terça-feira, 18 de junho de 2024

Ipea estima 24 mil homicídios não registrados no país de 2019 a 2022

 

Número representa 11,2% do total de homicídios estimados no Brasil


O Brasil pode ter deixado de registrar 24,1 mil homicídios de 2019 a 2022, segundo estimativa do Atlas da Violência 2024, divulgado nesta terça-feira (18), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Isso representa 11,3% do total de homicídios estimados no país no período.

O diretor de Políticas, Instituições e Democracia do IPEA, Daniel Cerqueira,  durante apresentação dos livros Pensamento Estratégico, Planejamento Governamental e Desenvolvimento no Brasil(Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Pesquisador do Ipea Daniel Cerqueira. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Calcula-se que, no período, ocorreram 213,7 mil assassinatos, mas apenas 189,6 mil foram registrados. Só no ano de 2022, segundo o Ipea, estima-se que 5.982 assassinatos não foram contabilizados, ou seja, 11,4% do total estimado (52.391).

A estimativa de homicídios é feita com base em um modelo dos pesquisadores do Ipea Daniel Cerqueira e Gabriel Lins, que usa padrões probabilísticos de características dos eventos analisados.

“No Brasil, quando uma pessoa morre de morte violenta, o médico legista tem que expedir a declaração de óbito. Ao fazer o laudo cadavérico, o legista muitas vezes não consegue aferir qual foi a motivação que gerou o primeiro fato mórbido. Muitas vezes ele pode até ver uma pessoa com perfuração por arma de fogo, mas não sabe dizer se aquilo foi resultado de um suicídio, acidente ou homicídio. Aquela declaração de óbito com esse campo em branco segue para a Secretaria de Saúde”, explica o pesquisador Daniel Cerqueira.

Segundo ele, as secretarias de Saúde poderão buscar informações na polícia, mas quando nem os investigadores sabem ou quando não há compartilhamento de informação entre autoridades policiais e sanitárias, cresce o número de mortes violentas por causa indeterminada (ou seja, quando os registros não informam se é assassinato, suicídio ou acidente).

Homicídios ocultos

Os pesquisadores analisaram 131.562 casos de mortes violentas por causa indeterminada entre 2012 e 2022 e constataram que, destas ocorrências, 51.726 são “homicídios ocultos”, ou seja, são provavelmente assassinatos, mas como não são registrados como tal, não entram nas estatísticas.

Os homicídios ocultos são um fenômeno percebido há alguns anos, mas que, recentemente, tiveram um aumento. No período de 2016 a 2018, os assassinatos não registrados (12,8 mil) representavam 6,5% dos casos estimados para o período (198,9 mil). De 2012 a 2015, teria havido 14,8 mil homicídios ocultos, ou seja, 5,9% do total estimado (248,8 mil).

Taxa de homicídios

De acordo com o Atlas da Violência 2024, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes registrada no país em 2022 foi 21,7, mas se considerar também os assassinatos ocultos, ela sobe para 24,5, uma diferença de 2,8 pontos. Em 2017, a diferença era de 1,8 ponto (31,8 de registros ante 33,6 de estimados).

Se considerarmos apenas a taxa de homicídios registrados, a queda entre 2012 e 2022 chegou a 24,9% e, entre 2021 e 2022, alcançou 3,6%. Se formos considerar a taxa dos assassinatos estimados, no entanto, as quedas são bem menores: -20,5% e -1,6%, respectivamente.

Segundo Cerqueira, essa discrepância entre os registros e o número estimado pode ser creditada a problemas na análise dos dados pelas autoridades estaduais e pelo Ministério da Saúde, que deveria avaliar a qualidade dessas informações e solicitar uma reanálise para as secretarias estaduais de Saúde no caso de mortes violentas indeterminadas.

“Nos últimos anos, houve um verdadeiro desmanche no Ministério da Saúde, sobretudo a partir de 2019, quando vários bons técnicos saíram do Ministério da Saúde. E me parece que, em alguns estados, já havia uma baixa qualidade nos dados e que era necessário sempre o Ministério da Saúde correr atrás de melhorar a informação”, explica Cerqueira. “Como não houve um trabalho profícuo do Ministério da Saúde nesse período, os dados terminaram piorando”, acrescentou.

Recortes

Além do aumento dos homicídios ocultos, o Atlas da Violência 2024 também traz dados importantes como os anos de vida perdidos, conceito estabelecido em 1978, que busca estimar o total de anos perdidos por mortes prematuras em decorrência da violência.

