Ministro da Fazenda recebeu o prêmio "Faz Diferença"
Reuters – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
afirmou na noite desta quarta-feira que o Congresso "ajudou muito o
Brasil", durante cerimônia de entrega do prêmio "Faz Diferença",
do jornal O Globo, no Rio de Janeiro.
Haddad foi vencedor do prêmio na
categoria de economia.
"O que foi enaltecido aqui não teria sido possível sem os
Poderes da República. O Congresso ajudou muito o Brasil; o Judiciário tem feito
seu trabalho", comentou Haddad em rápido discurso, ao receber o prêmio.
"Acredito piamente que se os poderes democráticos se
organizarem podemos oferecer mais e melhor por esse país que tem tantas
oportunidades", acrescentou.
Mais cedo, também no Rio, Haddad
participou da cerimônia de posse da nova presidente da Petrobras, Magda
Chambriard, juntamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Décio Lima participou, nesta quarta-feira (19), do CB Debate,
discussão promovida pelo jornal Correio Braziliense e pelo Banco do Nordeste
Agência Sebrae - O presidente do Sebrae, Décio Lima, defendeu,
nesta quarta-feira (19), uma atenção redobrada para a região Nordeste como
forma de garantir melhor qualidade de vida para a sua população e ao mesmo
tempo para que ela sirva de modelo para outros territórios. De acordo como o
gestor, que participou do painel sobre a força do Nordeste na transformação
social do país, do CB Debate, discussão promovida pelo jornal Correio
Braziliense e pelo Banco do Nordeste, é necessário reforçar ações que promovam
a sustentabilidade, a inovação e inclusão social com acesso a crédito para os
pequenos empreendedores locais.
“O Nordeste deve ser uma prioridade no
acesso ao crédito para alcançarmos um processo seguro de desenvolvimento e de
inclusão social”, ressaltou o presidente do Sebrae, Décio Lima. “A região
cresceu praticamente o dobro daquilo que o Brasil cresceu em 2023, com 7%. Essa
resiliência é a expressão viva desse povo que nunca desistiu, mesmo com a seca,
como o descaso de governos por de décadas. Esse território foi o que teve a
maioria das pessoas no Mapa da Fome e esses números mostram a resiliência
econômica do povo brasileiro, principalmente do povo nordestino”, completou
Décio Lima.
No entanto, para a região continuar crescendo, principalmente
entre os pequenos negócios, o presidente do Sebrae destacou que é importante
reforçar o trabalho de acesso a crédito para os empresários. De acordo com
levantamento da entidade, a taxa de juros cobrada dos pequenos empreendedores
locais é de mais de 50%.
“É um absurdo. Não é possível que essa potência que é o
Nordeste se submeta a essa situação. É a crueldade de um modelo também que é
produto da herança trágica dos acontecimentos recentes no Brasil”, disse. “É
por isso, que por meio do programa Acredita, o Sebrae possibilita uma carteira
de crédito de R$ 30 bilhões que dê garantias aos pequenos negócios para que
possam acessar os recursos e investir no seu crescimento”, comentou.
Décio Lima também exaltou a experiência do povo nordestino e a
grande oportunidade que o país tem em promover negócios mais sustentáveis e
inovadores. “Não tem mais volta o modelo de uma economia globalizada, mas
também não tem mais volta um caminho sem economia sustentável, uma economia
limpa. A grandeza do Nordeste na energia renovável limpa é uma diferença também
territorial”, avaliou.
Juros
Durante o debate, Décio Lima ainda se posicionou contra a
condução do Banco Central do Brasil e uma possível continuidade da taxa básica
de juros (Selic) em 10,50% ao ano. “Representa entregar a economia brasileira
para meia dúzia de acumuladores de riqueza e faz com que o Brasil conviva ainda
com milhões de pessoas na fome e na miséria. Esse é o grande desafio da
economia brasileira para dar um rápido salto de economia”, apontou.
Participaram ainda do painel o presidente do Banco do
Nordeste, Paulo Câmara; o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação,
Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio
(MDIC), Uallace Lima; e o deputado Federal Júlio Cesar (PSD/PI), coordenador da
Bancada do Nordeste na Câmara dos Deputados.
Jornais, colunistas e economistas tratam Lula como perdedor com a manutenção dos juros
Após a decisão do Banco Central de manter inalterada a taxa básica de juros, nesta quarta-feira, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou um comunicado em que considera “inadequada e excessivamente conservadora” a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A Selic foi mantida em 10,5% ao ano, interrompendo o ciclo de cortes iniciado na reunião de 3 de agosto de 2023.
