Moradores do Jardim Apucarana, bairro da cidade que concentra também comércio e indústria, esperaram por um bom tempo por um sistema de iluminação de melhor qualidade. E ele começou a chegar nesta terça-feira (18), quando a empresa contratada pela prefeitura iniciou a substituição total do sistema de iluminação.
O trabalho deve durar cinco dias para a troca de todas as luminárias e braços. “As ultrapassadas luminárias de vapor de sódio, de baixo rendimento, estão sendo retiradas e substituídas por luminárias com padrão LED, com potências de 120 e 150W, que garantem luminosidade eficiente a um custo inferior”, anuncia o prefeito Junior da Femac.
Conforme enfatiza ele, trata-se de um importante bairro da cidade, com empresas comerciais e industriais, área militar, escolas, e também com uma grande área residencial. “No Jardim Apucarana também está localizado o Consórcio Intermunicipal de Saúde de Apucarana e Região (Cisvir) e o Terminal Rodoviário Interurbano, local por onde transitam muitas pessoas e veículos”, assinala Junior da Femac, acrescentando que a região reivindicava e agora está recebendo uma iluminação de qualidade.
O engenheiro eletricista Lafayete Luz, superintendente de Iluminação Pública da prefeitura, informa que estão sendo instaladas 328 luminárias de LED, com braços mais longos que irão garantir iluminação de alta qualidade no Jardim Apucarana. “Com certeza as famílias do bairro irão sentir a diferença do novo padrão, garantindo melhor luminosidade e mais segurança para todos”, avalia o engenheiro.
O Espaço das Feiras recebe na próxima terça-feira (25/06), a partir das 9 horas, a segunda edição do Projeto Empregabilidade 50+ Apucarana. Uma iniciativa que visa reabrir o mercado de trabalho para trabalhadores que já passaram dos 50 anos de idade, o evento é uma promoção do Fórum Desenvolve Apucarana, braço da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (Acia), e da Câmara de Ensino Superior de Apucarana, em parceria com a Prefeitura de Apucarana, por meio da Secretaria de Assistência Social e da Agência do Trabalhador, além de outros 27 segmentos organizados da iniciativa privada e setor público, e empresários locais.
Detalhes da organização do evento foram dados pela organização em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira (18/06), na Sala das Cerejeiras do Centro Cultural Fênix. O presidente do Fórum Desenvolve Apucarana, professor Luiz Sérgio Hilário, lembrou que na primeira edição, realizada em outubro do ano passado, o “Empregabilidade 50+ Apucarana” ofertou 312 vagas para diversas formações na indústria, comércio e prestadores de serviços e efetivou mais de 750 encaminhamentos para entrevistas de emprego. “Nesta segunda edição, uma semana antes já temos captadas 321 vagas, o que indica que teremos um evento ainda maior onde certamente mais uma vez atingiremos o objetivo, que é promover o desenvolvimento econômico e social de Apucarana, abrindo oportunidades de emprego para quem já passou dos 50 anos de idade”, disse Hilário.
O secretário municipal da Assistência Social, Juliano Dalla Costa, que no ato representou o prefeito Júnior da Femac, frisa que o trabalhador desta faixa etária ainda tem muito a contribuir com a sociedade. “São pessoas que muitas vezes enfrentam o etarismo por parte do mercado de trabalho, que é o preconceito contra pessoas com base na sua idade, mas que são mão-de-obra qualificada e possuem vasta experiência de vida, diferenciais importantes dentro de uma empresa, resultando em maior compromisso e seriedade com a função. Uma cidade só de desenvolve de fato com a geração de empregos e, na gestão do prefeito Júnior da Femac, a capacitação profissional, apoio aos empreendedores e busca de novos investimento serão sempre prioridades”, observou Dalla Costa.
Segundo o gerente da Agência do Trabalhador de Apucarana, Neno Leiroz, empresas interessadas em disponibilizar vagas de emprego no “Empregabilidade 50+ Apucarana” devem procurar a unidade até sexta-feira. “Já temos mais de 300 vagas captadas e estaremos cadastrando oportunidades até o final desta semana. Com certeza será mais um grande evento”, explicou Neno, esclarecendo que o trabalhador poderá ser encaminhado a mais de uma vaga de emprego. “Muitas vezes a pessoa não consegue recolocação na primeira entrevista, mas tem o perfil aprovado em outra oportunidade, por isso estaremos assessorando o trabalhador também depois da realização do evento até que consiga uma recolocação”, disse, frisando que grande parte das oportunidades não exigirá experiência prévia.