Por exemplo, partindo do pressuposto que um jovem poderia viver até os 70 anos, se ele morre aos 15, estaria perdendo 55 anos de vida. De acordo com o Ipea, considerando os 321,5 mil homicídios de jovens brasileiros ocorridos entre 2012 e 2022, houve uma perda de 15,2 milhões de anos potenciais de vida no país.

Apesar disso, considerando-se os homens jovens de 15 a 29 anos, as principais vítimas dos assassinatos no país, a taxa de homicídio registrada por 100 mil habitantes vem apresentando uma trajetória de queda. Em 2022, a taxa caiu 4,9% em relação a 2021, 33,5% na comparação com 2017 e 20,9% ante 2012.

A taxa de homicídios de mulheres (3,5 por 100 mil) também apresentou quedas ante 2017 e 2022 (de 25,5%), mas manteve-se estável em relação a 2021. Em relação à cor/raça, a taxa de homicídios de negros no país (29,7) é quase três vezes maior que a de não negros (10,8).

Por outro lado, a taxa de homicídios de negros também recuou em 2022: -4,2% ante 2021, -31,1% em relação a 2017 e -19,7% na comparação com 2012.

A taxa de homicídios de indígenas apresentou alta nos anos de 2020 e 2021, depois de cinco anos de quedas, mas voltou a recuar em 2022, chegando a 21,5 por 100 mil habitantes, ficando abaixo da média nacional (21,7). De 2021, quando a taxa foi 29,7 por 100 mil, para 2022, a queda foi 27,6%.

Atlas também traz dados sobre o aumento da violência, em geral, contra a população LGBT. Houve aumento de 39,4% nos registros de violência contra homossexuais e bissexuais e de 34,4% contra travestis e transexuais, em 2022, na comparação com o ano anterior.

Já a análise nos casos de violência cometida contra pessoas com deficiência mostra que 56,9% dos casos ocorre dentro de casa. As ocorrências de violência comunitária são 23,8% dos casos e de violência institucional (cometida em um emprego ou por agente do Estado), 3,1%. Em 16,2% dos casos, o contexto é misto.

 A violência física responde por 52,5% das situações em que a vítima é uma pessoa com deficiência, seguida por violência psicológica (30,4%), sexual (22,9%), negligência/abandono (22,5%) e outros (6,7%).

Fonte: Agência Brasil

Lula afirma que pode ser candidato à reeleição em 2026 para evitar volta de "trogloditas"

 

"Não vou permitir que esse país volte a ser governado por um fascista", disse o presidente

Luiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução)

Reuters - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira que pode ser candidato à reeleição em 2026 se considerar que isso é necessário para evitar a volta ao poder daqueles que chamou de "trogloditas".

Em entrevista à rádio CBN, Lula afirmou que existem pessoas qualificadas para serem candidatas por seu grupo político em 2026 e que ele terá de considerar sua idade e estado de saúde antes de decidir por uma eventual candidatura. Disse ainda que a disputa à reeleição "não é a primeira hipótese".

Ao mesmo tempo, Lula, que estará prestes a completar 81 anos durante a campanha eleitoral de 2026, disse que pode ser candidato para evitar a volta dos que chamou de "fascistas".

"Se for necessário ser candidato para evitar que os trogloditas que governaram esse país voltem a governar, pode ficar certo que meus 80 anos virarão 40 e eu poderei ser candidato", disse o presidente.

"Mas não é a primeira hipótese. Nós vamos ter que pensar muito, eu sei que eu vou estar com 80 anos, eu tenho que medir qual é o meu estado de saúde, qual é a minha resistência física, porque eu quero ter responsabilidade com o Brasil. Mas não vou permitir que esse país volte a ser governado por um fascista, não vou permitir que esse país volte a ser governado por um negacionista como nós já tivemos."

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Folha de pagamento dos militares no Brasil é três vezes maior que nos EUA

 

Levantamento aponta que 78% dos gastos militares do Brasil são destinados ao pessoal da ativa, da reserva e pensões. Nos EUA, gastos com pessoal somam 22% do orçamento militar

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 A folha de pagamento dos militares brasileiros, em termos proporcionais, é mais de três vezes maior do que a dos Estados Unidos. Atualmente, segundo a CNN Brasil, 78% dos gastos militares do Brasil são destinados a pessoal da ativa, da reserva e pensões, totalizando R$ 77,4 bilhões previstos para 2024. Nos Estados Unidos, apenas 22% do orçamento militar é destinado ao pagamento de pessoal, de acordo com dados da Peter G. Peterson Foundation, que monitora as contas públicas nos EUA.

