"Ser contra o aborto não pode significar
defender o PL do estupro", destacou a ministra
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, a decisão da Câmara
dos Deputados que aprovou esta semana o regime de urgência para o Projeto de
Lei 1904/24, do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e outros 32 parlamentares.
A proposta equipara o aborto de gestação acima de 22 semanas ao homicídio. Os
projetos com urgência podem ser votados diretamente no Plenário, sem passar
antes pelas comissões da Câmara.
"Ser contra o aborto não pode significar defender o
PL do estupro. Criminalizar e condenar crianças ou mulheres que interrompem a
gravidez, especialmente quando estupradas, com até 20 anos de cadeia (pena
maior que a de estupradores e pedófilos), além de desumano, é uma ação
criminosa da Política, que deveria protegê-las. Só as mais pobres não têm
acesso à saúde pública antes das 22 semanas", afirmou a titular da pasta
na rede social X.
"Não se iludam. Esta cruzada por pautas sensacionalistas
está apenas começando, porque o que muitos querem é acabar com os casos
permitidos por lei (estupro, risco à mulher e anencéfalos). Gritem nas suas
redes. #NÃO, NÃO e NÃO", acrescentou.
O
bilionário e dono da rede social X afirmou que "deveríamos eliminar as
urnas eletrônicas"
O
deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fez ataques verbais às urnas
eletrônicas, ao sugerir que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança
contra fraudes.
O
parlamentar repercutiu uma postagem feita pelo dono da rede social X, Elon
Musk. "Deveríamos eliminar as urnas eletrônicas", afirmou o
empresário. "O risco de ser hackeado por humanos ou IA, embora pequeno,
ainda é muito alto".
De acordo
com o parlamentar, "qualquer pessoa minimamente sensata concorda com Elon
Musk". "Essa pauta virá à tona novamente no Brasil, para o bem do
resgate de nossa democracia", escreveu Eduardo Bolsonaro.
Os ataques
de Eduardo e Elon Musk às urnas eletrônicas faz parte de uma estratégia da
extrema-direita global, de fazer ataques ao Judiciário e ao sistema eleitoral,
com o objetivo de fazer políticos direitistas tomarem posse mesmo que saiam
derrotado de eleições, numa clara tentativa de golpe.
Críticas à
Justiça são uma das alternativas do norte-americano Steve Bannon, 69 anos, que
tentou na última década fazer partidos de direita chegarem ao poder nos Estados
Unidos e em outros países. Em janeiro de 2021, quando Donals Trump (Partido
Republicano) perdeu a eleição, vários apoiadores invadiram o Legislativo e
acusaram o sistema eleitoral de ser fraudulento.
Bannon, que foi estrategista do ex-presidente Donald Trump, teve
um encontro com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA após o
segundo turno da eleição no Brasil eaconselhou
o parlamentar a questionar o resultado.
Em janeiro de 2023, apoiadores de Jair Bolsonaro (PL)
invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), e fizeram manifestações
golpistas. O Supremo Tribunal Federal já fez mais de 170 condenações das 1.390
denúncias feitas pela Procuradoria-Geral da República.
Jair Bolsonaro está inelegível após decisão do
Tribunal Superior Eleitoral no ano passado. O ex-mandatário espalhou fake news
ao fazer acusação sem provas em 2022, quando afirmou a embaixadores, no
Planalto, que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes.
"Os que foram na festa devem estar ganhando
dinheiro com a taxa de juros", disse Lula em referência ao jantar
promovido por Tarcísio com o presidente do BC e nomes do mercado
Durante
entrevista coletiva neste sábado (15) no encerramento do G7, na Itália, o
presidente Lula (PT) criticou a imprensa por estar 'praticamente dominada pelo
sistema financeiro' e também tratou do jantar oferecido pelo governador de São
Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em homenagem ao presidente do Banco
Central (BC), Roberto Campos Neto, em evento que contou com a presença de
diversos nomes do mercado financeiro. Na ocasião, Campos Neto
teria se oferecido a Tarcísio como candidato a ministro da Fazenda em
caso de uma futura candidatura presidencial do hoje governador.