Segundo a entidade, a manutenção dos juros, neste momento, vai impor restrições adicionais à atividade econômica, com reflexos negativos sobre o emprego e a renda, sem que o “quadro inflacionário exija tamanho sacrifício”.
“A manutenção do ritmo de corte na Selic seria o correto, pois contribuiria para mitigar o custo financeiro suportado pelas empresas e pelos consumidores, sem prejudicar o controle da inflação”, defende o presidente da CNI, Ricardo Alban.
Para a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), ainda que esperada, a decisão de manter a Selic prejudica a recuperação de importantes setores econômicos do país. “Esse patamar elevado continua a limitar a expansão dos investimentos. Ademais, a indústria, entre os três principais setores que compõem o PIB, foi a única a apresentar desempenho negativo no último trimestre”, disse a entidade em nota.
Em outro comunicado, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) diz que a manutenção da Selic em patamares elevados reflete uma postura cautelosa diante da inflação, que está em patamar baixo para o padrão brasileiro.
Segundo a Abimaq, o atual nível de juros gera preocupações significativas sobre os efeitos adversos no crescimento econômico.
A decisão do Copom também preocupa a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Assim como os demais setores produtivos do país, a instituição diz que que “este é um movimento equivocado, já que ainda haveria espaço para uma redução de 0,25 ponto nesta reunião”.
A CNC avalia que a estabilização da Selic gera um cenário de menor atratividade para o crédito e, consequentemente, para o setor de comércio e serviços, pois a tendência é que as famílias diminuam seu ritmo de consumo.
Já a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul afirma que o melhor cenário seria a continuidade do ciclo de redução dos juros, principalmente devido às condições difíceis que as empresas do Rio Grande do Sul estão enfrentando. Mas, diante do “desajuste econômico das últimas semanas, pode ser prejudicial à indústria”.
Isso se deve, segundo a Federação, “à deterioração das expectativas de inflação nos últimos 45 dias, em virtude de uma política fiscal menos austera, e à incerteza quanto à condução da política monetária no próximo ano”.
Para participar do sorteio, os apostadores devem registrar suas
apostas até às 19h
Nesta quinta-feira
(20), a Mega-Sena realizará o sorteio do concurso 2739, com um prêmio acumulado
que pode chegar a R$ 60 milhões, informa o Valor Investe. Este sorteio será realizado
às 20h, no Espaço da Sorte, localizado em São Paulo (SP).
Para participar do sorteio, os apostadores devem registrar
suas apostas até às 19h do mesmo dia. Existem várias maneiras de apostar:
presencialmente em qualquer casa lotérica, através do site oficial da Caixa
Econômica Federal ou utilizando o aplicativo "Loterias Caixa",
disponível para dispositivos iOS e Android.
Cada aposta simples, onde o jogador
escolhe seis números, custa R$ 5. Durante o sorteio, seis dezenas serão
sorteadas e a expectativa para os apostadores é alta. No entanto, é importante
lembrar que as chances de ganhar o prêmio principal com uma aposta simples são
de 1 em 50.063.860.
Nesta quinta-feira (20), a Caixa Econômica Federal realiza o pagamento
do Bolsa Família referente ao mês de junho. Beneficiários cujo Número de
Identificação Social (NIS) termina em 4 receberão o benefício hoje.
Artista havia sido internado nesta quarta sem revelar o motivo
O sertanejo Chrystian, da dupla com seu irmão Ralf, de muito sucesso, morreu na noite desta quarta-feira depois de ter sido internado no Hospital Samaritano, em São Paulo, após passar mal. A família do cantor confirmou o falecimento e lamentou a perda de um “querido esposo, pai e artista”. A assessoria do artista havia confirmado que ele havia dado entrada na unidade de saúde e que o quadro exigia “repouso imediato e tratamento especializado”, sem revelar o diagnóstico.
Em nota sobre o falecimento do artista, a família afirma que “sua voz inconfundível e sua paixão pela música trouxeram alegria e emoção aos fãs em todo o Brasil”, lembrando que ele “dedicou 60 anos de sua vida à música sertaneja, construindo uma carreira brilhante e marcada por inúmeros sucessos”.