O Ministério da Defesa brasileira reconhece que o tema é polêmico e disponibiliza uma justificativa padrão em seu site. "Pelas funções que exerce, é inerente à Defesa Nacional ter grande quantitativo de pessoal", afirma ao detalhar o orçamento de 2023.

Ainda conforme a reportagem, o universo de pessoas relacionadas ao Ministério da Defesa no Brasil se aproxima de 800 mil, sendo 362.574 militares da ativa, 169.793 inativos e outros 235.416 pensionistas. Juntos, esses grupos receberão os R$ 77,4 bilhões previstos para 2024.

Os recursos são distribuídos de maneira relativamente equilibrada entre os três grupos: 33,5% do valor é destinado aos militares da ativa, 32,7% aos inativos e 27,7% ao pagamento de pensões. No entanto, a diferença no número de pessoas em cada grupo resulta em variações significativas nos valores médios recebidos.

A média mensal para os militares da ativa é de aproximadamente R$ 6.300. Para os pensionistas, a média é de cerca de R$ 8.000 por mês, enquanto os inativos recebem, em média, R$ 13.233 mensais.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Lula: 'vou escolher um presidente do BC compromissado com o desenvolvimento e com o interesse de 203 milhões de brasileiros'

 

"Na hora que eu tiver que escolher o presidente do Banco Central, vai ser uma pessoa madura, calejada, responsável, alguém que tenha respeito pelo cargo que exerce", disse Lula

Banco Central e Luiz Inácio Lula da Silva
Banco Central e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: ABR | REUTERS/Adriano Machado)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que escolherá um presidente do Banco Central (BC) comprometido com os interesses de 203 milhões de brasileiros, resistente a pressões de mercado e focado no desenvolvimento econômico do país. 

“Vou escolher um presidente do Banco Central que seja uma pessoa que tenha compromisso com o desenvolvimento desse país, com o controle da inflação, mas que também tenha na cabeça que a gente não tem só que pensar no controle da inflação, a gente tem que pensar também numa meta de crescimento. Porque é o crescimento econômico, é o crescimento da massa salarial que vai permitir que a gente possa controlar a inflação com uma certa tranquilidade”, disse Lula à Rádio CBN nesta terça-feira (18).

Lula criticou a participação do presidente do BC, Roberto Campos Neto, em um jantar em sua homenagem promovido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e questionou sua autonomia à frente da instituição.

"Eu já lidei muito tempo com o Banco Central e o Meirelles [Henrique Meirelles] é o meu primeiro Banco Central, e eu duvido que esse Roberto Campos tenha mais autonomia do que tinha o Meirelles. Duvido! Duvido! O que é importante saber é a quem esse rapaz é submetido. Como é que ele vai numa festa em São Paulo, quase que assumindo a candidatura a um cargo do governo? Cadê a autonomia dele? Então, veja, eu trato com muita seriedade. Muita seriedade", disse Lula. 

"Então, na hora que eu tiver que escolher o presidente do Banco Central, vai ser uma pessoa madura, calejada, responsável, alguém que tenha respeito pelo cargo que exerce, que tenha respeito e alguém que não se submeta a pressões de mercado. Alguém que faça aquilo que for de interesse dos 203 milhões de brasileiros”, afirmou. 

Fonte: Brasil 247

“Fora da realidade”, diz Lula sobre pautas ideológicas do Congresso

 

Presidente voltou a se manifestar de forma contrária ao aborto, mas defendeu que o assunto seja tratado como uma questão de saúde pública

Luiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o avanço das pautas ideológicas no Congresso Nacional em entrevista à Rádio CBN na manhã desta terça-feira (18). Ele afirmou que estas pautas adotadas ppor parlamentares convervadores dligados à direita, como o ‘PL [projeto de Lei] do estupro’, estão “fora da realidade” e não deveriam estar nos debates do Legislativo.

“Acho que a pauta de costumes, não gosto muito de discutir, não tem nada a ver com a realidade que vivemos. Quem está abortando são meninas de 12, 13, 14 anos. É crime hediondo o cidadão estuprar a menina e querer que ela tenha um filho, um filho de um monstro”, disse Lula sobre o projeto em tramitação na Câmara dos Deputados que equipara o aborto após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio.