Lula
criticou o silêncio da imprensa corporativa diante da taxa de juros escandalosa
de 10,25% ao ano, mantida pelo BC de Campos Neto. "Nós estamos cada vez
mais reféns de um sistema financeiro que praticamente domina a imprensa
brasileira. Ou seja, a questão do déficit fiscal aparece na primeira página, na
segunda página, na terceira página. Ninguém fala da taxa de juros de 10,25% em
um país com uma inflação de 4%".
Na sequência, o presidente citou o jantar em
homenagem a Campos Neto e disse que os presentes no evento devem estar se
beneficiando da Selic alta. "Ninguém fala. Pelo contrário, fazem uma festa
para o presidente do Banco Central em São Paulo. Os que foram na festa devem
estar ganhando dinheiro com a taxa de juros. Então eu acho que a discussão
econômica é mais séria. Eu sento na mesa com todos os meus ministros para
discutir o que a gente tem que fazer. Agora, achar que nós temos que piorar a
saúde, piorar a educação para melhorar, isso é feito há 500 anos no Brasil. Há
500 anos o povo pobre não participava do orçamento, por isso que o país foi o
último país a ter uma universidade".
Ele estava foragido desde quarta-feira, quando a
PF deflagrou operação contra desvios de recursos do fundo partidário nas
eleições de 2022
Eurípedes Junior, presidente do partido Solidariedade,
entregou-se à Polícia Federal (PF) na manhã deste sábado (15), acompanhado por
seus advogados, informa a CNN Brasil. Ele se apresentou na Superintendência da PF no Distrito
Federal, onde já está detido em uma cela.
O dirigente partidário era alvo de uma operação da PF
deflagrada na última quarta-feira (12), que buscava cumprir sete mandados de
prisão preventiva. No entanto, Eurípedes não foi localizado na data, sendo o
único alvo que permanecia foragido.
A Operação da PF tinha como objeto desvios de recursos do fundo
partidário nas eleições de 2022. As investigações tiveram origem na denúncia
feita por um ex-dirigente do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), hoje
integrado ao Solidariedade. O principal alvo era Eurípedes Júnior.
Os agentes da PF foram às ruas cumprir sete mandados de
prisão preventiva e 45 mandados de busca e apreensão em Goiás, São Paulo e no
Distrito Federal, além de bloquear R$ 36 milhões e 33 imóveis. Segundo a
corporação, a operação “Fundo do Poço” tem como objetivo “desarticular
organização criminosa responsável por desviar e se apropriar de recursos do
fundo partidário e eleitoral nas eleições de 2022, destinados a um partido
político”.
Os ex-dirigentes do Pros teriam desviado cerca de R$ 36 milhões.
As investigações apontaram indícios de que o grupo agiu para se apropriar dos
recursos por meio de candidaturas laranjas em diferentes estados do país. Além
disso, existe a suspeita de superfaturamento de serviços contratados junto a
consultorias jurídicas e desvio de verbas destinadas à Fundação de Ordem
Social, ligada ao partido.
“Os envolvidos estão sendo investigados pelos crimes de
organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação
indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos destinados
ao financiamento eleitoral”, diz a PF.
O dinheiro teria sido lavado a partir da
criação de empresas de fachada, compra de imóveis por intermediários e
superfaturamento de serviços prestados aos laranjas e ao próprio partido.
Famosa como
uma das cidades mais bolsonaristas do Brasil, Balneário Camboriú tem o registro
de surto de escabiose, conhecida como sarna, em duas creches do município em
que, no segundo turno das últimas eleições, 74,57% dos habitantes votaram em
Jair Bolsonaro (PL) contra 25,43% em Lula (PT).
E, segundo o NSC Total, o
bolsonarismo pode ser a “causa” do surto de sarna. Pesquisadores da
Universidade Federal de Alagoas (Ufal) sugerem que o abuso de ivermectina,
incluído nos “kits Covid” e propagado pelo ex-presidente, pode ter tornado o
parasita Sacorptes scabiei, responsável pela doença, mais resistente.
