Ela e um empregado precisaram de atendimento médico por causa da fumaça
A atriz Lúcia Veríssimo relatou neste domingo que um incêndio de grandes proporções atingiu sua fazenda localizada próxima a Juiz de Fora, em Minas Gerais. Segundo a artista, o fogo começou após um grupo invadir a propriedade e jogar uma guimba de cigarro na mata, que estava seca, enquanto fugiam dos cachorros.
Veríssimo aponta que foi atendida por bombeiros do quartel mais próximo, que, devido à distância, levaram três horas para chegar à fazenda. A atriz, de 65 anos, e um funcionário tentaram controlar as chamas enquanto o socorro não chegava ao local. Neste processo, ambas respiraram muita fuligem e fumaça, o que provocou a necessidade de ajuda médica.
— Não sei o que seria da fazenda e de mim se eles não tivessem vindo (bombeiros de Juiz de Fora). Eles conseguiram segurar, mas metade da fazenda está queimada (…) Eles subiram morros imensos e entraram na floresta que ardia em chamas altíssimas. Eles são verdadeiros heróis — ressaltou Veríssimo.
A atriz afirma que a publicação visa alertar o público para os riscos de queimadas por balões e guimbas de cigarro durante períodos de seca. De acordo com a artista, a fazenda tem preservada 45% de vegetação nativa de Mata Atlântica.
— Tenho um cuidado imenso com o meio ambiente e proíbo de entrar aqui para caçar e pescar — disse.
Em seu site oficial, a atriz ressalta que a fazenda adota um modelo sustentável, onde não são criados animais de engorda. Os funcionários são proibidos de terem bichos presos, inclusive pássaros. Na fazenda, há gado leiteiro bovino e caprino, cavalos, apiário e aves, como galinhas, pavões, patos e cisnes. O forte da produção é o plantio de feijão, milho, abóbora, hortaliças e frutas.
Empresários do agronegócio e combustíveis se dizem insatisfeitos, mas governo Lula foi o que mais deu incentivos nos últimos anos
Os setores do agronegócio e dos combustíveis, representados por empresários que criticaram duramente a MP do PIS/Cofins apresentada pelo governo federal, estão entre os maiores beneficiários de isenção fiscal no Brasil. Graças à desoneração, os setores deixaram de pagar R$ 90,8 bilhões em impostos no ano passado, segundo o TCU.
O governo federal foi chamado de “desgoverno” pelo presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), João Martins. Além dele, dezenas de associações do agro divulgaram manifesto contra a MP.
O setor, porém, foi o segundo mais beneficiado com isenções em 2023 e deixou de pagar R$ 59,7 bilhões em impostos. Os números são do TCU (Tribunal de Contas da União), que criticou o volume de desonerações no Brasil ao aprovar com ressalvas as contas de 2023 do governo federal.
No geral, o agronegócio deixa de recolher impostos em várias atividades: comercialização de um conjunto de alimentos vendidos no mercado interno, exportação, aquisição de insumos como adubo, fertilizantes e mudas e até importação de agrotóxicos.
Outro setor que criticou bastante a MP de Haddad, mas recebeu benefícios bilionários, foi o de combustíveis. Rubens Ometto, presidente do Conselho de Administração da Cosan, afirmou que o governo “está mordendo pelas bordas”.
As empresas de combustíveis, porém, tiveram incentivos de R$ 31,1 bilhões no ano passado. O valor coloca o setor, que engloba óleo diesel, biodiesel, gás liquefeito de petróleo, álcool, querosene de aviação, gás natural veicular e gasolina, como o quinto mais beneficiado pelo governo, de acordo com o relatório do TCU.
Procuradas, as assessorias da Cosan e da CNA não responderam até a publicação desta reportagem.
Maior renúncia fiscal desde 2016
O governo Lula foi criticado mesmo sendo o que mais deu incentivos nos últimos anos. O montante de R$ 518,9 bilhões em benefícios é o maior desde 2016. Na prática, o fisco deixou de arrecadar mais de meio trilhão ano passado.
A renúncia fiscal de 2023 superou o ano anterior em 8,2%. Nos últimos oito anos Lula só não concedeu mais incentivos que a última gestão petista: Dilma Rousseff (PT) governou o Brasil até 2016, ano em que sofreu impeachment.
