segunda-feira, 17 de junho de 2024

Netanyahu dissolve seu gabinete de guerra

 

Medida era amplamente esperada após a saída de Benny Gantz, que deixou o governo afirmando que Netanyahu não conseguiu formar uma estratégia para o combate em Gaza

Benjamin Netanyahu
Benjamin Netanyahu (Foto: REUTERS/Ronen Zvulun)

Reuters - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, dissolveu o gabinete de guerra composto por seis membros, informou uma autoridade israelense nesta segunda-feira (17). Essa ação era amplamente esperada após a saída do governo do ex-general centrista Benny Gantz.

Agora, espera-se que Netanyahu realize consultas sobre a guerra em Gaza com um grupo reduzido de ministros, incluindo o ministro da Defesa Yoav Gallant e o ministro de Assuntos Estratégicos Ron Dermer, que já faziam parte do gabinete de guerra.

Netanyahu enfrentava pressões dos parceiros nacionalistas-religiosos em sua coalizão, o ministro das Finanças Bezalel Smotrich e o ministro da Segurança Nacional Itamar Ben-Gvir, para serem incluídos no gabinete de guerra. Essa inclusão poderia intensificar as tensões com parceiros internacionais, incluindo os Estados Unidos.

O fórum foi formado após Gantz se juntar a Netanyahu em um governo de unidade nacional no início da guerra em outubro e também incluía o parceiro de Gantz, Gadi Eisenkot, e Aryeh Deri, líder do partido religioso Shas, como observadores.

Gantz e Eisenkot deixaram o governo na semana passada, alegando que Netanyahu não conseguiu formar uma estratégia para a guerra em Gaza.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

MP do TCU pede investigação sobre influência de bancos na definição da taxa de juros pelo Banco Central

 

"A definição da taxa de juros em níveis estratosféricos possui o efeito de quebrar o país, enriquecendo alguns aplicadores do mercado", avalia o subprocurador-geral Lucas Furtado

Roberto Campos Neto
Roberto Campos Neto (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O subprocurador-geral Lucas Furtado, do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), provocou uma nova discussão sobre a transparência e a integridade dos processos de definição de políticas monetárias no Brasil. Em uma representação formal datada desta sexta-feira (14), Furtado solicitou que o TCU investigue a possível influência indevida de bancos e instituições financeiras na definição de índices econômicos pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, informa a Folha de S. Paulo.

A preocupação central de Furtado recai sobre o Boletim Focus, uma publicação semanal do Banco Central que compila as expectativas de mercado para diversos indicadores econômicos, incluindo a taxa básica de juros (Selic), o câmbio, o Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação. De acordo com Furtado, há um potencial risco moral devido ao impacto dessas previsões nas decisões do Copom.

"Ora, se a taxa de juros básica que conduzirá relações financeiras no país é definida levando em consideração previsões dos próprios agentes que irão reger tais relações, vejo que se pode estar diante de uma gama de possibilidades de manipulação de índices por essas instituições", argumenta Furtado em sua representação.

Essa suspeita de que os bancos possam influenciar a política monetária para benefício próprio levanta sérias questões sobre a integridade do processo de formulação de políticas econômicas no Brasil. Furtado sugere que a influência do Boletim Focus pode permitir a manipulação das expectativas e decisões econômicas, favorecendo instituições financeiras que lucrariam com operações baseadas nesses índices. "Vejo que se pode estar diante de fatos que podem comprovar que a definição da taxa básica de juros do país em níveis estratosféricos não possui o efeito de controlar a inflação, conforme alega o Bacen, mas sim o de quebrar o país, enriquecendo alguns aplicadores do mercado," alerta Furtado. Ele sugere que as altas taxas de juros, em vez de conter a inflação, podem estar prejudicando a economia e beneficiando apenas alguns setores do mercado financeiro.

Além de solicitar a investigação sobre a influência dos bancos nas decisões do Copom, Furtado pede que o TCU passe a monitorar a atuação dos membros do Copom após o término de seus mandatos. Ele sugere que isso vá além do período de quarentena atualmente exigido, com o objetivo de "evitar possíveis danos à política monetária e o enriquecimento desses agentes em decorrência do exercício de suas funções públicas" no Banco Central.