Em 2021, um estudo da Ufal destacou
a superresistência adquirida pelo ácaro Sacorptes scabiei devido ao uso
excessivo de ivermectina. O médico infectologista Fábio Gaudenzi de Faria, da
Superintendência de Vigilância em Saúde de Santa Catarina, reconhece a
possibilidade dessa relação em Balneário Camboriú, mas ressalta que é
necessária a avaliação da resistência do parasita para confirmação.
A escabiose não é monitorada pelo
Ministério da Saúde, o que dificulta a coleta de dados precisos sobre a doença.
Faria aponta que, “se houver um aumento dos surtos vamos precisar mudar a
vigilância, para entender o motivo da mudança do perfil”.
Bolsonaro oferecendo ivermectina para ema. Foto: Adriano Machado/Reuters
"Os
que foram na festa devem estar ganhando dinheiro com a taxa de juros",
disse Lula em referência ao jantar promovido por Tarcísio com o presidente do
BC e nomes do mercado
Durante
entrevista coletiva neste sábado (15) no encerramento do G7, na Itália, o
presidente Lula (PT) criticou a imprensa por estar 'praticamente dominada pelo
sistema financeiro' e também tratou do jantar oferecido pelo governador de São
Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em homenagem ao presidente do Banco
Central (BC), Roberto Campos Neto, em evento que contou com a presença de
diversos nomes do mercado financeiro. Na ocasião, Campos Neto
teria se oferecido a Tarcísio como candidato a ministro da Fazendaem
caso de uma futura candidatura presidencial do hoje governador.
Lula criticou o silêncio da imprensa
corporativa diante da taxa de juros escandalosa de 10,25% ao ano, mantida pelo
BC de Campos Neto. "Nós estamos cada vez mais reféns de um sistema
financeiro que praticamente domina a imprensa brasileira. Ou seja, a questão do
déficit fiscal aparece na primeira página, na segunda página, na terceira
página. Ninguém fala da taxa de juros de 10,25% em um país com uma inflação de
4%".
Na sequência, o presidente citou o jantar em
homenagem a Campos Neto e disse que os presentes no evento devem estar se
beneficiando da Selic alta. "Ninguém fala. Pelo contrário, fazem uma festa
para o presidente do Banco Central em São Paulo. Os que foram na festa devem
estar ganhando dinheiro com a taxa de juros. Então eu acho que a discussão
econômica é mais séria. Eu sento na mesa com todos os meus ministros para
discutir o que a gente tem que fazer. Agora, achar que nós temos que piorar a
saúde, piorar a educação para melhorar, isso é feito há 500 anos no Brasil. Há
500 anos o povo pobre não participava do orçamento, por isso que o país foi o
último país a ter uma universidade".
Reportagem investigativa da Reuters revela como o
setor militar estadunidense atacou as vacinas chinesas – o que teve apoio do
Brasil durante o governo de Jair Bolsonaro
Reuters – Durante o
auge da pandemia de COVID-19, o Pentágono dos EUA iniciou uma campanha secreta
visando contrapor a crescente influência da China nas Filipinas, país
severamente afetado pelo vírus. A operação clandestina, que não havia sido
anteriormente reportada, tinha como objetivo disseminar dúvidas sobre a
segurança e eficácia das vacinas e outras ajudas vitais fornecidas pela China.
De acordo com uma investigação da Reuters, a campanha de propaganda do exército utilizou contas falsas na
internet para simular serem de filipinos, transformando-se em uma campanha
antivacina.
As postagens nas redes sociais criticavam a qualidade das
máscaras faciais, kits de teste e a vacina Sinovac, a primeira a estar
disponível nas Filipinas. Pelo menos 300 contas no X, anteriormente Twitter,
foram identificadas como correspondentes às descrições compartilhadas por
ex-oficiais militares dos EUA familiarizados com a operação nas Filipinas.
Quase todas foram criadas no verão de 2020 e centradas no slogan #Chinaangvirus
– em Tagalog, "China é o vírus". Essa postagem, identificada pela
Reuters, coincidia com a mensagem, cronograma e design da campanha de
propaganda antivacina do exército dos EUA nas Filipinas, disseram ex e atuais
oficiais militares. A plataforma de mídia social X também identificou a conta
como falsa e a removeu.