Somados, os setores de combustíveis e o agronegócio abocanharam 17,5% dos incentivos concedidos no país. Eles aparecem à frente da indústria automobilística, produtos farmacêuticos e equipamentos médicos e das pesquisas científicas.
Ao analisar as contas do primeiro ano da gestão Lula, o TCU foi unânime em condenar o volume total de isenções. Houve sugestão de que não sejam aprovados novos benefícios fiscais. Também foi pedido o estabelecimento de contrapartida das empresas.
“Com esses mesmos R$ 519 bilhões, seria possível neutralizar a expansão da Dívida Pública Federal ocorrida em 2023, ou ampliar mais de três vezes o Programa Bolsa Família, ou ainda cobrir com folga o déficit de todos os sistemas previdenciários do ano passado”, diz o ministro Vital do Rêgo, relator do parecer no TCU sobre as contas do governo
Veja abaixo o top 5 de incentivos fiscais em 2023:
Simples Nacional — R$ 112,6 bilhões;
Agricultura e Agroindústria — R$ 59,7 bilhões;
Rendimentos isentos não tributáveis — R$ 45,1 bilhões;
Entidades sem fim lucrativos — R$ 41,1 bilhões;
Combustíveis — R$ 31,1 bilhões;
MP no centro das insatisfações
Os empresários subiram o tom contra o governo após o envio da MP do PIS/Cofins. A proposta poderia afetar os setores de alimentação, bebidas e agronegócio. A medida provisória foi a maneira encontrada pelo Ministério da Fazenda para compensar a perda de arrecadação com a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e de municípios com até 156 mil habitantes.
O crédito de PIS/Cofins é um benefício fiscal que pode ser usado para abater débitos de outros impostos. A benesse é concedida com objetivo de estimular alguns setores econômicos e reduz a arrecadação, já que pode ser deduzida do imposto a pagar. A MP, porém, restringia esse abatimento e foi apelidada de “MP do fim do mundo”.
Em meio à pressão de diversos setores, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) devolveu a MP. Na prática, a decisão retira a efetividade da proposta.
Enfraquecimento de Haddad e novo rumo
Esta foi a segunda MP editada por Fernando Haddad que gerou reclamações e obrigou o governo a recuar. Em 28 de dezembro, o ministro da Fazenda anunciou uma MP que retomava a cobrança de impostos na folha de pagamentos de 17 setores. As críticas foram tão grandes que a proposta foi desidratada.
Com este segundo revés, houve até especulação sobre a queda de Haddad. O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, uma espécie de porta-voz do mercado financeiro, classificou uma eventual saída do ministro como “uma tragédia”. Da Europa, onde participa de agendas internacionais, o presidente Lula (PT) chamou Haddad de “extraordinário” e disse que o ministro só estava tentando ajudar os empresários.
O descontentamento dos empresários fez o governo mudar de postura. O Planalto resistia a alcançar o equilíbrio fiscal cortando despesas. Até então, o esforço foi somente para aumentar a arrecadação.
Diante da reação à MP do PIS/Confins, Haddad acenou com possibilidade de diminuir os gastos do governo. A sinalização deste caminho se personificou na ministra do Planejamento, Simone Tebet. Defensora da diminuição do corte de despesas, ela andava escanteada e apareceu ao lado de Haddad nesta semana.
A alteração na rota responde enorme pressão empresarial. A Frente Parlamentar da Agropecuária recebeu representantes de 56 setores para um almoço na última terça-feira (11). Todos teceram críticas à MP do PIS/Cofins.
Os economistas do mercado financeiro esperam uma decisão unânime do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central na próxima quarta-feira (19) pela manutenção da taxa básica de juros –a Selic– no atual patamar de 10,50% ao ano.
Pesa nessa projeção o cenário de deterioração das expectativas de inflação, depreciação do real frente ao dólar, percepção de maior risco fiscal e incerteza externa, além da atividade econômica resiliente.
Na visão dos analistas ouvidos pela Folha, um novo racha entre os membros do colegiado provocaria mais ruído no mercado e colocaria a credibilidade do BC na mira.
Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital, diz ver poucos elementos para uma nova divisão de votos, uma vez que o Copom não antecipou seu próximo movimento.
