sexta-feira, 14 de junho de 2024

"PL do estupro" é rejeitado por 87%, mostra enquete da Câmara

 

O Projeto de Lei (PL) nº 1.904/24, que propõe equiparar o aborto de gestações acima de 22 semanas ao homicídio, enfrenta clara rejeição da opinião pública

Manifestação de protesto contra o PL 1904/24
Manifestação de protesto contra o PL 1904/24 (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

 O Projeto de Lei (PL) nº 1.904/24, que propõe equiparar o aborto de gestações acima de 22 semanas ao homicídio, provocou uma onda de manifestações e uma clara rejeição da opinião pública. De acordo com uma enquete popular no site da Câmara dos Deputados, 87% dos participantes declararam “discordar totalmente” da proposta, representando 616.298 votos até às 11h10min desta sexta-feira (14), segundo o Metrópoles. Por outro lado, apenas 13% dos votantes afirmaram “concordar totalmente” com a medida, somando 87.476 votos.

Na quarta-feira (12), a Câmara dos Deputados aprovou, sem alarde, o requerimento de urgência do PL 1.904/24. A votação, realizada de forma simbólica — método que não identifica individualmente os votos dos deputados —, não foi anunciada previamente em plenário, gerando descontentamento entre muitos parlamentares e a população.

A reação foi rápida e se espalhou pelas redes sociais, ampliando-se para manifestações de rua na quinta-feira (13). Protestos ocorreram em várias capitais do país, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Florianópolis.

A proposta de equiparar o aborto ao homicídio, mesmo em casos de estupro, é vista por muitos como um retrocesso significativo nos direitos das mulheres. Atualmente, o aborto no Brasil é permitido em casos de risco à vida da gestante, anencefalia do feto e em casos de estupro. Equiparar o aborto de gestações acima de 22 semanas ao homicídio, especialmente sem exceções para vítimas de estupro, levanta preocupações sobre os direitos humanos e o bem-estar das mulheres afetadas.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

 

Bancada evangélica não acredita em recuo de Lira em projeto que muda legislação sobre aborto no Brasil

 

Avaliação é que o presidente da Câmara não irá se indispor com a bancada, composta por mais de 200 parlamentares, e atrapalhar os planos para as eleições internas da Casa

Arthur Lira preside sessão na Câmara - 20.12.2022
Arthur Lira preside sessão na Câmara - 20.12.2022 (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

Integrantes da bancada evangélica da Câmara dos Deputados, que é formada por mais de 220 parlamentares, não acreditam que o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) recue do levar ao plenário o projeto de lei que equipara o aborto após 22 semanas de gestação ao crim de homicídio. A avaliação é que Lira manterá o compromisso assumido durante sua campanha para reeleição como presidente da Casa, colocando a proposta em votação conforme prometido.

“Os evangélicos acreditam que Lira não vai se indispor com a bancada, que tem mais de 200 parlamentares, correndo o risco de atrapalhar seu plano para as eleições internas de fevereiro de 2025”, diz a jornalista Bela Megale em sua coluna no jornal O Globo. A expectativa entre os membros da bancada evangélica é que o projeto seja levado ao plenário dentro de duas semanas, após a escolha da relatora.

Fonte: Brasil 247 com informações da jornalista Bela Megale em sua coluna no jornal O Globo

 

Flávio Dino defende regulação de inteligência artificial para combater a “ideologia do ódio”

 

O ministro do STF afirmou que o poder Legislativo deve estar atento à questão

Ministro Flávio Dino na sessão plenária do STF
Ministro Flávio Dino na sessão plenária do STF (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta sexta-feira (14) que a Corte precisa estar atenta à regulação da inteligência artificial (IA) para “conter a ideologia do ódio com sanções”, em referência à má utilização da tecnologia. Segundo ele, o STF irá julgar o tema caso o poder Legislativo não se volte à questão.

