terça-feira, 18 de junho de 2024

Mais da metade dos estudantes brasileiros tem nível baixo de criatividade, segundo o exame Pisa; país está entre os últimos de ranking internacional

 Pela 1ª vez, uma das principais avaliações internacionais de educação incluiu questões que medem a criatividade de estudantes de 15 anos na resolução de problemas sociais e científicos


Mais da metade (54,3%) dos estudantes brasileiros de 15 anos apresentou um baixo nível de criatividade ao tentar solucionar problemas sociais e científicos apresentados em uma prova internacional de conhecimentos. O dado foi divulgado nesta terça-feira (18) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).


Talvez você se lembre de já ter lido, nos últimos anos, sobre os resultados do Pisa (sigla em inglês para “Programa Internacional de Avaliação de Estudantes”), uma das mais importantes avaliações de educação do mundo. Tradicionalmente, ele mede os conhecimentos de estudantess de escolas públicas e particulares em matemática e leitura.


Desta vez, no entanto, o Pisa foi além de mostrar se os jovens sabem identificar figuras geométricas ou entender textos longos. A prova, aplicada em 2022 (com atraso, por causa da pandemia), passou a mensurar também a criatividade dos participantes: eles conseguem sugerir soluções originais para uma situação-problema? São capazes de usar a escrita e a arte para representar uma nova ideia? Têm imaginação para criar histórias curiosas e fora do padrão?


Entre os 56 países participantes (membros da OCDE e parceiros), o Brasil ficou no fim da lista, na 44ª posição, atrás de outras nações latino-americanas, como Uruguai, Colômbia e Peru.


Veja os principais dados do desempenho do Brasil:


  • Em uma escala de 0 a 60, o Brasil somou 23 pontos (10 abaixo da média da OCDE).
  • Houve uma diferença significativa, de 11 pontos, entre o desempenho dos alunos brasileiros mais pobres (19 pontos) e dos mais favorecidos economicamente (30 pontos).
  • Entre as áreas de criatividade avaliadas no Pisa, a que teve menor taxa de sucesso no Brasil foi a de resolução de problemas científicos.
  • Abaixo do Brasil no ranking, estão apenas: Arábia Saudita, Panamá, El Salvador, Tailândia, Bulgária, Jordânia, Macedônia do Norte, Indonésia, República Dominicana, Marrocos, Uzbequistão, Filipinas e Albânia.

Nos níveis 1 e 2 de criatividade, que são os mais baixos do Pisa, estão 54,3% dos estudantes brasileiros. Isso significa que eles:


  • conseguem apenas fazer desenhos isolados e simples, dentro de assuntos ligados ao cotidiano;
  • apresentam ideias óbvias e têm dificuldade de propor mais de uma solução para um problema.

Quais os critérios de correção?


As 30 perguntas de criatividade avaliavam a capacidade de expressão escrita e artística, além da habilidade de solucionar problemas sociais e científicos.

Veja só um exemplo dos critérios de correção: a questão abaixo, que estava na prova, pedia que o aluno criasse três títulos diferentes para a imagem de um livro enorme em um jardim.

Questão pede que o aluno crie três títulos diferentes para a imagem de um livro enorme, com uma árvore e um banco posicionados entre as páginas — Foto: Reprodução/OCDE
Questão pede que o aluno crie três títulos diferentes para a imagem de um livro enorme, com uma árvore e um banco posicionados entre as páginas — Foto: Reprodução/OCDE
  • Um estudante de nível 1 ou 2, por exemplo, apresentaria ideias mais simples e literais de título, muito parecidas entre si, como: “O livro grande”, “O livro gigante” e “Um livro gigante no campo”.
  • Já as respostas criativas, de estudantes dos níveis mais avançados, trariam adjetivos menos óbvios e mais variados, como “A árvore solitária”, “A história perfeita” e “A trilha escrita”.

Quais países fazem parte do top 10 de criatividade?


