segunda-feira, 17 de junho de 2024

Manutenção da Selic de 10,50% em decisão unânime do Copom é consenso entre analistas do Mercado

 Votação dividida não deve se repetir, acreditam

Os economistas do mercado financeiro esperam uma decisão unânime do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central na próxima quarta-feira (19) pela manutenção da taxa básica de juros –a Selic– no atual patamar de 10,50% ao ano.


Pesa nessa projeção o cenário de deterioração das expectativas de inflação, depreciação do real frente ao dólar, percepção de maior risco fiscal e incerteza externa, além da atividade econômica resiliente.


Na visão dos analistas ouvidos pela Folha, um novo racha entre os membros do colegiado provocaria mais ruído no mercado e colocaria a credibilidade do BC na mira.


Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital, diz ver poucos elementos para uma nova divisão de votos, uma vez que o Copom não antecipou seu próximo movimento.


Ela observa que, em maio, a justificativa usada pelos membros dissidentes –os quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)– foi o custo reputacional da quebra do “forward guidance” (sinalização futura).


Mas considera que, apesar do placar dividido (5 a 4) que sacramentou a desaceleração do ritmo de corte de juros, os membros do comitê fizeram uma leitura homogênea da conjuntura econômica.


“Se a divergência era por conta de uma sinalização passada –não por conta da leitura da economia e de qual deve ser a característica da posição da política monetária–, uma vez que você tira esse elemento da conta, sobra simplesmente a conjuntura, que hoje gera uma leitura homogênea dos membros em torno de um ponto comum”, diz.


A economista destaca a preocupação do Copom com a deterioração das expectativas de inflação e o papel da comunicação na reversão desse quadro. Para Argenta, uma mensagem coesa ajudaria a colocar as projeções novamente no trilho em direção à meta.


“Se querem buscar ancoragem das expectativas, e se um dos fatores cruciais de desancoragem foi o questionamento sobre a independência e a responsabilidade do Banco Central com a busca da meta inflacionária, é necessário que os membros entreguem um comunicado coeso”, afirma.

A meta de inflação perseguida pelo BC é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.


Fábio Romão, economista da LCA Consultores, projeta que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para 2025 fique em 4%, expectativa acima da mediana coletada pelo boletim Focus (3,78%).


No cálculo, considera preços administrados mais altos no próximo ano, puxado por reajustes nas tarifas de transporte público e energia elétrica. Pondera também o risco de desvalorização do câmbio, com potenciais reflexos inflacionários nos bens industriais, e uma possível aceleração de serviços.


“A gente tinha 4% [para o IPCA 2025] já faz um tempo. [A expectativa de] 2024 piorou, o que prenuncia mais inércia para o ano que vem”, diz. “Entendemos que é bem provável que essa temporada de redução da Selic tenha sido encerrada.”

O aumento das expectativas inflacionárias de médio prazo –para 3,6% em 2026, segundo Focus–, é um dos fatores que levam Rodolfo Margato, economista da XP, a acreditar que o Copom vai adotar uma postura mais cautelosa nesta reunião.


Ele também menciona a forte depreciação cambial, com o dólar na casa de R$ 5,30 nos últimos dias diante de crescentes preocupações fiscais, e as dúvidas quanto ao início do ciclo de afrouxamento monetário nos Estados Unidos.


“O Copom deve fazer uma pausa para reavaliação, para acompanhar os próximos dados da economia e também o nível de incertezas aqui e lá fora”, diz. Na visão dele, o comitê vai privilegiar uma decisão consensual e seguir dependente dos dados.


“Depois da divisão na votação do último Copom, com o aumento das taxas de juros mais longas, houve até um aperto adicional das condições monetárias e não uma flexibilização”, afirma. “Uma nova divisão seria mais um ingrediente a pesar sobre os ativos financeiros, mais um fator negativo.”


Para Luis Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners, o Copom perdeu grau de liberdade de atuação mesmo com a retirada da sinalização futura, ao colocar “muita ênfase na questão da desancoragem” e precisará ser mais duro.


O economista diz não ter dúvida de que a manutenção dos juros, se confirmada, vai gerar uma forte reação do governo Lula, sobretudo após a participação do presidente do BC, Roberto Campos Neto, em um jantar oferecido pelo governador de São PauloTarcísio de Freitas (Republicanos).


Como mostrou o Painel S.A., Campos Neto sinalizou aceitar ser ministro da Fazenda caso Tarcisio entre na disputa pelo Palácio do Planalto.


