domingo, 16 de junho de 2024

Bispo católico defende reforma agrária e vira alvo de deputado bolsonarista

 

Evair Vieira de Melo afirma que Dom João Justino "transgrediu a sacralidade do evento e desrespeitou a expectativa de devoção dos participantes"

Evair Vieira de Melo
Evair Vieira de Melo (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Um episódio que começou como uma celebração religiosa em homenagem a São José de Anchieta se transformou em uma batalha política. O presidente da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, Evair Vieira de Melo (PP-ES), tomou a dianteira ao criticar publicamente e protocolar uma moção de repúdio contra Dom João Justino, vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), informa o Estado de S. Paulo.

O incidente ocorreu durante uma missa no Santuário de Anchieta, onde Dom João Justino aproveitou a ocasião para defender a reforma agrária e criticar o marco temporal para a demarcação de terras indígenas. 

Entre os presentes na missa estava o deputado Evair Vieira de Melo, conhecido por seu papel influente na bancada do agronegócio. Melo, que também é vice-líder da oposição, não escondeu sua irritação e, em resposta ao sermão de Dom João Justino, protocolou uma moção de repúdio na Comissão de Agricultura da Câmara. O documento afirma que o bispo “Dom João Justino, ao expressar visões políticas sobre o marco temporal para demarcação de terras indígenas durante uma celebração dedicada a São José de Anchieta, não só foi inoportuno, mas transgrediu a sacralidade do evento e desrespeitou a expectativa de devoção dos participantes”.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Presidente da Câmara vira alvo do protesto contra PL do Aborto na Avenida Paulista (veja o vídeo)

 Os manifestantes também exigiram mais hospitais capacitados para realizar a interrupção da gravidez acima de 22 semanas em conformidade com a lei

Manifestantes ocuparam neste sábado (15) a Avenida Paulista, em São Paulo, em protesto contra o projeto de lei (PL) Antiaborto por Estupro, que propõe equiparar a punição para aborto à reclusão prevista para homicídio simples. Coletivos feministas, movimentos sociais e a Frente Estadual para Legalização do Aborto convocaram o ato, iniciado às 15h em frente ao Masp e seguido por uma caminhada até a Praça Franklin Roosevelt, na Consolação.


“Queremos o arquivamento desse projeto nefasto”, declarou Maria das Neves, da União Brasileira de Mulheres, criticando o que chamou de “PL da gravidez infantil”. “É um retrocesso civilizatório, usam nossos corpos como moeda de troca e avançam com a política do estupro. Mas as mulheres brasileiras vão colocar para correr esse PL.”


O cantor Tony Bellotto, do Titãs, também compareceu ao ato e disse estar indignado com o projeto.


Os manifestantes direcionaram seus protestos ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), responsável por acelerar a tramitação do projeto ao aprovar sua urgência na última quarta-feira (13). Com isso, o texto segue diretamente para o plenário, sem passar pelas comissões temáticas, onde os deputados ainda precisarão analisar o mérito.


“Gritavam em coro ‘Fora, Lira’ e ‘criança não é mãe e estuprador não é pai’”, destacou o movimento. Juliana Bruce, grávida de 18 semanas, ressaltou a importância de defender os direitos das mulheres: “Queremos ter nossos direitos mantidos, não dá para retroceder. É uma aberração esse PL.”


Ana Paula Cutolo Cortez, gestora ambiental, trouxe seus filhos ao protesto para denunciar o silêncio que favorece os opressores: “É terrível pensar em mulheres que não escolheram gerar uma vida se verem obrigadas a criar uma criança em contexto hostil.”


“Ninguém quer ver uma criança sendo obrigada a parir aquilo que foi objeto de extrema violência”, complementou Luka Franca, do Movimento Negro Unificado. O psicanalista Ivan Martins enfatizou a necessidade de defender “direitos básicos e civilizatórios, direitos da família”.


Os manifestantes também exigiram mais hospitais capacitados para realizar a interrupção da gravidez acima de 22 semanas em conformidade com a lei. A deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL-SP) e o deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) também estiveram presentes na manifestação.


Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S.Paulo

Lula tem aprovação de 51% dos brasileiros, mostra pesquisa Atlas/CNN

 Em relação ao levantamento anterior, de maio, o índice de aprovação permanece o mesmo. Já o índice dos que desaprovam subiu de 45% para 47%

O presidente Lula (PT) tem seu desempenho aprovado por 51% dos entrevistados pelas mais recente pesquisa Atlas/CNN, enquanto 47% desaprovam. Já 2% não sabem avaliar.


Foram ouvidos 3.601 brasileiros entre 7 e 11 de junho, com uma margem de erro de um ponto percentual para mais ou para menos e nível de confiança de 95%.


Em relação à pesquisa anterior, realizada em maio, o índice de aprovação permanece o mesmo. No entanto, o índice dos que desaprovam subiu de 45% para 47%.


Levando-se em conta a série histórica desde o início deste mandato presidencial, em junho de 2023, Lula já chegou a ter um índice de aprovação de 53% (em junho do ano passado) e teve um piso de 47%, em novembro do ano passado e em junho deste ano.



Segmentação


Mulheres aprovam mais o desempenho de Lula na Presidência (53,6%) do que os homens (47,2%), segundo a pesquisa AtlasIntel.


Avaliação de Lula, por gênero:


Mulheres: aprovam (53,6%); desaprovam (43,6%); não sei (2,8%);

Homens: aprovam (47,2%); desaprovam (51,5%); não sei (1,3%).


Nível educacional


A avaliação positiva de Lula é maior entre quem tem ensino superior (58,1%) e menor entre quem tem o ensino médio completo (45,1%).


No quesito idade, a aprovação de Lula supera a desaprovação em todos os segmentos (16 a 34 anos, 45 a 59 e mais de 60 anos), com exceção de um: no dos adultos entre 35 e 44 anos, no qual chega a 39%.


Eleições 2022


Entre os que votaram em Lula no segundo turno da eleição de 2022, o presidente tem seu desempenho aprovado por 95,4%.

Já entre os que depositaram voto no então presidente Jair Bolsonaro (PL), o cenário se inverte: 96,4% desaprovam Lula.


Entre os que votaram em branco ou nulo naquela oportunidade, Lula é mais aprovado (51,4%) do que desaprovado (43,7%).


A balança se repete entre os que não votaram no segundo turno: Lula é aprovado por 53% desses brasileiros e desaprovado por 32,3%.


Fonte: ?Agenda do Poder com informações da CNN Brasil

No Rio Taquari, mais da metade das áreas verdes que serviriam como barreira para cheias foi desmatada ou ocupada, diz estudo

 

Menos de um terço dos mais de 6 mil hectares de áreas de preservação permanente às margens do rio está coberto por florestas nativas. Os dados são do movimento Pró-Matas Ciliares

Rio Taquari
Rio Taquari (Foto: Reprodução (JN))

Pesquisadores do movimento Pró-Matas Ciliares do Vale do Taquari (RS) apontaram que 31% dos mais de 6 mil hectares de áreas de preservação permanente que ficam às margens dos 140 quilômetros (km) do Rio Taquari estão cobertos por florestas nativas. Mais da metade da área é ocupada por agricultura e pastagem, e o restante se divide entre áreas urbanizadas e outras formações. Os estudiosos usaram informações do MapBiomas referente ao ano de 2022, não considerando as perdas de vegetação após as enchentes entre o fim de 2023 e maio de 2024. A informação foi publicada neste sábado (15) no Jornal Nacional.

De acordo com a pesquisadora Elisete Maria de Freitas, "as espécies que são de floresta bem nativa de mata ciliar, elas são espécies que têm características bem específicas para resistir à força da água". "E essas raízes se entrelaçam e protegem o solo. E, além disso, esses galhos, esses ramos são muito flexíveis. Então, ela resiste bem, ela protege. E ela ajuda com algo que é muito importante, que é reduzir a força da água", afirmou.