O Banco Central foi procurado para comentar as alegações e a representação de Furtado, mas optou por não se manifestar.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

 

Presidente licenciado do Solidariedade passa por audiência de custódia

 

Eurípedes Junior é investigado por desvio de R$ 36 milhões

O presidente licenciado do partido Solidariedade, Eurípedes Gomes Júnior, passou por audiência de custódia e fez exame de corpo de delito nesse domingo (16). Ele está preso preventivamente em Brasília, após se entregar à Polícia Federal no sábado (15). O político ficou três dias foragido

Na audiência de custódia, os advogados do dirigente partidário, José Eduardo Cardozo e Fabio Tofic Simanthob, pediram que a prisão preventiva fosse convertida em domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. O pedido foi negado pela Justiça.

O político, um dos alvos da Operação Fundo no Poço, deflagrada quarta-feira (12), segue em uma cela da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, e deve ser transferido ao complexo penitenciário da Papuda, em São Sebastião, no Distrito Federal.

Antes de se entregar à PF no sábado, Eurípedes Júnior se licenciou da presidência do Solidariedade por tempo indeterminado. Em nota oficial, a sigla destacou que Paulo Pereira da Silva, conhecido como Paulinho da Força, que ocupava a vice-presidência nacional, assumirá o comando do Solidariedade. ““Essa solicitação é compatível com o estatuto partidário”, diz a nota, que destaca a "regular continuidade do exercício da direção partidária".

O caso

A Operação Fundo no Poço foi autorizada pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral de Brasília Luiz Lizandro Garcia Gomes Filho. Eurípedes Júnior é acusado de desviar aproximadamente R$ 36 milhões do fundo partidário e eleitoral do Partido Republicano da Ordem Social (Pros) nas eleições de 2022.  

O esquema criminoso consistia no uso de candidaturas laranjas pelo país, superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de recursos partidários destinados à Fundação de Ordem Social (FOS) – entidade do partido.

O político preso é investigado pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral, juntamente com outras pessoas ligadas à sigla.

O antigo Pros se uniu ao partido Solidariedade, em 2023.

Em nota, os advogados de defesa de Eurípedes Júnior afirmaram que seu cliente conseguirá provar inocência diante dos fatos em apuração. “Eurípedes Gomes de Macedo Júnior demonstrará, perante a Justiça, não só a insubsistência dos motivos que propiciaram a prisão preventiva, mas também sua total inocência em face dos fatos que estão sendo apurados nos autos do inquérito policial". 

Fonte: Agência Brasil

Caixa libera abono do PIS/Pasep para nascidos em julho e agosto

 

Valores variam conforme número de dias trabalhados no ano-base 2022

Cerca de 4,26 milhões de trabalhadores com carteira assinada nascidos em julho e agosto podem sacar, a partir desta segunda-feira (17), o valor do abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) em 2024. A quantia está disponível no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital e no Portal Gov.br.

Ao todo, o governo vai liberar R$ 4,5 bilhões, dos quais R$ 3,9 bilhões para o PIS e R$ 613 milhões para o Pasep. Aprovado no fim do ano passado, o calendário de liberações segue o mês de nascimento do trabalhador, no caso do PIS, ou o número final de inscrição do Pasep. Os pagamentos ocorrem de 15 de fevereiro a 15 de agosto.

Neste mês, o pagamento continua a ser antecipado aos trabalhadores do Rio Grande do Sul nascidos de setembro a dezembro que regularizaram a situação após 15 de maio.  Serão beneficiados 3.109 trabalhadores com recursos de cerca de R$ 3,5 milhões. Em maio, 756.121 trabalhadores do estado, afetado pela enchente, tiveram o pagamento antecipado.

Neste ano, cerca de R$ 27 bilhões poderão ser sacados. Segundo o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), o abono salarial de 2024 será pago a 24,87 milhões de trabalhadores em todo o país. Desse total, 21,98 milhões trabalham na iniciativa privada e receberão o abono do PIS e 2,89 milhões de servidores públicos, empregados de estatais e militares têm direito ao Pasep.

O PIS é pago pela Caixa Econômica Federal; e o Pasep, pelo Banco do Brasil. Como ocorre tradicionalmente, os pagamentos serão divididos em seis lotes, baseados no mês de nascimento, no caso do PIS, e no número final de inscrição, no caso do Pasep. O saque começará nas datas de liberação dos lotes e acabará em 27 de dezembro de 2024. Após esse prazo, será necessário aguardar convocação especial do Ministério do Trabalho e Previdência.