Ela observa que, em maio, a justificativa usada pelos membros dissidentes –os quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)– foi o custo reputacional da quebra do “forward guidance” (sinalização futura).
Mas considera que, apesar do placar dividido (5 a 4) que sacramentou a desaceleração do ritmo de corte de juros, os membros do comitê fizeram uma leitura homogênea da conjuntura econômica.
“Se a divergência era por conta de uma sinalização passada –não por conta da leitura da economia e de qual deve ser a característica da posição da política monetária–, uma vez que você tira esse elemento da conta, sobra simplesmente a conjuntura, que hoje gera uma leitura homogênea dos membros em torno de um ponto comum”, diz.
A economista destaca a preocupação do Copom com a deterioração das expectativas de inflação e o papel da comunicação na reversão desse quadro. Para Argenta, uma mensagem coesa ajudaria a colocar as projeções novamente no trilho em direção à meta.
“Se querem buscar ancoragem das expectativas, e se um dos fatores cruciais de desancoragem foi o questionamento sobre a independência e a responsabilidade do Banco Central com a busca da meta inflacionária, é necessário que os membros entreguem um comunicado coeso”, afirma.
A meta de inflação perseguida pelo BC é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Fábio Romão, economista da LCA Consultores, projeta que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para 2025 fique em 4%, expectativa acima da mediana coletada pelo boletim Focus (3,78%).
No cálculo, considera preços administrados mais altos no próximo ano, puxado por reajustes nas tarifas de transporte público e energia elétrica. Pondera também o risco de desvalorização do câmbio, com potenciais reflexos inflacionários nos bens industriais, e uma possível aceleração de serviços.
“A gente tinha 4% [para o IPCA 2025] já faz um tempo. [A expectativa de] 2024 piorou, o que prenuncia mais inércia para o ano que vem”, diz. “Entendemos que é bem provável que essa temporada de redução da Selic tenha sido encerrada.”
O aumento das expectativas inflacionárias de médio prazo –para 3,6% em 2026, segundo Focus–, é um dos fatores que levam Rodolfo Margato, economista da XP, a acreditar que o Copom vai adotar uma postura mais cautelosa nesta reunião.
Ele também menciona a forte depreciação cambial, com o dólar na casa de R$ 5,30 nos últimos dias diante de crescentes preocupações fiscais, e as dúvidas quanto ao início do ciclo de afrouxamento monetário nos Estados Unidos.
“O Copom deve fazer uma pausa para reavaliação, para acompanhar os próximos dados da economia e também o nível de incertezas aqui e lá fora”, diz. Na visão dele, o comitê vai privilegiar uma decisão consensual e seguir dependente dos dados.
“Depois da divisão na votação do último Copom, com o aumento das taxas de juros mais longas, houve até um aperto adicional das condições monetárias e não uma flexibilização”, afirma. “Uma nova divisão seria mais um ingrediente a pesar sobre os ativos financeiros, mais um fator negativo.”
Para Luis Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners, o Copom perdeu grau de liberdade de atuação mesmo com a retirada da sinalização futura, ao colocar “muita ênfase na questão da desancoragem” e precisará ser mais duro.
O economista diz não ter dúvida de que a manutenção dos juros, se confirmada, vai gerar uma forte reação do governo Lula, sobretudo após a participação do presidente do BC, Roberto Campos Neto, em um jantar oferecido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Como mostrou o Painel S.A., Campos Neto sinalizou aceitar ser ministro da Fazenda caso Tarcisio entre na disputa pelo Palácio do Planalto.
Mesmo nesse contexto, Leal tem expectativa de que Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e favorito na disputa para ser o próximo chefe do BC, vote em linha com o restante do colegiado para manter a Selic inalterada, a contragosto do governo Lula.
Cita o recente alinhamento do discurso dos principais porta-vozes da autoridade monetária. “Pareceram muito coordenados. Você ouvia Roberto Campos [Neto], Galípolo e Paulo Picchetti [diretor de Assuntos Internacionais] e havia muita similaridade no discurso. Não acho que seja coincidência”, diz.
Quanto aos passos futuros, o economista vê o BC dependente do humor do mercado, condicionado ao início do ciclo de flexibilização de juros nos EUA –o que poderia abrir espaço para nova queda da Selic no cenário doméstico.