  1. Singapura (41 pontos) — com destaque para solução de problemas sociais
  2. Coreia (38 pontos) — com destaque para soluções de problemas científicos
  3. Canadá (38 pontos)
  4. Austrália (37 pontos)
  5. Nova Zelândia (36 pontos)
  6. Estônia (36 pontos)
  7. Finlândia (36 pontos)
  8. Dinamarca (35 pontos)
  9. Letônia (35 pontos)
  10. Bélgica (35 pontos)

Média geral da OCDE: 33 pontos


Observações da OCDE:


  • Em todos os países participantes, os estudantes com maior status socioeconômico tiveram melhor desempenho em pensamento criativo do que os menos favorecidos. Em média, a diferença foi de 9,5 pontos.
  • As meninas tenderam a ser muito mais criativas que os meninos no Pisa — 31% delas e 23% deles conseguiram atingir o nível 5 de proficiência (considerado alto).
  • Estudantes que participam de atividades de artes, teatro, escrita criativa e programação ao menos uma vez por semana costumam ter desempenho melhor do que os demais.
  • O incentivo dos professores e a valorização da criatividade pelas escolas também aparecem como elementos importantes para os estudantes, segundo o questionário aplicado pelo Pisa.

Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

Lira vai discutir futuro do PL do Aborto em reunião com líderes partidários nesta terça-feira (18)

 Existe a possibilidade de a votação da proposta ficar para depois das eleições municipais. O Psol pediu o arquivamento da matéria alegando inconstitucionalidade


O futuro do PL do Aborto será definido em reunião de líderes partidários que irá ocorer nesta terça-feira (18), às 12h, na Residência Oficial da Câmara dos Deputados. Na ocasião, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), irá discutir o encaminhamento do chamado PL do Aborto, que prevê a criminalização do aborto após 22 semanas. 


A matéria teve a urgência aprovada pelos deputados, e está pronta para ser submetida à votação no Plenário. Diante da enorme repercussão, alguns líderes partidários, incluindo membros de partidos centro e direita, defendem que a votação aconteça apenas depois das eleições municipais. 


O Psol protocolou um pedido  nesta segunda-feira (17) na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados para que o projeto de lei seja arquivado. No requerimento, as deputadas federais Sâmia Bomfim (Psol-SP) e Fernanda Melchionna (Psol-RS) alegam que o projeto de lei é inconstitucional “por proibir, sem justificativa clínica, ética ou legal, e pela via ilegítima, o aborto legal em gestações acima de 22 semanas, decorrentes de estupro no Brasil”.


A Constituição Federal não prevê punição penal para aborto em três situações: quando a mulher é vítima de estupro, quando há risco de morte para a gestante e não existe outra forma de salvar a vida da mulher ou quando o feto possui anencefalia. A Carta Magna não determina um prazo máximo para que os procedimentos sejam realizados.


Pelo texto em tramitação na Câmara dos Deputados, a pena aplicada a quem realizar aborto após 22 semanas será equiparada a de homicídio simples, que varia de seis a 20 anos de prisão. A pena máxima para o crime de estupro é de 10 anos. 


Como a pena para quem realiza o aborto pode ser o dobro da aplicada ao estuprador, o projeto virou alvo de protestos até mesmo de parlamentares evangélicos. A deputada Renilce Nicodemos (MDB-PA) ingressou com um pedido nesta segunda-feira (17) na Mesa Diretora da Câmara para que o nome dela seja excluído da lista de co-autores da matéria.


O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) (17), que é o autor da proposta, anunciou nesta segunda-feira (17) a inclusão de 14 novos nomes de parlamentares que desejam assinar o projeto como co-autores. A lista pode chegar a quase 50 nomes.


Na reunião de líderes, que irá ocorrer na Residência Oficial da Câmara, deverá ser batido o martelo se o projeto de lei será votado nos próximos dias, com a designação da relatoria, ou se ficará engavetado até a realização das eleições municipais, que irão ocorrer em outubro.