Calendário de pagamento do abono salarial em 2024

Calendário de pagamento do abono salarial 2024 - Arte EBC

Quem tem direito

Tem direito ao benefício o trabalhador inscrito no PIS/Pasep há, pelo menos, cinco anos, e que tenha trabalhado formalmente por, no mínimo, 30 dias no ano-base considerado para a apuração, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos. Também é necessário que os dados tenham sido informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

O valor do abono é proporcional ao período em que o empregado trabalhou com carteira assinada em 2022. Cada mês trabalhado equivale a um benefício de R$ 117,67, com períodos iguais ou superiores a 15 dias contados como mês cheio. Quem trabalhou 12 meses com carteira assinada receberá o salário mínimo cheio, de R$ 1.412.

Pagamento

Trabalhadores da iniciativa privada com conta corrente ou poupança na Caixa receberão o crédito automaticamente no banco, de acordo com o mês de seu nascimento.

Os demais beneficiários receberão os valores por meio da poupança social digital, que pode ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem. Caso não seja possível a abertura da conta digital, o saque poderá ser feito com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas, Caixa Aqui ou agências, também de acordo com o calendário de pagamento escalonado por mês de nascimento.

O pagamento do abono do Pasep ocorre por meio de crédito em conta para quem é correntista ou tem poupança no Banco do Brasil. O trabalhador que não é correntista do BB pode fazer a transferência via TED para conta de sua titularidade nos terminais de autoatendimento, no portal www.bb.com.br/pasep ou no guichê de caixa das agências, mediante apresentação de documento oficial de identidade.

Até 2020, o abono salarial do ano anterior era pago de julho do ano corrente a junho do ano seguinte. No início de 2021, o Codefat atendeu recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU) e passou a depositar o dinheiro somente dois anos após o trabalho com carteira assinada.

Fonte: Agência Brasil

domingo, 16 de junho de 2024

FUTSAL SÉRIE PRATA: Apucarana vence o Cianorte por 4 a 2 no Lagoão

 

Público vem melhorando jogo a jogo no Lagoão (Crédito: Thaiara Ramires)

Jogando ontem à noite, no Complexo Esportivo do Lagoão, em Apucarana, a equipe do Apucarana Futsal derrotou o Cianorte por 4 gols a 2. O confronto foi válido pela penúltima rodada da Série Prata do Campeonato Paranaense de Futsal. Gauchinho, Rafinha, Marquinhos e Dodô marcaram os gols do Dragão do Norte e Chico e Krause descontaram para o Cianorte.

Olavo, Bruno, Pedro, Dodô, Marquinhos, Enzo, Gauchinho, Rafinha, Lucas Hirose e Marcus Vinícius participaram da partida que manteve o time do técnico Cleber Paraná na 2ª colocação na classificação.

O Apucarana encerra sua participação na primeira fase da competição no primeiro sábado (6), do mês de julho. O jogo acontece no Ginásio Vila Rica, em Santa Helena na costa oeste do estado, diante da equipe local.

A rodada deste final de semana definiu as 12 equipes classificadas para a próxima fase, são elas: Paraná Clube, Apucarana, Manoel Ribas, Terra Boa, Loss ABF Beltrão, Fazenda Futsal, Itaipulândia, Missal Futsal, Medianeira, Santa Helena, Palmas e Guaíra. Cianorte, APAF, São Joseense e ACAU estão eliminadas.

Na segunda fase, as 12 equipes serão distribuídas em dois grupos com seis equipes cada jogando entre sí dentro do grupo em turno e returno, classificando as 4 melhores de cada grupo para a fase seguinte.

O Grupo “A” será formado pelas equipes classificadas em 1º, 4º, 5º, 8º, 9º e 12º lugares. O Grupo “B” será composto pelas equipes classificadas em 2º, 3º, 6º. 7º, 10º e 11º lugares.