"Se não houver regulação legislativa, o STF vai julgar. E, na hora que julgar, virão editoriais, discursos políticos, apontando judicialização da política. Mas a sociedade tem direito a uma resposta, qualquer que seja ela" , disse, conforme citado pela Folha de S. Paulo

Até o momento, o Congresso não deliberou sobre a matéria, mas existem duas ações em trâmite na corte que tratam de temas relacionados. "Se não houver regulação legislativa, o STF vai julgar. E, na hora que julgar, virão editoriais, discursos políticos, apontando judicialização da política. Mas a sociedade tem direito a uma resposta, qualquer que seja ela", acrescentou Dino.

A fala do ministro ocorreu durante a 9ª edição do Congresso Brasileiro de Direito Eleitoral, que acontece em Curitiba até sábado (15). No mesmo evento, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, adotou uma linha parecida com a de Dino, e alertou para a urgência da regulação da IA em um painel sobre ameaças à democracia.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

 

Quaest: Guerra digital do 'PL do Estupro' dá ampla vantagem a quem é contra o projeto

 

Pesquisa mostra que argumentos em torno da proteção das crianças e do combate ao estupro ressoam fortemente entre os usuários das redes sociais, catalisando um amplo engajamento

Câmara dos Deputados
Câmara dos Deputados (Foto: Mário Agra / Câmara dos Deputados)

Um monitoramento digital divulgado pela Quaest Pesquisa nesta sexta-feira (14) revela uma clara vantagem para os opositores do Projeto de Lei 1904/24, popularmente conhecido como "PL do Estupro". Segundo os dados coletados, a mobilização contra o projeto tem dominado as redes sociais, com 52% das 1,14 milhões de postagens feitas nos últimos três dias expressando argumentos contrários à medida, enquanto apenas 15% das postagens eram favoráveis.

De acordo com o diretor do instituto, Felipe Nunes, a mobilização digital alcançou seu pico na quinta-feira (13), quando quase 700 mil postagens foram registradas. O monitoramento realizado até as 13h30 do dia 14 de junho ainda não indicava se essa intensa atividade havia diminuído.

Outro aspecto destacado pela análise é a frequente menção a termos como "crianças" e "estupro" nas narrativas contra o projeto. Esses termos têm se mostrado centrais e particularmente eficazes para mobilizar a opinião pública digital contra a proposta legislativa. A narrativa construída em torno da proteção das crianças e do combate ao estupro parece ressoar fortemente entre os usuários das redes sociais, catalisando um amplo engajamento.

A equipe de inteligência da Quaest Pesquisa analisou mais de 1,14 milhões de posts feitos sobre o assunto no X (antigo Twitter), Facebook e Instagram. O volume de interações – incluindo likes, compartilhamentos e comentários – chegou a impressionantes 5,1 milhões, indicando um alto nível de engajamento e preocupação com o tema por parte dos internautas.

O "PL do Estupro" tem sido alvo de críticas intensas desde sua aprovação em votação de urgência na Câmara dos Deputados. O projeto propõe equiparar o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, inclusive em casos de gestação resultante de estupro. A proposta gerou uma onda de protestos e debates acalorados, tanto nas ruas quanto nas redes sociais.

Fonte: Brasil 247

Lula se encontra com papa, Macron, Biden e outros líderes mundiais no G7

 

Cúpula do G7 começou na quinta-feira (13) e vai até sábado (15)

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante encontro o papa Francisco, no Hotel Borgo Egnazia, em Puglia, Itália
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante encontro o papa Francisco, no Hotel Borgo Egnazia, em Puglia, Itália (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve nesta sexta-feira (14) uma série de encontros com outros chefes de Estado, durante sua visita à Itália para participar como convidado da cúpula do G7. Lula, acompanhado da primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, também teve um encontro com o papa Francisco.

A Presidência da República compartilhou fotos da conversa bilateral entre Lula e o presidente da França, Emmanuel Macron.  No evento, Lula também encontrou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau. 

