terça-feira, 18 de junho de 2024

Homicídios no Brasil recuam, mas 62 jovens ainda são assassinados por dia

 

Do total de homicídios registrados no ano, 49,2% vitimaram jovens entre 15 e 29 anos

Arma em fábrica de armamentos em São Leopoldo
Arma em fábrica de armamentos em São Leopoldo (Foto: REUTERS/Diego Vara)


RIO DE JANEIRO (Reuters) - O número de homicídios no Brasil recuou 3% em 2022 na comparação com o ano anterior, segundo dados do Atlas da Violência divulgado nesta terça-feira, mas ainda assim 62 jovens foram assassinados por dia no país no ano retrasado.

Em 2022, foram registrados no total 46.409 homicídios, contra 47.847 em 2021, de acordo com o levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

De cada 100 jovens entre 15 e 29 anos que morreram no Brasil em 2022 por qualquer causa, 34 foram vítimas de homicídio. Do total de homicídios registrados no ano, 49,2% vitimaram jovens entre 15 e 29 anos.

O estudo aponta que em média 62 jovens foram mortos por dia no país no ano retrasado. Entre 2012 e 2022, foram 321.466 jovens vítimas da violência letal no Brasil.

"A criminalidade violenta produz diversas externalidades negativas, entre as quais se destacam o menor crescimento econômico, a redução no desenvolvimento educacional de crianças e adolescentes e a diminuição da participação no mercado de trabalho", afirmaram os autores do estudo.

O número de mortes por cada 100 mil habitantes atingiu no ano retrasado 21,7, ante 22,5 em 2021. Apesar da pequena redução, o estudo aponta uma desaceleração numa trajetória de queda mais acentuada nas taxas de homicídio no país nos anos anteriores.

“Interessante notar que essa dinâmica a favor da redução dos homicídios perde força em 2019. De fato, entre 2019 e 2022, a variação da taxa de homicídio no país foi nula, tendo voltado a aumentar no Nordeste (6,1%) e no Sul (1,2%) e diminuído nas demais regiões, com destaque para a forte redução da letalidade no Centro-Oeste (-14,1%), que manteve o ritmo de queda que ocorria desde 2016”, afirmaram os autores do estudo.

A política de apoio a uso de armas no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro pode estar por trás desse movimento, de acordo com o trabalho.

“Uma possível explicação para essa estagnação no processo de redução da violência letal no Brasil a partir de 2020 diz respeito à legislação armamentista do governo Bolsonaro, que pode ter influenciado no sentido de aumentar os homicídios, anulando a maré a favor da redução de mortes", diz o Atlas.

"De fato, um estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com base em metodologia econométrica robusta, mostrou evidências que, se não houvesse tal legislação, a redução dos homicídios teria sido ainda maior do que a observada entre 2019 e 2021, sendo que pelo menos 6.379 vidas teriam sido poupadas”, adicionou.

Os autores da pesquisa estimam que um aumento de 1,0% na difusão de armas de fogo gera aumento nas taxas de homicídios e de latrocínios de 1,2%.

O Atlas apontou ainda que entre 2019 e 2022 ocorreram no Brasil 24.102 homicídios ocultos.

“Eles passaram ao largo das estatísticas oficiais de violência no país. Tais homicídios, cujas causas verdadeiras o Estado não reconheceu, corresponderiam a tragédias invisibilizadas como a queda de 160 Boeings totalmente lotados sem sobreviventes”, diz documento.

Fonte: Brasil 247 com Reuters


Promotor: ordem de execução dos planejadores de sequestro de Moro veio do PCC, mas é cedo para tirar conclusões

 

Segundo Lincoln Gakiya, é prematuro tirar uma conclusão sobre as mortes de Janeferson Aparecido Mariano (conhecido como Nefo) e Reginaldo Oliveira Souza (chamado de Rê)

Lincoln Gakiya
Lincoln Gakiya (Foto: MPCE)

O promotor de justiça Lincoln Gakiya afirmou em entrevista à CNN Brasil que é prematuro tirar uma conclusão sobre o caso do assassinato dos suspeitos de ligação com o plano de atentado contra o ex-juiz suspeito e hoje senador, Sergio Moro. 

Segundo ele, Janeferson Aparecido Mariano (conhecido como Nefo) e Reginaldo Oliveira Souza (chamado de Rê) faziam parte do "esquadrão de elite" do PCC. Eles foram assassinados com diversas perfurações dentro da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior paulista, nesta segunda-feira (17), e presos durante a Operação Sequaz, no ano passado, que investigou o suposto plano da facção criminosa de sequestrar e cometer atentados contra autoridades. 