Resultados da rodada:

Paraná Clube 8 x 2 Terra Boa

Loss ABF Beltrão 1 x 2 Missal

Medianeira 6 x 3 Santa Helena

Manoel Ribas 2 x 1 Guaíra

Itaipulândia 3 x 0 Palmas

ACAU 2 x 2 APAF/Rio Branco

Apucarana 4 x 2 Cianorte

Fazenda Futsal x são Joseense (jogam neste domingo às 11 hs em Fazenda Rio Grande


Última rodada: ( 4 e 6 de julho)

Cianorte x Loss ABF Beltrão

Santa Helena x Apucarana

Medianeira x ACAU

APAF x Fazenda Futsal

Missal x Itaipulândia

São Joseense x Manoel Ribas

Palmas x Paraná Clube

Terra Boa x Guaíra

Depois de instalar o caos e o fascismo no Brasil, Moro pede pacificação nacional

 

Senador diz que o Brasil não ganha nada com a polarização extremada e sugere anistia a Bolsonaro

Sergio Moro
Sergio Moro (Foto: Geraldo Magela / Agência Senado)

O senador Sergio Moro, que foi juiz da Operação Lava Jato, figura que contribuiu significativamente para um período de intensa turbulência política e econômica no Brasil, agora apela por uma pacificação nacional. "Eu creio que o Brasil precisa de uma pacificação. Eu não preciso tratar como inimigo quem diverge de mim. O país nada ganha com essa polarização extremada e esse sentimento de revanchismo", disse ele, em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

A Lava Jato, sob sua liderança, foi responsável por cerca de 4,1 milhões de demissões no setor de engenharia, acarretando em um vasto desemprego e contribuindo para a deterioração do cenário político que facilitou a ascensão do fascismo bolsonarista. Moro, atualmente enfrentando investigações no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF), expressou que a auto-restrição do STF é necessária e que o excesso em defesa da democracia já não se justifica. Ele destacou a importância de se evitar a polarização e o revanchismo, apesar de ser uma figura central nos processos que intensificaram essas divisões.

Na entrevista, Moro defendeu as ações da Lava Jato, argumentando que a operação expôs a corrupção e recuperou bilhões para os cofres públicos. No entanto, reconheceu os efeitos colaterais negativos, incluindo o impacto devastador no emprego e a polarização política resultante. Além disso, discutiu sua perspectiva sobre as eleições de 2026, a possibilidade de anistia a Jair Bolsonaro e a atual dinâmica entre o STF e o Congresso. "Existe algum risco de golpe, de destruição de alguma instituição? Existe risco à democracia atualmente? Nós vamos ficar em permanente estado de exceção por conta do que eventualmente poderia ter acontecido lá em 2022?", questionou.

Fonte: Brasil 247 com entrevista na Folha de S. Paulo

Bolsonarista preso pelo 8/1 diz ter sido vítima de agressões na Papuda

 

A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal e a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do DF vão investigar o caso

(Foto: Secretaria de Segurança Pública do DF/Divulgação)

Lucas Costa Brasileiro, 29, recentemente preso na operação Lesa Pátria, alega ter sido violentamente espancado por policiais penais durante sua triagem no Complexo Penitenciário da Papuda, informa o Metrópoles. O caso vem sendo acompanhado de perto por figuras públicas e gerou a abertura de um procedimento administrativo pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF).

Lucas, detido em 6 de junho, faz parte de um grupo de mais de 200 indivíduos recapturados pela Polícia Federal na última fase da operação, que busca punir os envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Muitos desses indivíduos descumpriram medidas judiciais, como o uso de tornozeleiras eletrônicas, ou tentaram escapar do país.

O relato de agressão veio à tona após o pai de Lucas divulgar um vídeo nas redes sociais. No vídeo, ele afirma que seu filho foi espancado enquanto passava pelo processo de triagem no sistema prisional. Esse depoimento rapidamente se espalhou em páginas bolsonaristas.

A Seape-DF, em resposta, confirmou que Lucas foi levado à Papuda no dia 7 de junho e que, após a alegação de agressão, ele foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exames de praxe.

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), presidida pelo deputado do Psol Fábio Felix, decidiu acompanhar o caso. Felix, conhecido por seu trabalho em defesa dos direitos humanos, declarou ao portal Metrópoles que buscará informações detalhadas da administração penitenciária sobre a situação de Lucas. “Para nós, independentemente de quem é a pessoa, queremos que todos que estão no sistema tenham seus direitos respeitados e que se cumpra o papel de ressocialização. Infelizmente, são centenas de denúncias de violações de direitos dentro do sistema carcerário”, afirmou.

