Presidente russo comentou o Tratado de Parceria Estratégica
Abrangente que a Rússia acaba de assinar com a Coreia do Norte, sublinhando que
o documento reforça ambos os países
Sputnik - O Tratado de Parceria Estratégica Abrangente
assinado pela Rússia e pela Coreia do Norte prevê assistência mútua em caso de
agressão contra um dos participantes, disse o presidente russo Vladimir Putin,
após conversas com seu homólogo norte-coreano Kim Jong-un.
O líder russo chamou a atenção para as declarações dos EUA e de
outros países da OTAN sobre o fornecimento de sistemas de armas de precisão e
longo alcance, caças F-16 e outras armas e equipamentos semelhantes para
ataques ao território da Rússia.
"Isso não é apenas uma declaração, já está
acontecendo, e tudo isso é uma violação grosseira das restrições adotadas pelos
países ocidentais no âmbito de vários tipos de obrigações internacionais",
sublinhou Putin.
"Os amigos coreanos assumem uma posição objetiva e
equilibrada na questão da regularização ucraniana, eles entendem as verdadeiras
causas iniciais da crise."
De acordo com o alto responsável russo, essa posição da
liderança norte-coreana é outra confirmação clara de seu "curso
verdadeiramente independente, autônomo e soberano".
"Tanto a Rússia quanto a Coreia [do Norte] seguem uma
política externa independente e não aceitam a linguagem da chantagem e do
diktat", disse Putin.
"Nas conversas de hoje, foi dada grande atenção às
questões de segurança e à agenda internacional. Nossos países têm defendido
consistentemente a ideia de formar uma ordem mundial multipolar mais justa e
democrática. Ela deve se basear no direito internacional e na diversidade
cultural e civilizacional", afirmou o presidente russo.
"Nós nos opomos à prática de aplicar
sanções e restrições com motivação política. Essas ações ilegítimas apenas
prejudicam o sistema econômico e político global", apontou Vladimir Putin,
acrescentando que a Rússia e a Coreia do Norte estão se desenvolvendo com
sucesso em uma base soberana e independente, apesar da pressão externa. Ele
garantiu que os países darão total apoio um ao outro como verdadeiros amigos e
bons vizinhos.
Desde janeiro de 2024, a vacina contra a covid-19 integra o Programa Nacional de Imunizações (PNI). A recomendação do Ministério da Saúde é que estados e municípios priorizem crianças de 6 meses a menores de 5 anos e grupos com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como idosos, imunocomprometidos, gestantes e puérperas.
Em maio, a pasta confirmou a compra de 12,5 milhões de doses do imunizante contra a covid-19 SpikeVax, produzido pela farmacêutica Moderna. O processo de aquisição emergencial, segundo o ministério, começou em dezembro de 2023, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a versão mais atualizada da vacina.
A SpikeVax é uma dose monovalente que protege contra uma subvariante específica da covid-19, a XBB 1.5, conhecida popularmente como Kraken e um subtipo da variante Ômicron. A vacina é registrada pela empresa Adium S.A. e fabricada pela Moderna, com indicação para imunização ativa em crianças a partir de 6 meses e adultos.
Esquema primário
Com a aquisição da nova dose, o esquema primário de vacinação contra a covid-19 no Brasil, em 2024, passa a funcionar da seguinte forma:
- Crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias devem receber duas doses, ambas monovalentes (SpikeVax), com intervalo de quatro semanas entre elas;
- Pessoas com 5 anos ou mais que fazem parte de grupos prioritários devem receber uma dose monovalente (SpikeVax);
- Imunocomprometidos com 5 anos ou mais devem receber três doses, sendo a primeira monovalente (SpikeVax). A segunda dose deve ser aplicada quatro semanas depois e a terceira, oito semanas após a segunda dose.
De acordo com a Estratégia de Vacinação contra a Covid-19 em 2024, o esquema primário não é mais recomendado rotineiramente para pessoas com 5 anos ou mais que não fazem parte de grupos prioritários. Entretanto, se a pessoa não tiver sido vacinada anteriormente e optar por se vacinar agora, pode receber uma dose da vacina monovalente (SpikeVax).