Fonte: Agenda do Poder 

Ao ser perguntado sobre PL do Aborto, Lula diz que “pautas de costume não têm nada a ver com a realidade que vivemos”

 Presidente frisou que “é crime hediondo o cidadão estuprar menina e depois querer que ela tenha um filho”


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (18) que pautas de costume debatidas no Congresso Nacional “não têm nada a ver” com a realidade do país e que não deveriam estar no centro dos debates do Legislativo.


Lula deu as declarações durante entrevista à Rádio CBN. Ele fez as afirmações ao ser questionado sobre se havia “subestimado” a capacidade da ala conservadora do Legislativo e também sobre o projeto antiaborto legal, em debate na Câmara dos Deputados.


“Acho que pautas de costume, não gosto muito de discutir, não têm nada a ver com a realidade que vivemos. Quem está abortando são meninas de 12, 13, 14 anos. É crime hediondo o cidadão estuprar menina e depois querer que ela tenha um filho. Um filho de monstro”, afirmou Lula.


Para o petista, discussão sobre o tema deve ser “mais madura” e não feita de forma “banal” como, na avaliação dele, ocorre atualmente.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

Lula diz que a única “coisa desajustada” que existe no Brasil é o comportamento do Banco Central

 Presidente volta a criticar taxa de juros e diz que Campos Neto “trabalha para prejudicar o país”


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (18) que o comportamento do Banco Central, que define a taxa básica de juros da economia brasileira, é a única “coisa desajustada” que existe no Brasil neste momento.


Em entrevista à Rádio CBN, Lula voltou a criticar o presidente da instituição, Roberto Campos Neto. Para o petista, o presidente do BC tem “lado político” e “trabalha para prejudicar o país”.


“Só temos uma coisa desajustada neste país: é o comportamento do Banco Central. Essa é uma coisa desajustada. Presidente que tem lado político, que trabalha para prejudicar o país. Não tem explicação a taxa de juros estar como está”, declarou Lula.


“Temos situação que não necessita essa taxa de juros. Taxa proibitiva de investimento no setor produtivo. É preciso baixar a taxa de juros compatível com a inflação. Inflação está controlada. Vamos trabalhar em cima do real”, completou.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

Maduro anuncia assinatura de contratos entre Venezuela e países do Brics

 

Para a Venezuela, visão dos BRICS contrapõe-se à hegemonia dos EUA

Nicolás Maduro
Nicolás Maduro (Foto: Correo del Orinoco)

 O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a assinatura de contratos com países do Brics que gerarão investimentos, tecnologias e novos mercados para a nação sul-americana, informa o canal HispanTV.

Em um encontro realizado na segunda-feira (17) com trabalhadores do setor siderúrgico no estado de Bolívar, ao sul, Nicolás Maduro afirmou que “foram assinados contratos com países do Brics”, grupo de economias emergentes fundado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e ampliado a partir de agosto com a entrada da Argentina, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã.

Esses contratos, acrescentou o mandatário, “permitirão que todas as empresas se consolidem em um processo de crescimento econômico e atualização tecnológica, para avançar em um modelo eficiente”.

Maduro ressaltou que, através de novos negócios internacionais gerados no âmbito do exercício pleno da soberania econômica do país, a Venezuela conseguiu estreitar “a conexão com o novo mundo emergente dos Brics”, uma plataforma que representa quase metade da população mundial, mais de 40 por cento da produção global de petróleo e cerca de 25 por cento das exportações mundiais.

O chefe de Estado destacou que esses contratos se alinham com as medidas para “vencer completamente o bloqueio” imposto pelos Estados Unidos e seus aliados europeus, que afeta a aquisição de peças, partes e componentes para a manutenção e reparação de serviços públicos essenciais.