Em nome das entidades parceiras, a presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Apucarana e Vale do Ivaí (Sivale), empresária Bete Ardigo, enalteceu o feirão. “A falta de mão-de-obra hoje é uma questão nacional e por isto iniciativas como esta representam muito para nós, empregadores. Aos 50 anos, a pessoa ainda está na flor da idade e por experiência posso falar que, quando contratadas, são as que mais se empenham e se desenvolvem dentro da empresa. Para ter uma ideia, muita gente nova hoje é aprovada na seleção, deixa sua carteira de trabalho na empresa, desiste e não aparece mais, nem mesmo para buscar o documento. Então, este evento que visa dar oportunidade de emprego a quem tem mais de 50 anos tem todo nosso apoio”, afirmou empresária.
Durante a coletiva, a Câmara Municipal de Apucarana esteve representada pelos vereadores Jossuela Pirelli, então secretária da Assistência Social durante a primeira edição do “Empregabilidade 50+ Apucarana” e Rodrigo Liévore (Recife), que antes de ser eleito gerenciou por quatro anos a Agência do Trabalhador de Apucarana. “Ao longo do segundo semestre teremos outros dois grandes eventos de empregabilidade. Em agosto, um voltado ao primeiro emprego, e um outro, em outubro, para vagas exclusivas para mulheres”, finalizou Luiz Sérgio Hilário, presidente do Fórum Desenvolve Apucarana.
Ed Motta em pedido de desculpas aos fãs de Hip-Hop. Foto: reprodução
O músico Ed
Motta se desculpou com o público após ofender os fãs de rap. Na última semana,o
sobrinho de Tim Maia afirmou que “qualquer um que ouve hip-hop é burro”. “Salve, pessoal
do hip-hop! Eu vim aqui para pedir desculpas, perdão a vocês, pelo meu
comportamento grosseiro e desrespeitoso sobre o movimento”, começou o cantor.
Na
nova publicação, ele justificou o momento das ofensas por estar em uma live,
pois ele costuma usar as transmissões no Instagram para falar mal de “um monte
de coisas” quando está ao vivo. “Mas não justifica”, pontuou.
“Foi
ruim. Deixei meus amigos tristes, amigos que fazem parte do movimento, e um
monte de gente chateada comigo. Então peço perdão a vocês, eu errei feio”,
finalizou Ed no vídeo publicado em suas redes sociais.
Após a repercussão,ele foi respondido
por Rafinha Bastos, comediante que teve seu nome mencionado durante a crítica
do músico, e por Leci Brandão. O humorista ironizou as rimas simples como
“Manuel foi pro céu”, já a sambista chamou Motta de elitista.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter). Foto: Reprodução
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF),
aplicou uma multa de R$ 700 mil ao X (ex-Twitter), empresa do bilionário Elon
Musk, nesta terça (18). A penalidade foi aplicada após a plataforma não seguir
uma decisão da semana passada que determinava o bloqueio e a remoção imediata
de posts.
A publicação que o magistrado mandou tirar do ar
imputava falsamente o crime de estupro ao presidente da Câmara dos Deputados,
Arthur Lira (PP-AL). O post foi feito na última quinta (13) e o X atendeu a
decisão dias depois, excluindo o perfil da plataforma.
Moraes alegou que a plataforma questionou a autoridade
da decisão judicial ao não cumprir a determinação imediatamente e afirmou que a
liberdade de expressão “não pode ser utilizada como verdadeiro escudo protetivo
para a prática de atividades ilícitas”.
“Como qualquer entidade privada que exerça sua atividade
econômica no território nacional, a provedora de rede social ‘X’ deve respeitar
e cumprir, de forma efetiva, comandos diretos emitidos pelo Poder Judiciário
relativos a fatos ocorridos ou com seus efeitos perenes dentro do território
nacional”, argumentou o ministro.
Conta foi suspensa dias depois da determinação de Moraes. Foto: Reprodução/X
A empresa terá cinco dias para pagar o valor. Caso não tivesse
obedecido a determinação até o prazo estabelecido, teria que pagar R$ 200 mil a
mais por dia em que o post fosse mantido no ar.