O deputado também fez uma crítica velada àqueles que agora se mostram preocupados com os direitos humanos apenas quando figuras específicas estão envolvidas: “bom ver parlamentares que nunca olharam para o sistema prisional agora se preocupando com direitos humanos”.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Derrota do Fluminense para o Atlético-GO é marcada por agressões de Felipe Melo e Guga (vídeo)

 

Felipe Melo agrediu um assessor de imprensa do Atlético-GO e Guga se irritou com um cinegrafista

(Foto: Reprodução/X/@TNTSportsBR)

O Fluminense sofreu mais uma derrota no Campeonato Brasileiro. Nesse sábado (15), o Tricolor perdeu de virada para o Atlético-GO por 2 a 1, no Maracanã, em partida válida pela nona rodada do Brasileirão. O time carioca começou na frente com um gol de Ganso, mas acabou cedendo a virada nos acréscimos do segundo tempo, levando o jogo a terminar em confusão.

O gol da vitória do Atlético-GO foi marcado aos 49 minutos do segundo tempo. Momentos antes, aos 47 minutos, o lateral-direito Guga, que não entrou em campo, foi advertido com um cartão amarelo enquanto estava no banco de reservas, relata o ge. Visivelmente irritado, ele deu um tapa na câmera que o filmava após a advertência. Além disso, logo após o apito final, Felipe Melo empurrou o assessor de imprensa do Atlético-GO, intensificando a tensão no encerramento da partida.


Fonte: Brasil 247

Em meio a debates sobre 'PEC das drogas', São Paulo recebe Marcha da Maconha neste domingo

 

Organização espera dezenas de milhares de pessoas na Avenida Paulista

(Foto: Marcelo Camargo/ABr)

Brasil de Fato Dezenas de milhares de pessoas devem participar, neste domingo (16), da 16ª edição da Marcha da Maconha em São Paulo. O ato na Avenida Paulista, região central da cidade, acontece em meio ao avanço da chamada "PEC das Drogas", em mais uma investida reacionária do Congresso Nacional.

Tradicionalmente realizada aos sábados, a Marcha da capital paulista passa, este ano, a acontecer no domingo. O objetivo é tornar o evento ainda mais acessível, já que nesse dia a circulação na Avenida Paulista é restrita a pedestres e, recentemente, foi instaurada a "tarifa zero" no transporte público por ônibus na cidade de São Paulo.

Um dos organizadores da Marcha, o fotógrafo e historiador Luiz Fernando Petty destacou que a mudança de sábado para domingo já era discutida há algum tempo, especialmente depois de flexibilizações nas leis trabalhistas que fizeram aumentar o número de pessoas trabalhando aos sábados. Nos últimos anos, cresceram os pedidos de potenciais participantes para o ato acontecer no domingo. A expectativa é de crescimento no total de participantes.

"A gente tem uma organização que conseguiu extrapolar uma pauta que, em tese, seria de classe média, de pessoas brancas que têm certa segurança. A gente luta pelo fim da guerra às drogas, a guerra que atinge principalmente a população periférica, a população negra, e acho que a gente conseguiu colocar essas pessoas como protagonistas na Marcha", disse Petty ao Brasil de Fato.

Tratada pela organização como "o maior ato de desobediência civil do país", a Marcha da Maconha da capital paulista se consolidou como símbolo da luta pelo fim da guerra às drogas no país. A articulação de direita que faz avançar a "PEC das Drogas" no Congresso não intimida. Pelo contrário.

"A gente espera que a PEC mobilize mais pessoas a estarem no ato, inclusive pessoas que não são usuárias e que acreditam que a guerra às drogas é um malefício maior que o uso de qualquer droga. A gente está na luta, fez parte de uma grande mobilização nacional com relação à PEC e no domingo é mais um dia para a gente demonstrar nossa insatisfação com esse Congresso", apontou Petty.

A organização escolheu o tema "Bolando o Futuro sem Guerra" para esta edição da manifestação. O objetivo é reforçar a necessidade de reforma urgente nas políticas de drogas do país, em contraponto às iniciativas fracassadas das últimas décadas. 

"A gente não está ali na rua só para fumar maconha. A marcha é pelo fim da guerra às drogas, pelo fim do genocídio da juventude negra, pelo fim da superlotação das prisões, pelo direito ao próprio corpo, por uma saúde mental de qualidade, por uma política de redução de danos em vez de uma política de internações compulsórias... É pela maconha, mas não é só pela maconha", complementou Luiz Fernando Petty.