Mesmo nesse contexto, Leal tem expectativa de que Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e favorito na disputa para ser o próximo chefe do BC, vote em linha com o restante do colegiado para manter a Selic inalterada, a contragosto do governo Lula.


Cita o recente alinhamento do discurso dos principais porta-vozes da autoridade monetária. “Pareceram muito coordenados. Você ouvia Roberto Campos [Neto], Galípolo e Paulo Picchetti [diretor de Assuntos Internacionais] e havia muita similaridade no discurso. Não acho que seja coincidência”, diz.


Quanto aos passos futuros, o economista vê o BC dependente do humor do mercado, condicionado ao início do ciclo de flexibilização de juros nos EUA –o que poderia abrir espaço para nova queda da Selic no cenário doméstico.


Rafael Cardoso, economista-chefe do departamento de Pesquisa Econômica do banco Daycoval, também aposta em uma pausa no ciclo de queda de juros, mas não descarta a possibilidade de novos cortes na reta final do ano.


“A partir do momento em que tiver a flexibilização da política monetária lá fora, vai ter mais algum espaço para cortar a taxa de juros aqui dentro. Isso só é verdade em um cenário onde os riscos locais fiscais se reduzem e o BC tem êxito em deixar as expectativas mais comportadas”, diz. “Acho que é uma pausa relativamente longa”, complementa.

Para o encontro desta semana, apesar da piora no cenário econômico, Cardoso acredita que o Copom vai manter o balanço de riscos para inflação simétrico, ou seja, com riscos equilibrados em ambas as direções.


“Se o BC eventualmente colocar a assimetria [explícita] no comunicado, pode dar ideia de que o próximo movimento é de alta da taxa de juros. Não que a gente desconsidere 100% a probabilidade desse movimento ocorrer, mas me parece ainda cedo”, afirma.



Fonte: agenda do Poder com informações da Folha Mercado, da Folha de São Paulo

Sete bolsonaristas foragidos depois de serem condenados nos atos golpistas pedem oficialmente asilo a Milei

 

Os envolvidos nas manifestações terroristas foram acusados de crimes como abolição do Estado Democrático de Direito, deterioração do patrimônio, golpe e associação criminosa


milei-bolsonaristas-8-janeiroBolsonaristas do 8 de janeiro e Javier Milei, presidente argentino. Foto: Joedson Alves/Agência Brasil 
 

Pelo menos sete bolsonaristas foragidos da justiça e condenados por tentativa pela participação nos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023, em Brasília (Df), iniciaram formalmente o processo de solicitação de status de refugiado político ao Ministério do Interior da Argentina, país governado pelo presidente ultradireitista Javier Milei. Os envolvidos nas manifestações terroristas foram acusados de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, deterioração do patrimônio tombado, dano qualificado e associação criminosa.

De acordo com informações publicadas pela Rede Argentina, fontes próximas à situação esclarecem que o governo argentino não tem prazo para responder a esclarecimentos pedidos pelo Brasil. 

Os bolsonaristas que pediram os pedidos atendem pelos seguintes nomes: Ângelo Sotero, Gilberto Ackermann, Raquel de Souza Lopes, Luiz Fernandes Venâncio, Rosana Maciel Gomes e Daniel Luciano Bressan.

Os condenados entraram na Argentina entre 5 e 21 de maio. A embaixada brasileira está em contato com o Ministério das Relações Exteriores argentino, que deve responder se essas pessoas são de fato as que as autoridades brasileiras estão procurando. 

Segundo a Polícia Federal brasileira, os fugitivos descumpriram medidas cautelares judiciais como violação de tornozeleira eletrônica; mudança de endereço sem comunicação; e o não comparecimento à Justiça. Os nomes dessas pessoas que não forem presos serão incluídos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).

A Procuradoria-Geral da República fez pelo menos 1.390 denúncias no inquérito dos atos golpistas. O Supremo Tribunal Federal brasileiro já fez mais de 200 condenações. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Rede Argentina

 

 

"Negacionismo de Bolsonaro cobra seu preço em Camboriú", diz Gleisi

 

Surto de sarna na cidade pode estar relacionado ao uso excessivo de ivermectina

Gleisi e Bolsonaro
Gleisi e Bolsonaro (Foto: Reprodução/Twitter)

Um surto de escabiose, popularmente conhecida como sarna, está gerando preocupação entre as autoridades de saúde em Balneário Camboriú. O problema tornou-se especialmente grave com a detecção de casos em duas creches da cidade, afetando principalmente crianças. Em meio a esse cenário, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), fez uma declaração associando o surto negacionismo de Jair Bolsonaro.