Números divulgados pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul apontaram que mais de 470 dos 497 municípios gaúchos tiveram problemas por causa das enchentes no estado. Mais de 600 mil pessoas estão fora de suas casas. Foram registradas 176 mortes desde o dia 29 de abril.

Fonte: Brasil 247 com informação publicada neste sábado (15), Jornal Nacional

Margareth Menezes: 'há 80 anos temos uma lei que permite o aborto em casos de estupro. Não podemos retroceder'

 

A ministra também criticou a pena de estupro maior para a vítima responsável pelo aborto do que para a pessoa responsável pelo crime

Margareth Menezes
Margareth Menezes (Foto: Pedro França / Agência Brasil)

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, publicou neste sábado (15) uma mensagem de repúdio ao Projeto de Lei 1904/2024, que equipara o aborto a partir da 22ª semana de gestação ao crime de homicídio. "Há 80 anos temos uma lei que permite o aborto em casos de estupro", escreveu a ministra em referência ao Decreto-Lei 2848/1940. 

"Não podemos retroceder! Caso este PL seja aprovado, meninas vítimas de violência com uma gravidez indesejada, serão punidas com uma pena maior que a do criminoso! Precisamos proteger nossas crianças e mulheres!".

Se a lei seja aprovada, o aborto seria equiparado ao homicídio simples, do artigo 121 do Código Penal. A pena fica entre 6 e 20 anos de prisão. No crime de estupro, mencionado no artigo 213 do Código Penal, a pena mínima é de 6 anos quando a vítima é adulta, mas pode chegar a 10 anos.

Esta semana, a Câmara aprovou o regime de urgência do projeto após requerimento feito pelo coordenador da Frente Parlamentar Evangélica, deputado Eli Borges (PL-TO). O autor da proposta foi o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

Fonte: Brasil 247

 

sábado, 15 de junho de 2024

Relator prevê R$ 50 bilhões em emendas parlamentares para 2025

 

"Você desmantelar essa conquista do Congresso, não é fácil", afirmou o senador Confúcio Moura

Confúcio Moura
Confúcio Moura (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

Relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025, o senador Confúcio Moura (MDB-RO), e o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), Júlio Arcoverde (PP-PI), estimaram que o valor das emendas parlamentares no próximo ano chegará aos R$ 50 bilhões. 

"Isso [patamar de R$ 50 bilhões] é um trabalho que vem sendo feito há alguns anos e, para você desmantelar essa conquista do Congresso, não é fácil", afirmou o emedebista, segundo o Portal G1. "R$ 50 bilhões é um valor alto, considerando que os recursos discricionários [despesa não obrigatória do governo] estão em torno de R$ 200 bilhões. Colocando R$ 50 bilhões [de emendas, isso] cai para R$ 150 bilhões disponíveis para o governo".

O governo federal enviou em abril a previsão para as contas públicas no próximo ano e colocou uma reserva de R$ 39,6 bilhões para emendas parlamentares, valor menor do que o Congresso planeja.

Fonte: Brasil 247 com informações do Portal G1

Porto Alegre tem ato contra 'PL do Estupro': 'homens de esquerda precisam denunciar este crime que envergonha o Brasil' (vídeo)

 

Manifestantes levaram cartazes dizendo "gravidez forçada é tortura"

Manifestação em Porto Alegre
Manifestação em Porto Alegre (Foto: Reprodução (X))

Manifestantes foram às ruas de Porto Alegre (RS) em ato contra o Projeto de Lei 1904/2024, que teve o seu regime de urgência aprovado nesta semana pela Câmara dos Deputados. Um participante do ato destacou a importância do protesto. "Nosso papel, homens de esquerda, é estarmos aqui, uma solidariedade ativa pelas companheiras mulheres contra o PL 1904, que é um verdadeiro crime, envergonha o Brasil perante o mundo". As pessoas levaram cartazes dizendo "criança não é mãe estuprador não é pai", "gravidez forçada é tortura" e "nem um passo atrás".

A proposta equipara o aborto de gestação acima de 22 semanas ao homicídio. Com a decisão, a matéria não precisará passar por alguma comissão, e será votada diretamente no plenário. Não há data definida para a votação.