No caso de crianças menores de 5 anos completamente imunizadas (três doses) anteriormente com outras vacinas contra a covid-19, a orientação do ministério é que elas recebam mais uma dose da vacina monovalente (SpikeVax).
Doses anuais ou reforço
Além de completar o esquema primário contra a covid-19, é preciso atentar para as doses anuais, que passaram a funcionar da seguinte forma:
- Grupos prioritários a partir de 5 anos devem receber uma dose anual da vacina monovalente (SpikeVax), desde que aplicada com intervalo mínimo de três meses desde a administração da última dose contra a covid-19;
- Imunocomprometidos a partir de 5 anos, gestantes, puérperas e idosos a partir de 60 anos devem receber duas doses anuais da vacina monovalente (SpikeVax), com intervalo mínimo de seis meses entre elas;
Pessoas com 5 anos ou mais que não pertencem a grupos prioritários e já possuem o esquema primário completo (duas doses) não têm indicação para receber a dose anual ou reforço.
Esquema incompleto
Quem está com o esquema primário contra a covid-19 incompleto e faz parte de grupos prioritários deve receber uma dose da vacina monovalente (SpikeVax) conforme as orientações abaixo:
- Pessoas com apenas uma dose devem receber mais uma dose (intervalo mínimo de quatro semanas);
- Pessoas com duas doses devem receber mais uma dose (intervalo mínimo de seis meses).
Crianças de 6 meses a 4 anos que iniciaram o esquema de três doses e completaram 5 anos antes de terminar o esquema devem seguir as orientações abaixo:
- Quem recebeu apenas uma dose antes dos 5 anos deve receber mais uma dose e encerrar o esquema;
- Quem recebeu duas doses antes dos 5 anos deve encerrar o esquema;
- Quem recebeu três doses antes dos 5 anos deve considerar o esquema completo e não precisa receber novas doses.
Não vacinados
Pessoas de grupos prioritários que nunca foram vacinadas contra a covid-19 devem receber duas doses, com intervalo de quatro semanas entre elas. Gestantes, puérperas, imunocomprometidos e idosos com 60 anos ou mais nessa situação, além das duas doses, devem receber uma dose de reforço, após seis meses da última dose.
Já pessoas imunocomprometidas que nunca foram vacinadas devem receber três doses, com intervalo de quatro semanas entre a primeira e a segunda dose e de oito semanas entre a segunda e a terceira dose, conforme esquema primário definido. Uma dose de reforço pode ser aplicada no grupo após seis meses da última dose.
Grupos prioritários
- Pessoas com 60 anos ou mais;
- Pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores;
- Pessoas imunocomprometidas;
- Indígenas vivendo em terra indígena;
- Ribeirinhos;
- Quilombolas;
- Gestantes e puérperas;
- Trabalhadores da saúde;
- Pessoas com deficiência permanente;
- Pessoas com comorbidades;
- Pessoas privadas de liberdade;
- Funcionários do sistema de privação de liberdade;
- Adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas;
- Pessoas em situação de rua.
Viajantes
Em caso de viagem internacional, devem ser verificadas as exigências do país de destino. Caso o país exija esquema vacinal contra a covid-19, e o viajante não tiver nenhuma dose, ele poderá receber o esquema de até duas doses. De acordo com o Ministério da Saúde, estados e municípios devem avaliar as situações individualmente, no intuito de encontrar o melhor esquema vacinal conforme a disponibilidade do imunizante e as exigências do país de destino.
Aneel definiu 0% de reajuste médio em reunião nesta terça-feira (18) . O preço da energia para os paranaenses fica, portanto, abaixo da inflação. Nos últimos 12 meses, o IPCA subiu 3,93%.
Os clientes da Copel não terão aumento na tarifa de energia. O reajuste médio anual foi de 0%, definiu a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em reunião realizada nesta terça-feira (18).
