Neste domingo (16), a líder do PT, Gleisi Hoffmann, usou seu X (antigo
Twitter) para fazer duras críticas a uma matéria publicada no mesmo dia no
portal do jornal O Globo. A reportagem afirmava que influenciadores a favor de
de Lula repetem os mesmos erros dos bolsonaristas e espalham fake news pelas
redes sociais.
Gleisi Hoffmann, em sua postagem, destacou a indignação
com a comparação e defendeu os influenciadores petistas, argumentando que a
matéria apresenta uma visão distorcida e injusta.
Confira o que Hoffman publicou:
Grandissíssima
fake news é tentar igualar a esquerda ao bolsonarismo na propagação de… fake
news, como faz matéria do Jornal O Globo hoje.
Se querem
comparar, vamos lá: o TSE acolheu 26 representações contra candidatos
bolsonaristas (aplicando multas que somam R$ 940 mil) por terem espalhado
mentiras de seus influenciadores nas eleições de 2022. E nenhuma contra a
coligação do presidente Lula.
Bancada bolsonarista. Foto: Divulgação
Exemplos de mentiras multadas: ligar Lula ao
satanismo e a facções criminosas, dizer que nosso governo ia fechar igrejas e
implantar banheiros unissex nas escolas e kit gay. Fake news é dizer que as
urnas eletrônicas iam fraudar as eleições para Lula, como Bolsonaro fez na
famosa reunião ministerial investigada no STF.
É
espalhar nas redes que os caminhões com doações para os gaúchos estavam sendo
parados pela fiscalização. Bolsonaro vetou a criminalização das fake news na
legislação aprovada em 2021 no Congresso, que teve todo empenho da esquerda. E
agora o veto foi mantido com todo o empenho da bancada bolsonarista. Que O
Globo e a mídia em geral não gostam da esquerda já se sabe. Mas comparar com o
bolsonarismo passou da conta.
Galvão Bueno e logo da TV Globo – Foto: Reprodução
Com contrato
válido apenas até o final deste ano, Galvão Bueno iniciou negociações com a
Globo para renovar seu vínculo. Galvão, que atualmente trabalha na área de
entretenimento após anos como narrador esportivo, está em conversas com a
emissora desde o início do mês. A Globo planeja aproveitar sua presença em
projetos na TV aberta e iniciativas multiplataforma, incluindo o uso de suas
redes sociais, que possuem grande alcance.
Recentemente,
Galvão participou do programa É de Casa, onde comandou um quadro sobre
histórias de superação, o que elevou a audiência do matinal de sábado. A Globo
também tem agenciado comercialmente Galvão desde sua transição para o
entretenimento, obtendo bons retornos com marcas interessadas em campanhas
publicitárias. A empresa pretende manter essa parceria devido ao sucesso obtido
até agora.
Nos
próximos meses, Galvão fará participações na Central Olímpica da Globo durante
os Jogos Olímpicos de Paris, além de fazer parte da transmissão da cerimônia de
abertura. Ele também está retornando ao Esporte Espetacular com o quadro “Olha
o Que Narrei”, onde relembrará histórias com grandes estrelas do esporte, como
Giba. Adicionalmente, um reality show de narração comandado por ele está
aguardando exibição. Galvão será entrevistado pela primeira vez no Roda Viva,
da TV Cultura. No digital, ele continuará com seu canal no YouTube.
Pesquisa do BC mostrou agravamento da expectativa do mercado para os principais indicadores da economia
Os cerca de 150 analistas do mercado financeiro consultados semanalmente em pesquisa realizada pelo Banco Central (BC) voltaram a piorar as projeções para os principais indicadores econômicos do país. Isso incluiu a inflação, o dólar (cuja estimativa aumentou de 2024 a 2027) e a taxa básica de juros do Brasil, a Selic. Eles também reduziram a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024. É isso o que mostra a última edição do Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (17/6) pelo BC.
Inflação
Agora, o mercado acredita que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar este ano em 3,96%, ante 3,90% na semana passada. Esse foi o sexto aumento seguido da previsão do IPCA para 2024.