Chrystian ficou famoso pela dupla sertaneja formada com o irmão, Ralf. A dupla Chrystian & Ralf iniciou a carreira em 1983 e se apresentou até o ano 2000. Após um ano sem atividades, voltaram a trabalhar juntos em 200, anunciando a separação definitiva em 2021. Juntos, venderam mais de 15 milhões de cópias de seus álbuns, acumularam milhões de views no YouTube e uma coleção de discos de ouro e platina.
Leia a íntegra da nota da família de Chrystian:
Com imenso pesar, a família e a equipe de Chrystian, comunicam o falecimento do nosso querido esposo, pai e artista, ocorrido no Hospital Samaritano, em São Paulo.
Chrystian dedicou 60 anos de sua vida à música sertaneja, construindo uma carreira brilhante e marcada por inúmeros sucessos. Sua voz inconfundível e sua paixão pela música trouxeram alegria e emoção aos fãs em todo o Brasil. Ao longo de sua trajetória, Chrystian esteve sempre na estrada, compartilhando seu talento e carisma em incontáveis shows, onde conquistou e encantou gerações de admiradores.
Neste momento de profunda dor, encontramos consolo nas memórias dos momentos felizes e nas canções que ele nos deixou. Agradecemos de coração todo o apoio, carinho e respeito que recebemos dos fãs, amigos e colegas de profissão.
Chrystian viverá para sempre em nossos corações e através de sua música, que continuará a inspirar e emocionar a todos.
Agentes da PF executam mandados de busca e
apreensão e de busca pessoal nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e Santa
Catarina
Na manhã desta
quinta-feira (20), a Polícia Federal deflagra a 28ª fase da Operação Lesa
Pátria, visando suspeitos de financiar e fomentar os atos golpistas ocorridos
em 8 de janeiro de 2023, informa og1.
Com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), os
agentes estão executando 15 mandados de busca e apreensão e 12 de busca
pessoal. Entre os 27 mandados expedidos pela Corte, não há ordens de prisão.
As ações estão sendo realizadas nos
estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina
O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quinta-feira (20) o julgamento sobre a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal.
Em março deste ano, a análise do caso foi interrompida por um pedido de vista feito pelo ministro Dias Toffoli. Antes da interrupção, o julgamento contava com placar de 5 votos a 3 para a descriminalização somente do porte de maconha para uso pessoal.
Conforme os votos proferidos até o momento, há maioria para fixar uma quantidade de maconha que caracterize uso pessoal e não tráfico de drogas, que deve ficar entre 25 e 60 gramas ou seis plantas fêmeas de cannabis. A quantidade será definida ao fim do julgamento.
O Supremo julga a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei das Drogas (Lei 11.343/2006), que criou a figura do usuário, diferenciado do traficante, que é alvo de penas mais brandas. Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo para quem adquirir, transportar ou portar drogas para consumo pessoal.
A lei deixou de prever a pena de prisão, mas manteve a criminalização. Dessa forma, usuários de drogas ainda são alvos de inquérito policial e processos judiciais que buscam o cumprimento das penas alternativas.
No caso concreto que motivou o julgamento, a defesa de um condenado pede que o porte de maconha para uso próprio deixe de ser considerado crime. O acusado foi detido com três gramas de maconha.
O militar é suspeito de omissão nos ataques às sedes dos Três Poderes
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal
(STF), permitiu que o major da Polícia Militar do Distrito Federal Flávio
Silvestre de Alencar, preso na 5ª fase da Operação Lesa Pátria por suspeita de
omissão nos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro, compareça a uma
festa junina.
A autorização é válida por duas horas no próximo sábado
(22), começando às 12h10. No evento, o filho do militar participará de uma
apresentação.
“Ressalte-se que a presente decisão não dispensa o requerente do
cumprimento das demais medidas cautelares a ele impostas, incluído o
monitoramento eletrônico”, determinou Moraes.
No dia dos atos golpistas, Alencar era o comandante em
exercício do 6º Batalhão, responsável pela Esplanada dos Ministérios. Segundo
investigações, o major teria dito durante trocas de mensagens anteriores a 8 de
janeiro que, em caso de manifestações na Esplanada, a PM deveria permitir as
invasões.
O policial também é acusado de facilitar o desmonte da barreira
contra os golpistas na rampa que conecta o STF ao Congresso Nacional.
No final de maio, Alexandre de Moraes concedeu liberdade
provisória a Alencar, impondo medidas como o uso de tornozeleira eletrônica,
recolhimento domiciliar noturno, cancelamento do passaporte e suspensão do
porte de arma.
