar alimentos orgânicos e saudáveis, tanto para consumo próprio quanto para a comercialização”, completa Maura.
Corte tem maioria de votos para derrubar pelo
menos três pontos
Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) (Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF)
Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília
O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu nesta
quarta-feira (19) o julgamento de 13 ações que contestam pontos da reforma da
Previdência, aprovada em 2019, durante o governo do ex-presidente Jair
Bolsonaro.
O julgamento foi suspenso por um pedido de vista feito pelo
ministro Gilmar Mendes. A vista é um mecanismo previsto no regimento interno da
Corte que permite aos membros do STF pedir mais prazo para analisar o processo
antes de proferir os votos. Não há data para a retomada da análise do caso.
Até o momento, o Supremo tem maioria de votos para
derrubar pelo menos três pontos da reforma. Contudo, a suspensão ainda não está
valendo porque depende da finalização do julgamento.
A maioria dos ministros já votou contra o mecanismo que autoriza
a contribuição extraordinária de aposentados e pensionistas quando ocorrer
déficit atuarial das contas da Previdência.
Também há votos para impedir a anulação de aposentadorias
do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), a previdência dos servidores
públicos, que utilizaram a contagem do Regime Geral de Previdência Social
(RGPS), destinado aos trabalhadores celetistas, sem o pagamento de
contribuições correspondentes.
A maioria dos ministros também está derrubando a regra que
diferencia o tempo de contribuição para aposentadoria entre mulheres do regime
próprio e do regime geral. Nos dois regimes, a aposentadoria de mulheres
pode ocorrer aos 62 anos. Contudo, no regime geral, o tempo mínimo de
contribuição é de 15 anos, enquanto no regime próprio é de 25 anos.
As ações foram protocoladas na Corte por associações que
representam diversas categorias de servidores públicos.
Presidente Lula também defendeu mais investimentos em educação
durante discurso em evento em Fortaleza
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a cerimônia de anúncios de investimentos para as instituições federais de educação do Ceará, no Palácio da Abolição, em Fortaleza - CE (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
O presidente Luiz
Inácio Lula da Silva fez um duro discurso, nesta quinta-feira (20), exigindo a
cobrança de impostos da elite brasileira, e criticando o fato de as parcelas
mais humildes da população terem de pagar a conta.
Lula afirmou que, no Brasil, os pobres têm que trabalhar e
pagar imposto de renda, enquanto a elite, "mama naquilo que o povo paga de
imposto de renda nesse país". As declarações foram dadas durante anúncio
de investimentos em instituições de educação e saúde, realizada em Fortaleza
(CE).
"O Lula não está radical, está
apenas contando uma história", ressaltou Lula, afirmando ainda que os mais
pobres não querem "ter mais que ninguém, queremos apenas o direito de
competir e disputar, para ver quem de fato estudou mais".
Na quarta-feira, o BC decidiu manter a Selic
em 10,50% ao ano com voto favorável dos quatro diretores indicados pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente Lula em entrevista à CBN (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
BRASÍLIA (Reuters) - A
decisão unânime do Banco Central pela interrupção do ciclo de cortes da taxa
básica de juros era amplamente esperada e não deve dificultar a relação com o
governo de cotados para a presidência da autoridade monetária que já fazem
parte da diretoria, avaliaram três fontes do governo.
Na quarta-feira, o BC decidiu manter a Selic em 10,50% ao
ano com voto favorável dos quatro diretores indicados pelo presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, marcando uma mudança de posição, já que na reunião de
maio eles haviam divergido do restante do grupo e votado por uma flexibilização
monetária maior.
Dois dos diretores, Gabriel Galípolo e Paulo Picchetti, são
considerados cotados para suceder Roberto Campos Neto na presidência da
autarquia a partir de 2025.
Uma fonte do ministério da Fazenda avaliou, sob condição
de anonimato, que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) não cria
indisposição de nenhum dos quatro diretores indicados por Lula para o BC.
Uma segunda autoridade da equipe econômica avaliou como positiva
a decisão unânime, argumentando que a coesão do colegiado reduz ruídos após a
turbulência gerada no mercado pela divergência na reunião de maio.
Para uma terceira fonte, do Palácio do Planalto, a decisão
não foi uma surpresa. Ela avaliou que Lula fez o cálculo político de subir o
tom contra o BC exatamente por considerar esse provável cenário de manutenção
da Selic.