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Nefo e Rê(Photo: Reprodução)Reprodução

Na entrevista, Gakiya, que estava no topo da lista de 'decretados' à morte pelo PCC, também afirmou que a ordem para a execução dos suspeitos provavelmente "veio de fora e, possivelmente, da cúpula", indicando que ela pode ter sido derivada do fato de Nefo e Rê terem exposto um dos principais membros do PCC que estava fora do país: Patric Velinton Salomão (conhecido como Forjado). 

“Forjado creditou o fato de ser investigado nessa operação a esses integrantes (Nefo e Rê), que acabaram tirando prints de tela de conversas entre os membros durante uma live, e esse print nos ajudou a identificar os integrantes desse setor”, explica. 

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

 

Cid Gomes declara apoio a Janaína Farias, senadora chamada de "cortesã" por Ciro, para prefeitura de Cratéus (CE)

 

Janaína Farias busca atualmente uma indenização de R$ 300 mil por danos morais contra o político do PDT

Cid Gomes
Cid Gomes (Foto: Assessoria Cid Gomes)

O senador Cid Gomes (PSB) confirmou, no último fim de semana, o apoio à pré-candidatura da senadora Janaína Farias (PT) à prefeitura de Cratéus, no Ceará.

“Na minha cabeça, o nome que a gente tem aqui [em Cratéus] para o futuro é o nome da Janaína, que está hoje como senadora”, afirmou Cid durante discurso no congresso do PSB na cidade. “A Janaína, eu digo sempre, ela não fala duas palavras que uma delas não seja Cratéus”.

Recentemente, a parlamentar foi alvo de comentários ofensivos por parte do ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT), irmão de Cid. Em maio, Ciro chamou Farias de “cortesã” e “assessora para assuntos de cama”. O caso, envolvendo a petista e o pedetista, foi levado à Justiça, onde ela busca uma indenização de R$ 300 mil por danos morais.

O apoio de Cid à oponente do irmão marca um novo embate no clã político cearense. Os dois estão em conflito desde as eleições de 2022, quando Ciro liderou uma ruptura na aliança entre PT e PDT no estado. A disputa se intensificou com a briga pelo controle do PDT cearense, culminando na saída de Cid e aliados da sigla.

Fonte: Brasil 247 com informações CartaCapital

 

Desenrola Pequenos Negócios já renegociou R$ 1,3 bi e secretário de Política Econômica vê espaço para ampliação

 

“O volume financeiro supera R$ 1 bilhão. Isso vai, certamente, se ampliar”, disse Guilherme Mello

Guilherme de Mello
Guilherme de Mello (Foto: Divulgação)

 O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, destacou o crescimento significativo no valor das negociações de dívidas no âmbito do Desenrola Pequenos Negócios. O programa, que visa a repactuação de empréstimos de Microempreendedores Individuais (MEI), micro e pequenas empresas, já movimentou R$ 1,3 bilhão até o dia 12 de junho, um aumento de 30% em relação ao levantamento anterior, encerrado em 4 de junho. 

“O volume financeiro supera R$ 1 bilhão. Isso vai, certamente, se ampliar”, disse Mello em evento sobre o crédito no Brasil, promovido pela CNN nesta terça-feira (18), de acordo com o Metrópoles. O volume financeiro reflete a negociação de 39 mil contratos, beneficiando 30 mil empresas em todo o país, segundo dados divulgados pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) na segunda-feira (17).

O Desenrola Pequenos Negócios é parte do programa Acredita, lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em abril, através de medida provisória (MP). Embora a MP tenha força de lei e vigência imediata, é necessário que seja aprovada pelo Congresso para se tornar lei definitiva. Existe a expectativa de que o tema seja reenviado ao Congresso em formato de projeto de lei (PL). “O trabalho da equipe econômica não é apenas formular as políticas, mas também dialogar com o Congresso e construir as condições para a aprovação delas”, destacou Mello.

Inspirado no programa de renegociação de dívidas para pessoas físicas, lançado em 2023, o Desenrola Pequenos Negócios permite a renegociação de dívidas bancárias de MEIs e empresas de micro e pequeno porte com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. As dívidas contempladas pelo programa são aquelas não pagas até 23 de janeiro de 2024.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

 

Lula: BC deveria ser autônomo, mas sofre interferências políticas

 

Para o presidente, juros altos não condizem com baixa inflação



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta terça-feira (18) a forma como o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, tem conduzido as políticas da instituição. Em entrevista à Rádio CBN, ele disse que a aproximação do presidente do banco com a oposição levanta suspeitas, chegando a admitir que, provavelmente, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, exerça influência maior no BC do que o próprio governo.

