quinta-feira, 13 de junho de 2024

Brasil colherá 297,5 milhões de toneladas de grãos, estima a Conab

 

Colheita de arroz antes das enchentes evitou maiores problemas

A produção de grãos projetada para a safra 2023/2024 é 297,54 milhões de toneladas, volume é 7% inferior ao registrado na temporada anterior. A diferença entre as duas safras é 22,27 milhões de toneladas, de acordo com o 9º Levantamento da Safra de Grãos divulgado nesta quinta-feira (13) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A companhia explica que essa quebra é resultado das “condições climáticas adversas” que acabaram por influenciar as principais regiões produtoras do país.

“Já os cultivos de segunda safra, que tiveram a colheita iniciada, têm apresentado melhores produtividades”, informou a Conab, ao comparar a estimativa atual com a anterior, publicada em maio. O aumento projetado é 2,1 milhões de toneladas, com destaque para milho, algodão em pluma e feijão.

A estimativa de produção do milho 2ª safra está em 88,12 milhões de toneladas. Neste ciclo, a colheita chega a 7,5% da área semeada, tendo por base divulgação anterior da Conab, no levantamento Progresso de Safra, na semana passada.

Apesar da disparidade das condições climáticas que foram registradas no país, “foi verificado em importantes estados produtores uma melhora na produtividade das lavouras”.

Mato Grosso do Sul, São Paulo e parte do Paraná registraram redução e/ou falta de chuvas durante o ciclo do milho 2ª safra. Isso resultou em quedas no potencial produtivo. No entanto, em Mato Grosso, no Pará, Tocantins e parte de Goiás, as precipitações “bem distribuídas ao longo do desenvolvimento da cultura”, associado à tecnologia usada pelo produtor resultaram em “boas produtividades nos talhões colhidos e boas perspectivas nas áreas ainda em maturação”.

Diante desse cenário, a estimativa para a produção total do grão é 114,14 milhões de toneladas.

“O clima também tem favorecido o algodão, cujas lavouras se encontram predominantemente nos estágios de formação de maçãs e maturação. Nesta temporada, a área semeada está estimada em 1,94 milhão de hectares, crescimento de 16,9%, o que influencia na expectativa de incremento de 15,2% na produção da pluma, podendo chegar a 3,66 milhões de toneladas”, detalhou a Conab.

Arroz

A situação do arroz é bem melhor do que o cenário sugerido em meio às enchentes registradas no Rio Grande do Sul, estado que, sozinho, corresponde por mais de 70% de área cultivada e da produção deste grão no país. O levantamento da Conab prevê uma produção de quase 10,4 milhões de toneladas de arroz nesta safra.

arroz
Arroz - Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Gerente substituto de Acompanhamento de Safras da Conab, Marco Antônio explica que o arroz já se encontra 99,2% colhido, faltando apenas algumas áreas em Goiás, no Tocantins e uma maior parte no Pará e Maranhão. “Por sorte, no dia 26 de abril, antes do começo das chuvas, 93% das áreas já estavam colhidas no estado”, justificou o técnico.

Ele lembra que problemas vinham sendo percebidos desde o início do cultivo deste grão, e que o excesso de chuva em setembro resultou em atraso no plantio e, até mesmo, na desistência do cultivo em muitas áreas. No entanto, durante a restante do ciclo, as condições foram “favoráveis na maioria dos estados produtores”.

“Infelizmente, no Sul do Brasil, em maio, ocorreram esses excessos de precipitações que prejudicaram o andamento final da colheita no estado [Rio Grande do Sul]. Mesmo assim, nessa safra a área cultivada ficou em 1,591 milhão de hectares, número 7,6% superior ao da última safra”, explicou Marco Antônio.

“A produtividade teve uma redução e está agora estimada em 6.652 quilos por hectare, número 3,7% inferior ao da última safra. Quanto à produção, ela tá estimada em 10,395 mil toneladas, resultado 3,6% superior a última safra. Por fim, em relação ao último levantamento, o arroz teve uma redução de 0,9% na estimativa, em função das fortes chuvas enchentes ocorridas no RS”, acrescentou ao estimar alguma queda com relação ao rendimento médio do produtor no estado, em função das chuvas.

Feijão

A estimativa da Conab para a produção de feijão é de um aumento de 9,7% na produção total na safra 2023/2024. Com isso, mais de 3,3 milhões de toneladas deste grão deverão ser colhidas no país.