Além disso, a previsão da inflação em 2025 foi elevada pela sétima vez consecutiva. Nesta semana, ela ficou em 3,80%, contra 3,78% na semana passada. Há cinco semanas, estava em 3,66%. No caso de 2026, a projeção manteve-se em 3,60%. Para 2027, permaneceu em 3,50%.
Selic tem nova alta
Para a Selic, a projeção para 2024 ficou em 10,25% ao ano na semana passada. Desta vez, ela saltou para 10,50%. Isso quer dizer que, para os analistas do mercado, a taxa básica de juros do país não será mais reduzida neste ano pelo Banco Central. Mesmo porque ela já se encontra no patamar de 10,50%. Para 2025, a Selic foi elevada de 9,25% para 9,50%. As taxas previstas para 2026 e 2027 não foram alteradas e continuam em 9%.
Incertezas
A estimativa para os juros básicos sofreu forte reversão há pouco mais de um mês. A partir de 22 de dezembro e durante as 16 semanas seguintes, o mercado manteve a previsão de 9% ao ano para 2024. Há cerca de dois meses, no entanto, os especialistas aumentaram o número para 9,13% e, a seguir, para 9,50%. Depois, ele passou para 9,63% e 9,75%.
A ascensão da estimativa dos juros básicos é resultado do avanço das incertezas na economia tanto no campo internacional como no doméstico. No exterior, por exemplo, está cada vez mais distante a perspectiva de redução de juros nos Estados Unidos no curto prazo.
Fiscal e RS
No cenário interno, as dúvidas reverberaram de forma mais intensa desde a mudança da meta fiscal para os anos de 2025 e 2026, anunciada pelo governo Lula no mês passado. A tragédia no Rio Grande do Sul só fez piorar esse quadro.
Por conta dessas dúvidas, o Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, reduziu o ritmo de cortes dos juros no Brasil, em sua última reunião, nos dias 7 e 8 de maio. Na ocasião, a taxa foi cortada em apenas 0,25% ponto percentual.
Dólar aumenta
Os analistas consultados pelo BC também não elevaram a projeção do dólar. Isso ocorreu para este ano e para os próximos três anos. Ou seja, as estimativas para a moeda estadunidense pioraram para 2024, 2025, 2026 e 2027 – todas as datas pesquisadas pelo BC. Para 2024, a cotação foi de R$ 5,05 para R$ 5,13. Para 2025, de R$ 5,09 para R$ 5,10. Em 2026, subiu de R$ 5,10 R$ 5,12 e, para 2027, de R$ 5,11 para R$ 5,15.
PIB tem queda
No último Relatório Focus, os analistas também reduziram a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024. Ela passou de 2,09% para 2,08%. A perspectiva do PIB deu uma arrancada por cerca de dez semanas seguidas. Há pouco mais de um mês, ela estava em 1,85%. Até fevereiro, permaneceu estável em 1,60%.
Relatório Focus
O Relatório Focus resume as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. Ele é divulgado às segundas-feiras pelo Banco Central e traz a evolução semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. As projeções são do mercado.
Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles.
Mais de 56 mil celulares já foram bloqueados por furto, roubo ou perda; objetivo do governo é melhorar aplicativo para ajudar investigação
O Celular Seguro foi lançado em dezembro do ano passado, no final da gestão de Flávio Dino no Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A ideia é criar uma ação que faça diferença no cotidiano da população. A atual gestão do ministro Ricardo Lewandowski, que assumiu em fevereiro, deu continuidade ao projeto.
“Hoje, a vida pessoal e financeira das pessoas está no celular, ao mesmo tempo em que temos uma situação endêmica de roubos e furtos”, avalia o secretário-executivo do MJSP, Manoel Carlos de Almeida Neto.
O aplicativo Celular Seguro completa seis meses nesta semana com grande adesão. Já são mais de 56 mil celulares bloqueados após furto, roubo ou perda, uma média de 316 por dia. A ferramenta lançada pelo governo federal permite inutilizar aparelhos cadastrados.
Além do bloqueio do celular em si, atualmente todas as operadoras de telefonia fazem parte do programa e podem bloquear o chip do número do telefone a partir de disparos dos usuários do aplicativo. Isso evita clonagem de WhatsApp e redes sociais, por exemplo.