"Um surto de sarna em Santa Catarina pode estar relacionado ao uso indiscriminado de ivermectina, assim como ordenou o inelegível durante a pandemia, sem nenhuma evidência científica. Ele, o maior propagador de fake news. E o lado triste dessa história de Balneário Camboriú é saber que crianças estão sendo as mais afetadas. Consequências do negacionismo, agora cobrando o seu preço," afirmou Hoffmann.

A declaração da deputada refere-se ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que durante seu mandato incentivou o uso de ivermectina como parte dos controversos “kits Covid”. Esses kits foram amplamente utilizados por algumas pessoas como tratamento profilático ou terapêutico para a Covid-19, apesar da falta de comprovação científica de sua eficácia. Agora, o uso desenfreado do medicamento está sob escrutínio, especialmente quanto aos possíveis efeitos colaterais a longo prazo.

Segundo o portal NSC Total, autoridades locais e especialistas divergem sobre a possível correlação entre o uso excessivo de ivermectina e o surto de sarna. Um estudo publicado em 2021 por pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) destacou a possibilidade de que o abuso de ivermectina poderia estar contribuindo para a superresistência do ácaro Sarcoptes scabiei, causador da escabiose. Este parasita já era conhecido por sua capacidade de desenvolver resistência a tratamentos, mas o uso indiscriminado do medicamento pode estar tornando-o ainda mais robusto, dificultando o controle dos surtos.

O médico infectologista Fábio Gaudenzi de Faria, da Superintendência de Vigilância em Saúde de Santa Catarina, admite a possibilidade, embora reforce que a avaliação da resistência do parasita seja necessária: "Não podemos afirmar sem a avaliação da resistência do parasita. Mas é uma possibilidade, sim."

Fonte: Brasil 247

Governo Lula espera que Milei extradite fugitivos do 8 de janeiro

 

O processo, contudo, enfrenta complicações burocráticas, com previsões do Palácio do Planalto indicando que a decisão argentina pode levar algumas semanas

Lula e Milei
Lula e Milei (Foto: Ricardo Stuckert / PR | Agustin Marcarian/Reuters)

Segundo fontes próximas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e interlocutores diplomáticos, o governo argentino, liderado pelo presidente Javier Milei, tem indicado a possibilidade de extraditar os brasileiros condenados por envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023. As informações foram confirmadas por pessoas envolvidas nas negociações, de acordo com reportagem do Valor. Esses brasileiros, que buscaram refúgio na Argentina durante as investigações, entraram com pedidos de asilo para evitar a extradição. Atualmente, mais de cem pessoas estão nessa situação, e quase metade delas já recebeu condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O processo, contudo, enfrenta complicações burocráticas, com previsões do Palácio do Planalto indicando que a decisão argentina pode levar algumas semanas. O contato entre os governos começou após os argentinos expressarem surpresa com o elevado número de pedidos de refúgio por parte de brasileiros. A questão ganhou destaque com declarações e postagens de condenados que estão na Argentina, os quais se proclamam perseguidos políticos. Ademais, a visita de parlamentares brasileiros a Buenos Aires no mês passado, liderada pelo deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, também atraiu atenção. Eles defenderam que os foragidos deveriam ser tratados como exilados políticos.

Espera-se agora que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, encaminhe os pedidos de extradição ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Depois, o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) analisará os casos antes de serem formalizados ao governo argentino pelo Ministério das Relações Exteriores. Manuel Adorni, porta-voz do governo argentino, declarou recentemente que cada pedido de refúgio será avaliado individualmente.

Fonte: Brasil 247 com reportagem do Valor

Bolsonaro deve ser indiciado pelo caso das joias ainda nesta semana

 

O relatório final está sendo concluído pela Polícia Federal e logo deve ser enviado ao STF

Polícia Federal e Mauro Cid com Jair Bolsonaro
Polícia Federal e Mauro Cid com Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação/PF | REUTERS/Adriano Machado)

A Polícia Federal deve encerrar ainda nesta semana o inquérito do caso das joias, que investiga o desvio e o comércio ilegal de presentes de alto valor recebidos por Jair Bolsonaro (PL) enquanto ainda ocupava a Presidência da República. Segundo informa a jornalista Camila Bonfim, do G1, o relatório final está sendo finalizado para envio ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O encerramento do inquérito é a etapa em que a PF concluiu quem praticou os crimes e quais foram esses crimes. A tendência é que Bolsonaro e seus assessores sejam indiciados após diversas provas apontarem a retirada de itens do acervo presidencial, o transporte deles para os Estados Unidos, a venda e uma operação de resgate para trazer as joias de volta ao Brasil após o descobrimento do esquema.