O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, durante o lançamento do Plano Nacional para o Desenvolvimento da Cadeira Produtiva do Feijão e pulses, que são a lentilha, o grão de bico e a ervilha.
.Feijão: Conab estima aumento de 9,7%. Foto: José Cruz/Agência Brasil

“Apenas na segunda safra da leguminosa, a estatal prevê uma alta de 26,3% no volume a ser colhido, impulsionado pelo cultivo do feijão preto e do caupi, que devem registrar uma colheita de 589,4 mil toneladas e 462,8 mil toneladas respectivamente”, detalhou a Conab.

No caso do feijão preto, a alta estimada é influenciada por um aumento de 8,5% na produtividade e, principalmente, pela maior área destinada para o cultivo, com alta de 63,5% chegando a 331 mil hectares. “Para o [tipo] caupi o cenário é oposto. Enquanto a área cresce 4,9%, o desempenho das lavouras registra uma melhora de 20,6%. Na terceira safra da leguminosa, cerca de 60% da área é irrigada e o plantio está em andamento”.

Fonte: Agência Brasil

Cadastro de condenados por violência contra mulher vai ao Senado

 

Texto foi aprovado em votação simbólica na Câmara dos Deputados


Segue para o Senado o projeto de lei (PL) que cria o Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por Violência contra a Mulher (CNVM). O texto foi aprovado nessa quarta-feira (12) pelo plenário da Câmara e prevê a criação de uma lista pública com o nome dos condenados por violência doméstica com sentença transitada em julgada, ou seja, sem mais chances de recursos.

O PL 1.099/24, de autoria da deputada Sivye Alves (União-GO), foi relatado pelo deputado Dr. Jaziel (PL-CE) e aprovado em votação simbólica, sem manifestações contrárias ao texto.

“[O projeto] vai trazer um norte, uma orientação para as mulheres que sofreram agressões, para que não vejam as mesmas pessoas cometerem contra outras mulheres a mesma criminalidade, a mesma crueldade que aconteceu na sua vida”, disse o relator.

A deputada federal Daiana Santos (PCdoB-RS) foi uma das que elogiou a iniciativa. “Nós estamos juntas para fazer esse enfrentamento, para estruturar políticas que de fato impactem na vida dessa mulherada e para que nós tenhamos um avanço não só através desse cadastro, mas através da consciência e da participação feminina em todos os espaços”, destacou.

O cadastro deve conter os condenados pelos seguintes crimes: feminicídio; estupro; estupro de vulnerável; violação sexual mediante fraude; importunação sexual; registro não autorizado de intimidação sexual; lesão corporal praticada contra a mulher; perseguição contra a mulher; e violência psicológica contra a mulher.

Os dados do cadastro devem incluir o nome completo e os documentos de identidade (RG e CPF) do condenado, além da filiação da pessoa, identificação biométrica e fotografia de frente. Impressão digital e endereço residencial também estão previstos no texto.

Caberá ao Executivo federal gerir o cadastro, compartilhando informações dos estados, Distrito Federal e municípios. Além disso, deve haver atualização periódica e o nome da pessoa condenada deve ficar disponível até o término do cumprimento da pena ou pelo prazo de três anos, se a pena for inferior a esse período.

Fonte: Agência Brasil

Rodoviária de Porto Alegre reabre hoje para viagens interestaduais

 

O terminal funcionará das 6h às 21h

Os embarques e desembarques de ônibus interestaduais em Porto Alegre voltam a ser feitos, a partir desta quinta-feira (13), na estação rodoviária da cidade, após 41 dias de suspensão de todas as viagens em 4 de maio.

Desde a inundação da área central de Porto Alegre pelas águas do Lago Guaíba, em maio, as viagens interestaduais foram extraordinariamente transferidas para o terminal rodoviário do município de Osório, no litoral norte do estado e a 100 quilômetros da capital gaúcha.

O funcionamento da Estação Rodoviária de Porto Alegre é das 6h às 21h. Após este período, os embarques interestaduais continuarão partindo da cidade de Osório.

De acordo com o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem do Rio Grande do Sul (Daer-RS), por enquanto, as viagens que estão ocorrendo a partir de São Leopoldo não serão alteradas, e a definição sobre esse trajeto deve ocorrer em outro momento.

A retomada das viagens é parcial, com  cerca de 30 horários de chegadas e partidas,  para os seguintes destinos: Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Pará e o Distrito Federal. 