Lula rebateu o comentário do principal idealizador do ‘PL do estupro’, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que afirmou que o projeto era uma forma de “testar” o governo Lula. “O cidadão diz que fez o projeto ‘para testar o Lula’. Eu não preciso de teste, quem precisa de teste é ele. Eu quero saber se uma filha dele fosse estuprada, como ele ia se comportar”, disse o presidente

O presidente também voltou a se manifestar de forma contrária ao aborto, mas defendeu que o assunto seja tratado como uma questão de saúde pública. “Eu, Luiz Inácio Lula da Silva, sou contra o aborto, para ficar bem claro. Agora, enquanto chefe de Estado, o aborto tem que ser tratado como questão de saúde publica, porque você não pode continuar permitindo que a ‘madame’ vá fazer um aborto em Paris e que a coitada morra em casa tentando furar o útero com uma agulha de tricô. Este é o drama que estamos vivendo”, observou.

Lula afirmou, ainda, que a relação com o Congresso mudou muito ao longo dos seus três mandatos, e que agora, o Legislativo está fortalecido pelo maior controle que tem sobre o orçamento. “A verdade nua e crua é que depois da experiência do governo passado o Congresso se empoderou demais e na minha opinião o poder Executivo tem ficado fragilizado na arte de exercer o orçamento da União. Esse é o dado concreto e todo mundo sabe disso”, disse.

No entanto, o presidente comemorou a aprovação de projetos importantes do governo, como a Reforma Tributária e a PEC da Transição. “O que conseguimos mudar, primeiro, temos conseguido conversar muito com o Congresso. Os ministros, os líderes e eu tenho conversado muito. A gente tem feito a coisa andar, nem sempre com a rapidez com que a gente quer. É importante levar em conta que muitas vezes o Congresso tem contribuído, aprovar a PEC da Transição foi algo extraordinário, aprovar a política tributária com a pressa que o Congresso aprovou foi extraordinário para nós. Nós agora esperamos que haja a regulamentação”, explicou.

Fonte: Brasil 247

 

Lula diz que juros são proibitivos no Brasil e que o presidente do BC 'tem lado político e trabalha para atrapalhar o país'

 

"Presidente do BC, que não demonstra nenhuma capacidade de autonomia, que tem lado político e que, na minha opinião, trabalha mais para prejudicar o país do que para ajudar", disse

Roberto Campos Neto e Lula
Roberto Campos Neto e Lula (Foto: Isac Nóbrega/PR | Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o patamar elevado da taxa básica de juros (Selic) que, segundo ele, é proibitiva para o setor produtivo e que o Banco Central (BC) deve trabalhar para ajudar o Brasil, não para atrapalhar. Segundo ele, o comportamento da autarquia é a única "coisa desajustada" no Brasil no momento.

“O Brasil não pode continuar com uma taxa de juros proibitiva de investimento no setor produtivo? Como é que você vai convencer o empregado de fazer investimento se ele tem que pagar uma taxa de juros a pessoa? Então é preciso baixar a taxa de juros compatível com a inflação. A inflação está totalmente controlada”, disse Lula nesta terça-feira (18) em entrevista à CBN. 

“Agora fica se inventando o discurso de inflação do futuro, o que vai acontecer. Vamos trabalhar em cima do real. Realmente o Brasil está vivendo um bom momento. A economia está andando, os investimentos estão crescendo, o salário está crescendo, a inflação está caindo, ou seja, o que mais nós queremos? O que mais nós queremos é atrair mais investimentos para o Brasil e que o Banco Central se comporte, sabe, na perspectiva de ajudar esse país e não de atrapalhar o crescimento”, destacou o presidente. 

Lula também criticou o presidente do BC, Roberto Campos Neto, que, em sua visão, trabalha para prejudicar o país, argumentando que o comportamento da autarquia é a única "coisa desajustada" no Brasil no momento. "O presidente do Banco Central, que não demonstra nenhuma capacidade de autonomia, que tem lado político e que, na minha opinião, trabalha muito mais para prejudicar o país do que para ajudar o país",

Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária do BC (Copom) anunciará sua decisão sobre a taxa Selic, com o mercado apostando no patamar de juros de 10,50% ao ano, encerrando um ciclo de sete cortes consecutivos.