“Nós só temos uma coisa desajustada no Brasil neste instante. É o comportamento do Banco Central. Temos um presidente do BC que não demonstra nenhuma capacidade de autonomia e que tem um claro lado político. Na minha opinião, ele trabalha muito mais para prejudicar do que para ajudar o país”, afirmou o presidente.

Lula afirmou que é um dos chefes de Estado com mais experiência em toda a história do país. E citou sua escolha pelo economista Henrique Meirelles, que esteve à frente do BC de 2003 a 2011. “Eu duvido que esse Roberto Campos tenha mais autonomia do que tinha o Meirelles”, afirmou o presidente, ao criticar a aproximação de Campos com o governador de São Paulo.

“Sinceramente, acho que o Tarcísio de Freitas tem mais influência [com o Roberto Campos] do que eu”, disse Lula ao se referir ao pedido do presidente do BC para integrar a equipe econômica do governador de São Paulo durante evento na capital paulista.

“Não é que ele se encontrou com Tarcísio numa festa. A festa foi do Tarcísio para ele [Roberto Campos]. Foi uma homenagem que o governo de São Paulo fez para ele. Certamente porque o governador está achando maravilhosa a taxa de juro em 10,5%”, completou.

Segundo ele, não há nenhuma explicação que justifique a taxa de juro atual, e isso é percebido até mesmo por autoridades estrangeiras, inclusive financeiras. “Tenho viajado o mundo e tenho conversado com muitos presidentes. Recebi presidentes do FMI [Fundo Monetário Internacional]; de bancos asiáticos; do Citibank; do Santander. Todos os bancos demonstram que não há país com mais otimismo do que o Brasil. Prova disso é que fomos o segundo país a receber mais investimento externo”.

“Portanto, temos uma situação que não necessita desta taxa de juros. O Brasil não pode continuar com essa taxa proibitiva de investimento no setor produtivo. Precisamos baixá-la para um nível compatível com a inflação, que está totalmente controlada. Só que agora ficam inventando o discurso de inflação do futuro. Vamos trabalhar em cima do que é real”.

Para o presidente, juros altos não condizem com o contexto de baixa inflação, promovidos por um Banco Central que deveria ser autônomo, mas sofre interferências políticas da oposição.

Taxações e desonerações

Lula também apontou o que chamou de contradições que retratam o cenário atual do país. Ele disse que os que hoje criticam gastos do governo são os mesmos que defenderam desonerações de setores com altos lucros.Na entrevista, Lula afirmou que legisladores se mobilizam para taxar pequenas importações, geralmente feitas por pobres, sem cogitar fazer o mesmo com os ricos. Sua fala foi uma referência à proposta de taxação, aprovada recentemente no Congresso, de compras de até US$ 50 feitas pela internet, e a não taxação de compras de até US$ 2 mil de quem viaja para o exterior.

“O que está acontecendo hoje é que as mesmas pessoas que falam que é preciso parar de gastar são as que têm R$ 546 bilhões de isenções e de exoneração de folha de pagamento. Ou seja, são os ricos que se apoderam de uma parte do orçamento do país e se queixam daquilo que você está gastando com o povo pobre”, observou.

O presidente se disse disposto a discutir “de forma séria” o orçamento com parlamentares, empresários, banqueiros e com a imprensa, mas garantiu que a solução será “em cima das pessoas mais humildes deste país”.

“Acabamos de aprovar uma desoneração para 17 setores da indústria brasileira, e qual foi a contrapartida deles para o trabalhador? Qual é a estabilidade no emprego que eles garantiram? Qual foi o aumento do salário que asseguraram? Nenhum. Tudo foi apenas para isentar da carga fiscal. Não teve nenhum compromisso com o povo trabalhador. O compromisso que se teve foi apenas o de aumentar o lucro”, argumentou o presidente.

Ele lembrou que a Previdência Social é destino de quase R$ 1 trilhão, valor que ficará ainda maior com as novas aposentadorias. “Mas o que, de fato, é muito é você ter quase R$ 600 bilhões em isenções e desonerações”, acrescentou.

Lula afirmou que, nas conversas que vem tendo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou-se à conclusão de que caberá aos empresários beneficiados e ao Senado a busca por uma solução. “Já há uma decisão da suprema corte, de que, daqui a uns dias, a desoneração vai cair e vai morrer. Aí não vai existir mais e a única possibilidade será a de se chegar a um acordo. Portanto, se não tiver a proposta, cai a desoneração. Espero que eles sejam maduros o suficiente e cheguem a um acordo”, completou.