A Aneel é o órgão regulador federal que calcula a tarifa de energia elétrica de cada área de concessão e comunica às distribuidoras de energia, que aplicam o ajuste uma vez ao ano.
Nos subgrupos de consumidores, a Aneel determinou uma redução de 0,03% nos próximos 12 meses para os clientes residenciais, profissionais liberais e pequenas empresas atendidos pela Copel em todo o Paraná.
O preço da energia para os paranaenses fica, portanto, abaixo da inflação. Nos últimos 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), que mede o aumento dos preços no país, subiu 3,93%.
O cálculo da tarifa é realizado com base em diferentes fatores que incluem o custo da energia, uso do sistema e encargos setoriais, dentre outros componentes. Para chegar ao valor deste ano, foram abatidos da tarifa créditos do PIS/Cofins gerados por uma ação judicial vencida pela Copel em 2020.
Conforme decisão do Superior Tribunal Federal (STF) na época, as distribuidoras de energia elétrica de todo o Brasil deixaram de recolher PIS e Cofins sobre o ICMS que incidia na tarifa, beneficiando, assim, todas as classes de consumidores. A decisão judicial gerou um crédito, que é utilizado pela Copel em favor dos clientes.
Outro fator que contribuiu para uma tarifa menor para os clientes residenciais foi a redução das parcelas de pagamento dos empréstimos da conta Covid-19 e conta escassez hídrica, que são contabilizados no cálculo da tarifa. Os valores se referem a um empréstimo utilizado para evitar aumentos significativos na conta de luz nos momentos em que a pandemia e a seca impactaram a vida das pessoas em 2020 e 2021.
A redução para os consumidores residenciais foi possível mesmo diante do aumento nos custos com o transporte da eletricidade, compra de energia e aumento da inflação. Os custos com o transporte de energia compreendem o valor que a Copel retira da tarifa e transfere às transmissoras de energia pelo uso do sistema de transmissão.
Apenas para as grandes empresas (clientes atendidos em alta tensão), haverá reajuste de 0,05%.
INVESTIMENTOS – Em 2024, a Copel está aplicando o maior montante de sua história na ampliação e modernização da rede elétrica no Paraná. Os investimentos somam R$ 2,1 bilhões e incluem a construção de 20 novas subestações, ampliação de outras 80, além de aportes nos principais programas da companhia, como o Paraná Trifásico e o Rede Elétrica Inteligente.
Na sequência aparecem Ricardo Nunes, Pablo Marçal e Tabata
Amaral
Pesquisa AtlasIntel/CNN sobre a corrida pela Prefeitura
de São Paulo, divulgada nesta quarta-feira (19), mostra Guilherme Boulos (Psol)
na liderança, com 35,7% das intenções de voto. A pesquisa, registrada no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-00609/2024, entrevistou 2.220
eleitores paulistanos entre os dias 10 e 11 de junho, com uma margem de erro de
dois pontos percentuais para mais ou para menos e um nível de confiança de 95%.
O levantamento posiciona o atual prefeito, Ricardo Nunes
(MDB), na segunda colocação, com 23,4%. Desde a pesquisa anterior, realizada em
28 de maio, Nunes teve um crescimento significativo, subindo 2,9 pontos
percentuais em relação aos 20,5% que detinha anteriormente.
Pablo Marçal (PRTB) vem em terceiro lugar com 12,6%, seguido por Tabata
Amaral (PSB) com 10,7%. Marçal também apresentou um aumento acima da margem de
erro, ganhando 2,2 pontos percentuais em comparação com o levantamento de maio.
Guilherme
Boulos (Psol): 35,7%;
Ricardo
Nunes (MDB): 23,4%;
Pablo
Marçal (PRTB): 12,6%;
Tabata
Amaral (PSB): 10,7%;
Kim
Kataguiri (União): 6,9%;
José
Luiz Datena (PSDB): 5,8%;
Marina
Helena (Novo): 2%;
Altino
Prazeres Júnior (PSTU): 0%.