Fonte: Brasil 247

Empresário que atirou em carro em SP se apresentará à polícia, diz advogado


Adriano Domingues da Costa atira em carro durante briga de trânsito em Boituva (SP). Foto: Reprodução


O empresário Adriano Domingues da Costa, que atirou contra um carro na tarde da última sexta-feira (14) na Rodovia Castello Branco, em Boituva (SP), deve se apresentar à polícia nos próximos dias.

O advogado de Adriano, Luiz Carlos Tucho de Souza e Castro Valsecchi, negou que o empresário esteja foragido e afirmou que conversou nesta segunda-feira (17) com um delegado de Itapetininga, no interior de São Paulo, sobre a apresentação de seu cliente.

“Combinei com ele a apresentação do Adriano, numa data que eu acertei com ele. Ele vai se apresentar, portanto, o Adriano não está fugindo de ninguém, a arma vai ser devolvida, o Adriano vai prestar o depoimento”, disse o advogado à Folha de S.Paulo.

Segundo Valsecchi, as vítimas não denunciaram o empresário. “Soube, examinando os autos, que este inquérito policial não foi instaurado a pedido da vítima. Isso é bastante relevante, porque a vítima sequer se mobilizou para pedir a proteção do Estado ou denunciar isso ao Estado. A vítima ficou silente. Depois de tudo aquilo, foi para casa. Quem pediu a instauração do inquérito policial foi o próprio delegado”, afirmou.

Fonte: DCM

 

Novo depoimento de Mauro Cid à PF deixa Bolsonaro mais perto da prisão

 

O tenente-coronel Mauro Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: reprodução

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e seu pai, o general Mauro Lourena Cid, serão ouvidos novamente pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (17). As oitivas fazem parte do inquérito que investiga o caso das joias sauditas recebidas pelo governo Bolsonaro e vendidas ilegalmente nos Estados Unidos.

As audiências estão marcadas para as 15h, ocorrendo na sede da PF em Brasília e na Superintendência no Rio de Janeiro, respectivamente. O foco será a negociação de uma nova joia identificada em lojas nos EUA.

Os depoimentos marcam a etapa final da investigação, que deve ser concluída ainda em junho. A PF deve indiciar Bolsonaro, e o Ministério Público Federal (MPF) avaliará o indiciamento para decidir se oferece denúncia à Justiça. Se a denúncia for aceita, Bolsonaro se tornará réu e ficará mais próximo da prisão.

A nova joia

A descoberta da nova joia ocorreu durante diligências da PF nos EUA, onde representantes do ex-presidente teriam vendido e tentado negociar outras joias. Investigadores encontraram um vídeo que mostra a negociação da nova peça, cujo paradeiro atual é desconhecido.

Com o apoio do FBI, as diligências aconteceram em cidades como Miami, Wilson Grove, e Nova York, onde foram coletados depoimentos de comerciantes, documentos e imagens de segurança.

Vale destacar que o último depoimento de Mauro Cid foi em 26 de abril, enquanto a PF, em cooperação com o FBI, investigava o caso nos EUA. Na ocasião, o ex-ajudante de ordens detalhou a negociação das joias em joalherias americanas.

Mauro Cid, como delator em inquéritos que investigam Bolsonaro, deve prestar esclarecimentos sempre que solicitado. Já seu pai é investigado no caso das joias, no qual seria o responsável pelas negociações dos bens em solo estadunidense.

O rosto do general do Exército Mauro Lourena Cid – pai do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro Mauro Barbosa Cid – foi identificado pela Polícia Federal no reflexo de uma foto usada para negociar, nos Estados Unidos, esculturas recebidas pelo governo como presente oficial. — Foto: Reprodução

O rosto do general de Lourena Cid foi identificado pela PF no reflexo de uma foto usada para negociar, nos Estados Unidos, esculturas recebidas pelo governo como presente oficial. — Foto: Reprodução


Bolsonaro já sabia

As joias foram levadas por Bolsonaro em seu avião durante sua fuga para os EUA, pouco antes da posse de Lula em dezembro de 2023. O general Mauro Lourena Cid teria iniciado as negociações para vender as joias por valores milionários.

As investigações nos EUA revelaram que Bolsonaro tinha conhecimento da ilegalidade da venda das joias e mesmo assim autorizou as negociações. As operações de recompra, que incluíram o advogado Frederick Wassef, demonstram que os envolvidos estavam cientes da ilegalidade das ações.