O Celular Seguro foi lançado em dezembro do ano passado, no final da gestão de Flávio Dino no Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A ideia é criar uma ação que faça diferença no cotidiano da população. A atual gestão do ministro Ricardo Lewandowski, que assumiu em fevereiro, deu continuidade ao projeto.
“Hoje, a vida pessoal e financeira das pessoas está no celular, ao mesmo tempo em que temos uma situação endêmica de roubos e furtos”, avalia o secretário-executivo do MJSP, Manoel Carlos de Almeida Neto.
Picos de roubo e furto
Desde o começo do Celular Seguro, já houve o cadastro de 1,7 milhões de telefones. O motivo mais comum de bloqueio é roubo (25 mil), seguido por furto (18,3 mil) e perda (11 mil).
A quantidade de bloqueios por período varia bastante. No feriado de Carnaval, em fevereiro, houve um pico de casos, assim como no dia do show da Madonna no Rio de Janeiro, em maio, que reuniu centenas de milhares de pessoas na praia de Copacabana.
Ajuda na investigação
O Ministério da Justiça estuda melhorias no aplicativo Celular Seguro para que ele seja útil nas investigações da polícia. O objetivo é fazer com que as informações inseridas no software possam ser usadas para ajudar na recuperação dos telefones móveis roubados e furtados. Um projeto similar do governo do Piauí serve de inspiração.
Recentemente, o Nubank começou o processo para conseguir bloquear aplicativos do banco nos celulares roubados. Outras 12 instituições financeiras já conseguem realizar esse bloqueio de segurança pelo aplicativo do governo.
Nos últimos meses, houve reuniões entre técnicos do MJSP e representantes do Google para auxiliar a gigante da tecnologia no lançamento de um recurso para roubo e furto em celulares Android. O secretário-executivo da pasta pediu para que esse recurso seja lançado no Brasil.
Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles.
Mendonça decidiu sobre habeas corpus de homem de 63 anos condenado por invasão ao Palácio do Planalto
Indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro ao STF, o ministro André Mendonça manteve nessa semana a prisão preventiva determinada por Alexandre de Moraes contra um contador condenado pelo Supremo por participação no 8 de Janeiro, informa o colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles.
Mendonça analisou na quarta-feira (12/6) o habeas corpus movido pelos advogados de Luís Carlos de Carvalho Fonseca, de 63 anos, condenado pelo STF em abril a 17 anos de prisão pelos crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, associação criminosa, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.
Ele participou da invasão ao Palácio do Planalto, onde foi preso durante os ataques golpistas às sedes dos três Poderes.
A defesa questionava a prisão preventiva de Fonseca determinada por Moraes em maio. O ministro tomou a decisão de prendê-lo considerando risco de fuga e lembrou que outros condenados pelos ataques golpistas deixaram o país.
Ao decidir sobre o habeas corpus, André Mendonça julgou que o recurso contra a prisão preventiva sequer poderia ser analisado. Isso porque, conforme entendimento do STF, não é cabível habeas corpus contra decisão de ministro ou colegiado da Corte. Mendonça considerou também não ser o caso de conceder o habeas corpus de ofício, ou seja, por iniciativa própria.
No julgamento do contador no plenário virtual do STF, André Mendonça o absolveu dos crimes de golpe de Estado, associação criminosa, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado. O ministro o condenou somente pelo delito de tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, a uma pena de 4 anos e 2 meses de prisão.
Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles
Defesa pediu trancamento de inquérito no STF e afirmou que Juscelino Filho não tem relação com fatos narrados na investigação
No relatório no qual indicia o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, por suspeitas de desvios de emendas parlamentares na época em que era deputado, a Polícia Fedaral aponta que ele possuía o “controle de licitações” que beneficiaram um empresário. Em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PF aponta influência de Juscelino em processos de contratação para obras com recursos públicos em Vitorino Freire, cidade maranhense que tem sua irmã, Luanna Rezende, como prefeita.
De acordo com a PF, as supostas fraudes na licitação serviram para favorecer a empresa Construservice, que tinha o empresário Eduardo José Barros Costa, mais conhecido como “Eduardo DP”, como sócio oculto. Um dos exemplos citados no relatório final da investigação é a inserção de “cláusulas restritivas de competição que contaram com a participação de Juscelino Filho”.