Na última semana, a PF ainda encontrou indícios de uma nova joia que pode ter sido negociada por Bolsonaro e seus assessores nos Estados Unidos. A descoberta foi feita durante uma apuração no país, que contou com a participação do FBI. O presidente da PF, Andrei Rodrigues, não detalhou qual era a joia e os valores envolvidos, mas afirmou que a descoberta colaborava para o avanço das investigações.

Fonte: Brasil 247 com informações da jornalista Camila Bomfim, do G1

Em reunião com ministros nesta segunda-feira, Lula deve reafirmar que não cortará despesas da educação e saúde

 

Lula se reúne hoje com ministros para debater sobre a questão fiscal

Lula
Lula (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

A revisão de gastos públicos será discutida nesta segunda-feira em reunião do presidente Lula com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento), Esther Dweck (Gestão) e Rui Costa (Casa Civil). Antes de embarcar na semana passada para a Itália, onde participou da reunião do G7, o grupo dos países mais ricos do mundo, Lula solicitou a Rui Costa que agendasse esse encontro. A disposição do presidente é evitar que o contingenciamento de despesas atinja a educação e a saúde. 

Durante a viagem, Lula admitiu, a possibilidade de rever despesas públicas desde que o ajuste não recaísse sobre os mais pobres.

A revisão de despesas dependerá primeiramente do aval de Lula e, depois, da disposição dos parlamentares, inclusive do PT, de aprová-la na Câmara e no Senado. 

Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo informa que será examinada na reunião a possibilidade de um contingenciamento (bloqueio temporário) maior de gastos no próximo relatório bimestral de receitas e despesas, previsto para julho. O objetivo seria sinalizar comprometimento com o centro da meta fiscal de 2024.

O presidente Lula quer evitar que o contingenciamento atinja a educação e a saúde. Durante coletiva de imprensa na Itália, Lula deixou claro que não quer mexer nos pisos constitucionais desses dois setores. 

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Venezuela critica aumento do gasto militar da Guiana

 

Vice-presidenta da Venezuela diz que presidente da Guiana é o “Zelensky caribenho”

Helicóptero militar da Guiana
Helicóptero militar da Guiana (Foto: Guyana Defence Force)

 A vice-presidenta executiva da República Bolivariana da Venezuela, Delcy Rodríguez, repudiou o aumento no orçamento militar da Guiana. “A Venezuela repudia o afã belicista do presidente Irfaan Ali, que se ergue como o Zelensky caribenho ao ameaçar a tranquilidade e a paz da nossa região para venerar seus amos estadunidenses e da Exxon Mobil”, escreveu a dirigente no X, antigo Twitter.

Nesse sentido, a Vice-presidenta Executiva reiterou que "o Esequibo é da Venezuela, assim será para sempre! O sol da Venezuela nasce no Esequibo!", disse.

A declaração da vice-presidenta surge após o recente anúncio de Irfaan Ali sobre o aumento no orçamento militar da Guiana para a compra de barcos e aviões com o apoio de seus “parceiros” no exterior.

Fonte: Brasil 247

Começa na França campanha para eleições legislativas

 

O presidente Emmanuel Macron pode sofrer nova derrota eleitoral; polarização poderá ser entre a esquerda e a extrema direita

Jean-Luc Mélenchon e Marine Le Pen
Jean-Luc Mélenchon e Marine Le Pen (Foto: Reprodução)

Prensa Latina A campanha para as eleições legislativas que terão seu primeiro turno no dia 30 de junho começa oficialmente nesta segunda-feira (17), embora as forças políticas já estejam promovendo seus programas e candidatos há dias.

Na verdade, a busca por votos começou no próprio domingo, 9 de junho, quando o presidente Emmanuel Macron anunciou a dissolução da Assembleia Nacional e a nova convocação às urnas, em resposta à ampla vitória do partido de extrema-direita Reunião Nacional (RN) nas eleições europeias daquele dia.