Na véspera da decisão do Copom, Lula acusou Campos Neto de
trabalhar para prejudicar o país, sinalizando que indicará um sucessor para o
cargo de chefe da autarquia que seja "sério, responsável e imune aos
nervosismos momentâneos do mercado".
Para essa fonte do Planalto, o presidente decidiu
"dizer o que precisava ser dito” para marcar posição política sobre os
juros, mas também por desconforto após Campos Neto ter se encontrado mais de
uma vez nas últimas semanas com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas,
cotado pela direita para uma possível candidatura à presidência da República.
Essa fonte, porém, acredita que o voto dos diretores indicados
por Lula, alinhados ao restante do colegiado em visão dura em relação aos
juros, não comprometerá a relação com o presidente.
Outra autoridade da Fazenda, apesar de defender que havia
espaço para um corte de 0,25 ponto percentual nos juros básicos, avaliou que a
unanimidade serve como escudo para a diretoria, que teve a decisão criticada
não apenas por Lula, mas por representantes da esquerda e do setor produtivo.
Nesta quinta-feira, em entrevista à rádio Verdinha, em
Fortaleza, Lula lamentou a interrupção nos cortes de juros pelo BC e afirmou
que o povo brasileiro é quem mais perde com a decisão. Ele não fez comentários
específicos sobre diretores indicados pelo atual governo.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na
quarta-feira que vai aguardar a divulgação da ata da reunião do Copom, na
próxima terça-feira, para tecer comentários mais profundos sobre a Selic.
"Tenho confiança nas pessoas
indicadas (para o BC). Vamos seguir um rumo forte da economia", disse, na
ocasião.
A Prefeitura de Apucarana realiza neste sábado (22), às 20 horas, no Cine Teatro Fênix, evento de lançamento do livro “Alma e História das Ruas de Apucarana – Volume 2”. Escrito pelo jornalista e escritor Fernando Klein, a obra tem 202 páginas e traz a biografia de personalidades que dão nome a ruas da cidade.
Principal incentivador dos livros sobre as ruas de Apucarana e os cidadãos homenageados, o prefeito Junior da Femac destaca que a narrativa permite ao leitor conhecer a história da cidade por meio dessas pessoas maravilhosas. “Todas acreditavam no potencial de desenvolvimento do município e cada um deles contribuiu com o seu trabalho para Apucarana chegar aos 80 anos com grande potencial nas mais diversas áreas”, assinala o prefeito.
O primeiro volume de “Alma e História das Ruas de Apucarana” foi lançado em fevereiro de 2021, com ampla repercussão, o que motivou a publicação de uma nova edição com novas biografias de pioneiros e personalidades que nomeiam ruas da cidade. O lançamento neste sábado contará com a presença de familiares dos homenageados.
Fernando Klein informa que a nova edição tem 21 capítulos, mas aborda mais de 30 nomes de ruas. “Há famílias com mais de um nome de rua em Apucarana. É o caso da família Menegazzo, que dá nome a um bairro na cidade, e foi incluída nesse volume”, observa.
O escritor explica que o livro contempla textos biográficos e fotos dos homenageados, com uma diagramação leve para facilitar a leitura. “O projeto foi elaborado durante mais de um ano a partir de entrevistas com familiares e extensa pesquisa bibliográfica”, assinala.
Ele acrescenta que, além de trazer a biografia das personalidades, o livro também traz a história de Apucarana, que completou em janeiro 80 anos. “Tenho muito orgulho desse projeto. Daqui a 50 anos, as pessoas terão acesso a uma publicação que explica o porquê das principais ruas da cidade terem os respectivos nomes”, pontua.
Segundo ele, o primeiro volume se concentrou nas ruas do centro. A nova edição privilegia ruas da periferia, como as ruas Cristiano Kussmaul, Rafael Sorpilli, Rosa Ribeiro Zacarias, entre outras. O obra também retrata personalidades estaduais e também mundiais, como Roberto da Silveira, Souza Naves, Frankó e Marie Curie. “É uma forma de mostrar também a multiplicidade de nomes que estão imortalizadas nas ruas da cidade”, observa.
O jornalista destaca ainda a ajuda dos familiares dos homenageados. “Agradeço às famílias, que abriram as portas de suas casas para me ajudar a realizar esse projeto, que retrata a história de pioneiros e do próprio município”, completa.