Sem Marçal e Datena
Em um cenário alternativo onde Pablo Marçal e o apresentador José Luiz
Datena não participam da corrida, Boulos amplia sua liderança com 37,5% das
intenções de voto, enquanto Nunes sobe para 32,4%. Nesse contexto, Tabata
Amaral aumenta sua fatia para 11,8% e Kim Kataguiri passa a 8,2%. Marina Helena
(Novo) figura com 3,2%, e Altino não pontua.
Segundo turno
A pesquisa também simulou possíveis cenários para o
segundo turno entre os principais candidatos. No confronto direto entre Boulos
e Nunes, os números indicam um empate técnico.
Falta de atendimento em São Paulo forçou a família a viajar mais
de 2.000 km para interromper gravidez, fruto de um estupro; criminoso continua
foragido
Uma menina de 14 anos de
Guarulhos (SP), identificada pelo nome fictício Karen, precisou viajar até
Salvador (BA) para realizar um aborto legal após ser estuprada pelo marido de
sua avó. De acordo com reportagem do jornalFolha de S. Paulo, a jovem, que estava na
31ª semana de gestação, não conseguiu atendimento em dois hospitais de São
Paulo, onde o procedimento é limitado a 20 semanas. A tragédia revela falhas
graves no sistema de saúde e na aplicação da justiça, já que o criminoso permanece
foragido.
Vânia, mãe de Karen, também com nome fictício, notou o
aumento do volume abdominal da filha e, após insistência, descobriu o abuso.
Desesperada, registrou um boletim de ocorrência e procurou o Hospital da Mulher
em São Paulo, onde a filha foi submetida a exames e ao coquetel anti-HIV, mas
informada de que o aborto não poderia ser realizado devido ao estágio avançado
da gestação. No Hospital Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, receberam a mesma
negativa, agravada pela suspensão do serviço pela prefeitura.
Sem alternativas, mãe e filha viajaram de ônibus até Salvador,
enfrentando uma jornada de dois dias e cinco horas. O procedimento foi
finalmente realizado no Hospital da Mulher na capital baiana. "Minha filha
não aguentava mais a situação", relatou Vânia, destacando o sofrimento
psicológico e físico da menina. Enquanto isso, o estuprador continua foragido.
"Minha filha sempre pergunta: 'e aí, mãe, não vai acontecer nada com ele?
Por que ele não foi preso se cometeu um crime?'", disse Vânia.
O caso ganha contornos ainda mais dramáticos diante da
tramitação urgente do Projeto de Lei Antiaborto por Estupro na Câmara dos
Deputados, que propõe a criminalização do aborto após 22 semanas de gestação
para vítimas de estupro. "Cadê a lei? Cadê a Justiça? Não existe. Querem
culpar a vítima de estupro e não vão atrás de quem faz esses absurdos",
desabafou Vânia.
Ainda de acordo com a reportagem, a
recuperação de Karen tem sido lenta e dolorosa, mas ela recebe apoio
psicológico do SUS e do Conselho Tutelar. Aos poucos, ela retoma a vida,
cursando o primeiro ano do ensino médio e jogando vôlei. A família, apesar da
dor, mantém a esperança. "A gente crê em Deus, e eu acho que, apesar de
tudo o que aconteceu com minha filha, ele tem um propósito grande para a vida
dela", finaliza Vânia.
Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo
Primeiro leilão foi cancelado no dia 11 de junho, após suspeitas
de fraude e da incapacidade das empresas vencedoras de atenderem a demanda
prevista
Produtores de arroz
do Rio Grande do Sul se reunirão nesta quarta-feira (19) com representantes do
governo federal na tentativa de impedir a realização de um novo leilão de arroz
importado. Segundo a CNN Brasil, o encontro, previsto para às
15h na sede da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), contará com a
presença dos ministros Carlos Favaro (Agricultura) e Paulo Teixeira
(Desenvolvimento Agrário), além de Edegar Pretto, presidente da Conab. O
primeiro leilão foi cancelado no dia 11 de junho, após suspeitas de fraude e da
incapacidade das empresas vencedoras de atenderem a demanda prevista.