Na determinação, Moraes afirmou que a alegação da defesa de Lira
não era procedente
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal
(STF), reviu nesta quarta-feira (19) a própria decisão e autorizou que as
plataformas voltassem a divulgar materiais com as denúncias de Jullyene Lins,
ex-mulher do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), contra o parlamentar.
Na determinação, Moraes afirmou que, após o bloqueio dos
links (URLs), foi verificado que a alegação da defesa de Lira não era
procedente.
"Após a realização dos bloqueios determinados, as
informações coletadas demonstram que algumas das URLs não podem ser
consideradas como pertencentes a 'um novo movimento em curso, claramente
coordenado e orgânico, e nova replicagem, de forma circular, desse mesmíssimo
conteúdo ofensivo e inverídico', como salientado pelo requerente", afirmou
o magistrado.
Jullyene Lins já acusou o parlamentar de agressão física e
envolvimento em esquemas de corrupção.
De acordo com o dirigente, "não há qualquer explicação
racional para o fato da taxa de juros estar ainda acima dos dois dígitos"
O presidente do
Sebrae, Décio Lima, criticou nesta quarta-feira (19) a decisão do Comitê de
Política Monetária (Copom), ligado ao Banco Central, de manter em 10,50% a taxa
de juros, ao invés de reduzi-la com o objetivo de baratear o crédito, estimular
o consumo e expandir a economia.
"Não há qualquer explicação racional para o fato da
taxa de juros estar ainda acima dos dois dígitos, quando temos uma inflação
anual de menos de 4%. Da maneira como está sendo conduzido, o Banco Central não
é independente, não serve aos interesses do povo brasileiro, porque está sendo
utilizado a serviço dos rentistas, daqueles que ganham dinheiro, tornando ainda
mais difícil a vida do trabalhador", afirmou o dirigente em entrevista ao Painel S.A.
"A manutenção da Selic nessas bases
prejudica não só o governo, que tenta recuperar a economia. Ao manter elevados
os juros da dívida pública, o BC atinge também os consumidores e as empresas,
principalmente os micro e pequenos negócios, porque o crédito fica mais
caro".
"A manutenção do ritmo de corte nos juros seria o correto,
pois contribuiria para mitigar o custo financeiro suportado pelas empresas e
pelos consumidores", defende a confederação
A Confederação Nacional da
Indústria (CNI) divulgou uma nota criticando a decisão do Comitê de Política
Monetária (Copom) do Banco Central de manter a taxa Selic em 10,5% ao ano.
Segundo a entidade, a medida é "inadequada e excessivamente conservadora",
representando um obstáculo ao crescimento econômico do país.
"A manutenção do ritmo de corte na Selic seria o
correto, pois contribuiria para mitigar o custo financeiro suportado pelas
empresas e pelos consumidores, sem prejudicar o controle da inflação",
afirmou o presidente da CNI, Ricardo Alban.
A decisão de interromper o ciclo de cortes na Selic, iniciado em
agosto do ano passado, foi unânime entre os membros do Copom. Em comunicado, o
Comitê justificou a medida destacando o cenário global incerto e a resiliência
da atividade econômica doméstica, além da elevação das projeções de inflação e
das expectativas desancoradas que demandam maior cautela.
IMPACTOS ECONÔMICOS - A CNI argumenta que a manutenção da Selic em 10,5% impõe
restrições adicionais à atividade econômica, com reflexos negativos sobre o
emprego e a renda. Com a taxa mantida nesse patamar, a taxa de juros real – que
desconta a inflação esperada para os próximos 12 meses, de 3,6% – fica em
6,64%, ou seja, 2,14 pontos percentuais acima da taxa de juros real neutra,
estimada pelo Banco Central em 4,5% ao ano. Esse patamar coloca a taxa de juros
real do Brasil como a segunda maior do mundo, atrás apenas da Rússia.
Mesmo se o Copom tivesse reduzido a Selic em 0,25 ponto
percentual, a taxa de juros real ainda estaria em 6,4% ao ano, mantendo uma
política monetária fortemente contracionista, segundo a CNI.
PREVISÕES DE
CRESCIMENTO - A entidade destacou que essa
política monetária restritiva afetará o crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB). As previsões indicam que o crescimento do PIB brasileiro será menor este
ano do que em 2023. Enquanto o crescimento observado no ano passado foi de
2,9%, a previsão para 2024, segundo o Relatório Focus, é de 2,08%. O Fundo
Monetário Internacional (FMI) projeta um crescimento do PIB brasileiro de 2,2%
em 2024, comparado à média de 4,2% dos países em desenvolvimento.