Os bilhetes poderão ser comprados pelos sites das empresas disponíveis na página oficial da rodoviária. Antes é necessário verificar a disponibilidade de trajeto e horários diretamente no site de cada empresa.

A concessionária Veppo, que administra o terminal, recomenda aos usuários que, preferencialmente, comprem as passagens online para reduzir a demanda pelo atendimento presencial e, consequentemente, diminuir o tempo de espera em filas. O acesso aos ônibus interestaduais tem sido feito pela entrada do pórtico dos táxis, no Largo Vespasiano Júlio Veppo, nº 70.

Os embarques e desembarques serão feitos pelos 18 boxes da área de desembarque intermunicipal, do número 55 ao 72.  O espaço conta ainda com área de espera e banheiros, além de local de venda de passagens. Como o fornecimento de energia elétrica ainda não foi totalmente restabelecido, as 70 lojas seguirão fechadas.

Intermunicipais

Na sexta-feira (7), o terminal voltou a realizar as viagens de ônibus intermunicipais, após as chuvas intensas que provocaram o transbordamento do Guaíba.

A retomada dos serviços no endereço oficial atende 116 municípios do estado, com cerca de 90 horários diários. Com o retorno, a empresa concessionária da rodoviária, Veppo, avisa que as operações no endereço alternativo, o terminal Antônio de Carvalho, no bairro Agronomia, foram encerradas, também nesta sexta-feira.

As passagens para viagens entre os municípios gaúchos poderão ser adquiridas no site oficial da rodoviária ou pelo aplicativo da Veppo para smartphones.

O serviço de envio de encomendas pelo terminal rodoviário de Porto Alegre continua temporariamente suspenso e sem previsão de retorno.

Para mais informações, neste momento de calamidade pública, a Estação Rodoviária de Porto Alegre centralizou os canais de contato no WhatsApp, número (51) 3210-0101, em funcionamento de 8h às 18h, e pelo site da rodoviária.

Fonte: Agência Brasil

Brasil tem 45% de cobertura em saúde bucal; meta é chegar a 70%

 

Do total de crianças de 5 anos examinadas, 53% não tinham cárie

O Brasil registra atualmente cerca de 45% de cobertura em saúde bucal. A meta do governo federal é alcançar pelo menos 70%. Os índices foram divulgados nesta quinta-feira (13) pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante evento em comemoração aos 20 anos da Política Nacional de Saúde Bucal, em Brasília.

“Desde o ano passado, a partir de um trabalho de recomposição orçamentária, com o fim da PEC 95 e com a prioridade dada pelo governo federal a essa política, conseguimos, de fato, uma ampliação – e isso passa, naturalmente, pela questão da priorização no orçamento”, avaliou a ministra.

Brasília - DF 08/05/2023 O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado da ministra da Saúde, Nísia Trindade, sanciona o projeto de lei que inclui a Política Nacional de Saúde Bucal - Brasil Sorridente, na Lei Orgânica da Saúde. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Brasília -  Política Nacional de Saúde Bucal Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

“Hoje, temos R$ 4,3 bilhões de investimento, no ano de 2024, em saúde bucal, o que representa crescimento de 123% em relação a 2023. Esse é um indicador importante de prioridade”, completou.

Segundo o Ministério da Saúde, o montante possibilita, por exemplo, a implantação de mais de 6 mil equipes de saúde bucal e 100 Centros de Especialidades Odontológicas, além da aquisição de 300 Unidades Odontológicas Móveis.

Cáries

Dados da pesquisa Saúde Bucal Brasil 2020/2023 divulgados nesta quinta-feira indicam que 53% das crianças de 5 anos entrevistadas não tinham cárie. Mais de 40 mil pessoas foram ouvidas e examinadas nas 27 capitais e em 403 municípios do interior do país – incluindo 7.198 crianças.

O índice é 14% maior do que o resultado da última pesquisa, em 2010, quando 46,6% das crianças entrevistadas estavam livres da doença.

O estudo destaca importante aumento de crianças de 5 anos livres de cárie, entre 2010 e 2023, nas regiões Sul (40,7%), Sudeste (21,9%), Nordeste (17,1%) e Norte (11,2%), tanto nas capitais como nas cidades do interior. O Centro-Oeste, por outro lado, apresentou pequena diminuição na proporção, passando de 38,8% para 37,9%.