Na intimação inicial, feita na semana passada, o
magistrado estabeleceu uma multa diária de R$ 100 mil e deu um prazo de duas
horas para retirar o perfil do ar. A penalidade foi aplicada por
“responsabilidade por desobediência à ordem judicial dos responsáveis legais
pela empresa no Brasil”, segundo Moraes.
O comediante
bolsonarista Carlos Alberto da Silva, conhecido como Carlinhos Mendigo, foi
preso nesta terça-feira (18). Policiais civis da 2ª Delegacia de Capturas do
DOPE o prenderam por dívidas de R$ 246,9 mil de pensão alimentícia ao filho
Arthur. Ele teve
sua prisão decretada em 2022 e desde então estava foragido.
Mendigo
ganhou destaque no programa “Pânico”, começando como office-boy na Jovem Pan e
eventualmente se juntando ao elenco em 2003. Ele ficou no programa até 2007 e
retornou anos depois, conquistando popularidade com quadros como “Vô, Num Vô” e
personagens como Silvio Santos Reptiliano e Presidente Molusco.
Após
sua passagem pelo “Pânico”, Carlinhos Mendigo participou de um programa com Tom
Cavalcanti e da primeira temporada do reality show “A Fazenda”. Sua prisão
agora coloca em evidência novamente a questão das pensões alimentícias e as
consequências do não cumprimento dessas obrigações legais.
Na rede social X, as críticas ao jornalista foram parar na seção
Assuntos do Momento
Internautas publicaram mensagens de
repúdio a um comentário do jornalista Merval Pereira por afirmar que o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus aliados estão fazendo um
"governo sectário, voltado apenas para os interesses do PT". Na rede
social X, as críticas ao jornalista foram parar na seção Assuntos do Momento.
O deputado federal Elvino Bohn Gass
(PT-RS) comentou sobre o tema. "Merval, hoje, diz que a esquerda do PT é
"anacrônica" pq não aceita cortar gastos para equilibrar contas
públicas. Errado! Anacrônico - e conveniente - é esse modo de governar que só
faz ajuste fiscal em cima dos pobres. Passa da hora de os ricos também pagarem
a conta".
O deputado federal Nilto Tatto (PT-SP) fez críticas ao
jornalista. "Curioso o Merval chamar de sectário um governo de coalizão,
criado a partir de uma frente ampla que colocou setores que foram até
antagônicos no passado debaixo do mesmo guarda-chuva. Acho que o jornalista da
GloboNews está ficando sem repertório."
O ativista e influenciador digital William De Lucca fez um
questionamento ao jornalista. "Merval, o projeto econômico implementado
está muito distante do projeto apresentado na campanha? Se está, é estelionato
eleitoral. Se não, está certinho. O que @mervalpereira chama de sectário, eu
chamo de democrático: o projeto do PT ganhou. Aceite", escreveu. .
Outro perfil fez a seguinte postagem:
"este senhor chegou num nível de descolamento da realidade tão grande que
eu acho que está na hora da família interditá-lo".
A declaração de Hoffmann veio em resposta a um comentário
feito por Sérgio Moro mais cedo no dia, onde o ex-juiz atacou Lula por criticar
pessoalmente Campos Neto às vésperas de uma reunião do Comitê de Política
Monetária (Copom). "Hoje nós vimos um ataque pessoal do presidente da
República contra o presidente do Banco Central ás vésperas de uma reunião do
Copom. Se não fosse a garantia da independência do Banco Central muito bem
aprovada por essa Casa, pelo Senado e pela Câmara, certamente o presidente do Banco
Central já teria sido demitido há muito tempo", disse Moro, de acordo com
a Folha de S. Paulo.
Gleisi, então, rebateu o senador por meio
das redes sociais: "mentiroso com trânsito em julgado no STF é Sérgio
Moro. Mentiu que podia processar e julgar Lula, quando era incompetente; mentiu
para condená-lo sem provas; mentiu que combatia a corrupção quando estava a
serviço de um projeto político. Lula está coberto de razão ao compará-lo ao
sabotador Campos Neto. Este, pelo menos, nunca negou que é bolsonarista."
LULA X CAMPOS NETO - O
presidente Lula, em entrevista à Rádio CBN na manhã desta terça-feira (18),
criticou duramente a atuação de Campos Neto, sobretudo pela manutenção de taxas
de juros elevadas. Lula ironizou um recente encontro de Campos Neto com o
governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), onde o presidente
do BC teria manifestado interesse em assumir o Ministério da Fazenda em um
eventual governo bolsonarista.