Mensagens do empresário trocadas com o hoje ministro no período entre 2017 e 2020, quando Juscelino era deputado federal, tratavam sobre a destinação de emendas e execução de obras. “Demonstrou que Juscelino Filho tinha o controle das licitações que envolviam as empresas do Eduardo DP”, diz o relatório enviado ao gabinete do ministro Flávio Dino, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF).
A defesa de Juscelino, por sua vez, nega irregularidades e afirma que as conversas incluídas no inquérito da PF são de anos anteriores aos processos de licitação. Segundo os advogados do ministro, o papel do então deputado foi o de indicar as emendas parlamentares, sem ingerência sobre a contratação e a execução da obra. “Essa suposta demonstração da participação do peticionário (Juscelino) no esquema criminoso não corresponde ao conteúdo do relatório policial, que se limitou a identificar emendas destinadas pelo peticionário enquanto parlamentar”, argumentam os defensores do ministro ao pedir o trancamento de inquérito no STF.
Já a prefeita de Vitorino Freire afirmou, e nota, que a obra de pavimentação de ruas executada pela Construservice “foi realizada conforme os procedimentos administrativos e legais vigentes à época”. “A única contribuição do então deputado federal Juscelino Filho foi a indicação de suas emendas, nada mais, portanto, a afirmação de que Juscelino tinha controle sobre as licitações é completamente falsa”. diz. Também procurada, a defesa de Eduardo DP não se manifestou.
Ainda segundo a PF, as mensagens também mostram que Juscelino e Eduardo DP discutiram a “montagem” de uma licitação, mesmo “modus operandi” que, de acordo com investigação, teria sido empregado em outras concorrências. “As conversas angariadas do núcleo empresarial indicam que Juscelino Filho mantinha contato espúrio com Eduardo DP acerca das licitações provenientes de verbas encaminhadas pelo parlamentar”, diz trecho do documento apresentado ao STF.
No pedido de trancamento do inquérito apresentado ao STF na sexta-feira passada, a defesa do ministro rebate esse ponto ao alegar que o relatório policial não aponta “nenhum elemento que relacione o peticionário à suposta inclusão de cláusula restritiva em procedimento licitatório, muito menos com o fim de beneficiar terceiro”.
A Polícia Federal indiciou Juscelino pela prática dos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva ao apontar seu envolvimento em supostos desvios de emendas enviadas na época em que ele ainda era deputado federal, ou seja, antes de assumir o Ministério das Comunicações no governo.
Segundo as investigações, o dinheiro de emenda parlamentar enviado por Juscelino, quando era deputado federal, foi usado pela estatal Codevasf para asfaltar uma estrada que beneficia sua própria fazenda em Vitorino Freire, no Maranhão. A obra de pavimentação da estrada da fazenda em Vitorino Freire foi orçada em R$ 7,5 milhões e feita pela Construservice.
O relatório final com a investigação da PF indiciando Juscelino foi encaminhado na quarta-feira ao STF. Agora, caberá à Procuradoria-Geral da República se manifestar sobre as conclusões do inquérito.
Relatório da Amcham com ApexBrasil mostra ainda que produtos brasileiros ganharam espaço na substituição de importações da China
Com uma corrente de comércio de quase US$ 75 bilhões e um estoque de investimento direto no Brasil de US$ 228,8 bilhões, quase um terço do total, os EUA passaram a ser o segundo maior parceiro comercial do país, informa a coluna Painel S.A., do jornal Folha de S. Paulo. Além disso, os EUA são o maior investidor direto, segundo relatório produzido pela ApexBrasil e a Amcham, a Câmara Americana de Comércio para o Brasil.
É o que mostra a terceira edição do Mapa Bilateral de Comércio e Investimentos Brasil-EUA, uma iniciativa da ApexBrasil, em colaboração com a Amcham Brasil que será lançado nesta terça (18) em evento em homenagem aos 200 anos das relações entre ambos os países.
De acordo com relatório, obtido pelo Painel S.A., os EUA são o país que mais projetos têm em andamento com a ApexBrasil e abrangem setores como alimentos, bebidas e agronegócio, casa e construção, economia criativa, máquinas e equipamentos, moda, saúde e tecnologia da informação.