Fonte: Agência Brasil

“PL do Estupro” agrava casos de gravidez infantil e pune vítimas, diz Ministério das Mulheres


Projeto que cria barreiras no acesso ao aborto legal é um retrocesso nos direitos das mulheres e na segurança de meninas

 

O projeto de lei que equipara o aborto realizado acima de 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples, inclusive no casos de gravidez resultante de estupro, agrava casos de gravidez infantil, de acordo com o Ministério das Mulheres. Um recorte histórico feito pelo DataSUS mostra que 247.280 meninas de 10 a 14 anos foram mães no Brasil, entre 2012 e 2022. Apesar de apresentar uma queda ao longo dos anos, no último período analisado ainda foram contabilizadas mais de 14 mil gestações nesta faixa de idade.

Outro levantamento, do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, apontou também que o país registrou 73.024 mil estupro em 2022. A maioria das vítimas é menina: de cada 10 casos, 7 foram cometidos contra crianças de até 13 anos. Isso significa dizer que quatro ocorrências envolvendo menores nesta faixa etária são registradas por hora no Brasil. Dessas, duas das vítimas engravidam.


O estudo aponta ainda que 57% das vítimas eram negras e 68% dos estupros ocorreram dentro de casa. Outro dado revela a gravidade deste cenário: em 64% dos casos, os autores eram familiares das vítimas. Segundo o ministra Cida Gonçalves (Mulheres), “são essas meninas que mais precisam do serviço do aborto legal, e as que menos têm acesso a esse direito”.


Em nota divulgada pelo Ministério da Mulher, a ministra afirmou que “não é por acaso que os movimentos feministas e de mulheres vêm intitulando o Projeto de Lei 1.904/2024 de ‘PL da Gravidez Infantil’”.


Quantidade de mães com idade de 10 a 14 anos


ANONÚMERO DE MÃES
202214.293
202117.456
202017.579
201919.330
201821.172
201722.146
201624.135
201526.700
201428.244
201327.989
201228.236
TOTAL247.280


“Seja por desinformação sobre direitos e como acessá-los, exigências desnecessárias, como boletim de ocorrência ou autorização judicial; ou pela escassez de serviços de referência e profissionais capacitados, o Brasil delega a maternidade forçada a essas meninas vítimas de estrupo, prejudicando não apenas o futuro social e econômico delas, como também a saúde física e psicológica. Ou seja, perpetua ciclos de pobreza e vulnerabilidade, como o abandono escolar”, aponta o comunicado.

De acordo com a ministra, o avanço do PL na Câmara dos Deputados cria barreiras no acesso ao aborto legal e representa um retrocesso no direito da mulher e na segurança de meninas.


“Não podemos revitimizar mais uma vez meninas e mulheres vítimas de um dos crimes mais cruéis contra as mulheres, que é o estupro, impondo ainda mais barreiras ao acesso ao aborto legal, como propõe o PL 1.904/2024. Criança não é para ser mãe, é para ter infância, é para ser criança, estar na escola”, conclui a nota.


Entenda o PL


A Câmara aprovou nesta quarta-feira a urgência de um projeto de lei que endurece a legislação contra o aborto. O texto equipara o aborto a homicídio quando realizado após a 22ª semana. A medida proíbe inclusive o aborto em casos de estupro caso seja realizado depois desse período.


O texto foi analisado rapidamente pela Câmara e não houve registro nominal dos votantes. Também não existiu espaço para os parlamentares discursarem. A medida foi anunciada pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e aprovada segundos depois. Apenas PSOL e PCdoB se manifestaram contrários à urgência.


O requerimento aprovado acelera a tramitação da iniciativa e faz com que ela possa ser pautada diretamente em plenário, sem precisar passar por comissões. O projeto é de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que já liderou a bancada evangélica.


Lira já chegou a declarar que a iniciativa de Sóstenes é mais adequada do que o projeto do estatuto do nascituro, que tornaria aborto crime hediondo e traria uma série de restrições mais fortes à prática. Hoje o aborto só é permitido em casos de estupro, quando há riscos para a vida da mãe e em casos de fetos anencéfalos.


No mês passado, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu de forma liminar a resolução do Conselho Federal de Medicina que proíbe a utilização de uma técnica clínica (assistolia fetal) para a interrupção de gestações acima de 22 semanas decorrentes de estupro.