Na semana passada, Maduro ordenou a criação de uma “supercomissão” empresarial, que abranja todos os estados do país, para começar a fazer conexões e acordos com o grupo de economias emergentes BRICS.

Além disso, a Venezuela participou da reunião de chanceleres do bloco, que foi realizada em 11 de junho na cidade russa de Nizhni Nóvgorod com o propósito de acelerar seu ingresso como membro pleno dos Brics e apresentar suas fortalezas energéticas e sua localização estratégica no continente americano.

Fonte: Brasil 247 com informação do canal Hispan TV

Acordo da Petrobras com a Receita Federal terá impacto de R$ 11,8 bilhões no lucro do segundo trimestre deste ano


Empresa comandada por Magda Chambriard decidiu encerrar seus litígios tributários com o Carf

Magda Chambriard
Magda Chambriard (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)

 A Petrobras, comandada por Magda Chambriard, anunciou que seu conselho de administração aprovou a adesão ao edital de transação de contenciosos tributários com o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). A decisão foi tomada por dez votos a um, com oposição do representante dos acionistas minoritários, Marcelo Gasparino, segundo reportagem do Valor.

De acordo com a estatal, o acordo prevê um desconto de 65% sobre o valor total da transação, que soma R$ 19,80 bilhões. Deste montante, R$ 6,65 bilhões serão cobertos por depósitos judiciais já realizados e R$ 1,29 bilhão por créditos de prejuízos fiscais de subsidiárias. O saldo de R$ 11,85 bilhões será pago com uma entrada de R$ 3,57 bilhões no final de junho e seis parcelas subsequentes de R$ 1,38 bilhão, começando em 31 de julho. A Petrobras estima que esse acordo resultará em um impacto de R$ 11,87 bilhões no lucro líquido do segundo trimestre de 2024.

Antes da aplicação do desconto, o total em disputa envolvendo tributos como Cide, PIS e Cofins de 2008 a 2013 alcançava R$ 44,79 bilhões. Cerca de 13% dos valores envolvidos na transação são de responsabilidade de parceiros da Petrobras em consórcios de exploração e produção, e negociações estão em andamento para o ressarcimento desses montantes.

Fonte: Brasil 247 com reportagem do Valor

Depois do "PL do estupro", Câmara quer legalizar o trabalho infantil

 

CCJ vai discutir a redução para 14 anos da idade mínima para que adolescentes possam trabalhar

Trabalho infantil no Brasil
Trabalho infantil no Brasil (Foto: Valter Campanato - Abr)

 Em meio a polêmica resultante da aprovação da urgência do Projeto de Lei (PL) que equipara o aborto após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados está prestes a discutir uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa permitir o trabalho de adolescentes a partir dos 14 anos, diz o g1. O projeto, que estava adormecido desde 2021, retorna à pauta com o novo relator, deputado Gilson Marques (Novo-SC), que já expressou apoio à redução da idade mínima permitida para o trabalho.

A Constituição Brasileira, desde a emenda de 1998, proíbe o trabalho para menores de 16 anos, exceto na condição de aprendiz a partir dos 14 anos. A PEC proposta vai contra esta norma constitucional, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2020 e uma convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que estabelecem a idade mínima de 15 anos para o trabalho adolescente.

Diversas entidades e defensores dos direitos das crianças e adolescentes criticam a medida, apontando um retrocesso na proteção e acesso à educação dos menores. A proposta enfrenta resistência do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e da OIT, que alegam que a redução da idade mínima de trabalho prejudica o desenvolvimento físico, psíquico, moral e social dos adolescentes.

De acordo com a reportagem, a PEC em pauta na CCJ abrange outras seis propostas que também buscam reduzir a idade mínima para o trabalho, algumas até permitindo o trabalho de adolescentes a partir dos 13 anos. A proposta principal permite que adolescentes de 14 anos trabalhem em regime parcial, com até 30 horas semanais ou seis horas diárias.