Fonte: DCM

 

Quem é o empresário que atirou em veículo após fechada no interior de SP

 

Empresário Adriano Domingues da Costa. Foto: Reprodução/Redes Sociais

O empresário Adriano Domingues da Costa, de 47 anos, está sendo procurado pela polícia após atirar em outro carro na Rodovia Castello Branco, em Boituva (SP), na tarde da última sexta-feira (14).

Adriano, que teve a prisão temporária decretada pela Justiça, é sócio de uma empresa de locação de equipamentos para eventos no bairro Jardim Pereira Leite, em São Paulo.

Fundada em 2009, a principal atividade da empresa é a criação e produção de campanhas publicitárias, segundo o registro na Receita Federal. Nas redes sociais, no entanto, é apresentada como uma empresa de locação de móveis.

Os perfis de Adriano nas redes sociais, assim como os da empresa, foram desativados.

Momento em que empresário atira em outro carro na Rodovia Castello Branco, em Boituva (SP). Foto: Reprodução

De acordo com a Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim), o capital social da empresa em que Adriano é sócio é de R$ 120 mil.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que o suspeito efetuou três disparos: um em direção à passageira e dois no pneu do carro, que é blindado. Ninguém se feriu.

Veja:

Fonte: DCM

Após alta, Claudia Alencar é internada às pressas novamente e passa por cirurgia

 


Atriz Claudia Alencar. Foto: Reprodução

Claudia Alencar recebeu alta hospitalar após passar seis meses internada devido a uma infecção bacteriana, mas precisou voltar ao hospital uma semana depois de estar em casa. A atriz passou por uma nova cirurgia de emergência, embora a assessoria não tenha fornecido detalhes sobre o procedimento.

Claudia está sendo tratada no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, e a cirurgia foi realizada na última sexta-feira (14/6). Ela foi internada inicialmente em dezembro de 2023, quando foi diagnosticada com uma infecção severa após uma cirurgia na coluna.

Ao receber alta, as expectativas eram otimistas. Segundo uma nota do Hospital Placi Barra, durante a internação foi planejado “um tratamento focado na reabilitação motora e no controle da dor”, e Claudia “demonstrou uma recuperação motora excepcional, com aumento de força e massa muscular”.

Ainda de acordo com a nota, a atriz estava “independente do ponto de vista motor e funcional, sem sequelas motoras, capaz de realizar suas atividades diárias e físicas”.

Fonte: DCM

VÍDEO: “Campos Neto tem lado político e trabalha para prejudicar o país”, diz Lula

 

O presidente Lula durante entrevista à CBN nesta terça – Foto: Reprodução


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem lado político e trabalha para prejudicar o país. As declarações ocorreram durante entrevista à rádio CBN na manhã desta terça-feira (18).

Lula criticou a atuação de Campos Neto, destacando a falta de autonomia e a influência política que, segundo ele, afetam negativamente o Brasil. O atual chefe de estado brasileiro mencionou um jantar realizado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em homenagem a Campos Neto.

Ele sugeriu que o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) tem mais influência nas decisões do presidente do Banco Central do que ele próprio, como presidente da República. Segundo o presidente, o comportamento do Banco Central é a única “coisa desajustada no Brasil nesse instante”. “O governador de São Paulo tem mais poder de influência que eu. A festa foi para ele, foi homenagem do governo de São Paulo para ele”, disse.

O presidente também criticou a taxa de juros, que começa a ser analisada nesta terça pelo Copom, comitê do BC – a decisão sobre a taxa será tomada na quarta-feira (19). Para Lula, não há motivo para que a Selic continuar no mesmo patamar, sugerindo que ela deve ser reduzida para favorecer o crescimento econômico.

“O presidente do Banco Central, que não demonstra nenhuma capacidade de autonomia, que tem lado político e que, na minha opinião, trabalha muito mais para prejudicar o país do que para ajudar o país”, afirmou.


Lula também sugeriu que Campos Neto teria pretensões político-eleitorais, comparando-o ao ex-ministro Sérgio Moro.

“Quando ele se auto lança a um cargo…Vamos repetir [Sérgio] Moro? Presidente do Banco Central está disposto a fazer mesmo papel que Moro fez, paladino da justiça com rabo preso com compromissos políticos?”, questionou.

Fonte: DCM