Reeleição

Perguntado sobre uma possível candidatura à reeleição, Lula disse que, por enquanto, não quer discutir o assunto, uma vez que cumpriu menos da metade do mandato e que há “muita gente boa” para se candidatar ao cargo.

Ele, no entanto, acenou com a possibilidade, caso seja a única alternativa “para evitar que os trogloditas que governaram esse país voltem governar”, mas que esta não é a primeira hipótese.

“Vamos ter que pensar muito porque tenho responsabilidade para com o Brasil. O fato é que não vou permitir que esse país volte a ser governado por um fascista negacionista”.

Fonte: Agência Brasil

Ipea estima 24 mil homicídios não registrados no país de 2019 a 2022

 

Número representa 11,2% do total de homicídios estimados no Brasil


O Brasil pode ter deixado de registrar 24,1 mil homicídios de 2019 a 2022, segundo estimativa do Atlas da Violência 2024, divulgado nesta terça-feira (18), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Isso representa 11,3% do total de homicídios estimados no país no período.

O diretor de Políticas, Instituições e Democracia do IPEA, Daniel Cerqueira,  durante apresentação dos livros Pensamento Estratégico, Planejamento Governamental e Desenvolvimento no Brasil(Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Pesquisador do Ipea Daniel Cerqueira. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Calcula-se que, no período, ocorreram 213,7 mil assassinatos, mas apenas 189,6 mil foram registrados. Só no ano de 2022, segundo o Ipea, estima-se que 5.982 assassinatos não foram contabilizados, ou seja, 11,4% do total estimado (52.391).

A estimativa de homicídios é feita com base em um modelo dos pesquisadores do Ipea Daniel Cerqueira e Gabriel Lins, que usa padrões probabilísticos de características dos eventos analisados.

“No Brasil, quando uma pessoa morre de morte violenta, o médico legista tem que expedir a declaração de óbito. Ao fazer o laudo cadavérico, o legista muitas vezes não consegue aferir qual foi a motivação que gerou o primeiro fato mórbido. Muitas vezes ele pode até ver uma pessoa com perfuração por arma de fogo, mas não sabe dizer se aquilo foi resultado de um suicídio, acidente ou homicídio. Aquela declaração de óbito com esse campo em branco segue para a Secretaria de Saúde”, explica o pesquisador Daniel Cerqueira.

Segundo ele, as secretarias de Saúde poderão buscar informações na polícia, mas quando nem os investigadores sabem ou quando não há compartilhamento de informação entre autoridades policiais e sanitárias, cresce o número de mortes violentas por causa indeterminada (ou seja, quando os registros não informam se é assassinato, suicídio ou acidente).

Homicídios ocultos

Os pesquisadores analisaram 131.562 casos de mortes violentas por causa indeterminada entre 2012 e 2022 e constataram que, destas ocorrências, 51.726 são “homicídios ocultos”, ou seja, são provavelmente assassinatos, mas como não são registrados como tal, não entram nas estatísticas.

Os homicídios ocultos são um fenômeno percebido há alguns anos, mas que, recentemente, tiveram um aumento. No período de 2016 a 2018, os assassinatos não registrados (12,8 mil) representavam 6,5% dos casos estimados para o período (198,9 mil). De 2012 a 2015, teria havido 14,8 mil homicídios ocultos, ou seja, 5,9% do total estimado (248,8 mil).

Taxa de homicídios

De acordo com o Atlas da Violência 2024, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes registrada no país em 2022 foi 21,7, mas se considerar também os assassinatos ocultos, ela sobe para 24,5, uma diferença de 2,8 pontos. Em 2017, a diferença era de 1,8 ponto (31,8 de registros ante 33,6 de estimados).

Se considerarmos apenas a taxa de homicídios registrados, a queda entre 2012 e 2022 chegou a 24,9% e, entre 2021 e 2022, alcançou 3,6%. Se formos considerar a taxa dos assassinatos estimados, no entanto, as quedas são bem menores: -20,5% e -1,6%, respectivamente.

Segundo Cerqueira, essa discrepância entre os registros e o número estimado pode ser creditada a problemas na análise dos dados pelas autoridades estaduais e pelo Ministério da Saúde, que deveria avaliar a qualidade dessas informações e solicitar uma reanálise para as secretarias estaduais de Saúde no caso de mortes violentas indeterminadas.