A avaliação de integrantes da CCJ é de que “o texto teria apoio suficiente para ser aprovado pelo colegiado. Mas a expectativa é que, se for chamada para discussão entre esta terça e quarta, a proposta seja alvo de um novo pedido de vista (mais tempo para análise)”.

A proposta é apoiada principalmente por parlamentares de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em 2021, a base de Jair Bolsonaro (PL) na Câmara defendeu a PEC como uma maneira de regulamentar uma prática já existente. Gilson Marques, relator da proposta, argumenta que o trabalho poderia ser uma oportunidade para os jovens romperem ciclos de pobreza familiar.

O Conanda e a OIT se manifestaram contrários à PEC. Segundo nota do Conanda, a proposta viola direitos fundamentais à proteção no trabalho e à profissionalização, representando um "retrocesso social" e prejudicando a saúde e desenvolvimento dos adolescentes.

A presidente da CCJ, a deputada bolsonarista Carol de Toni (PL-SC), decidirá quando a proposta será reinserida na pauta do colegiado.

Fonte: Brasil 247

 

Projeto antiaborto racha a direita que fala em 'tiro no pé'

 

"O tema foi mal colocado, a direita errou na condução desse processo e deu munição para ataques da esquerda", criticou o líder do Solidariedade na Câmara, deputado Aureo Ribeiro

Plenário da Câmara dos Deputados
Plenário da Câmara dos Deputados (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


 O projeto de lei que equipara o aborto após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio tem encontrado resistência até mesmo entre representantes da direita, tradicionalmente alinhados com pautas conservadoras.

Segundo a Folha de S. Paulo, parlamentares de partidos como União Brasil, Solidariedade, PP e PL, “admitem, reservadamente, que o conteúdo do texto tem problemas e avaliam que a direita perdeu para a esquerda no debate” e muitos consideram que a proposta foi um "tiro no pé" ao incorporar elementos que poderiam alienar parte significativa do eleitorado de direita, como a possibilidade de uma mulher vítima de estupro que faz aborto receber uma pena maior que a do estuprador.

"O tema foi mal colocado, a direita errou na condução desse processo e deu munição para ataques da esquerda", criticou o líder do Solidariedade na Câmara, deputado Aureo Ribeiro (RJ), de acordo com a reportagem. A ausência de apoio explícito de figuras-chave como Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também foi notada, sugerindo um distanciamento estratégico da polêmica.

Durante uma sessão de debates no Senado, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) questionou a oportunidade e o conteúdo da proposta, sugerindo que a discussão talvez devesse ocorrer no âmbito do Judiciário. "Nós temos dúvidas sobre o texto? Temos. Foi em momento oportuno a apresentação do projeto? Tenho dúvida. Será que não era para a gente estar discutindo lá no âmbito do Judiciário, ajudando o CFM [Conselho Federal de Medicina] a enfrentar este debate lá no STF [Supremo Tribunal Federal]?", disse Damares.

A proposta surgiu como uma resposta do Congresso a uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que suspendeu processos judiciais e administrativos relacionados à resolução do Conselho Federal de Medicina sobre a assistolia fetal, recomendada pela OMS para abortos legais acima de 20 semanas.

Ainda conforme a reportagem, líderes de direita admitem, reservadamente, a necessidade de ajustar o texto para evitar a penalização de vítimas de estupro. Uma das opções em discussão é retirar a punição para mulheres que realizem abortos após a 22ª semana, mantendo-a apenas para médicos, o que, na prática, inviabilizaria o procedimento.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), reconheceu publicamente que o projeto precisa de ajustes e que "o sentimento da Casa não é para avançar para liberação do aborto e também não é para descumprir os casos que já são permitidos hoje em lei". Lira destacou que a principal questão em debate é a assistolia fetal.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

PT já homologou 172 pré-candidaturas em cidades populosas

 

Para a disputa nas capitais do país, a direção nacional do PT já homologou 12 pré-candidaturas próprias. Alianças foram firmadas em outras quatro capitais

Bandeira do PT
Bandeira do PT (Foto: Alessandro Dantas)

 A Comissão Executiva Nacional do PT homologou, nesta segunda-feira (17), mais 15 pré-candidatos/as e coligações a prefeito/a que serão lançados ou apoiados pelo partido nas cidades com mais de 100 mil eleitores. Até agora, já foram homologadas 172 pré-candidaturas e coligações em municípios com mais de 100 mil para indicação à Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), segundo o site do partido.