A campanha antivacina do Pentágono começou na primavera de 2020
e se expandiu além do Sudeste Asiático antes de ser encerrada em meados de
2021. Adaptando a campanha de propaganda para o público local em toda a Ásia
Central e Oriente Médio, o Pentágono utilizou uma combinação de contas falsas
de mídia social em múltiplas plataformas para espalhar medo das vacinas
chinesas entre os muçulmanos, num momento em que o vírus matava dezenas de
milhares de pessoas todos os dias. Uma parte chave da estratégia: ampliar a
contestação de que, como as vacinas às vezes contêm gelatina de porco, os
imunizantes chineses poderiam ser considerados proibidos sob a lei islâmica.
Movimento antivax no
Brasil – No Brasil, um movimento similar de
desconfiança às vacinas foi notado, tendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus
filhos como figuras de destaque. Eles frequentemente se referiam às vacinas
chinesas de forma pejorativa como "Vachina", ecoando sentimentos
antivacina durante o período crítico da pandemia. As primeiras vacinas trazidas
ao Brasil, que eram chinesas, chegaram por iniciativa do então governador de
São Paulo, João Doria, intensificando um debate político e ideológico sobre a
vacinação no país.
O programa militar começou sob a
administração do ex-presidente Donald Trump e continuou meses após a posse de
Joe Biden, encontrou a Reuters – mesmo depois que executivos de mídia social
alarmados alertaram a nova administração de que o Pentágono estava produzindo
desinformação sobre a COVID. A Casa Branca de Biden emitiu um decreto na
primavera de 2021 proibindo o esforço antivacina, que também difamava vacinas
produzidas por países rivais, e o Pentágono iniciou uma revisão interna,
revelou a investigação
"Situações
como essa evidenciam o desrespeito ao princípio da isonomia que deveria reger a
administração pública", afirma o subprocurador-geral Lucas Furtado
Em um movimento que pode desencadear profundas discussões
sobre a sustentabilidade financeira e a equidade dos benefícios previdenciários
no Brasil, o subprocurador-geral Lucas Furtado, do Ministério Público junto ao
Tribunal de Contas da União (TCU), apresentou uma representação para que a
corte examine detalhadamente o sistema de proteção dos militares e o impacto
nas contas públicas das pensões destinadas às filhas de membros das Forças
Armadas, informa a Folha de S. Paulo.
A representação surge em um contexto
de preocupação com o equilíbrio fiscal do país. Furtado, em sua solicitação,
menciona a manifestação do ministro do TCU, Walton Alencar Rodrigues, que
destacou a Previdência Social, focando particularmente no sistema militar.
Rodrigues chamou atenção para a capacidade limitada de cobertura desse sistema
e seu "monumental déficit per capita".
Um dos
pontos centrais da discussão é a pensão vitalícia para filhas solteiras de
militares, um benefício que tem sido amplamente criticado por suas distorções e
pelas situações fictícias que pode induzir. Embora o benefício tenha sido
extinto para novos ingressos na carreira militar a partir de 2001, projeções
indicam que os custos associados a essa pensão continuarão a onerar o governo e
a sociedade até pelo menos 2060.
Lucas Furtado sublinha que, mesmo
após a extinção da pensão vitalícia para novos militares, os encargos futuros
permanecem consideráveis. "Não estou aqui a ir de encontro ao direito
adquirido. Tampouco causar insegurança jurídica em situações já decididas
judicialmente. Se o direito existe, que o seja respeitado. Contudo, a meu ver,
situações como essa evidenciam o desrespeito ao princípio da isonomia que
deveria reger a administração pública como um todo", afirmou Furtado.
O
subprocurador-geral enfatiza que o princípio da isonomia é crucial para
assegurar que não haja discriminação ou privilégios indevidos na sociedade e na
aplicação das leis. "No momento em que classes são privilegiadas com
direitos diferentes dos demais, há desrespeito a esse princípio tão importante
para a justiça e a equidade na sociedade", argumenta.
Além disso, Furtado alerta que os
números indicam que o sistema de proteção dos militares, como está configurado
atualmente, pode ameaçar o equilíbrio fiscal do país. "Os privilégios
concedidos a certas categorias, especialmente quando sustentados por recursos
públicos, precisam ser constantemente reavaliados para garantir que a
administração pública opere de maneira justa e sustentável", completou.