“Nos últimos anos, houve um verdadeiro desmanche no Ministério da Saúde, sobretudo a partir de 2019, quando vários bons técnicos saíram do Ministério da Saúde. E me parece que, em alguns estados, já havia uma baixa qualidade nos dados e que era necessário sempre o Ministério da Saúde correr atrás de melhorar a informação”, explica Cerqueira. “Como não houve um trabalho profícuo do Ministério da Saúde nesse período, os dados terminaram piorando”, acrescentou.

Recortes

Além do aumento dos homicídios ocultos, o Atlas da Violência 2024 também traz dados importantes como os anos de vida perdidos, conceito estabelecido em 1978, que busca estimar o total de anos perdidos por mortes prematuras em decorrência da violência.

Por exemplo, partindo do pressuposto que um jovem poderia viver até os 70 anos, se ele morre aos 15, estaria perdendo 55 anos de vida. De acordo com o Ipea, considerando os 321,5 mil homicídios de jovens brasileiros ocorridos entre 2012 e 2022, houve uma perda de 15,2 milhões de anos potenciais de vida no país.

Apesar disso, considerando-se os homens jovens de 15 a 29 anos, as principais vítimas dos assassinatos no país, a taxa de homicídio registrada por 100 mil habitantes vem apresentando uma trajetória de queda. Em 2022, a taxa caiu 4,9% em relação a 2021, 33,5% na comparação com 2017 e 20,9% ante 2012.

A taxa de homicídios de mulheres (3,5 por 100 mil) também apresentou quedas ante 2017 e 2022 (de 25,5%), mas manteve-se estável em relação a 2021. Em relação à cor/raça, a taxa de homicídios de negros no país (29,7) é quase três vezes maior que a de não negros (10,8).

Por outro lado, a taxa de homicídios de negros também recuou em 2022: -4,2% ante 2021, -31,1% em relação a 2017 e -19,7% na comparação com 2012.

A taxa de homicídios de indígenas apresentou alta nos anos de 2020 e 2021, depois de cinco anos de quedas, mas voltou a recuar em 2022, chegando a 21,5 por 100 mil habitantes, ficando abaixo da média nacional (21,7). De 2021, quando a taxa foi 29,7 por 100 mil, para 2022, a queda foi 27,6%.

Atlas também traz dados sobre o aumento da violência, em geral, contra a população LGBT. Houve aumento de 39,4% nos registros de violência contra homossexuais e bissexuais e de 34,4% contra travestis e transexuais, em 2022, na comparação com o ano anterior.

Já a análise nos casos de violência cometida contra pessoas com deficiência mostra que 56,9% dos casos ocorre dentro de casa. As ocorrências de violência comunitária são 23,8% dos casos e de violência institucional (cometida em um emprego ou por agente do Estado), 3,1%. Em 16,2% dos casos, o contexto é misto.

 A violência física responde por 52,5% das situações em que a vítima é uma pessoa com deficiência, seguida por violência psicológica (30,4%), sexual (22,9%), negligência/abandono (22,5%) e outros (6,7%).

Fonte: Agência Brasil

Lula afirma que pode ser candidato à reeleição em 2026 para evitar volta de "trogloditas"

 

"Não vou permitir que esse país volte a ser governado por um fascista", disse o presidente

Luiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução)

Reuters - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira que pode ser candidato à reeleição em 2026 se considerar que isso é necessário para evitar a volta ao poder daqueles que chamou de "trogloditas".

Em entrevista à rádio CBN, Lula afirmou que existem pessoas qualificadas para serem candidatas por seu grupo político em 2026 e que ele terá de considerar sua idade e estado de saúde antes de decidir por uma eventual candidatura. Disse ainda que a disputa à reeleição "não é a primeira hipótese".

Ao mesmo tempo, Lula, que estará prestes a completar 81 anos durante a campanha eleitoral de 2026, disse que pode ser candidato para evitar a volta dos que chamou de "fascistas".

"Se for necessário ser candidato para evitar que os trogloditas que governaram esse país voltem a governar, pode ficar certo que meus 80 anos virarão 40 e eu poderei ser candidato", disse o presidente.

"Mas não é a primeira hipótese. Nós vamos ter que pensar muito, eu sei que eu vou estar com 80 anos, eu tenho que medir qual é o meu estado de saúde, qual é a minha resistência física, porque eu quero ter responsabilidade com o Brasil. Mas não vou permitir que esse país volte a ser governado por um fascista, não vou permitir que esse país volte a ser governado por um negacionista como nós já tivemos."