“Não é que ele encontrou com o Tarcísio em uma festa. A
festa foi para ele, foi uma homenagem que o governo de São Paulo fez para ele,
certamente porque o governador de São Paulo está achando maravilhoso a taxa de
juros de 10,50%. Deve estar achando maravilhoso. Então, quando ele se auto
lança para um cargo, eu fico imaginando, a gente vai repetir um Moro? O
presidente do BC está disposto a fazer o mesmo papel que o Moro fez? Um
paladino da Justiça, com rabo preso a compromissos políticos? Então o presidente
do BC precisa ser uma figura séria, responsável e ele tem que ser imune aos
nervosismos momentâneos do mercado”, criticou Lula.
A referência a Moro se dá pelo fato de o
ex-juiz suspeito ter aceitado o convite para assumir o Ministério da Justiça do
governo Bolsonaro após comandar a operação Lava-Jato e tirar Lula da disputa
eleitoral com uma condenação injusta e que foi anulada posteriormente.
Além do depoimento de Mauro Cid, também está previsto para hoje
o depoimento do general Mauro Lourena, pai do ex-ajudante de ordens de Jair
Bolsonaro
O tenente-coronel
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, chegou à sede da Polícia
Federal (PF) em Brasília para prestar um novo depoimento no âmbito do inquérito
sobre as joias sauditas que deveriam ter sido incorporadas ao patrimônio do Estado
brasileiro, mas que o ex-mandatário tentou se apropriar. A informação é do g1.
A convocação para a oitiva ocorreu após a PF, em
colaboração com autoridades dos Estados Unidos, descobrir uma nova joia que
pode ter sido negociada irregularmente naquele país por aliados de Bolsonaro.
Além do depoimento de Mauro Cid, também está previsto para esta terça-feira
(18) o depoimento do general Mauro Lourena, pai de Cid. O general prestará seu
depoimento de forma online
Segundo a legislação brasileira, presentes de Estado devem ser
incorporados ao acervo oficial do país. Recentemente, uma joia previamente
desconhecida surgiu no radar da PF durante uma diligência realizada em parceria
com o FBI. Esta descoberta foi mencionada pelo diretor-geral da PF, Andrei
Rodrigues, em um café da manhã com jornalistas na semana passada.
"Houve um encontro de um novo bem vendido ou tentado
ser vendido no exterior. Tecnicamente tem o poder de robustecer a investigação
que tem sido feita. Desde a apreensão no aeroporto, até hoje. Expectativa é
concluir em junho [o inquérito da joia]", afirmou o diretor-geral.
Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) mostrou que o
regime dos militares é o que apresenta o maior déficit per capita, da ordem de
R$159 mil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na manhã
desta terça-feira (18), em entrevista à Rádio CBN, que a revisão de gastos com
a Previdência não deve ocorrer de forma imediata e que, primeiro, o governo
quer enfrentar a questão dos subsídios, desonerações e supersalários.
“A equipe econômica tem que me apresentar as necessidades de corte. Ontem
[segunda-feira (17)] quando eu vi a demonstração da Simone Tebet [ministra do
Planejamento], disse para ela que fiquei perplexo. A gente discutindo corte de
R$ 10 bilhões ali, R$ 15 bilhões aqui e de repente você descobre que que tem R$
546 bilhões de benefício fiscal para os ricos nesse país, como é que é
possível?”, questionou o presidente sobre os benefícios fiscais.
A questão da Previdência dos militares foi alvo de uma reunião
realizada nesta terça-feira entre o presidente Lula, o ministro da Defesa, José
Múcio Monteiro, e o vice-presidente Geraldo Alckmin. Na ocasião, Lula sinalizou
que o tema da Previdência ainda será muito discutido dentro do governo até que
haja uma definição. O presidente também teria dito que uma eventual mudança não
atingiria apenas a previdência dos militares, mas também de outros servidores
do Executivo e do Judiciário.
Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) mostrou
que o regime dos militares é o que apresenta o maior déficit per capita, da
ordem de R$159 mil. A possibilidade de revisão nas regras de aposentadoria de
militares foi defendida na semana passada pela ministra do Planejamento, Simone
Tebet (MDB), como uma das alternativas para reduzir os gastos do governo.
A medida, no entanto, não é bem vista por
José Múcio e outros integrantes do governo, que temem que a reforma na
aposentadoria dos militares poderia reacender conflitos entre o Planalto e as
Forças Armadas.