Representando os produtores estarão membros da Federação
das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), do Instituto
Rio Grandense do Arroz e da Câmara Setorial do Arroz. Eles pretendem apresentar
uma série de argumentos contra o leilão, incluindo balanços de oferta e demanda
que mostram um estoque final de arroz maior do que o inicial e estudos que
indicam que a Conab subestima as importações e superestima as exportações e o
consumo.
Os produtores destacam que a produção brasileira de arroz em
2024 atingiu 10,49 milhões de toneladas, um aumento de 4,6% em relação ao ano
anterior, mesmo considerando as perdas ocasionadas pelas enchentes no Rio
Grande do Sul. Esses dados, segundo eles, são baseados em levantamentos da
própria Conab.
Aina conforme a reportagem, outro ponto levantado pelos
produtores é o aumento de 1,47% no preço do arroz ao consumidor, conforme o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), após as enchentes. Eles
argumentam que outros produtos, como batata-inglesa, cebola e cenoura, tiveram
aumentos de preços ainda mais significativos (20,61%, 7,94% e 6,05%,
respectivamente), sem que o governo tenha decidido pela importação desses
itens.
Além disso, os ruralistas alertam que o arroz que o governo
pretende importar é cultivado com defensivos agrícolas proibidos no Brasil. Um
estudo aponta que a produção de arroz na Ásia utiliza 39 produtos vetados no
país, o que poderia representar um risco à saúde e ao meio ambiente.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira,
declarou que o governo está “elaborando o edital do novo leilão" e que a
reunião com os produtores ocorre porque "eles querem conversar".
Medida liminar atinge conteúdos específicos de canais no YouTube
Por Douglas Corrêa, repórter da Agência Brasil - As postagens veiculadas por policiais que disseminam
discursos de ódio em programas de podcast e videocast no YouTube estão
suspensas por determinação da Justiça Federal. A decisão atendeu parcialmente a
pedidos do Ministério Público Federal (MPF) e da Defensoria Pública da União
(DPU). A medida liminar atinge conteúdos específicos dos canais Copcast, Fala
Glauber, Café com a Polícia e Danilsosnider.
De acordo com a ação, as postagens configuram também
abusos no direito à liberdade de expressão. Ao decidir pela suspensão, e não
exclusão definitiva, dos conteúdos, a Justiça quer assegurar a tutela de
direitos humanos sem comprometer a liberdade de expressão e a atividade
econômica dos réus, mantendo a reversibilidade da decisão até o julgamento
final.
O procurador regional dos Direitos do Cidadão adjunto do MPF no
Rio de Janeiro, Julio Araujo, classificou a medida como fundamental para
combater esse tipo de postagem. “O estímulo à violência policial contido nesses
vídeos estigmatiza a população negra, pobre e periférica, merecendo resposta do
Estado e atuação da empresa que hospeda os canais”, avaliou.
A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro também foi
notificada para prestar informações sobre os procedimentos adotados para
efetivar os termos da Instrução Normativa nº 0234/2023 (sobre o controle de
postagens em redes sociais). O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro
foi oficiado para que, no prazo de 15 dias, manifeste se tem interesse em
compor o polo ativo da ação civil pública.
Discurso de ódio - O caso
começou a ser apurado pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão do MPF
no Rio de Janeiro por meio de inquérito civil, após reportagens do Ponte
Jornalismo – site de jornalismo independente – destacarem o conteúdo violento
veiculado por policiais em diversos canais do YouTube, em programas de podcast
e videocast.
Na ação civil pública ajuizada em maio, o MPF e a DPU
solicitaram à Justiça Federal a exclusão imediata dos trechos mencionados na
ação e da adoção proativa de medidas pelo Google para casos futuros. Também foi
solicitada a fiscalização e moderação, pelo Google, do conteúdo postado em
canais específicos, como Copcast, Fala Glauber, Café com a Polícia e
Danilsosnider. A intenção é que a empresa implemente um planejamento que
permita a análise contínua do conteúdo e a rápida exclusão de material
discriminatório.