Fonte:
Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo
Presidente afirmou que o governo deixará de buscar
soluções para a compensação da desoneração: "os empresários que apresentem
ao ministro da Fazenda uma proposta"
O presidente Lula (PT), em entrevista coletiva neste sábado (15)
no encerramento do G7, disse que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT),
"jamais ficará enfraquecido" em seu governo. A declaração de Lula vem
após rumores de que o ministro estaria sendo pressionado por diversos setores,
inclusive por alas do governo, principalmente depois de ser ventilada a
possibilidade de desvincular benefícios sociais da Previdência do aumento do
salário mínimo. "O Haddad jamais ficará enfraquecido enquanto eu for presidente
da República, porque ele é o meu ministro da Fazenda, escolhido por mim e
mantido por mim. Então é o seguinte: se o Haddad tiver uma proposta, o que vai
acontecer é que ele vai me procurar essa semana para sentar e discutir economia
comigo".
O presidente, no entanto, vetou de antemão qualquer ajuste
fiscal que envolva retirar dinheiro e benefícios das classes mais pobres.
"Eu quero antecipar: a gente não vai fazer ajuste em cima dos
pobres".
As discussões sobre desvinculação estão em um contexto em que o
governo busca uma maneira de compensar a desoneração da folha salarial de 17
setores econômicos, vetada pelo presidente Lula mas mantida pelo Congresso
Nacional. Lula afirmou que já disse a Haddad que deixe os empresários e os
parlamentares encontrarem uma solução para a compensação, já que, se não for
encontrada uma saída, o veto à desoneração será retomado. "Vou dizer em
alto e bom som: a gente não vai fazer ajuste em cima dos pobres, porque os que
ficam criticando o déficit fiscal, os que ficam criticando os gastos do
governo, são os mesmos que foram para o Senado aprovar a desoneração de 17
grupos empresariais. São os mesmos. E que ficaram de fazer uma compensação para
suprir o dinheiro da desoneração e não quiseram fazer. Eu disse para o Haddad:
não é problema mais do governo; o problema agora é deles. A decisão da Suprema
Corte diz que dentro de 45 dias, se não tiver o acordo, está válido o meu veto
e não vai ter a desoneração. Então agora os empresários se reúnam, discutam e
apresentem ao ministro da Fazenda uma proposta de compensação".
O presidente ainda deixou uma nova mensagem de compromisso
com a responsabilidade fiscal: "eu acho que tudo aquilo que a gente
detectar que é gasto desnecessário você não tem que fazer. Eu, em 90% da minha
dívida, nunca tive uma dívida, porque eu nunca gostei de fazer uma despesa
maior do que o meu salário. E o que nós estamos fazendo é o seguinte: nós já
fizemos o que ninguém esperava que precisava ser feito, fizemos a regulação do
marco fiscal, aprovamos a reforma tributária, estamos demonstrando a nossa seriedade
de garantir estabilidade jurídica, política, fiscal, econômica e social. Isso
está garantido".
Aprovada no Senado em 2019, a proposta pode agora avançar na Câmara, em reação ao chamado "PL do estupro", que equipara o aborto após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio
Em meio a intensos debates na Câmara dos Deputados, a bancada
feminina se mobiliza contra o "PL do estupro", que equipara o aborto
após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio. Como resposta, as
parlamentares estão pressionando pela aprovação de uma Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) que visa tornar o estupro e o feminicídio crimes
inafiançáveis e imprescritíveis, informa Igor Gadelha, do Metrópoles.
O projeto de lei chamado de "PL do estupro", de
autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), sugere que a prática do aborto
após a 22ª semana de gestação seja punida com a mesma severidade de um
homicídio, com penas que variam de seis a 20 anos de prisão. Este movimento tem
gerado indignação entre a opinião pública e as parlamentares femininas.