Rafael Cardoso, economista-chefe do departamento de Pesquisa Econômica do banco Daycoval, também aposta em uma pausa no ciclo de queda de juros, mas não descarta a possibilidade de novos cortes na reta final do ano.
“A partir do momento em que tiver a flexibilização da política monetária lá fora, vai ter mais algum espaço para cortar a taxa de juros aqui dentro. Isso só é verdade em um cenário onde os riscos locais fiscais se reduzem e o BC tem êxito em deixar as expectativas mais comportadas”, diz. “Acho que é uma pausa relativamente longa”, complementa.
Para o encontro desta semana, apesar da piora no cenário econômico, Cardoso acredita que o Copom vai manter o balanço de riscos para inflação simétrico, ou seja, com riscos equilibrados em ambas as direções.
“Se o BC eventualmente colocar a assimetria [explícita] no comunicado, pode dar ideia de que o próximo movimento é de alta da taxa de juros. Não que a gente desconsidere 100% a probabilidade desse movimento ocorrer, mas me parece ainda cedo”, afirma.
Fonte: agenda do Poder com informações da Folha Mercado, da Folha de São Paulo
Os envolvidos nas manifestações terroristas foram
acusados de crimes como abolição do Estado Democrático de Direito, deterioração
do patrimônio, golpe e associação criminosa
Bolsonaristas do 8 de janeiro e Javier Milei, presidente argentino. Foto: Joedson Alves/Agência Brasil
Pelo menos sete bolsonaristas foragidos da justiça e condenados
por tentativa pela participação nos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023, em
Brasília (Df), iniciaram formalmente o processo de solicitação de status de
refugiado político ao Ministério do Interior da Argentina, país governado pelo
presidente ultradireitista Javier Milei. Os envolvidos nas manifestações
terroristas foram acusados de crimes como abolição violenta do Estado
Democrático de Direito, golpe de Estado, deterioração do patrimônio tombado,
dano qualificado e associação criminosa.
De acordo com informações publicadas pela Rede Argentina, fontes próximas à situação esclarecem que o governo argentino
não tem prazo para responder a esclarecimentos pedidos pelo Brasil.
Os bolsonaristas que pediram os pedidos atendem pelos seguintes
nomes: Ângelo Sotero, Gilberto Ackermann, Raquel de Souza Lopes, Luiz Fernandes
Venâncio, Rosana Maciel Gomes e Daniel Luciano Bressan.
Os condenados entraram na Argentina entre
5 e 21 de maio. A embaixada brasileira está em contato com o Ministério das
Relações Exteriores argentino, que deve responder se essas pessoas são de fato
as que as autoridades brasileiras estão procurando.
Segundo a Polícia Federal brasileira, os fugitivos descumpriram
medidas cautelares judiciais como violação de tornozeleira eletrônica; mudança
de endereço sem comunicação; e o não comparecimento à Justiça. Os nomes dessas
pessoas que não forem presos serão incluídos no Banco Nacional de Mandados de
Prisão (BNMP).
A Procuradoria-Geral da República fez pelo menos 1.390
denúncias no inquérito dos atos golpistas. O Supremo Tribunal Federal
brasileiro já fez mais de 200 condenações.
Fonte: Brasil 247 com informações da Rede Argentina
Surto de sarna na cidade pode estar relacionado ao
uso excessivo de ivermectina
Um surto de escabiose, popularmente conhecida como sarna, está
gerando preocupação entre as autoridades de saúde em Balneário Camboriú. O
problema tornou-se especialmente grave com a detecção de casos em duas creches
da cidade, afetando principalmente crianças. Em meio a esse cenário, a
presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), fez uma declaração
associando o surto negacionismo de Jair Bolsonaro.
"Um surto de sarna em Santa Catarina pode estar
relacionado ao uso indiscriminado de ivermectina, assim como ordenou o
inelegível durante a pandemia, sem nenhuma evidência científica. Ele, o maior
propagador de fake news. E o lado triste dessa história de Balneário Camboriú é
saber que crianças estão sendo as mais afetadas. Consequências do negacionismo,
agora cobrando o seu preço," afirmou Hoffmann.