O evento começou na quinta-feira (13) e vai até sábado (15) em Borgo Egnazia, na região da Puglia, no sul da Itália. A sessão de trabalho começou com os discursos da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e do papa. A premiê e Lula trocaram cumprimentos e sorrisos durante a chegada do presidente brasileiro. 

Fonte: Brasil 247

Lula propõe governança global para inteligência artificial

 

Presidente brasileiro participou da Cúpula do G7, na Itália


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs, nesta sexta-feira (14), a instituição de uma governança global e representativa para o tema da inteligência artificial, para que seus benefícios sejam “compartilhados por todos”. “As instituições de governança estão inoperantes diante da realidade geopolítica atual e perpetuam privilégios”, disse Lula durante a sessão de engajamento externo da Cúpula do G7, reunião de líderes de sete das maiores economias do mundo.

O evento começou na quinta-feira (13) e vai até amanhã (15) em Borgo Egnazia, na região da Puglia, no sul da Itália. A sessão de trabalho começou com os discursos da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e do papa Francisco. A fala do presidente Lula e de outros líderes não foi transmitida, mas o texto lido foi divulgado pelo Palácio do Planalto.

Para o presidente brasileiro, os desafios atuais envolvem a condução de uma revolução digital inclusiva e o enfrentamento das mudanças do clima. Nesse sentido, segundo ele, a inteligência artificial pode potencializar as capacidades dos Estados de adotarem políticas públicas para o meio ambiente e contribuir para a transição energética.

“Precisamos lidar com essa dupla transição tendo como foco a dignidade humana, a saúde do planeta e um senso de responsabilidade com as futuras gerações. Na área digital, vivenciamos concentração sem precedentes nas mãos de um pequeno número de pessoas e de empresas, sediadas em um número ainda menor de países. A inteligência artificial acentua esse cenário de oportunidades, riscos e assimetrias”, disse.

Para o presidente, qualquer uso da inteligência artificial deve respeitar os direitos humanos, proteger dados pessoais e promover a integridade da informação. “Uma inteligência artificial que também tenha a cara do Sul Global [países do Hemisférios Sul, considerados em desenvolvimento], que fortaleça a diversidade cultural e linguística e que desenvolva a economia digital de nossos países. E, sobretudo, uma inteligência artificial como ferramenta para a paz, não para a guerra. Necessitamos de uma governança internacional e intergovernamental da inteligência artificial, em que todos os Estados tenham assento”, disse Lula aos líderes.

As cúpulas do G7 costumam contar com a presença de países convidados. Esta é a oitava vez que Lula participa da Cúpula do G7. As seis primeiras ocorreram nos dois primeiros mandatos, entre os anos de 2003 e 2009. Desde então, o Brasil não comparecia a um encontro do grupo. A sétima participação do presidente brasileiro foi no ano passado, na cúpula em Hiroshima, no Japão.

No segmento de engajamento externo deste ano, foram discutidos, entre outros, os temas de inteligência artificial e de energia, bem como a cooperação com a África e no Mar Mediterrâneo. Para Lula, os africanos são parceiros indispensáveis e devem ser considerados no enfrentamento dos desafios globais.

“Com seus 1,5 bilhão de habitantes e seu imenso e rico território, a África tem enormes possibilidades para o futuro. A força criativa de sua juventude não pode ser desperdiçada cruzando o Saara para se afogar no Mediterrâneo. Buscar melhores condições de vida não pode ser uma sentença de morte”, disse, em referência às mortes de migrantes no Mar Mediterrâneo.

“Muitos países africanos estão próximos da insolvência e destinam mais recursos para o pagamento da dívida externa do que para a educação ou a saúde. Isso constitui fonte permanente de instabilidade social e política. Sem agregar valor a seus recursos naturais, os países em desenvolvimento seguirão presos na relação de dependência que marcou sua história. O Estado precisa recuperar seu papel de planejador do desenvolvimento”, acrescentou o presidente.