Indenização - Ainda foi
requerido à Justiça que determine ao Estado que regulamente discurso de ódio
por membros da Polícia Militar, incluindo-o na Instrução Normativa nº
0234/2023, com a adoção de medidas disciplinares em relação aos casos já
mencionados e descritos na ação judicial. Por fim, o MPF e a DPU solicitaram
ainda a condenação do Google ao pagamento de indenização de R$ 1 milhão e, dos
policiais, de R$ 200 mil por danos morais coletivos.
A Agência Brasil não conseguiu contato com o Google
até o fechamento da matéria. A Polícia Militar ainda não respondeu ao pedido.
Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Brasil
Pesquisa mostra que quem se sente sozinha tem mais vontade de
ingerir comidas calóricas; fome e o estado emocional estão conectados por meio
de uma região complexa do cérebro
Por Thais Szegö, da Agência Einstein - O isolamento social provocado pela Covid-19 e o fato de muitas
pessoas continuarem trabalhando de maneira remota após a pandemia serviram de
motivação para que pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados
Unidos, decidissem estudar os impactos negativos da solidão sobre os hábitos
alimentares e a saúde mental das mulheres. Publicado no Jama
Network Open, o estudomostrou
que quem se sente sozinha está mais propensa a ingerir comidas calóricas com
maior frequência.
Para chegar a essa conclusão, foram selecionadas 93
voluntárias saudáveis com uma média de idade de 25 anos. Elas foram divididas
em dois grupos: as que apresentavam altos índices de percepção de isolamento
social e as que tinham baixos índices. Em seguida, foram mostradas imagens de
alimentos enquanto elas passavam por exames de ressonância magnética funcional,
técnica que detecta alterações no fluxo sanguíneo e na oxigenação dos tecidos
cerebrais que ocorrem por meio de ativações neuronais.
A análise mostrou que as participantes que se sentiam mais
sozinhas apresentaram maior ativação das regiões do cérebro associadas ao
desejo por comida, especialmente diante de fotos de itens açucarados. Nelas
também houve menor ativação nas áreas da massa cinzenta responsáveis pelo
autocontrole relacionado à alimentação.
Segundo o estudo, essas mulheres tendem a apresentar
maiores índices de gordura corporal, dieta de baixa qualidade, vícios
alimentares, alimentação baseada em recompensa, apetite descontrolado, níveis
mais altos de ansiedade e depressão, além de menor capacidade de lidar com
eventos difíceis e estressantes.
As conclusões da pesquisa mostram que os impactos da solidão vão
muito além dos sentimentos. Eles influenciam na forma como as pessoas se
relacionam com a comida, especialmente as que não são saudáveis. Esse processo
leva-as a comer mais, ganhar peso e favorece o desenvolvimento de problemas
como ansiedade e depressão, criando, segundo especialistas, uma “bola de
neve”.
“Apesar de ser um estudo pequeno, realizado em um único
lugar e com um grupo bem específico de pessoas, ele evidencia que o isolamento
social pode estar associado a alterações no processamento cerebral relacionado
à forma como sentimos fome e como interagimos com estímulos externos, o que
dificulta controlar a vontade de comer e contribui para maus hábitos
alimentares e obesidade”, avalia o endocrinologista Carlos Andre Minanni, do
Centro de Prevenção e Tratamento da Obesidade do Hospital Israelita Albert Einstein.
Fome emocional - Minanni
ressalta que a fome e o estado emocional estão intimamente conectados por meio
de estruturas cerebrais como o hipotálamo e o sistema límbico, responsáveis por
diversas funções essenciais, a exemplo de memórias e comportamentos. Emoções
negativas, como o estresse, a ansiedade, a tristeza e a solidão, podem ativar
essas áreas do cérebro, aumentando a sensação de fome.
Segundo a psicóloga Juliana Santos Lemos, especialista em
comportamento alimentar e obesidade, em situações como essa, os alimentos se
tornam uma válvula de escape, uma forma de distração para fugir da realidade e
aliviar as dores momentâneas. “Nesses casos, a preferência é por itens ricos em
açúcar e gorduras, que oferecem a sensação rápida de prazer e ativam o sistema
límbico no cérebro, região que envolve as emoções e o mecanismo de ganho e
recompensa.”