A declaração da deputada refere-se ao ex-presidente Jair
Bolsonaro, que durante seu mandato incentivou o uso de ivermectina como parte
dos controversos “kits Covid”. Esses kits foram amplamente utilizados por
algumas pessoas como tratamento profilático ou terapêutico para a Covid-19,
apesar da falta de comprovação científica de sua eficácia. Agora, o uso
desenfreado do medicamento está sob escrutínio, especialmente quanto aos
possíveis efeitos colaterais a longo prazo.
Segundo o portal NSC Total, autoridades locais e
especialistas divergem sobre a possível correlação entre o uso excessivo de
ivermectina e o surto de sarna. Um estudo publicado em 2021 por pesquisadores
da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) destacou a possibilidade de que o
abuso de ivermectina poderia estar contribuindo para a superresistência do
ácaro Sarcoptes scabiei, causador da escabiose. Este parasita já era conhecido
por sua capacidade de desenvolver resistência a tratamentos, mas o uso indiscriminado
do medicamento pode estar tornando-o ainda mais robusto, dificultando o
controle dos surtos.
O médico infectologista Fábio Gaudenzi de
Faria, da Superintendência de Vigilância em Saúde de Santa Catarina, admite a
possibilidade, embora reforce que a avaliação da resistência do parasita seja
necessária: "Não podemos afirmar sem a avaliação da resistência do
parasita. Mas é uma possibilidade, sim."
O processo, contudo, enfrenta complicações
burocráticas, com previsões do Palácio do Planalto indicando que a decisão
argentina pode levar algumas semanas
Segundo fontes próximas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva
e interlocutores diplomáticos, o governo argentino, liderado pelo presidente
Javier Milei, tem indicado a possibilidade de extraditar os brasileiros
condenados por envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023. As informações
foram confirmadas por pessoas envolvidas nas negociações, de acordo com reportagem do Valor. Esses brasileiros, que buscaram refúgio na
Argentina durante as investigações, entraram com pedidos de asilo para evitar a
extradição. Atualmente, mais de cem pessoas estão nessa situação, e quase
metade delas já recebeu condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O processo, contudo, enfrenta complicações burocráticas,
com previsões do Palácio do Planalto indicando que a decisão argentina pode
levar algumas semanas. O contato entre os governos começou após os argentinos
expressarem surpresa com o elevado número de pedidos de refúgio por parte de
brasileiros. A questão ganhou destaque com declarações e postagens de
condenados que estão na Argentina, os quais se proclamam perseguidos políticos.
Ademais, a visita de parlamentares brasileiros a Buenos Aires no mês passado,
liderada pelo deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair
Bolsonaro, também atraiu atenção. Eles defenderam que os foragidos deveriam ser
tratados como exilados políticos.
Espera-se agora que o ministro Alexandre
de Moraes, do STF, encaminhe os pedidos de extradição ao Ministério da Justiça
e Segurança Pública. Depois, o Departamento de Recuperação de Ativos e
Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) analisará os casos antes de serem
formalizados ao governo argentino pelo Ministério das Relações Exteriores.
Manuel Adorni, porta-voz do governo argentino, declarou recentemente que cada
pedido de refúgio será avaliado individualmente.
O relatório final está sendo concluído pela
Polícia Federal e logo deve ser enviado ao STF
A Polícia Federal deve encerrar ainda nesta semana o inquérito
do caso das joias, que investiga o desvio e o comércio ilegal de presentes de
alto valor recebidos por Jair Bolsonaro (PL) enquanto ainda ocupava a
Presidência da República. Segundo informa a jornalista Camila Bonfim, do G1, o relatório final está sendo finalizado para envio ao Supremo
Tribunal Federal (STF).
O encerramento do inquérito é a etapa em que a PF concluiu
quem praticou os crimes e quais foram esses crimes. A tendência é que Bolsonaro
e seus assessores sejam indiciados após diversas provas apontarem a retirada de
itens do acervo presidencial, o transporte deles para os Estados Unidos, a
venda e uma operação de resgate para trazer as joias de volta ao Brasil após o
descobrimento do esquema.
Na última semana, a PF ainda encontrou
indícios de uma nova joia que pode ter sido negociada por Bolsonaro e seus
assessores nos Estados Unidos. A descoberta foi feita durante uma apuração no
país, que contou com a participação do FBI. O presidente da PF, Andrei
Rodrigues, não detalhou qual era a joia e os valores envolvidos, mas afirmou
que a descoberta colaborava para o avanço das investigações.