Como parte de sua estratégia para contrapor o PL, a bancada
feminina está impulsionando uma PEC apresentada em 2019 pela então senadora
Rose de Freitas (Podemos-ES). A proposta foi aprovada no Senado no mesmo ano,
mas desde então está paralisada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da
Câmara, aguardando a nomeação de um relator. Em 2023, o deputado Guilherme
Boulos (Psol-SP) foi designado relator da PEC, mas ele não apresentou um
relatório antes de deixar de ser membro da CCJ em 2024. Agora, as deputadas
buscam reativar o processo e pressionam para que a PEC avance.
A PEC defendida pela bancada feminina propõe mudanças
significativas na forma como o Judiciário lida com crimes de estupro e
feminicídio. A proposta estabelece que esses crimes não podem ser sujeitos a
prescrição, o que significa que os agressores podem ser processados a qualquer
momento, independentemente de quando o crime foi cometido. Além disso, torna os
crimes inafiançáveis, retirando a possibilidade de libertação sob fiança para
suspeitos.
Atualmente, a pena para estupro varia de
seis a dez anos se a vítima for maior de idade, e de oito a doze anos se a
vítima for menor. As parlamentares argumentam que é inconcebível que a proposta
de penalidade para o aborto seja mais severa do que para crimes de violência
sexual.
'Eu sou contra, mas o aborto é uma realidade e a
gente precisa tratar o aborto como uma questão de saúde pública', afirmou o
presidente
O presidente Lula (PT) concedeu neste sábado (15) uma entrevista
coletiva no encerramento do G7, na Itália, e falou a jornalistas sobre o
chamado "PL do estupro", que teve urgência aprovada na Câmara dos
Deputados. O projeto visa equiparar o aborto realizado após a 22ª semana de
gestação ao crime de homicídio. Com isso, a pena prevista para a mulher que
realizasse o aborto após o prazo estipulado seria maior que a pena de um
estuprador.
Lula classificou o projeto como uma "insanidade"
e voltou a defender que o tema do aborto seja tratado como "questão de
saúde pública". Ele também prometeu se inteirar so assunto sobre o
"PL do estupro" ao retornar ao Brasil. "A primeira coisa que eu
preciso dizer em alto e bom som, e não é a primeira vez, é que eu, Luiz Inácio
Lula da Silva, fui casado, tive cinco filhos, oito netos e uma bisneta. Eu sou
contra o aborto. Entretando, como o aborto é a realidade, a gente precisa
tratar o aborto como uma questão de saúde pública. E eu acho que é uma
insanidade alguém querer punir uma mulher em uma pena maior que a do criminoso
que fez o estupro. É no mínimo uma insanidade isso. Eu, sinceramente, à
distância, não acompanhei o debate muito intenso no Brasil, quando eu voltar eu
vou tomar ciência disso, eu tenho certeza que o que tem na lei já garante que a
gente aja de forma civilizada para tratar com respeito a vítima com rigor o
estuprador. É isso que precisa ser feito. Quando alguém apresenta uma proposta de
que a vítima tem que ser punida com mais rigor do que o estuprador, não é
sério. Sinceramente não é sério".
"Não é possível que você tenha meia dúzia de pessoas que têm mais dinheiro que o PIB da Inglaterra, da Espanha, de Portugal e da Alemanha", exclamou o presidente
O presidente Lula (PT) concedeu uma entrevista coletiva no
encerramento da reunião do G7, na Itália, e relatou ter convidado os líderes
das maiores economias do mundo "a entrarem na briga contra a desigualdade,
a fome e a pobreza".
"Não é possível que você tenha meia dúzia de pessoas
que têm mais dinheiro que o PIB da Inglaterra, da Espanha, de Portugal e da
Alemanha juntos. Não é possível que tão poucos tenham tanto dinheiro e tão
muitos tenham tão pouco dinheiro. É preciso dar um certo equilíbrio se a gente
quiser acabar com a fome, se a gente quiser fazer justiça social", disse.
O presidente também contou ter sentido
"um entusiasmo muito grande" dos participantes do G7 em relação ao
encontro do G20 que ocorrerá no Brasil em novembro. Lula afirmou ter convidado
os presidentes e chefes de Estado a comparecerem ao Brasil acompanhados dos
empresários de seus respectivos países. "Eu tenho convidado os presidentes
dizendo para eles: ‘olha, eu gostaria que você fosse ao Brasil e levasse muitos
empresários para a gente juntar muitos empresários brasileiros e fazer negociações’.