DINÂMICA INFLACIONÁRIA - A
CNI também questionou a justificativa do Banco Central relacionada à inflação.
A recente aceleração dos preços em maio e a elevação das expectativas para 2024
são vistas como movimentos temporários que não configuram uma mudança
estrutural na dinâmica dos preços. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) vinha desacelerando desde outubro de 2023, com o acumulado em 12
meses até abril de 2024 registrando 3,7%, abaixo dos 4,6% acumulados até
dezembro de 2023. Em maio, o índice acumulado em 12 meses acelerou para 3,9%,
influenciado principalmente pelo grupo alimentação.
As expectativas de inflação para o final de 2024, que
estavam em queda e chegaram a 3,7% em abril, voltaram a crescer, atingindo
3,96% na última publicação do Relatório Focus. A CNI destacou que espera-se que
o IPCA de 2024 termine abaixo do observado em 2023 e dentro do teto da meta
para o ano, de 4,5%.
"Não será fazendo o
jogo do mercado e dos especuladores que a direção do BC vai conquistar
credibilidade, nem hoje nem nunca", apontou a parlamentar
A deputada federal Gleisi
Hoffmann (PT-PR) criticou duramente a decisão do Banco Central de manter a taxa
Selic em 10,50% ao ano. A parlamentar usou suas redes sociais para expressar
sua indignação, destacando que a decisão não encontra respaldo em argumentos
técnicos, econômicos ou morais.
"Não há justificativa técnica, econômica e muito
menos moral para manter a taxa básica de juros em 10,5%, quando nem as mais
exageradas especulações colocam em risco a banda da meta de inflação. E não
será fazendo o jogo do mercado e dos especuladores que a direção do BC vai
conquistar credibilidade, nem hoje nem nunca", escreveu Gleisi Hoffmann em
seu perfil no Twitter.
A decisão do Comitê de Política Monetária
(Copom) do Banco Central de manter a Selic, interrompendo assim o ciclo de
afrouxamento monetário iniciado em agosto do ano passado, foi unânime entre os
membros do Comitê. Em comunicado, o Copom justificou a medida destacando o
cenário global incerto e a resiliência da atividade econômica doméstica, além
da elevação das projeções de inflação e das expectativas desancoradas que,
segundo o Comitê, demandam maior cautela.
"O Comitê, unanimemente, optou por interromper o ciclo de
queda de juros, destacando que o cenário global incerto e o cenário doméstico
marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e
expectativas desancoradas demandam maior cautela", informou o Copom.
A diretoria do Banco Central argumentou que a política
monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente para consolidar
tanto o processo de desinflação quanto a ancoragem das expectativas em torno
das metas estabelecidas.
A crítica de Gleisi Hoffmann se soma a de outros parlamentares
do Partido dos Trabalhadores. O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ)
também manifestou sua insatisfação com a decisão do Copom. "Não há
justificativa técnica para o Comitê de Política Monetária (Copom), ligado ao
Banco Central, manter a taxa de juros em 10,50% ao ano", afirmou
Lindbergh, caracterizando a decisão como "irresponsável".
Para o parlamentar, a medida do Banco Central tem o
objetivo de prejudicar o governo Lula e impedir o crescimento econômico do
país. "Campos Neto tem o intuito claro de sabotar o governo Lula, de
travar o crescimento da economia", declarou Lindbergh, acusando o
presidente do Banco Central de ser um "político bolsonarista".
Autoridades argentinas entregaram uma relação com 60 fugitivos
A chanceler da Argentina,
Diana Mondino, encaminhou ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) uma lista com fugitivos investigados ou condenados pelos atos golpistas do
8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram a
Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF).
Autoridades argentinas entregaram nesta terça (18) uma
relação com os nomes de 60 fugitivos. O documento chegou ao gabinete do
ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes nesta quarta, de
acordo com informações publicadas no Portal Uol.
O STF enviou um ofício ao governo argentino com uma lista de 143
condenados e investigados do 8 de Janeiro que quebraram a tornozeleira e
fugiram. A Justiça queria saber quais deles estavam na Argentina, presidida por
Javier Milei, ultradireitista aliado de Jair Bolsonaro (PL).
Ministros do Supremo fizeram mais de 200 condenações por
conta das manifestações terroristas. A Procuradoria-Geral da República fez pelo
menos 1.390 denúncias. Outros julgamentos ainda vão acontecer.