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Folha de pagamento dos militares no Brasil é três vezes maior que nos EUA

 

Levantamento aponta que 78% dos gastos militares do Brasil são destinados ao pessoal da ativa, da reserva e pensões. Nos EUA, gastos com pessoal somam 22% do orçamento militar

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 A folha de pagamento dos militares brasileiros, em termos proporcionais, é mais de três vezes maior do que a dos Estados Unidos. Atualmente, segundo a CNN Brasil, 78% dos gastos militares do Brasil são destinados a pessoal da ativa, da reserva e pensões, totalizando R$ 77,4 bilhões previstos para 2024. Nos Estados Unidos, apenas 22% do orçamento militar é destinado ao pagamento de pessoal, de acordo com dados da Peter G. Peterson Foundation, que monitora as contas públicas nos EUA.

O Ministério da Defesa brasileira reconhece que o tema é polêmico e disponibiliza uma justificativa padrão em seu site. "Pelas funções que exerce, é inerente à Defesa Nacional ter grande quantitativo de pessoal", afirma ao detalhar o orçamento de 2023.

Ainda conforme a reportagem, o universo de pessoas relacionadas ao Ministério da Defesa no Brasil se aproxima de 800 mil, sendo 362.574 militares da ativa, 169.793 inativos e outros 235.416 pensionistas. Juntos, esses grupos receberão os R$ 77,4 bilhões previstos para 2024.

Os recursos são distribuídos de maneira relativamente equilibrada entre os três grupos: 33,5% do valor é destinado aos militares da ativa, 32,7% aos inativos e 27,7% ao pagamento de pensões. No entanto, a diferença no número de pessoas em cada grupo resulta em variações significativas nos valores médios recebidos.

A média mensal para os militares da ativa é de aproximadamente R$ 6.300. Para os pensionistas, a média é de cerca de R$ 8.000 por mês, enquanto os inativos recebem, em média, R$ 13.233 mensais.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Lula: 'vou escolher um presidente do BC compromissado com o desenvolvimento e com o interesse de 203 milhões de brasileiros'

 

"Na hora que eu tiver que escolher o presidente do Banco Central, vai ser uma pessoa madura, calejada, responsável, alguém que tenha respeito pelo cargo que exerce", disse Lula

Banco Central e Luiz Inácio Lula da Silva
Banco Central e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: ABR | REUTERS/Adriano Machado)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que escolherá um presidente do Banco Central (BC) comprometido com os interesses de 203 milhões de brasileiros, resistente a pressões de mercado e focado no desenvolvimento econômico do país. 

“Vou escolher um presidente do Banco Central que seja uma pessoa que tenha compromisso com o desenvolvimento desse país, com o controle da inflação, mas que também tenha na cabeça que a gente não tem só que pensar no controle da inflação, a gente tem que pensar também numa meta de crescimento. Porque é o crescimento econômico, é o crescimento da massa salarial que vai permitir que a gente possa controlar a inflação com uma certa tranquilidade”, disse Lula à Rádio CBN nesta terça-feira (18).

Lula criticou a participação do presidente do BC, Roberto Campos Neto, em um jantar em sua homenagem promovido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e questionou sua autonomia à frente da instituição.

"Eu já lidei muito tempo com o Banco Central e o Meirelles [Henrique Meirelles] é o meu primeiro Banco Central, e eu duvido que esse Roberto Campos tenha mais autonomia do que tinha o Meirelles. Duvido! Duvido! O que é importante saber é a quem esse rapaz é submetido. Como é que ele vai numa festa em São Paulo, quase que assumindo a candidatura a um cargo do governo? Cadê a autonomia dele? Então, veja, eu trato com muita seriedade. Muita seriedade", disse Lula. 

"Então, na hora que eu tiver que escolher o presidente do Banco Central, vai ser uma pessoa madura, calejada, responsável, alguém que tenha respeito pelo cargo que exerce, que tenha respeito e alguém que não se submeta a pressões de mercado. Alguém que faça aquilo que for de interesse dos 203 milhões de brasileiros”, afirmou. 

Fonte: Brasil 247

“Fora da realidade”, diz Lula sobre pautas ideológicas do Congresso

 

Presidente voltou a se manifestar de forma contrária ao aborto, mas defendeu que o assunto seja tratado como uma questão de saúde pública

Luiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o avanço das pautas ideológicas no Congresso Nacional em entrevista à Rádio CBN na manhã desta terça-feira (18). Ele afirmou que estas pautas adotadas ppor parlamentares convervadores dligados à direita, como o ‘PL [projeto de Lei] do estupro’, estão “fora da realidade” e não deveriam estar nos debates do Legislativo.