Do MASP à República

O ato tem concentração marcada para o Museu de Arte de São Paulo (MASP) às 14h20 e saída às 16h20. Os participantes vão descer a rua Augusta até a rua Dona Antônia de Queirós, seguindo pela Consolação. A mobilização termina na Praça da República, no centro da cidade. A Marcha terá participação do Bloco Carnavalesco Planta na Mente, do Rio de Janeiro, que vai à capital paulista especialmente para a manifestação.

Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fato

 

Bispo católico defende reforma agrária e vira alvo de deputado bolsonarista

 

Evair Vieira de Melo afirma que Dom João Justino "transgrediu a sacralidade do evento e desrespeitou a expectativa de devoção dos participantes"

Evair Vieira de Melo
Evair Vieira de Melo (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Um episódio que começou como uma celebração religiosa em homenagem a São José de Anchieta se transformou em uma batalha política. O presidente da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, Evair Vieira de Melo (PP-ES), tomou a dianteira ao criticar publicamente e protocolar uma moção de repúdio contra Dom João Justino, vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), informa o Estado de S. Paulo.

O incidente ocorreu durante uma missa no Santuário de Anchieta, onde Dom João Justino aproveitou a ocasião para defender a reforma agrária e criticar o marco temporal para a demarcação de terras indígenas. 

Entre os presentes na missa estava o deputado Evair Vieira de Melo, conhecido por seu papel influente na bancada do agronegócio. Melo, que também é vice-líder da oposição, não escondeu sua irritação e, em resposta ao sermão de Dom João Justino, protocolou uma moção de repúdio na Comissão de Agricultura da Câmara. O documento afirma que o bispo “Dom João Justino, ao expressar visões políticas sobre o marco temporal para demarcação de terras indígenas durante uma celebração dedicada a São José de Anchieta, não só foi inoportuno, mas transgrediu a sacralidade do evento e desrespeitou a expectativa de devoção dos participantes”.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Presidente da Câmara vira alvo do protesto contra PL do Aborto na Avenida Paulista (veja o vídeo)

 Os manifestantes também exigiram mais hospitais capacitados para realizar a interrupção da gravidez acima de 22 semanas em conformidade com a lei

Manifestantes ocuparam neste sábado (15) a Avenida Paulista, em São Paulo, em protesto contra o projeto de lei (PL) Antiaborto por Estupro, que propõe equiparar a punição para aborto à reclusão prevista para homicídio simples. Coletivos feministas, movimentos sociais e a Frente Estadual para Legalização do Aborto convocaram o ato, iniciado às 15h em frente ao Masp e seguido por uma caminhada até a Praça Franklin Roosevelt, na Consolação.


“Queremos o arquivamento desse projeto nefasto”, declarou Maria das Neves, da União Brasileira de Mulheres, criticando o que chamou de “PL da gravidez infantil”. “É um retrocesso civilizatório, usam nossos corpos como moeda de troca e avançam com a política do estupro. Mas as mulheres brasileiras vão colocar para correr esse PL.”


O cantor Tony Bellotto, do Titãs, também compareceu ao ato e disse estar indignado com o projeto.


Os manifestantes direcionaram seus protestos ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), responsável por acelerar a tramitação do projeto ao aprovar sua urgência na última quarta-feira (13). Com isso, o texto segue diretamente para o plenário, sem passar pelas comissões temáticas, onde os deputados ainda precisarão analisar o mérito.


“Gritavam em coro ‘Fora, Lira’ e ‘criança não é mãe e estuprador não é pai’”, destacou o movimento. Juliana Bruce, grávida de 18 semanas, ressaltou a importância de defender os direitos das mulheres: “Queremos ter nossos direitos mantidos, não dá para retroceder. É uma aberração esse PL.”


Ana Paula Cutolo Cortez, gestora ambiental, trouxe seus filhos ao protesto para denunciar o silêncio que favorece os opressores: “É terrível pensar em mulheres que não escolheram gerar uma vida se verem obrigadas a criar uma criança em contexto hostil.”


“Ninguém quer ver uma criança sendo obrigada a parir aquilo que foi objeto de extrema violência”, complementou Luka Franca, do Movimento Negro Unificado. O psicanalista Ivan Martins enfatizou a necessidade de defender “direitos básicos e civilizatórios, direitos da família”.


Os manifestantes também exigiram mais hospitais capacitados para realizar a interrupção da gravidez acima de 22 semanas em conformidade com a lei. A deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL-SP) e o deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) também estiveram presentes na manifestação.


Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S.Paulo