Fonte: Brasil 247 com informações da
jornalista Camila Bomfim, do G1
Lula se reúne hoje com ministros para debater
sobre a questão fiscal
A revisão de gastos públicos será
discutida nesta segunda-feira em reunião do presidente Lula com os ministros
Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento), Esther Dweck (Gestão) e
Rui Costa (Casa Civil). Antes de embarcar na semana passada para a Itália, onde
participou da reunião do G7, o grupo dos países mais ricos do mundo, Lula
solicitou a Rui Costa que agendasse esse encontro. A disposição do presidente é
evitar que o contingenciamento de despesas atinja a educação e a saúde.
Durante a viagem, Lula admitiu, a
possibilidade de rever despesas públicas desde que o ajuste não recaísse sobre
os mais pobres.
A revisão de despesas dependerá primeiramente do aval de Lula e,
depois, da disposição dos parlamentares, inclusive do PT, de aprová-la na
Câmara e no Senado.
Reportagem do jornal O Estado de S.Pauloinforma que será examinada na reunião a possibilidade de um
contingenciamento (bloqueio temporário) maior de gastos no próximo relatório
bimestral de receitas e despesas, previsto para julho. O objetivo seria
sinalizar comprometimento com o centro da meta fiscal de 2024.
O presidente Lula quer evitar que o
contingenciamento atinja a educação e a saúde. Durante coletiva de imprensa na
Itália, Lula deixou claro que não quer mexer nos pisos constitucionais desses
dois setores.
Fonte: Brasil 247 com informações do
jornal O Estado de S. Paulo
Vice-presidenta da Venezuela diz que presidente da
Guiana é o “Zelensky caribenho”
A vice-presidenta executiva da
República Bolivariana da Venezuela, Delcy Rodríguez, repudiou o aumento no
orçamento militar da Guiana. “A Venezuela repudia o afã belicista do presidente
Irfaan Ali, que se ergue como o Zelensky caribenho ao ameaçar a tranquilidade e
a paz da nossa região para venerar seus amos estadunidenses e da Exxon Mobil”,
escreveu a dirigente no X, antigo Twitter.
Nesse sentido, a Vice-presidenta
Executiva reiterou que "o Esequibo é da Venezuela, assim será para sempre!
O sol da Venezuela nasce no Esequibo!", disse.
A declaração da vice-presidenta surge
após o recente anúncio de Irfaan Ali sobre o aumento no orçamento militar da
Guiana para a compra de barcos e aviões com o apoio de seus “parceiros” no
exterior.
O presidente Emmanuel Macron pode sofrer nova
derrota eleitoral; polarização poderá ser entre a esquerda e a extrema direita
Prensa Latina - A campanha para as eleições legislativas que terão seu primeiro
turno no dia 30 de junho começa oficialmente nesta segunda-feira (17), embora
as forças políticas já estejam promovendo seus programas e candidatos há dias.
Na verdade, a busca por votos começou no próprio domingo,
9 de junho, quando o presidente Emmanuel Macron anunciou a dissolução da
Assembleia Nacional e a nova convocação às urnas, em resposta à ampla vitória
do partido de extrema-direita Reunião Nacional (RN) nas eleições europeias
daquele dia.
No domingo, encerrou-se o período de inscrição de candidaturas
nas 577 circunscrições em disputa, em um contexto social tenso, diante da
possibilidade de a extrema-direita chegar ao poder por meio de uma coabitação,
que depende da obtenção da maioria absoluta na Assembleia (289 de 577
deputados), o que permitiria ao partido de Marine Le Pen reivindicar o posto de
primeiro-ministro.
Segundo as pesquisas, o RN lidera as intenções de voto com
um terço delas, podendo aumentar esse percentual se consolidar um polêmico
pacto com o partido conservador Os Republicanos, seguido pelo bloco de esquerda
Frente Popular (25-28 por cento). Em terceiro lugar aparece o partido de Macron
(19-20 por cento).
No sábado, ocorreram em toda a França
grandes mobilizações contra a extrema-direita, um setor liderado por Marine Le
Pen e com Jordan Bardella como candidato a primeiro-ministro.