O G7 é composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. Além dos membros do grupo, da Santa Sé e do Brasil, foram convidados para a reunião África do Sul, Arábia Saudita, Argélia, Argentina, Emirados Árabes Unidos, Índia, Jordânia, Mauritânia (representando a União Africana), Quênia e Turquia. Entre os organismos internacionais, os convidados são União Europeia (com status de observadora no G7), Organização das Nações Unidas, Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial, Banco Africano de Desenvolvimento e Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico.

Hoje e amanhã, Lula terá diversos encontros bilaterais com líderes presentes no evento. A previsão é que a comitiva presidencial retorne ao Brasil no domingo (16).

Fonte: Agência Brasil

Governo Lula sanciona lei que institui a Tarifa Social de Água e Esgoto

 

Iniciativa beneficia famílias de baixa renda com descontos de 50% na prestação desses serviços

Água potável
Água potável (Foto: Agência Brasil)

Foi publicada nesta sexta-feira (14), no Diário Oficial da União, a Lei Nº 14.898, sancionada pelo presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, que estabelece a Tarifa Social de Água e Esgoto, visando reduzir os custos dos serviços de saneamento para milhões de cidadãos. O decreto também foi assinado pelo secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Osmar Ribeiro de Almeida Junior.

A nova lei concede um desconto de 50% sobre a tarifa aplicável à primeira faixa de consumo de água e esgoto para usuários com renda per capita de até meio salário-mínimo. Para ter direito ao benefício, é necessário que a família esteja inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).

Além disso, a legislação contempla famílias que possuam entre seus membros pessoas com deficiência ou idosos com 65 anos ou mais que recebam o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Importante destacar que, no cálculo da renda per capita, os valores recebidos do BPC ou do Bolsa Família não serão considerados, permitindo que mais famílias se qualifiquem para a tarifa reduzida.

Aqueles que deixarem de se enquadrar nos critérios de elegibilidade terão direito a um período de transição de três meses, durante o qual continuarão a receber o benefício. Nesse intervalo, as contas de água e esgoto emitidas virão acompanhadas de um aviso sobre a perda iminente do desconto, permitindo que as famílias se preparem para a mudança.

A lei também especifica circunstâncias que podem levar à perda do direito à Tarifa Social de Água e Esgoto. Casos de ligações clandestinas, intervenções nas instalações públicas de saneamento, danificação proposital de equipamentos ou informações falsas no cadastro serão motivos para o cancelamento do benefício.

A identificação das residências elegíveis será feita automaticamente pelo prestador de serviços, com base nos dados do CadÚnico e outros bancos de dados. Caso uma unidade não seja identificada automaticamente, o usuário deverá comparecer aos centros de atendimento com um documento de identificação oficial e um comprovante de inscrição no CadÚnico, o cartão de beneficiário do BPC, ou um extrato de pagamento do benefício.

Um dos aspectos mais ambiciosos da nova lei é a criação da Conta de Universalização do Acesso à Água. Este fundo, gerido pelo Governo Federal, tem como objetivo garantir o acesso universal aos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, com foco especial nas famílias de baixa renda. A distribuição dos recursos priorizará áreas com maior número de beneficiários e necessidades regionais diversificadas.

O cenário de saneamento básico no Brasil ainda é preocupante. Dados do Censo Demográfico 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que cerca de 49 milhões de pessoas, ou 24,3% da população, utilizavam soluções precárias para o esgotamento sanitário. Além disso, 3.505 dos 5.570 municípios brasileiros tinham menos da metade de sua população vivendo em domicílios com coleta de esgoto adequada.

A Tarifa Social de Água e Esgoto representa um passo significativo em direção à redução dessas desigualdades. Com a nova legislação, espera-se que milhões de brasileiros passem a ter acesso a serviços de saneamento com custo mais acessível, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e saúde das famílias de baixa renda.