Moraes atendeu a um pedido feito pelo PSOL, que pede a declaração de inconstitucionalidade da resolução do CFM que proíbe a utilização da assistolia fetal exclusivamente nos casos de aborto decorrente de estupro. A técnica utiliza medicações para interromper os batimentos cardíacos do feto, antes de sua retirada do útero, e é considerada essencial para o cuidado adequado ao aborto.


De acordo com o projeto, “se a gravidez resulta de estupro e houver viabilidade fetal, presumida em gestações acima de 22 semanas, não se aplica a excludente de ilicitude”.


A mudança prevista nas sugestões do deputado alcançam casos em que:


  • “a mulher provoque aborto a si mesma ou consente que outrem lhe provoque”. A pena aumentaria dos atuais um a três anos para seis a 20 anos de prisão.
  • é provocado o aborto, mas sem o consentimento da mulher. Nesses casos quem realizar o aborto, sem o aval da gestante, terá sua pena ampliada, que hoje vai de um a quatro anos, para seis a 20 anos.

‘Grande retrocesso’


A #PL1904Não E #CriançaNãoÉMãe estavam entre os dez assuntos mais comentados da rede social X (antigo Twitter) na tarde desta quarta-feira. Na manhã desta quinta, a hashtag “PL do Estupro” se destacou nos trending topics.


O advogado criminalista Rafael Paiva defende que a alteração legislativa é um “grande retrocesso” no que se refere ao tratamento jurídico dado à questão.


— No mundo todo ocidental democrático, a tendência é pela descriminalização do aborto, e não do recrudescimento da punição. Pior ainda se considerarmos a pena, que seria maior do que a de um estuprador. Apesar disso, entendo também que a decisão compete ao Congresso Nacional, que é o órgão constitucional legitimado para isso, formado por representantes do povo — avalia o advogado.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.

Aloysio Nunes anuncia saída do PSDB

 

Ex-senador deixou a legenda tucana poucas horas antes do lançamento da pré-candidatura do apresentador José Luiz Datena à Prefeitura de São Paulo

Aloysio Nunes
Aloysio Nunes (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O ex-senador e ex-ministro Aloysio Nunes Ferreira, um dos principais nomes do PSDB, anunciou sua desfiliação do partido. O comunicado, segundo a Folha de S. Paulo, ocorreu poucas horas antes do lançamento da pré-candidatura do apresentador José Luiz Datena à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB. Aloysio defende que o partido apoie a reeleição do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).

A decisão foi oficializada em uma carta endereçada a José Aníbal, presidente do diretório municipal do PSDB na capital paulista. No documento, o ex-senador não mencionou motivos específicos para sua saída, nem fez referência direta ao contexto eleitoral. "Companheiro presidente José Aníbal. Venho por meio desta comunicação dar-lhe ciência de minha decisão de cancelar minha filiação ao Partido da Social Democracia Brasileira, que será oportunamente notificada ao Juízo Eleitoral competente", escreveu Aloysio, de acordo com a reportagem.

Apesar da desfiliação, Aloysio Nunes afirmou que mantém boas relações pessoais com os dirigentes do PSDB. "Esteja certo de que, não obstante esse afastamento do partido, mantenho intacta minha alta consideração a você e a tantos outros amigos que foram meus companheiros de caminhada", declarou o ex-ministro.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

CEBDS e grandes empresas clamam por criação urgente de mercado regulamentado de carbono no Brasil

 

Apelo foi formalizado por meio de uma carta entregue à senadora Leila Barros, relatora do projeto de lei em questão

Marina Freitas Grossi e Leila Barros
Marina Freitas Grossi e Leila Barros (Foto: Divulgação/CEBDS)

 Em um movimento robusto e sincronizado, 52 grandes empresas brasileiras, associadas ao Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), uniram-se para pressionar o poder público pela criação de um mercado regulado de carbono no Brasil. Este apelo foi formalizado por meio de uma carta intitulada “Posicionamento do Setor Empresarial Brasileiro pela Urgência da Criação de um Mercado Regulado de Carbono no Brasil”, entregue recentemente à senadora Leila Barros, relatora do projeto de lei em questão.

Entrega do documento e relevância para o debate ambiental

Na última semana, a presidente do CEBDS, Marina Freitas Grossi, entregou o documento à senadora Leila Barros, sinalizando um marco crucial nas discussões sobre a política ambiental brasileira. O evento ocorreu no contexto da Semana do Meio Ambiente, sublinhando a urgência e a relevância das medidas propostas.