O aborto é permitido no Brasil apenas em casos de estupro, deformação fetal ou quando a vida da mãe estiver em perigo. Se o projeto de lei apoiado por parlamentares evangélicos se tornar lei, os abortos realizados por vítimas de estupro seriam considerados homicídio após 22 semanas de gestação.

Grupos feministas criticaram a legislação proposta por impor penas mais severas do que as aplicadas aos estupradores no Brasil, argumentando também que as mudanças afetariam principalmente as crianças abusadas por familiares.

Estas crianças, muitas vezes sem compreensão ou apoio para se reconhecerem como vítimas de crimes, frequentemente descobrem a gravidez tardiamente.

Os protestos começaram na quinta-feira nas maiores cidades do Brasil depois que a Câmara dos Deputados aprovou urgência do projeto, o que restringe o debate sobre a proposta.

Confrontado com críticas de que as vítimas de estupro que procuram abortar poderiam enfrentar penas piores do que os estupradores, o autor do projeto de lei, Sostenes Cavalcante (PL-RJ), disse que irá propor penas mais duras para o estupro, que atualmente prevê um máximo de 10 anos de prisão.

Cavalcante é pastor evangélico e membro do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.


Fonte: Brasil 247 com informações da Reuters

VÍDEO: Xuxa faz 80 procedimentos estéticos em 7 horas

 

Xuxa e equipe que trabalhou nos procedimentos estéticos — Foto: Reprodução


Em maio, a eterna rainha dos baixinhos Xuxa Meneghel, 61, realizou 80 procedimentos estéticos em apenas sete horas. A informação foi confirmada pela dermatologista Taiz Campbell em entrevista à revista Quem. A apresentadora foi acompanhada por uma equipe de 11 profissionais, que realizaram diversos procedimentos em diferentes regiões do corpo, utilizando injetáveis e tecnologias avançadas.

Na ocasião, Xuxa optou pelo protocolo Daycare, que permite a realização simultânea de vários tratamentos estéticos.

Os tratamentos incluíram dois tipos de bioestimuladores, fios para estimular a produção de colágeno, e ultrassom microfocado. Segundo Taiz, o ultrassom microfocado foi utilizado para abrir o olhar, reduzir a flacidez e realçar os contornos faciais.

Fonte: DCM

 

Ministra da Saúde segue Lula em crítica ao PL do estupro: ‘Injustificável’

 


A ministra da Saúde, Nísia Trindade, criticou o projeto de lei que equipara o aborto a homicídio apenas após o presidente Lula (PT) afirmar que a matéria é uma “insanidade”.

Nísia disse que o PL é “injustificável e desumano”. “Acompanho com grande preocupação o debate sobre o PL 1904/2024 e tenho total concordância com o posicionamento da ministra [das mulheres] Cida Gonçalves. Precisamos garantir no SUS o atendimento a meninas e mulheres vítimas de estupro e em risco de vida (sic), tal como preconiza o Código Penal de 1940. E também, conforme prevê a lei, o aborto em casos de anencefalia fetal”, postou a ministra, nas redes sociais.

Fonte: DCM

Ramagem não decola no Rio e Bolsonaro vê Paes com chance de levar no 1º turno


Ex-presidente Bolsonaro apoia candidatura de Ramagem para prefeitura do Rio. Foto: Reproduçao

As pesquisas encomendadas até agora pelo PL não trazem boas notícias para o candidato bolsonarista à prefeitura do Rio de Janeiro, Alexandre Ramagem. Até o momento, os levantamentos internos apontam que o prefeito Eduardo Paes (PSD) ganharia no primeiro turno, com cerca de 45% dos votos, enquanto Ramagem se mantém na marca de 15% das intenções.

Apesar dos esforços de Ramagem em intensificar suas agendas na capital fluminense, o próprio Jair Bolsonaro, fiador da candidatura, já admitiu a aliados que não está otimista sobre a disputa em seu berço político. No entanto, a ordem na campanha é manter a calma e aguardar agosto, quando começa a propaganda eleitoral na televisão, esperando que o eleitor reconheça Ramagem como o candidato de Bolsonaro.