No domingo, encerrou-se o período de inscrição de candidaturas nas 577 circunscrições em disputa, em um contexto social tenso, diante da possibilidade de a extrema-direita chegar ao poder por meio de uma coabitação, que depende da obtenção da maioria absoluta na Assembleia (289 de 577 deputados), o que permitiria ao partido de Marine Le Pen reivindicar o posto de primeiro-ministro.

Segundo as pesquisas, o RN lidera as intenções de voto com um terço delas, podendo aumentar esse percentual se consolidar um polêmico pacto com o partido conservador Os Republicanos, seguido pelo bloco de esquerda Frente Popular (25-28 por cento). Em terceiro lugar aparece o partido de Macron (19-20 por cento).

No sábado, ocorreram em toda a França grandes mobilizações contra a extrema-direita, um setor liderado por Marine Le Pen e com Jordan Bardella como candidato a primeiro-ministro.

Fonte: Brasil 247 com Prensa Latina

PL prepara ofensiva para arregimentar eleitores no Nordeste

 

Objetivo da legenda é se fortalecer na região em que o PT é favorito, visando as eleições para o Senado em 2026

Bolsonaro discursa em evento do PL
Bolsonaro discursa em evento do PL (Foto: REUTERS/Andressa Anholete)

O PL, liderado por Jair Bolsonaro, está de olho nas eleições municipais de outubro com o objetivo de fortalecer sua presença no Nordeste e desafiar a hegemonia do PT na região. A estratégia do PL visa não apenas a expansão de sua base, mas também a preparação para as eleições ao Senado em 2026.

Sem grande influência nas principais cidades nordestinas, o PL pretende montar diretórios locais, identificar possíveis candidatos e apresentar suas ideias conservadoras ao eleitorado. "Esse é um partido que está em construção. A nossa preocupação também é dar uma nitidez maior no viés programático e ideológico do partido. Quem nós somos? O que nós defendemos, o que nós representamos?", disse Rogério Marinho, líder da oposição no Senado e presidente do diretório do Rio Grande do Norte, de acordo com a Folha de S. Paulo.

Marinho vai se afastar do mandato por quatro meses no segundo semestre para acompanhar o processo de reorganização do partido na região, a pedido do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Nas eleições presidenciais de 2022, o PT venceu em oito das nove capitais da região e obteve 69% dos votos contra 30% de Bolsonaro. Atualmente, o PT governa estados chave como Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí. Em contraste, a única capital onde Bolsonaro venceu foi Maceió, onde o PL aposta na reeleição de João Henrique Caldas, conhecido como JHC, que tem como padrinho político o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL)

Ciente das dificuldades, o PL já decidiu não lançar candidatos próprios em algumas capitais, incluindo São Luís, Teresina, Salvador e Natal. Em Salvador, por exemplo, o partido apoiará a reeleição do atual prefeito Bruno Reis (União Brasil).

Ainda conforme a reportagem, João Roma, ex-ministro da Cidadania no governo Bolsonaro, está focado em ampliar a presença do PL na Bahia, percorrendo o interior do estado para estruturar diretórios e fortalecer a organização partidária. "A nossa tarefa é mostrar ao eleitor que, na verdade, ele é um eleitor conservador, que tem afinidade com o que nós representamos e defendemos", afirma Roma.

No Recife, o PL aposta na pré-candidatura do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, ex-ministro do Turismo. Em João Pessoa, Marcelo Queiroga, ex-ministro da Saúde, é o nome do partido. Outras pré-candidaturas incluem André Fernandes em Fortaleza e Emília Corrêa em Aracaju.

O plano do PL é lançar ao menos um candidato a senador em todos os estados e no Distrito Federal nas eleições de 2026. A meta é aumentar a representação no Senado, que tem prerrogativas exclusivas, como a sabatina e o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O PT, por sua vez, também se movimenta para fortalecer suas alianças e candidaturas com vistas ao Senado, temendo um aumento da influência da oposição na Casa.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

 

Monark volta a atacar urnas eletrônicas nas redes sociais

 

Youtuber defendeu a realização de eleições em cédulas de papel

Monark
Monark (Foto: Reprodução)

O youtuber brasileiro Bruno Aiub Monteiro, conhecido popularmente como Monark, voltou a atacar o processo eleitoral brasileiro no último domingo (16) em um comentário publicado no X, antigo Twitter. Ele afirmou que as urnas eletrônicas representam uma fraude, e sugeriu que as eleições no Brasil sejam realizadas com o mesmo método aplicado em Taiwan, com cédulas de papel.