É preciso aumentar a rentabilidade de cada país no comércio exterior, o fluxo
na balança comercial, e quem trata disso é empresário, não governo. Daqui para
frente, a cada viagem que eu fizer vai ter um monte de empresários viajando,
para que a gente possa vender os produtos que o Brasil é capaz de produzir, e
comprar também aquilo que querem nos vender".
Presidente criticou a conferência que ocorre na Suíça, apenas com a participação da Ucrânia, para discutir o fim do conflito
O presidente Lula
(PT) concedeu neste sábado (15) uma entrevista coletiva no encerramento do G7.
Ele voltou a falar sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia e a criticar a
conferência de paz unilateral que ocorre neste fim de semana na Suíça, evento
que não é reconhecido por Moscou.
Lula contou que no encontro que teve com a presidente da
Suíça, Viola Amherd, foi convidado a participar da conferência, mas declinou da
proposta por acreditar que uma conferência pelo fim da guerra precisa
necessariamente contar com todas as partes envolvidas no conflito. "Com a
presidenta da Suíça, ela foi a Genebra conversar comigo, em um gesto de
gentileza dela, porque ela pegou o avião e foi a Genebra. Ela queria nos
convidar para participar da reunião que está havendo neste final de semana para
discutir a questão da paz. E eu disse para ela que o Brasil havia tomado a
decisão de não ir porque o Brasil só participará de reunião para discutir a paz
quando os dois lados em conflito estiverem sentados à mesa. Não é possível que
tenha uma briga entre dois e você achar que se reunindo só com um você resolve
o problema".
Lula afirmou que o Brasil estará à
disposição quando Rússia e Ucrânia decidirem negociar o fim da guerra.
"Como ainda há muita resistência, tanto do Zelensky quanto do Putin de
conversar sobre paz, cada um tem a paz na sua cabeça do jeito que quer, nós
estamos, depois de um documento assinando com a China pelo Celso Amorim e pelo
representante do Xi Jinping, propondo que haja uma negociação efetiva, que a
gente coloque definitivamente a Rússia na mesa, o Zelensky na mesa e vamos ver
se é possível convencê-los de que a paz vai trazer melhor resultado do que a
guerra. A paz ninguém precisa morrer, não precisa destruir nada, não precisa
vitimar soldados inocentes, sobretudo jovens, e pode haver um acordo. Quando os
dois tiverem disposição, nós estamos prontos para discutir".
Durante a conversa, o presidente enfatizou
prioridades à frente da Presidência do G20, como o combate à fome e a reforma
de instituições multilaterais
O presidente Lula (PT) encerrou sua série de
reuniões bilaterais no G7 neste sábado (15), com uma conversa com a
primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni. A anfitriã do evento foi
parabenizada por Lula pela organização da cúpula e agradecida pela solidariedade
demonstrada diante das recentes enchentes no Rio Grande do Sul.
Durante o diálogo, ambos os líderes
celebraram os laços históricos entre Brasil e Itália, enfatizando a profunda
conexão cultural e econômica que une as duas nações. Lula aproveitou a ocasião
para discutir a próxima visita do presidente italiano, Sergio Mattarella, ao
Brasil, prevista para julho. O encontro de Mattarella incluirá reuniões com a
comunidade italiana no país, uma das maiores fora da Itália.
O presidente brasileiro não hesitou em convidar Meloni para uma
visita ao Brasil, sugerindo que ela traga consigo uma delegação empresarial. A
proposta de Lula visa não apenas reforçar os laços políticos, mas também
explorar novas oportunidades de cooperação econômica, destacando a
significativa presença de empresas italianas e descendentes de italianos no
Brasil.
Na pauta política, os temas abordados refletiram
preocupações globais. Lula e Meloni discutiram estratégias para enfrentar a
crise de segurança alimentar que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo. O
presidente brasileiro destacou a importância da união internacional no combate
à fome e reiterou seu compromisso com a Aliança Global contra a Fome, uma das
principais prioridades de sua presidência no G20. A transição energética e o
desenvolvimento social também foram tópicos centrais na conversa.