Presidente destacou o progresso da economia brasileira, o
compromisso fiscal e os investimentos do Governo Federal para aprimorar a
infraestrutura e melhorar a vida da população
O presidente Luiz
Inácio Lula da Silva concedeu, nesta terça-feira (18), uma entrevista à rádio
CBN, na qual destacou o progresso da economia brasileira, o compromisso fiscal
e os investimentos do Governo Federal para aprimorar a infraestrutura do país e
melhorar a vida da população. “Estou disposto a discutir o orçamento com a
maior seriedade com Câmara, Senado, imprensa, empresários, banqueiros, mas para
que a gente faça com que o povo mais humilde, o povo trabalhador, o povo que
mais necessita do Estado não seja prejudicado, como em alguns momentos da
história foi", disse Lula.
O presidente ressaltou que “você não pode gastar o que
você não tem, só pode gastar o que ganha. Se tiver que fazer uma dívida, tem
que fazer para aumentar alguma coisa na sua vida. É assim que prezo a minha
consciência política. Ou seja, temos que gastar corretamente aquilo que temos.
É por isso que estamos fazendo um estudo muito sério sobre o orçamento”,
declarou o presidente Lula.
Ele também destacou o crescimento de 2,9% do Produto Interno
Bruto (PIB) em 2023, acima do que estimava o mercado, e o lançamento do Novo
PAC [Projeto de Aceleração do Crescimento], que prevê R$ 1,7 trilhão de
investimentos públicos e privados em infraestrutura.
Por esses motivos, demonstrou confiança de que a economia
brasileira seguirá em expansão. “Não tenha dúvida de que, quando eu terminar o
mandato, o Brasil vai estar muito bem — como esteve em 2010. A economia vai
continuar crescendo, o emprego vai continuar crescendo, o salário vai continuar
crescendo, a inflação vai estar controlada”.
Confira alguns dos principais trechos da entrevista:
ORÇAMENTO — De vez em quando as pessoas jogam a responsabilidade dos
gastos nas políticas sociais que você está implantando, que é para resolver a
melhoria da qualidade de vida do povo. O que me deixa preocupado é que as
mesmas pessoas que falam que é preciso parar de gastar são as pessoas que têm
R$ 546 bilhões de isenção, desoneração de folha de pagamentos, isenção fiscal.
Ou seja, são os ricos que se apoderam de uma parte do orçamento do país e se
queixam daquilo que você está gastando com o povo pobre. Por isso que eu disse:
não me venham querer que se faça qualquer ajuste em cima das pessoas mais
humildes. Eu estou disposto a discutir o orçamento com a maior seriedade com
Câmara, Senado, imprensa, empresários, banqueiros, mas para que a gente faça
com que o povo mais humilde, o povo trabalhador, o povo que mais necessita do
Estado não seja prejudicado, como em alguns momentos da história foi.
COMPROMISSO FISCAL — Não
gosto de gastar aquilo que não tenho. Aprendi com uma mulher analfabeta, que
era minha mãe. Você não pode gastar o que não tem, só pode gastar o que você
ganha. Se tiver que fazer uma dívida, tem que fazer para aumentar alguma coisa
na sua vida. É assim que prezo a minha consciência política. Ou seja, temos que
gastar corretamente aquilo que temos. É por isso que estamos fazendo um estudo
sério sobre o orçamento. Se tiver alguém recebendo o que não deve, vai parar de
receber. Se tem alguém colocando dinheiro em lugar que não deva, vai parar.
CRESCIMENTO — Você tem um país que está com a economia crescendo acima daquilo
que o mercado imaginou. Tem um país gerando mais empregos. Em 17 meses foram
2,4 milhões de empregos formais. Você teve a massa salarial crescendo 11,5%.
Tem a situação muito boa do ponto de vista econômico, se comparar o Brasil que
pegamos quando chegamos. Está tendo mais investimento, tem o PAC, são R$ 1,7
trilhão de investimento. O PAC está todo lançado, em andamento, e é por isso
que eu digo que, este ano, é o ano da colheita. Não tenha dúvidas de que o
Brasil vai terminar muito bem. Quando eu terminar o mandato, o Brasil vai estar
muito bem — como esteve em 2010. A economia vai continuar crescendo, o emprego
vai continuar crescendo, o salário vai continuar crescendo, a inflação vai
estar controlada. Quase crescemos 3%, foram 2,9% (crescimento do PIB do Brasil
em 2023). Agora, vamos crescer outra vez. Vamos crescer porque nós estamos
fazendo com que a economia cresça. Criamos um programa de Nova Indústria Brasil
para fazer investimento em indústria. Estamos tentando fazer investimento na
bioeconomia. Estamos tentando trabalhar a transição energética com uma força
extraordinária. Nunca um país teve tanta possibilidade no setor energético como
agora. E não vamos jogar fora as oportunidades.