“Urnas Eletrônicas = Fraude. Eu só acreditarei nas eleições quando forem realizadas da mesma forma que em Taiwan, com votação em papel, contagem no local e transmissão em tempo real por câmeras em todos os locais”, disse.

Não é a primeira vez que Monark causa polêmica ao criticar o uso das urnas eletrônicas em eleições no Brasil. Em 2022, ele teve seu canal no YouTube desativado por divulgar acusações falsas sobre as eleições presidenciais. No ano seguinte, suas redes sociais foram bloqueadas após propagar conteúdos falsos sobre o processo eleitoral e afirmar que as urnas eletrônicas tinham uma “maracutaia”.

Fonte: Brasil 247

"Vamos ampliar a mobilização nas ruas e nas redes sociais", diz Sâmia Bomfim

 

Deputada lidera reação feminista em relação ao PL do Estupro

Sâmia Bomfim
Sâmia Bomfim (Foto: Reprodução/Twitter)

"O autor do PL do Estuprador, Sóstenes Cavalcante, foi ao Fantástico para contar mentiras e afirmar que não vai recuar nesse ataque brutal às meninas e mulheres brasileiras", postou a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), em suas redes sociais. "Só aumenta nossa responsabilidade. A fúria do movimento feminista dará uma resposta: criança não é mãe! Vamos ampliar a mobilização nas ruas e redes sociais pelo arquivamento total e imediato desse projeto", acrescentou a parlamentar. A reação feministra já produz resultados. Saiba mais:

Em resposta a uma série de protestos e reações negativas nas redes sociais, a votação do projeto de lei que equipara o aborto após a 22ª semana ao crime de homicídio, também conhecido como PL do Estupro, pode ser adiada na Câmara dos Deputados. A decisão sobre postergar a análise do texto até o final do ano, após as eleições municipais, foi admitida pelo autor da proposta, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), membro da bancada evangélica e autor do projeto, de acordo com reportagem do Globo. Segundo declarações recentes, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também indicou que não há previsão imediata para a definição de um relator ou a discussão do mérito da proposta.

O projeto recebeu aprovação para urgência na tramitação na semana passada, o que normalmente aceleraria o processo. No entanto, o governo, inicialmente neutro, agora se posiciona contra a iniciativa, com membros do executivo e ministros se manifestando publicamente. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), expressou uma mudança no tom do governo, buscando convencer a bancada evangélica a reconsiderar a proposta devido à intensa mobilização popular contrária.

O contexto dos protestos reflete uma mobilização em várias capitais do país, com atos ocorrido em cidades como Vitória, Palmas, São Paulo e Belo Horizonte. Essa resistência social se reflete na postura de figuras políticas que buscam evitar crises maiores em temas sensíveis como saúde pública e direitos das mulheres.

Fonte: Brasil 247

 

Bancada evangélica já discute adiar a votação do PL do Estupro

 

Projeto que pune mulheres vítimas de estupro enfrenta forte reação da sociedade

Manifestantes protestam contra projeto que equipara aborto a crime de estupro
Manifestantes protestam contra projeto que equipara aborto a crime de estupro (Foto: Paulo Pinto / Agênica Brasil)

Em resposta a uma série de protestos e reações negativas nas redes sociais, a votação do projeto de lei que equipara o aborto após a 22ª semana ao crime de homicídio, também conhecido como PL do Estupro, pode ser adiada na Câmara dos Deputados. A decisão sobre postergar a análise do texto até o final do ano, após as eleições municipais, foi admitida pelo autor da proposta, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), membro da bancada evangélica e autor do projeto, de acordo com reportagem do Globo. Segundo declarações recentes, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também indicou que não há previsão imediata para a definição de um relator ou a discussão do mérito da proposta.

O projeto recebeu aprovação para urgência na tramitação na semana passada, o que normalmente aceleraria o processo. No entanto, o governo, inicialmente neutro, agora se posiciona contra a iniciativa, com membros do executivo e ministros se manifestando publicamente. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), expressou uma mudança no tom do governo, buscando convencer a bancada evangélica a reconsiderar a proposta devido à intensa mobilização popular contrária.