Meloni confirmou sua presença na Cúpula do G20, que será
realizada no Rio de Janeiro em novembro. Lula aproveitou para destacar a
importância de reformar as instituições de governança global, ressaltando que a
Organização das Nações Unidas (ONU) precisa de um novo papel para enfrentar os
desafios contemporâneos.
Na sexta-feira (14), durante discurso como país convidado
à Cúpula do G7, o presidente Lula propôs uma governança global de Inteligência
Artificial, defendeu a tributação de super-ricos e destacou a necessidade de
enfrentar as mudanças do clima com foco na dignidade humana.
O presidente Lula também participou de
reuniões com a representante da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen; com o
premiê da Índia, Narendra Modi; com o presidente da Turquia, Recep Erdoğan; com
o presidente da França, Emmanuel Macron, além de ter um encontro com o Papa
Francisco. Mais cedo neste sábado, Lula também teve um encontro com o chanceler
alemão, Olaf Scholz.
No ano anterior, o lucro líquido havia sido de R$
139 bilhões. Bancos públicos foram os mais rentáveis do mercado
Os bancos brasileiros registraram um desempenho financeiro
recorde em 2023. Segundo o último Relatório de Economia Bancária do Banco
Central (BC), o lucro líquido do setor bancário atingiu R$ 144 bilhões,
superando em 4% os R$ 139 bilhões em 2022, informa o Metrópoles. Esse resultado expressivo ocorre apesar do impacto negativo
causado pela descoberta de uma fraude contábil na Americanas, que deixou um
buraco fiscal de R$ 25,2 bilhões e afetou significativamente as grandes
instituições financeiras do país.
A crise da Americanas, que abalou gigantes como Bradesco,
Itaú, Santander, Banco do Brasil, Safra e Votorantim, não foi suficiente para
deter a lucratividade do sistema bancário. Ainda assim, o relatório do BC
destaca uma dinâmica variada no mercado de crédito, com os consumidores
individuais mostrando maior resiliência em comparação às empresas.
O crescimento do crédito em 2023 foi impulsionado principalmente
pelos empréstimos a pessoas físicas. As taxas de inadimplência nesse segmento
apresentaram uma leve redução, mantendo-se em níveis similares aos anos
anteriores. Sob diferentes perspectivas geográficas e demográficas, a expansão
do crédito foi particularmente notável na Região Norte, ligeiramente mais
robusta para mulheres e desacelerou entre os mais jovens. A inadimplência
também caiu significativamente no Norte e no Sudeste, com uma queda mais
acentuada para pessoas com menos de 24 anos.
Por outro lado, o crédito às empresas teve uma trajetória
menos favorável. A carteira de crédito para pessoas jurídicas desacelerou, e a
inadimplência aumentou em todas as regiões e na maioria dos setores econômicos.
Regiões como Norte e Centro-Oeste viram um crescimento mais expressivo no saldo
de crédito empresarial, com destaque para indústrias extrativas e construção
civil.
Apesar do aumento no lucro, a rentabilidade dos bancos, medida
pelo retorno sobre patrimônio (ROE), apresentou uma ligeira queda, fechando
2023 em 14,1%, uma redução de 0,6 ponto percentual em relação ao ano anterior.
A análise do BC revela que essa rentabilidade está fortemente ligada ao tamanho
da instituição financeira. Bancos maiores conseguem melhores resultados devido
a fatores como economias de escala e uma oferta diversificada de produtos e
serviços, o que lhes permite operar com custos menores e margens de lucro
superiores.
Os bancos públicos destacaram-se pelo segundo ano
consecutivo como os mais rentáveis do mercado, graças a melhorias na eficiência
operacional. Em contraste, os bancos privados mantiveram sua eficiência
operacional estável.
No que diz respeito à concentração
bancária, o cenário ainda é dominado por quatro grandes instituições: Itaú,
Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Juntos, eles detêm 55,3%
dos ativos, 57,8% do mercado de crédito e 57,9% dos depósitos bancários. No
entanto, houve uma leve redução em comparação a 2022, atribuída ao crescimento
de cooperativas de crédito e instituições financeiras não bancárias, que têm
aumentado sua participação no sistema financeiro.