A especialista afirma que ao comer um doce muito palatável, por
exemplo, ocorre uma diminuição dos sintomas estressores, cujo efeito acaba
sendo registrado pelo cérebro. Ou seja, quando a pessoa estiver ansiosa,
automaticamente fará uma associação com esse tipo de comida, como uma espécie
de alívio do estado emocional, fazendo com que ela fique condicionada a esses
alimentos nos momentos de tensão.
“Além disso, quando geramos desgastes emocionais, nosso
organismo produz mais cortisol, o hormônio do estresse, deixando o corpo em
alerta e acionando o mecanismo de luta e fuga que naturalmente busca por itens
capazes de gerar energia rápida, direcionando nossas escolhas alimentares a
itens hipercalóricos, ricos em açúcares e gorduras saturadas”, explica a
psicóloga.
As mulheres são mais vulneráveis ao desenvolvimento de
transtornos de ansiedade e depressão por possuírem fatores hormonais e
metabólicos que contribuem para essa desregulação emocional. “As causas dessa
disparidade entre os sexos continuam sendo investigadas, mas alguns fatores,
como maior percentual de gordura corporal, mesmo que em um peso saudável, e
normas e expectativas sociais em torno da imagem corporal diferentes, geram
mais pressão para que elas sejam mais magras, o que favorece comportamentos alimentares
não saudáveis”, acrescenta o endocrinologista do Einstein.
“Um dos seis pilares da Medicina do Estilo de Vida,
abordagem que entende a saúde como algo relacionado diretamente aos hábitos da
pessoa e está muito em voga atualmente, é a prática de relacionamentos
saudáveis e esse estudo ressalta a importância de cultivarmos conexões
positivas com familiares, amigos e comunidade e a relevância de buscarmos apoio
social quando necessário”, afirma Minanni.
Terapia pode ajudar - A
psicoterapia também traz uma grande ajuda nesses casos. “Ela é aliada no
processo de desenvolvimento do repertório emocional, ajudando a afastar o
sentimento de culpa que surge quando não se consegue ter controle sobre os
hábitos condicionados às emoções, e auxilia na criação de uma rede de apoio, na
reestruturação de crenças e na regulação emocional em relação à comida,
substituindo comportamentos prejudiciais e aumentando os preventivos”, avalia
Juliana Lemos.
Segundo a psicóloga, a terapia cognitivo-comportamental é
considerada padrão ouro para o tratamento de transtornos alimentares, perda de
peso e obesidade. “Com essa abordagem, é possível entender os aspectos que
antecedem a ingestão alimentar e que definem o conjunto de cognições que
constroem o processo da alimentação, além de gerenciar outros fatores que
impactam a saúde física e mental.”
Alessandra Tosi descobriu que a filha tinha a Síndrome de
Edwards. "O Estado falhou comigo. Se o aborto fosse acessível desde o
início, não teríamos passado por tanto sofrimento."
A cineasta Alessandra Tosi tomou uma
decisão difícil e dolorosa de realizar um aborto legal na 22ª semana de
gestação após descobrir complicações fetais graves em seu bebê. A escolha,
marcada por intenso sofrimento físico e emocional, expõe falhas no sistema de
saúde e destaca a necessidade de maior compreensão e apoio em situações
delicadas como essa.
Em entrevista ao jornal O Globo, Tosi afirmou que ela e o parceiro estavam
tentando engravidar há anos e, após uma série de exames normais, conseguiram.
No entanto, ao fazer o segundo ultrassom com mais de três meses de gestação, o
médico informou que o bebê tinha síndrome de Edwards, uma condição fatal. A
notícia foi devastadora. "Estava toda empolgada, mas o médico não abriu a
boca. Quando acabou, ele disse que o bebê tinha síndrome de Down. Mais tarde,
um especialista confirmou a síndrome de Edwards", conta Tosi
Desesperada e buscando alternativas, Maria consultou sua
ginecologista, que foi fria e pouco receptiva. "Ela simplesmente me disse,
pelo telefone, 'bom, então, espera nascer'. Eu estava perdida e me senti
completamente sozinha", desabafou.