O contexto dos protestos reflete uma mobilização em várias capitais do país, com atos ocorrido em cidades como Vitória, Palmas, São Paulo e Belo Horizonte. Essa resistência social se reflete na postura de figuras políticas que buscam evitar crises maiores em temas sensíveis como saúde pública e direitos das mulheres.

Fonte: Brasil 247

STF quer contratar monitoramento e rastreamento de usuários nas redes e causa polêmica

 

Objetivo é monitorar a imagem do Supremo nas redes e identificar possíveis ameaças a ministros

Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF)
Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) (Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF)

O Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou a abertura de uma licitação no valor de R$ 345 mil para contratar uma empresa especializada no monitoramento de redes sociais, segundo a revista Veja. O objetivo é acompanhar, em tempo real, as menções e os conteúdos que envolvam a Corte, numa iniciativa que reflete a crescente preocupação com a disseminação de notícias falsas e ataques nas plataformas digitais.

A empresa vencedora do processo licitatório terá a responsabilidade de realizar um monitoramento contínuo de várias redes sociais, incluindo Facebook, Twitter, YouTube, Instagram, Flickr, TikTok e LinkedIn. O contrato, previsto para durar um ano, exigirá que a empresa forneça ao STF uma análise detalhada sobre a imagem da Corte na internet, identifique temas relevantes discutidos pelos usuários e classifique o material em categorias diversas.

De acordo com o edital, a empresa contratada deverá ter a capacidade de identificar e mapear quem são os principais autores das menções, especialmente aquelas de caráter negativo. Este monitoramento irá além da simples coleta de dados; ele envolve a análise de discursos, a identificação de formadores de opinião e a avaliação da influência de diferentes públicos nas discussões online sobre o Supremo.

Uma das exigências centrais do STF é que a empresa utilize ferramentas avançadas que permitam o georreferenciamento das postagens. Isso significa que será possível identificar a origem geográfica das menções.

Os dados coletados pela empresa serão consolidados em relatórios diários, semanais e mensais, que serão entregues aos ministros do STF. Esses relatórios incluirão balanços detalhados sobre os principais temas discutidos, a análise da posição dos formadores de opinião e a avaliação da repercussão de suas opiniões. Além disso, será feito um levantamento sobre o impacto geral das mobilizações e discussões em torno dos temas relacionados ao Supremo.

A medida também teria como objetivo reforçar a segurança dos ministros do STF. Ao identificar ameaças ou campanhas difamatórias, os dados obtidos poderão ser compartilhados com a Polícia Federal, contribuindo para a inibição de possíveis ações contra a Corte e seus integrantes. 

Fonte: Brasil 247 com informações da revista Veja

 

Pagamentos de junho do Bolsa Família e Auxílio Gás começam nesta segunda-feira; veja quem recebe

 

Famílias do Rio Grande do Sul receberão o benefício antecipado

(Foto: Roberta Aline/MDS)

Nesta segunda-feira (17), a Caixa Econômica Federal inicia a liberação dos pagamentos do Bolsa Família e do Auxílio Gás, informa o g1. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) confirmou que os primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) final 1.

Os pagamentos seguem um calendário específico que distribui os repasses de forma escalonada ao longo dos últimos dez dias úteis de cada mês. Essa estratégia visa evitar aglomerações nas agências e garantir um fluxo mais organizado para os beneficiários.

Contudo, uma exceção importante se aplica aos moradores de municípios em situação de emergência ou calamidade pública, como reconhecido pelo governo federal. Neste mês, 658 mil famílias no Rio Grande do Sul receberão seus benefícios de forma antecipada devido à situação de emergência decretada na região. Para essas famílias, o pagamento será realizado de forma unificada já no primeiro dia de repasse, independentemente do número final do NIS.

Em junho, mais de 20 milhões de famílias em todo o Brasil receberão o Bolsa Família e o Auxílio Gás. Confira o calendário de pagamentos:

  • Final do NIS: 1 - pagamento em 17/6
  • Final do NIS: 2 - pagamento em 18/6
  • Final do NIS: 3 - pagamento em 19/6
  • Final do NIS: 4 - pagamento em 20/6
  • Final do NIS: 5 - pagamento em 21/6
  • Final do NIS: 6 - pagamento em 24/6
  • Final do NIS: 7 - pagamento em 25/6
  • Final do NIS: 8 - pagamento em 26/6
  • Final do NIS: 9 - pagamento em 27/6
  • Final do NIS: 0 - pagamento em 28/6

 

Fonte: Brasil 247 com informações do g1