A Lei Nº 14.898 entra em vigor em 180 dias, e até lá, governos e prestadores de serviços se preparam para implementar as mudanças necessárias.

Fonte: Brasil 247

 

PF encontra provas do envolvimento de Carlos Bolsonaro no caso da 'Abin paralela': "pegamos ele"

 

"As coisas se conectam: Abin paralela e milícias digitais", diz um investigador da Polícia Federal

Carlos e Jair Bolsonaro | Polícia Federal
Carlos e Jair Bolsonaro | Polícia Federal (Foto: Alan Santos/PR | Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Nas próximas semanas, os holofotes se voltarão, segundo Robson Bonin, da revista Veja, para Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro e filho de Jair Bolsonaro (PL). Ele é alvo de investigações no Supremo Tribunal Federal (STF) em duas frentes principais: seu suposto envolvimento com milícias digitais e sua participação em uma estrutura clandestina apelidada de "Abin paralela". Estas investigações são conduzidas pela Polícia Federal (PF).

A "Abin paralela" refere-se a um esquema clandestino de monitoramento, alegadamente organizado durante o governo de Jair Bolsonaro na Agência Brasileira de Inteligência. Este esquema teria utilizado recursos do serviço secreto brasileiro para espionar autoridades públicas, adversários políticos e outras figuras de interesse do Planalto, tudo sem a devida autorização judicial.

O relatório da PF sobre esse esquema está em fase final de revisão e será encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes no STF em breve. Um investigador da PF afirmou com segurança: “pegamos ele”, em referência às provas que ligariam Carlos Bolsonaro ao esquema.

Carlos Bolsonaro é também acusado de ter envolvimento com milícias digitais — grupos organizados que utilizam a internet para espalhar desinformação e atacar adversários políticos. De acordo com a PF, há uma interconexão clara entre a operação das milícias digitais e a “Abin paralela”. "As coisas se conectam: Abin paralela e milícias digitais”, comentou o investigador.

Em janeiro deste ano, Carlos Bolsonaro foi alvo de mandados de busca. Com a comprovação de seu possível envolvimento com o uso indevido de ferramentas de geolocalização para espionagem ilegal, o vereador poderá enfrentar uma série de acusações criminais.

Fonte: Brasil 247 com informações da revista Veja

Juíza nega indenizar família de Lula por divulgação de grampo de Marisa

 

Conversas da ex-primeira-dama com familiares foram interceptadas pela Polícia Federal e divulgadas após autorização do ex-juiz suspeito Sergio Moro

Marisa Letícia
Marisa Letícia (Foto: Agência Brasil)

Tiago Angelo, Conjur - A juíza Rosana Ferri, da 24ª Vara Cível Federal de São Paulo, rejeitou nesta quinta-feira (13/6) uma ação contra a União em que herdeiros da ex-primeira-dama Marisa Letícia pediram indenização pela divulgação de grampos telefônicos em que ela conversava com familiares.

Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Marisa, Renata Moreira, nora de Lula, e a ex-primeira-dama tiveram conversas interceptadas pela Polícia Federal e divulgadas após autorização do ex-juiz Sergio Moro.

Originalmente, a autora da ação era a própria ex-primeira-dama. Após sua morte, em 2017, passaram a atuar no caso como autores os herdeiros de Marisa.

Os diálogos divulgados eram pessoais. Em um deles, por exemplo, a ex-primeira-dama reclamou de panelaços contra o governo da então presidente Dilma Rousseff.

Segundo a juíza, no entanto, Marisa não teve conversas interceptadas por ser mulher de Lula, mas por ser investigada em inquérito da finada “lava jato”.

Os autores questionam o argumento. Dizem que a interceptação teve o aval de Moro mesmo sem haver indícios de que os alvos teriam cometido crime e que o processo envolvia Lula, não seus familiares. Também não houve o emprego de meios menos invasivos antes do grampo, como exige a Lei de Interceptação, argumentam.