O documento defende a celeridade e a simplificação do processo legislativo para a implementação de um mercado de carbono regulamentado no país. Segundo o CEBDS, esta medida não é apenas uma necessidade ambiental, mas também um catalisador econômico. 

Entre os signatários da carta estão gigantes de diversos setores, incluindo finanças, energia, tecnologia e indústria. Empresas como Bradesco, Itaú, Santander, Natura, Suzano, Microsoft, Shell e Vale, entre outras, reafirmam seu compromisso com práticas empresariais responsáveis e com a construção de um futuro mais sustentável.

Empresas signatárias:

  • Arcadis
  • Accenture
  • Approach Comunicação
  • Arezzo&CO
  • Banco BNP Paribas Brasil
  • Banco Bradesco S.A
  • Banco Itaú S/A.
  • Banco Santander (Brasil) S.A.
  • Bayer S.A
  • Braskem
  • Caramuru Alimentos S.A.
  • CBA – Companhia Brasileira Alumínio
  • Cemig – Companhia Energética de Minas Gerais
  • Citrosuco SA Agroindústria
  • CMPC Celulose Riograndense LTDA
  • Eletrobras – Centrais Elétricas
  • Energisa S.A.
  • ENGIE
  • Equinor Brasil
  • Globo Comunicação e Participações
  • Graça Couto Advogados
  • Grupo CCR
  • Helexia
  • Iguá Saneamento
  • Lojas Renner S.A.
  • Lwart Soluções Ambientais
  • Marfrig
  • Microsoft
  • Michelin – Sociedade Michelin de Participações Ind.E Com.LTDA
  • Natura Cosméticos S/A.
  • Neoenergia S.A.
  • Nestlé Brasil LTDA.
  • New Wave Tech
  • Norflor (Lorinvest)
  • Nutrien
  • Prumo Logística
  • Samauma Empreendimentos Imobiliários S.A
  • Schneider Electric Brasil Ltda
  • Siemens Energy Brasil
  • Siemens Infraestrutura e Industria LTDA
  • Shell Brasil Petróleo LTDA.
  • Unilever Brasil LTDA
  • Suzano S.A.
  • Syngenta Proteção de Cultivos LTDA.
  • Telefônica (Vivo)
  • Ticket Log – Edenred
  • Tozzini Freire Advogados
  • Vale
  • Yara Brasil
  • Votorantim Cimentos
  • Zurich Minas Brasil Seguros S.A.
  • TIM S.A.

 

Fonte: Brasil 247

 

 

Vendas varejistas no Brasil crescem em abril pelo 4º mês consecutivo, diz IBGE

 

Varejo registrou em abril aumento de 0,9% das vendas sobre o mês anterior

(Foto: Reuters)

Reuters - As vendas varejistas brasileiras cresceram pelo quarto mês seguido em abril e renovaram o maior patamar da série histórica, mas iniciaram o segundo trimestre com um desempenho abaixo do esperado.

O varejo registrou em abril aumento de 0,9% nas vendas sobre o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.

Ainda que as vendas tenham crescido em todos os meses deste ano, o resultado de abril ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 1,3%.

Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve avanço de 2,2%, contra projeção de 3,35% nessa base de comparação..

"Neste ano, o varejo veio com resultados mais expressivos e, nos últimos três meses, vem alcançando o último recorde da série com ajuste sazonal (a cada mês)”, disse Cristiano Santos, gerente da pesquisa.

O mercado de trabalho aquecido, aumento da renda, benefícios sociais, inflação controlada e condições melhores de crédito trazem um cenário mais favorável ao setor de varejo no Brasil neste ano.

Entre as oito atividades pesquisadas, cinco apresentaram ganhos em abril. As vendas em hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que respondem por 55,2% do índice geral, cresceram 1,5% depois de dois meses negativos.

Já equipamentos e material para escritório, informática e comunicação tiveram aumento de 14,2%, recuperando a perda de 10,1% em março por conta do aumento do dólar. Essas duas atividades foram as principais influências sobre o resultado geral.

Também tiveram desempenhos positivos o setor de móveis e eletrodomésticos (+2,4%), combustíveis e lubrificantes (+2,2%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (+0,6%).

Por outro lado, as atividades de livros, jornais, revistas e papelaria (-0,4%) e tecidos, vestuário e calçados (-0,7%) registraram retração no mês.

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças; material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, houve queda de 1,0% das vendas.

Fonte: Brasil 247 com Reuters