JUROS — Todos os bancos
que recebo demonstram que não há país com mais otimismo do que o Brasil. Somos
o segundo país em receber investimento externo. Ora, então, nós temos uma
situação que não necessita essa taxa de juros. O Brasil não pode continuar com a
taxa de juros proibitiva de investimentos no setor produtivo. Como é que você
vai convencer um empresário a fazer investimento se ele tem que pagar uma taxa
absurda. Então, é preciso baixar a taxa de juros, compatível com a inflação. A
inflação está totalmente controlada.
GESTÃO — Quando peguei o governo em 2003, peguei um governo com
sinal de crise econômica, mas era um governo que tinha passado por um momento
de crescimento, depois um momento de queda e um processo de recuperação.
Levamos um tempo, colocamos a casa em ordem e conseguimos fazer o país crescer.
Agora pegamos um país semidestruído. Todas as políticas públicas tivemos que
reconstruir. Nós até hoje temos ministérios que têm 30% dos funcionários que
tinha em 2010, quando deixei a Presidência. Não é possível pensar em
reconstruir o Brasil, cuidar do meio ambiente, da Amazônia, do Pantanal, dos
Pampas, do Cerrado, da Caatinga, do pobre, da educação assim, com o governo
desmontado. Então passamos um tempo montando o governo. Eu encontrei o governo
dessa vez muito pior. E vou deixá-lo muito melhor.
POLÍTICAS PÚBLICAS — O meu compromisso é fazer com que o país
volte a crescer de forma serena, madura e consistente. É que a massa salarial
volte a crescer de forma consciente, madura e consistente. É que a gente
recupere o salário mínimo a cada passo que a gente puder para que o salário
mínimo melhore a qualidade de vida das pessoas. Se a gente conseguir fazer
isso, o que vai acontecer? Todo mundo vai ganhar. O empresário vai ganhar
porque o povo vai virar consumidor dos seus produtos. O trabalhador vai ganhar
porque vai viver melhor. Eu já fiz, nesses 16 meses, mais política de inclusão
social do que fiz durante os oito anos passados. Agora, o fato de ter lançado
não significa que chegou na ponta. Ela vai chegar, mas leva um período. E nós
estamos trabalhando nisso.
Presidente do BNDES também defendeu que o Banco Central corte a
taxa básica de juros para níveis mais competitivos
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou nesta terça-feira (18)
que o mercado financeiro ficará "surpreso" novamente com o desempenho
positivo da economia brasileira.
“O PIB cresceu ano passado 2,9%. E aí o mercado disse que se
surpreendeu. Se surpreendeu que a inflação caiu. Se surpreendeu com a taxa de
emprego. Se surpreendeu com o mercado de trabalho. Então, eu acho que vai ficar
surpreso de novo, porque os dados são muito fortes, muito consistentes”, disse
Mercadante durante conversa com jornalistas, após a realização do seminário
“Reconstrução de cidades e mudança climática: experiências internacionais e
nacionais para o RS e o Brasil”, na sede do banco, no Rio de Janeiro.
“Nós estamos com a menor taxa de desemprego nos últimos 10 anos.
A população ocupada é a maior da história do índice de pessoas que estão
ocupadas trabalhando. A massa salarial real, o poder de compra do salário, é o
melhor da história econômica do Brasil. E a renda da população cresceu 6,1% nos
últimos 12 meses. Então, você tem uma economia, o mercado de trabalho, o
mercado consumidor voltando, voltando com força”, acrescentou.
Taxa de juros – Questionado sobre a expectativa para a próxima reunião do Copom,
o presidente do BNDES afirmou que não faz projeções, mas ponderou que é preciso
haver uma mudança do atual modelo de juros.
“Vamos aguardar a decisão e nós vamos continuar trabalhando para
ter juros baixos, para a gente poder ganhar competitividade, que é o último
fator que nós precisamos. Porque, com todas as melhoras macroeconômicas, nós
temos a segunda taxa de juros real maior do planeta”, avaliou.