“De acordo com as provas produzidas na instrução do feito, verifica-se que a autora, a Sra. Marisa Letícia Lula da Silva, não foi objeto de interceptação somente pelo fato de ser esposa do réu, o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, mas sim por também ser investigada sob a suspeita de ter praticado atos passíveis de punição nos termos da Lei Penal”, disse a juíza.

A julgadora também entendeu que a divulgação do grampo foi legal. De acordo com ela, os autos de processos são públicos depois de encerrada a investigação.

“Desta forma, inexiste conduta ilegal ou abusiva por parte de agentes da União Federal, seja na determinação de interceptação, seja no levantamento do sigilo. Apesar do mal-estar sofrido pela autora, não verifico a presença de ato ilícito por parte dos agentes da ré que possa ensejar responsabilidade civil.”

A juíza também afirmou que não ficou demonstrado que Marisa passou por “sofrimento insuportável” maior do que o que “decorre da participação do trâmite de um feito judicial criminal de grande repercussão”.

“Não resta qualquer dúvida que os fatos relatados são extremamente desagradáveis. Entretanto, os procedimentos adotados transcorrem com regularidade, não tendo havido, pela análise das provas produzidas, atitudes intencionalmente prejudiciais”, prosseguiu a juíza.

Por fim, ela sustentou que a publicização das conversas decorreu do “livre convencimento” de Moro, não estando configurada a responsabilidade civil objetiva do Estado por atos cometidos por agentes públicos.

“Desta forma, inexistentes tanto o ato abusivo como o nexo causal entre os atos dos agentes da União e o dano expresso pela requerente, entendo não caracterizada a hipótese de responsabilidade civil da União Federal.”

A ação - No pedido, os advogados de Marisa e dos herdeiros da ex-primeira-dama — que também foram grampeados — afirmaram que Moro deu aval à interceptação dos telefones de Fábio Luís Lula da Silva e de sua mãe mesmo sem haver indício de que eles tivessem praticado crimes e de que outros meios menos invasivos houvessem sido empregados nas investigações, como exige a Lei de Interceptações Telefônicas (Lei 9.296/1996).

Tão grave quanto a autorização dos grampos foi a divulgação das gravações pelo juiz da “lava jato”, apontaram os advogados. Isso porque a mesma lei, em seus artigos 8º e 9º, estabelece o sigilo das escutas e determina a destruição do que não tiver relevância para as apurações. Tais regras já foram referendadas pelo Supremo Tribunal Federal (MS 23.452) e pelo Superior Tribunal de Justiça (RMC 15.917), conforme destacaram os advogados.

“A conduta reiterada do juiz federal Sérgio Moro vai além da de um Estado de exceção, demonstrando completo desprezo pelas normas que regem o ordenamento que o cerca, arvorando-se este em legislador e juiz, aplicando sua própria lei em detrimento da Constituição Cidadã e das leis que se encontram abaixo desta”, diz a petição inicial.

Por ser ilegal, o levantamento do sigilo dos áudios configura ato ilícito, conforme fixado pelo artigo 186 do Código Civil, alegaram os defensores. E esse ato, segundo eles, causou danos à privacidade e à imagem pública dos autores, devido à intensa reprodução das conversas na imprensa e às críticas dela decorrentes.

Fonte: Brasil 247 com informações do Conjur

Dos 33 deputados favoráveis ao ‘PL do estupro’, 11 são mulheres. Veja a lista

 

Projeto prevê que vítimas do abuso possam ter pena maior do que os agressores caso façam aborto após a 22ª semana de gestação

Carla Zambelli. Foto: Pablo Valadares / Agência Câmara
Carla Zambelli. Foto: Pablo Valadares / Agência Câmara

Dos 33 deputados federais favoráveis ao projeto de lei que equipara o aborto ao crime de homicídio, 11 são mulheres. A proposta ganhou caráter de urgência em uma votação relâmpago que ocorreu na última quarta-feira (12) e é duramente criticada por movimentos ligados aos direitos humanos, que alegam que a iniciativa deixa as vítimas de abuso sexual ainda mais vulneráveis.