Após dias de angústia, uma amiga sugeriu que Maria
procurasse o SUS, onde finalmente encontrou apoio no Hospital Vila Nova
Cachoeirinha. Lá, uma médica compreensiva confirmou o diagnóstico fatal e
recomendou o aborto legalizado, citando o risco de vida para Tosi e a
inviabilidade do feto. "A médica foi a pessoa mais humana que já conheci.
Ela segurou minha mão e disse que ia me ajudar", relembra.
O processo foi burocrático e lento, envolvendo vários exames e
um pedido à Defensoria Pública. "Um mês depois, saiu o cariótipo. A médica
fez um laudo completo, descrevendo o meu risco de morrer, e a interrupção da
gravidez foi autorizada", explicou a cineasta.
No hospital onde o aborto foi realizado, Tosi enfrentou um
atendimento desumano e doloroso. "Os médicos não me olharam no olho, me
deixaram esperando horas. A pressão começou a subir, e a dor era
insuportável", lembra. O procedimento finalmente foi realizado, e Maria
pôde segurar sua filha Luna por um breve momento. "Eu conversei com ela e
disse que sempre a amaria", disse emocionada.
A experiência deixou marcas profundas. "Fiquei dias na
cama, sem dormir, chorando. Meu peito estourou de leite após o parto, e anos
depois ainda sinto uma dor e tristeza profunda", desabafou. "O Estado
falhou comigo. Se o aborto fosse legal e acessível desde o início, não teríamos
passado por tanto sofrimento."
Tosi está tentando engravidar novamente e transformou sua
dor em arte, criando um filme para compartilhar sua experiência. "O filme
é a minha maneira de ser mãe da Luna", conclui.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
Pesquisa Datafolha mostra que a aprovação de Lula a esta altura
do governo só perde para o desempenho de Dilma no primeiro mandato e do próprio
Lula em sua segunda gestão
A pesquisa Datafolha divulgada na última
terça-feira (18) mostrou que a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) segue estável, com 36% dos brasileiros avaliando o governo como
ótimo ou bom, 31% como regular e 31% como ruim ou péssimo. Se comparado com os
números de avaliação de outros presidentes nos primeiros 16 meses de mandato, o
terceiro governo Lula só tem desempenho inferior ao de Dilma, no primeiro
mandato, e o do próprio Lula, na segunda gestão.
No início de seu primeiro mandato, a
ex-presidente Dilma Rousseff (PT) tinha 62% de aprovação, enquanto Lula tinha,
no segundo mandato, 69%. Com os mesmos 16 meses de governo, Fernando Collor
tinha 18% de aprovação; Itamar Franco, 15%; Fernando Henrique Cardoso, 30% no
primeiro mandato e 19% no segundo; Lula, 35% no primeiro, Dilma 10% no segundo;
Temer, 5%; e Bolsonaro, 32%.
Em entrevista à Rádio CBN, Lula afirmou
que poderá ser candidato à reeleição em 2026 para impedir a volta de
“trogloditas” ao poder. “Quando chegar o momento de discutir, tem muita gente
boa para ser candidato, eu não preciso ser. Agora, preste atenção: se for
necessário para evitar que os trogloditas que governaram voltem a governar,
pode ficar certo de que os meus 80 anos [de idade] virarão 40 e eu poderei ser
candidato”, disse.
Redes sociais foram condenadas a detalhar as informações dos perfis
A 49ª Vara Cível do Rio condenou o Facebook e o Twitter a fornecer os dados de identificação dos usuários que efetuaram postagens reconhecidas como ilegais e abusivas à memória da vereadora Marielle Franco, morta em março de 2018.
A informação é da coluna de Ancelmo Gois, em O Globo. Mais detalhes devem ser divulgados hoje.