A eleição da capital fluminense é considerada estratégica para Jair Bolsonaro, e um resultado ruim no Rio é visto como um risco para o capital político da família. O senador Flávio Bolsonaro chegou a demonstrar interesse em disputar o pleito, mas a possibilidade de derrota fez com que essa opção fosse descartada.

Fonte: DCM

 

Haddad: cenário externo é desafiador, mas Brasil pode virar liderança

 

Ministro participou de evento de empreendedores em São Paulo. Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil


Em um evento de empreendedores realizado neste sábado (15), em São Paulo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou que o cenário internacional é desafiador, mas que o Brasil tem condições de aproveitar o momento para se tornar uma potência socioambiental e uma das grandes lideranças do mundo.

“O Brasil precisa dar esse salto. Não temos por que estarmos condenados a ser um país médio. Podemos ser grandes. Mas precisamos sonhar juntos”, disse o ministro, que participou do evento Desperta Empreendedor, promovido pelo Instituto Conhecimento Liberta (ICL), na capital paulista.

“Temos oportunidade hoje. Estamos em um contexto internacional muito desafiador, mas esses momentos desafiadores são, às vezes, a janela que se precisa para se despontar como uma liderança. E o Brasil precisa liderar processos muito significativos desse cenário histórico, que está muito desarrumado. Se o Brasil estiver arrumado, podemos efetivamente representar um caminho para as coisas”, acrescentou.

Segundo o ministro, o Brasil precisa aproveitar principalmente a sua vantagem natural, que é sua matriz energética limpa, para se posicionar para o futuro. “O Brasil tem condições de ser uma potência socioambiental que se desenvolve em um padrão novo. O Brasil tem quase 90% de sua matriz elétrica limpa. A média nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico [OCDE] é um terço disso”, disse ele.

No entanto, destacou o ministro, o Brasil precisa fazer sua parte. Não basta, segundo ele, ter apenas os recursos naturais. “Se a gente não se prevenir e começar a fazer a lição de casa, aproveitando a vantagem [dos recursos naturais] que temos, a tecnologia dos outros países pode superar a nossa vantagem. Se a gente não entender o que o destino está nos oferecendo, o mundo, pela tecnologia, vai acabar superando nossas vantagens naturais.”

Coletividade

Durante sua participação no evento, o ministro enfatizou a necessidade de se pensar em um projeto coletivo para o país. “Nunca vi um país que deu certo sem um projeto coletivo. Vá ver a história da Inglaterra, da França, do Japão, dos Estados Unidos. Isso não significa abdicar dos seus sonhos individuais. O ser humano é um organismo que se define pelo sonho, por viajar no tempo, inovar, criar, imaginar o futuro. Ninguém está pedindo para as pessoas abdicarem dos seus sonhos. Mas a partir do momento que você abre mão do sonho da tua comunidade, você vai prosperar menos do que você pensa. Se o seu sonho estiver engajado – o sonho do teu grupo, que é o Brasil – você vai muito mais longe. É erro dissociar uma coisa da outra”, disse o ministro, sob aplausos do público.

Ele também aproveitou o momento para destacar que algumas pessoas que estão em posição de poder não têm interesse público em resolver a “encrenca” que é o Brasil. “Ás vezes quem está em uma posição de poder não está fazendo a coisa certa para o país. Você tem um país de ouro, um povo de ouro, e você vê que quem pode fazer a diferença, nem sempre está pensando em interesse público. E devia estar. Essa é a coisa mais difícil de lidar na vida pública no Brasil.”

Segundo ele, é necessário se pensar em coletividade para fazer o país evoluir. “Às vezes se perde a conexão com a coletividade. Mas esse equilíbrio entre ser um indivíduo que sonha sem perder a conexão com a sua comunidade é, na minha opinião, o segredo do sucesso do país”, disse.

Originalmente publicado em Agência Brasil

Fonte: DCM