O projeto de lei 1904/2024 abre margem para que as vítimas de estupro tenham pena maior que o seu agressor, já que a pena para o crime no Brasil e de no áximo 10 anos. Já a pena para o aborto passaria de reclusão de seis a 20 anos caso realizado após 22 semanas de gestação. Veja a lista dos deputados que são a favor da proposta:

Sóstenes Cavalcante - PL/RJ

Evair Vieira de Melo - PP/ES

Delegado Paulo Bilynskyj - PL/SP

Gilvan da Federal - PL/ES

Filipe Martins - PL/TO

Dr. Luiz Ovando - PP/MS

Bibo Nunes - PL/RS

Mario Frias - PL/SP

Delegado Palumbo - MDB/SP

Ely Santos - Republicanos/SP

Simone Marquetto - MDB/SP

Cristiane Lopes - UNIÃO/RO

Renilce Nicodemos - MDB/PA

Abilio Brunini - PL/MT

Franciane Bayer - Republicanos/RS

Carla Zambelli - PL/SP

Dr. Frederico - PRD/MG

Greyce Elias - AVANTE/MG

Delegado Ramagem - PL/RJ

Bia Kicis - PL/DF

Dayany Bittencourt - UNIÃO/CE

Lêda Borges - PSDB/GO

Junio Amaral - PL/MG

Coronel Fernanda - PL/MT

Pastor Eurico - PL/PE

Capitão Alden - PL/BA

Cezinha de Madureira - PSD/SP

Eduardo Bolsonaro - PL/SP

Pezenti - MDB/SC

Julia Zanatta - PL/SC

Nikolas Ferreira - PL/MG

Eli Borges - PL/TO

Fred Linhares - Republicanos/DF

 

Fonte: Brasil 247

Janja condena PL do aborto e cobra agilidade no SUS: “Ataca a dignidade das mulheres”

 

A primeira-dama Janja da Silva – Foto: Reprodução

Nesta sexta-feira (14), a primeira-dama, Janja da Silva, manifestou sua oposição ao projeto de lei em debate na Câmara que propõe a pena de homicídio para casos de aborto em fetos com mais de 22 semanas. Em seu perfil no X, antigo Twitter, a esposa do atual chefe de estado brasileiro declarou que a medida “ataca a dignidade de mulheres e meninas”:

‘O PL 1904/24 quer mudar o Código Penal brasileiro para equiparar o aborto após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, quando a gestação for fruto de estupro ou representar risco de vida para a mãe, casos em que o aborto é permitido pela lei brasileira.

Isso quer dizer que uma mulher estuprada pode ser condenada a uma pena superior à de seu estuprador: a pena máxima para estupro é de até 10 anos, enquanto a de homicídio simples é de até 20 anos.

É preocupante para nós, como sociedade, a tramitação desse projeto sem a devida discussão nas comissões temáticas da Câmara.

Os propositores do PL parecem desconhecer as batalhas que mulheres, meninas e suas famílias enfrentam para exercer seu direito ao aborto legal e seguro no Brasil.

Isso ataca a dignidade das mulheres e meninas, garantida pela Constituição Cidadã. É um absurdo e retrocede em nossos direitos.

A cada 8 minutos uma mulher é estuprada no Brasil. O congresso poderia e deveria trabalhar para garantir as condições e a agilidade no acesso ao aborto legal e seguro pelo SUS.

Não podemos revitimizar e criminalizar essas mulheres e meninas, amparadas pela lei. Precisamos protegê-las e acolhê-las.

Seguimos juntas, lutando por nossos direitos #MeninaNãoÉMãe’.

Fonte: DCM