“Acho que a pauta de costumes, não gosto muito de discutir, não tem nada a ver com a realidade que vivemos. Quem está abortando são meninas de 12, 13, 14 anos. É crime hediondo o cidadão estuprar a menina e querer que ela tenha um filho, um filho de um monstro”, disse Lula sobre o projeto em tramitação na Câmara dos Deputados que equipara o aborto após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio.

Lula rebateu o comentário do principal idealizador do ‘PL do estupro’, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que afirmou que o projeto era uma forma de “testar” o governo Lula. “O cidadão diz que fez o projeto ‘para testar o Lula’. Eu não preciso de teste, quem precisa de teste é ele. Eu quero saber se uma filha dele fosse estuprada, como ele ia se comportar”, disse o presidente

O presidente também voltou a se manifestar de forma contrária ao aborto, mas defendeu que o assunto seja tratado como uma questão de saúde pública. “Eu, Luiz Inácio Lula da Silva, sou contra o aborto, para ficar bem claro. Agora, enquanto chefe de Estado, o aborto tem que ser tratado como questão de saúde publica, porque você não pode continuar permitindo que a ‘madame’ vá fazer um aborto em Paris e que a coitada morra em casa tentando furar o útero com uma agulha de tricô. Este é o drama que estamos vivendo”, observou.

Lula afirmou, ainda, que a relação com o Congresso mudou muito ao longo dos seus três mandatos, e que agora, o Legislativo está fortalecido pelo maior controle que tem sobre o orçamento. “A verdade nua e crua é que depois da experiência do governo passado o Congresso se empoderou demais e na minha opinião o poder Executivo tem ficado fragilizado na arte de exercer o orçamento da União. Esse é o dado concreto e todo mundo sabe disso”, disse.

No entanto, o presidente comemorou a aprovação de projetos importantes do governo, como a Reforma Tributária e a PEC da Transição. “O que conseguimos mudar, primeiro, temos conseguido conversar muito com o Congresso. Os ministros, os líderes e eu tenho conversado muito. A gente tem feito a coisa andar, nem sempre com a rapidez com que a gente quer. É importante levar em conta que muitas vezes o Congresso tem contribuído, aprovar a PEC da Transição foi algo extraordinário, aprovar a política tributária com a pressa que o Congresso aprovou foi extraordinário para nós. Nós agora esperamos que haja a regulamentação”, explicou.

Fonte: Brasil 247

 

Lula diz que juros são proibitivos no Brasil e que o presidente do BC 'tem lado político e trabalha para atrapalhar o país'

 

"Presidente do BC, que não demonstra nenhuma capacidade de autonomia, que tem lado político e que, na minha opinião, trabalha mais para prejudicar o país do que para ajudar", disse

Roberto Campos Neto e Lula
Roberto Campos Neto e Lula (Foto: Isac Nóbrega/PR | Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o patamar elevado da taxa básica de juros (Selic) que, segundo ele, é proibitiva para o setor produtivo e que o Banco Central (BC) deve trabalhar para ajudar o Brasil, não para atrapalhar. Segundo ele, o comportamento da autarquia é a única "coisa desajustada" no Brasil no momento.

“O Brasil não pode continuar com uma taxa de juros proibitiva de investimento no setor produtivo? Como é que você vai convencer o empregado de fazer investimento se ele tem que pagar uma taxa de juros a pessoa? Então é preciso baixar a taxa de juros compatível com a inflação. A inflação está totalmente controlada”, disse Lula nesta terça-feira (18) em entrevista à CBN. 

“Agora fica se inventando o discurso de inflação do futuro, o que vai acontecer. Vamos trabalhar em cima do real. Realmente o Brasil está vivendo um bom momento. A economia está andando, os investimentos estão crescendo, o salário está crescendo, a inflação está caindo, ou seja, o que mais nós queremos? O que mais nós queremos é atrair mais investimentos para o Brasil e que o Banco Central se comporte, sabe, na perspectiva de ajudar esse país e não de atrapalhar o crescimento”, destacou o presidente. 

Lula também criticou o presidente do BC, Roberto Campos Neto, que, em sua visão, trabalha para prejudicar o país, argumentando que o comportamento da autarquia é a única "coisa desajustada" no Brasil no momento. "O presidente do Banco Central, que não demonstra nenhuma capacidade de autonomia, que tem lado político e que, na minha opinião, trabalha muito mais para prejudicar o país do que para ajudar o país",

Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária do BC (Copom) anunciará sua decisão sobre a taxa Selic, com o mercado apostando no patamar de juros de 10,50% ao ano, encerrando um ciclo de sete cortes consecutivos.