“Eu acho que nós não temos margem de manobra no curto
prazo, no curtíssimo prazo, para alterar essa condição de ter a segunda maior
taxa de juros real do planeta, mas não pode continuar assim. Então tem que se
debruçar sobre esse tema e repensar o caminho da relação antipolítica monetária
fiscal e o Brasil ter juros que sejam compatíveis com as taxas de juros
internacionais, principalmente com os indicadores que nós estamos apresentando,
que são muito fortes”, afirmou.
Novo texto amplia carga horária mínima total destinada à
formação geral básica. Senadores pediram mais tempo para analisar a proposta
Agência Senado - Após
apresentação nesta terça-feira (18) de um novo relatório ao projeto que propõe
novo modelo para o ensino médio, o presidente da Comissão de Educação (CE),
senador Flávio Arns (PSB-PR), acatou novo pedido de vista coletiva, por 24
horas, ao PL 5.230/2023. O substitutivo (texto
alternativo) da relatora, senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO), deverá
ser votado nesta quarta-feira (19), às 10h, em reunião extraordinária. Se
aprovada na CE, a matéria irá ao Plenário.
A relatora salientou que o novo texto apresentado é uma
construção coletiva, “sem vencido e vencedor”, para garantir a educação pública
de qualidade e a garantia dos estudantes de aprender.
— Os desafios do ensino médio não vão se resumir nessa
aprovação. Temos de lutar — disse a relatora.
Ela apontou preocupação com questões essenciais para a
melhoria da educação, como o fortalecimento de acesso e permanência nas
escolas, piso salarial e formação dos professores. Um grande desafio, segundo a
senadora, “é pensar nas escolas de nossas cidades”, onde há problemas como
falta de bibliotecas ou salas de informática.
O senador Marcos Rogério (PL-RO) pediu vista ao projeto por
conta das modificações feitas.
— São vários aspectos que precisam ser bem analisados,
pois se trata de uma matéria estruturante, fundamental, com impactos na vida
real para os docentes e discentes — disse Marcos Rogério.
Para a senadora Teresa Leitão (PT-PE), o subsitutivo mostra que
houve avanço tanto em relação à proposta que veio da Câmara, quanto ao texto
original que veio do Ministério da Educação.
— A gente sempre pensa que, em termos de ensino médio,
existe a necessidade de urgência e há uma expectativa muito grande da sociedade
brasileira em relação a aprovação desse projeto — afirmou Flávio Arns.
Emendas - Além de
apresentar as alterações ao seu próprio substitutivo, Dorinha acatou oralmente
nesta terça-feira mais cinco emendas de Teresa Leitão e do senador Alessandro
Vieira (MDB-SE), e rejeitou outras três. As oito foram protocoladas na
segunda-feira (17).
No primeiro relatório apresentado à CE, a relatora
analisou 64 emendas, das quais 36 haviam sido acatadas total ou parcialmente.
Após nova análise, Dorinha manteve as 13 emendas acatadas por completo, mas
elevou a 34 as que foram aceitas de forma parcial.
Carga horária - Em seu relatório, a senadora destaca a ampliação da carga
horária mínima total destinada à formação geral básica (FGB) e explicita quais
componentes curriculares fazem parte de cada uma das áreas do conhecimento.
Também salienta o fortalecimento dos itinerários formativos, que devem ser
articulados com as áreas do conhecimento e que, no caso da formação técnica e
profissional, devem ser organizados de acordo com os eixos e áreas definidos
nas diretrizes curriculares nacionais de educação profissional e tecnológica.
O texto amplia a carga horária mínima anual do ensino médio de
800 para 1.000 horas, distribuídas em 200 dias letivos. Essa carga horária
mínima poderá ser ampliada, de forma progressiva, para 1.400 horas,
considerados os prazos e as metas estabelecidos no Plano Nacional de Educação
(PNE). A divisão dessa carga fica com 70% para a formação geral básica, que
inclui as disciplinas previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), como
matemática, português, artes e ciências — acrescentando inclusive a língua
espanhola —, e 30% para os itinerários formativos.
Esses itinerários serão compostos de aprofundamento das
áreas do conhecimento ou de formação técnica e profissional, conforme a
relevância para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de ensino.
A formação técnica e profissional também terá carga mínima
total de 2.200 horas. As horas restantes deverão ser utilizadas para o
aprofundamento de conteúdos da BNCC diretamente relacionados à formação técnica
profissional oferecida.