Capítulos do livro
Alexandre Balan
Antonieta Silva Lautenschlager
Benevides Mesquita
João Braga Côrtes
Casemiro Blanski
Izidoro Luiz Cerávolo
José Ciappina
Cristiano Kussmaul
Denhei Kanashiro
Diva Nadir
Gregório Holak
Jamil Soni
João Baptista Boscardin Junior
Nicolau e Pedro Kowalski
Família Menegazzo
Miguel e João Raduy
Rafael Sorpilli
Rosa Ribeiro Zacarias
Suzana e Joaquim Diogo Pacheco
Roberto da Silveira, Souza Naves e Corifeu de Azevedo Marques
Especialistas preveem estação quente e irregularidades
climáticas no Brasil
(Foto: ABr)
O inverno começa oficialmente
no Hemisfério Sul nesta quinta-feira (20) às 17h50, horário de Brasília. A
transição do outono para a estação mais fria do ano é marcada pelo solstício de
inverno, fenômeno em que o planeta atinge o ponto mais distante do Sol,
aparentando uma pausa em sua trajetória.
Segundo o astrônomo Thiago Gonçalves, diretor do
Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em
entrevista à Agência Brasil, o
solstício acontece duas vezes ao ano, uma em junho e outra em dezembro. A
inclinação do eixo da Terra faz com que um hemisfério fique mais exposto à luz
solar, iniciando o verão, enquanto o outro entra no inverno.
Apesar da chegada do inverno, o meteorologista Vinícius Lucyrio, da
Climatempo, prevê uma estação quente, semelhante ao outono. "A tendência é
de temperaturas acima da média nos próximos três meses, especialmente no
Sudeste e Centro-Oeste", afirma Lucyrio. Os principais fatores para as
temperaturas anormais e chuvas irregulares listados pelo G1são:
Bloqueios
atmosféricos: Menos
massas de ar frio conseguem avançar pelo interior do país, resultando em
extremos de calor, mesmo durante o inverno.
Águas
aquecidas do Oceano Atlântico: Interferem na atmosfera, alterando os
padrões típicos do inverno, mesmo com a atuação do fenômeno La Niña, que
geralmente traz frentes frias mais fortes para o Brasil.
Embora o inverno seja previsto com médias de temperaturas mais altas, os
meteorologistas alertam que ainda haverá dias frios, com maior variabilidade
térmica em comparação ao ano passado.
Previsões para o Inverno nas Regiões do Brasil
1.Frio e Fenômenos Climáticos:
·Boa parte do país terá temperaturas
acima da média, mas ondas de frio devem ocorrer, principalmente no Sul.
·Maior potencial para geada e neve no
Sul, sul do Mato Grosso do Sul e algumas áreas de São Paulo, especialmente
entre a segunda quinzena de julho e o início de setembro.
1.Ondas de Calor:
·Prováveis no fim da estação, com
agosto e setembro tendendo a temperaturas muito acima da média.
1.Seca na Amazônia:
·Tendência de baixa acelerada do nível
dos rios até a primeira quinzena de outubro, com marcas semelhantes às de 2023.
1.Chuvas no Nordeste:
·Altos volumes de chuva ainda são
esperados em julho, especialmente no leste nordestino, embora a tendência geral
seja de volumes entre a média e um pouco abaixo.
1.Queimadas:
·Maior número de focos de queimadas e
área queimada em comparação a 2023, devido à irregularidade de chuvas e altas
temperaturas prolongadas.
Influência do La Niña
A Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA)
indica que o Oceano Pacífico está em fase neutra, mas observa-se uma tendência
de resfriamento, sinalizando a instalação do La Niña nos próximos meses.
"O La Niña deve se instalar definitivamente entre a segunda quinzena de
julho e o início de agosto", prevê Lucyrio.
Os efeitos clássicos do La Niña no Brasil incluem:
Aumento de chuvas no Norte e Nordeste;
Tempo seco no
Centro-Sul;
Condições mais
favoráveis para a entrada de massas de ar frio.
Tendências Climáticas Mensais
Julho: Possibilidade de ser o mais quente já
registrado, com temperaturas acima da média e grandes amplitudes térmicas.
Agosto: Maior variabilidade de temperaturas no
Sul, com períodos de calor predominando.
Setembro: Prováveis novas ondas de calor, com
temperaturas acima da média e chuvas abaixo da média em quase todo o país.
O próximo fenômeno climático significativo será o
equinócio, que ocorrerá em setembro, quando dia e noite terão a mesma duração e
ambos os hemisférios serão igualmente iluminados, segundo Gonçalves. A duração
completa do ciclo até o próximo solstício de inverno é de 365 dias, 48 minutos
e 46 segundos, necessitando o ajuste do calendário com o ano bissexto a cada
quatro anos.