“Embora a China seja nosso maior parceiro comercial, temos uma vantagem com os EUA, no aspecto de que nós exportamos para lá muitos produtos com valor agregado”, diz Jorge Viana, presidente da ApexBrasil.
Viana afirma que, devido a erros do governo passado, o país perdeu a oportunidade. “Desde 2018, os EUA, por diferenças com a China, estabeleceram políticas de diminuir a dependência de produtos que têm origem chinesa. Mais ou menos 22%, 23% das importações americanas vinham da China.”
Nesse movimento, o México acabou ocupando um espaço na substituição de importações da China. Segundo Viana, hoje os EUA importam 10% da China. “Houve substituição de 13%, e o Brasil ficou fora disso”, disse.
Segundo o presidente da Amcham, Abrão Neto, o país começou a recuperar esse espaço no ano passado.
“O Brasil passou a exportar e a atrair investimentos em diversas áreas de manufaturados, mas, sobretudo, ganhou a atenção dos EUA nas tecnologias de energia renovável e limpa”, disse Abrão Neto.
“A política dos EUA de produção local atraiu investimentos de grupos brasileiros nessa área, como a Granbio e a WEG.”
O Brasil tem cerca de US$ 1 trilhão em investimentos estrangeiros acumulados e, desse total, US$ 228 bilhões (23%) são dos EUA.
“Esse parceiro tem que ser tratado com toda a atenção e prioridade, sem prejuízo de seguirmos trabalhando fortemente com a China, com nossos vizinhos [Mercosul], e a União Europeia”, disse Viana, da ApexBrasil.
Segundo a Amcham, o Brasil tem, de fato, uma oportunidade com a política do governo de neoindustrialização de atrair investimentos dos EUA diante de seu potencial na transição energética para um mundo da energia verde, do hidrogênio verde.
“Já há investimentos dos EUA em minerais críticos, como o lítio. Empresas norte-americanas têm participação acionária em companhias de renováveis no Brasil. Este é um mercado que tende a ser mais explorado”, disse Abrão Neto, da Amcham.
Essa tendência reforça uma posição consolidada de empresas brasileiras que produzem alimentos nos EUA. Segundo o relatório, hoje elas respondem por quase 35% da proteína animal e 75% do suco de laranja.
Antecedentes
Os EUA foram um dos primeiros países a reconhecer a independência do Brasil e já em 1828 foi assinado o Tratado de Comércio e Navegação entre o Império do Brasil e os EUA.
Ao longo do tempo, a relação comercial foi se aprofundando. Em 2006, no governo do presidente Lula, houve a instalação do mecanismo dos Diálogos Comerciais MDIC-DoC, formalizado pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio) e o Departamento de Comércio dos EUA (USDoC).
Em 2011, na gestão Dilma Rousseff, foi celebrado o Acordo de Comércio e Cooperação Econômica (ATEC), que criou um diálogo contínuo entre os governos que hoje contam ainda com a colaboração do setor empresarial em mecanismos como o Fórum de Altos Executivos Brasil-EUA, composto por 12 CEOs de empresas de cada lado.
Criado em 2007 pelo presidente Lula, esse fórum se reúne periodicamente para fazer recomendações e destacar pontos de atenção para ambos os governos.
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Em 2023, os presidentes Lula e Joe Biden avançaram em novas diretrizes para as relações entre os dois países para aprofundar a cooperação global, regional e bilateral em temas como governança internacional, democracia, direitos humanos e igualdade de gênero.
No âmbito comercial, avançaram em tópicos como energia, cadeias de suprimento, crescimento, meio ambiente, defesa, entre outros.
Os EUA devem ser parceiros dentro do programa Nova Indústria Brasil tem, entre suas missões, ações relacionadas à ampliação da autonomia, à transição ecológica e à modernização do parque industrial brasileiro, em especial, com investimentos em cadeias relacionadas a minerais críticos, insumos químicos, tecnologias de energia renovável, veículos elétricos, baterias, sistemas de armazenamento de energia, fertilizantes, tecnologia médica e ingredientes farmacêuticos ativos (APIs).