Fonte: Brasil 247

Empresário que atirou em carro em SP se apresentará à polícia, diz advogado


Adriano Domingues da Costa atira em carro durante briga de trânsito em Boituva (SP). Foto: Reprodução


O empresário Adriano Domingues da Costa, que atirou contra um carro na tarde da última sexta-feira (14) na Rodovia Castello Branco, em Boituva (SP), deve se apresentar à polícia nos próximos dias.

O advogado de Adriano, Luiz Carlos Tucho de Souza e Castro Valsecchi, negou que o empresário esteja foragido e afirmou que conversou nesta segunda-feira (17) com um delegado de Itapetininga, no interior de São Paulo, sobre a apresentação de seu cliente.

“Combinei com ele a apresentação do Adriano, numa data que eu acertei com ele. Ele vai se apresentar, portanto, o Adriano não está fugindo de ninguém, a arma vai ser devolvida, o Adriano vai prestar o depoimento”, disse o advogado à Folha de S.Paulo.

Segundo Valsecchi, as vítimas não denunciaram o empresário. “Soube, examinando os autos, que este inquérito policial não foi instaurado a pedido da vítima. Isso é bastante relevante, porque a vítima sequer se mobilizou para pedir a proteção do Estado ou denunciar isso ao Estado. A vítima ficou silente. Depois de tudo aquilo, foi para casa. Quem pediu a instauração do inquérito policial foi o próprio delegado”, afirmou.

Fonte: DCM

 

Novo depoimento de Mauro Cid à PF deixa Bolsonaro mais perto da prisão

 

O tenente-coronel Mauro Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: reprodução

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e seu pai, o general Mauro Lourena Cid, serão ouvidos novamente pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (17). As oitivas fazem parte do inquérito que investiga o caso das joias sauditas recebidas pelo governo Bolsonaro e vendidas ilegalmente nos Estados Unidos.

As audiências estão marcadas para as 15h, ocorrendo na sede da PF em Brasília e na Superintendência no Rio de Janeiro, respectivamente. O foco será a negociação de uma nova joia identificada em lojas nos EUA.

Os depoimentos marcam a etapa final da investigação, que deve ser concluída ainda em junho. A PF deve indiciar Bolsonaro, e o Ministério Público Federal (MPF) avaliará o indiciamento para decidir se oferece denúncia à Justiça. Se a denúncia for aceita, Bolsonaro se tornará réu e ficará mais próximo da prisão.

A nova joia

A descoberta da nova joia ocorreu durante diligências da PF nos EUA, onde representantes do ex-presidente teriam vendido e tentado negociar outras joias. Investigadores encontraram um vídeo que mostra a negociação da nova peça, cujo paradeiro atual é desconhecido.

Com o apoio do FBI, as diligências aconteceram em cidades como Miami, Wilson Grove, e Nova York, onde foram coletados depoimentos de comerciantes, documentos e imagens de segurança.

Vale destacar que o último depoimento de Mauro Cid foi em 26 de abril, enquanto a PF, em cooperação com o FBI, investigava o caso nos EUA. Na ocasião, o ex-ajudante de ordens detalhou a negociação das joias em joalherias americanas.

Mauro Cid, como delator em inquéritos que investigam Bolsonaro, deve prestar esclarecimentos sempre que solicitado. Já seu pai é investigado no caso das joias, no qual seria o responsável pelas negociações dos bens em solo estadunidense.

O rosto do general do Exército Mauro Lourena Cid – pai do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro Mauro Barbosa Cid – foi identificado pela Polícia Federal no reflexo de uma foto usada para negociar, nos Estados Unidos, esculturas recebidas pelo governo como presente oficial. — Foto: Reprodução

O rosto do general de Lourena Cid foi identificado pela PF no reflexo de uma foto usada para negociar, nos Estados Unidos, esculturas recebidas pelo governo como presente oficial. — Foto: Reprodução


Bolsonaro já sabia

As joias foram levadas por Bolsonaro em seu avião durante sua fuga para os EUA, pouco antes da posse de Lula em dezembro de 2023. O general Mauro Lourena Cid teria iniciado as negociações para vender as joias por valores milionários.

As investigações nos EUA revelaram que Bolsonaro tinha conhecimento da ilegalidade da venda das joias e mesmo assim autorizou as negociações. As operações de recompra, que incluíram o advogado Frederick Wassef, demonstram que os envolvidos estavam cientes da ilegalidade das ações.

Fonte: DCM