Para a disputa nas capitais do país, a direção nacional do PT já homologou 12 pré-candidaturas próprias: Belo Horizonte (Rogério Correia), Porto Alegre (Maria do Rosário), Vitória (João Coser), Goiânia (Adriana Accorsi), Maceió (Ricardo Barbosa), Manaus (Marcelo Ramos), Fortaleza (Evandro Leitão), Campo Grande (Camila Jara), Cuiabá (Lúdio Cabral), Terezina (Fábio Novo), Natal (Natália Bonavides) e Florianópolis (Lela Farias). Também já foram aprovadas pela direção nacional do PT alianças em quatro outras capitais: São Paulo (Guilherme Boulos – Psol), Salvador (Geraldo Júnior-MDB), Belém (Edmilson Rodrigues – Psol) e Rio Branco (Marcus Alexandre-MDB).

Confira aqui e abaixo a relação das 172 pré-candidaturas e coligações que já foram homologadas pela direção nacional do PT.

Fonte: Brasil 247

 


Não existe voto em trânsito em eleições municipais

 É preciso que o eleitor que esteja fora da cidade onde vota justifique a ausência de forma digital ou presencial

Com o primeiro turno das eleições municipais deste ano marcado para 6 de outubro, eleitoras e eleitores que não poderão participar do pleito por se encontrarem fora do local de votação devem justificar o voto. Isso porque, para eleger representantes aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador, não há a possibilidade de voto em trânsito. Logo, se você estiver fora do seu domicílio eleitoral no dia da eleição, não poderá votar e deverá justificar a ausência.

votação em trânsito ocorre somente em ano de eleições gerais (votação para Presidência da República, Senado Federal, Assembleias Legislativas e Câmara Legislativa do DF, Câmara dos Deputados e Governos Estaduais), em locais de votação convencionais ou criados para essa finalidade, nas capitais e nos municípios com mais de 100.000 eleitoras e eleitores.

A justificativa deve ser apresentada, preferencialmente, pelo e-Título, aplicativo da Justiça Eleitoral. No dia da eleição, também é possível imprimir o formulário de Requerimento de Justificativa Eleitoral (formato PDF) e entregá-lo preenchido nas mesas receptoras de votos ou de justificativas instaladas pelos tribunais regionais eleitorais e pelos cartórios eleitorais.

Não há voto em trânsito nas eleições municipais 17.06.2024


Caso você não apresente a justificativa no dia das votações, é possível fazê-lo até 60 dias após cada turno. Além do e-Título, você pode realizar o procedimento pelo Sistema Justifica, no Portal do TSE. Outra opção é preencher o formulário de Requerimento de Justificativa Eleitoral (pós-eleição) e entregá-lo em qualquer cartório eleitoral ou enviá-lo pelos Correios à autoridade judiciária da zona eleitoral responsável pelo título, mas atenção: esse requerimento é diferente daquele preenchido no dia da eleição.

Assim que for aceita, a justificativa será registrada no histórico do título do eleitor. Se ela for indeferida, será necessário quitar o débito com a Justiça Eleitoral. O histórico de justificativas eleitorais, com a respectiva eleição em que a eleitora ou o eleitor se ausentou, pode ser consultado no aplicativo e-Título.

Caso venha a ocorrer um segundo turno e você também não possa votar por estar fora do seu município, será preciso apresentar uma nova justificativa.

Fonte: TSE