quarta-feira, 12 de junho de 2024

Em evento com investidores, Lula dá puxão de orelha no mercado: "parece que os problemas sociais não existem"

 

Presidente discursou nesta quarta-feira na abertura do FII Priority Summit, um fórum internacional de investimentos organizado pelo Future Investment Initiative Institute

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a sessão de abertura do Fórum de Investimentos Prioridade 2024 do Instituto da Iniciativa de Investimentos Futuros (FII Institute), no Copacabana Palace, Rio de Janeiro - RJ
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a sessão de abertura do Fórum de Investimentos Prioridade 2024 do Instituto da Iniciativa de Investimentos Futuros (FII Institute), no Copacabana Palace, Rio de Janeiro - RJ (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Lula (PT) discursou nesta quarta-feira (12) na abertura do FII Priority Summit, um fórum internacional de investimentos organizado pelo Future Investment Initiative Institute. O evento acontece no Rio de Janeiro e busca atrair atenção global para discussões centradas na sustentabilidade e inclusão social.

Durante sua fala, o presidente deu um ‘puxão de orelha’ nos agentes do mercado financeiro, destacando a necessidade de aliar o debate econômico aos problemas sociais. “Eu não consigo falar de economia sem colocar a questão social na ordem do dia. Em todos os debates que fazem tratando de economia a gente fala de um monte de coisa, mas parece que os problemas sociais não existem. E eles existem e estão no nosso calcanhar, estão nas nossas portas, nas ruas. É por isso que esse mundo extraordinário digitalizado ainda permite que 735 milhões de pessoas vão dormir toda noite sem ter o que comer, em um mundo em que a gente tem conhecimento genético para produzir alimento de sobra para todo mundo. Alguma coisa está faltando”.

“Nos últimos anos foram gastos quase US$ 3 trilhões em guerra, quando esse dinheiro poderia ser gasto em paz, investimento, em reduzir a miséria, a desigualdade e pobreza no mundo. Eu tenho um compromisso de fé, não de mandato. Só tem sentido um governante governar alguma coisa se ele tiver compromisso de cuidar do seu povo, de dar oportunidade a todos, de permitir que todos, sem distinção, tenham a oportunidade de se desenvolver, de viver uma vida digna e de ser uma pessoa respeitada”, acrescentou

Leia abaixo a íntegra do discurso de Lula:

É a primeira vez que o Brasil sedia uma edição da Iniciativa de Investimento Futuro.

Este espaço, que já se consolidou como a “Davos do Deserto”, não deixa nada a desejar para a Davos dos Alpes.

Ele confirma a consolidação de atores emergentes no debate econômico mundial, para além dos centros tradicionais.

Já é passada a hora de reconhecer o crescente peso de países como a Arábia Saudita e o Brasil, sócios cada vez mais próximos e parceiros nos BRICS.

Com minha visita a Riade, em novembro passado, e a recente visita do Vice-Presidente Alckmin, estamos dando impulso a essa colaboração.

A escolha do Rio de Janeiro para receber este evento sinaliza a confiança que os mais de mil participantes depositam em nosso país.

Estou aqui hoje para mostrar que o Brasil é digno dessa confiança.

Sempre digo que a coisa mais importante para um investidor é a estabilidade.

E isso o Brasil tem de sobra para oferecer.

Na esteira da Constituição Cidadã de 1988, aperfeiçoamos nossos marcos legais e garantimos estabilidade jurídica.

Com determinação, vencemos os fantasmas da inflação e da dívida externa e conquistamos estabilidade econômica.

Soubemos navegar pela crise de 2008 e, superado o impacto da pandemia, reencontramos o caminho do crescimento.

Contrariando as expectativas pessimistas, nosso PIB cresceu 2,5% nos últimos 12 meses.

Caminhamos para ser a oitava maior economia do mundo neste ano.

Até o final do mandato, podemos voltar a ser a sexta economia mundial, como fomos em 2011.

Nossa balança comercial bateu recorde em 2023, com o maior saldo da história.

As exportações entre janeiro e abril deste ano alcançaram a marca recorde de 108 bilhões de dólares, com aumento da participação de produtos da indústria de transformação.

Estamos arrumando a casa e colocando as contas públicas em ordem para assegurar equilíbrio fiscal.

O aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros permitirão a redução do déficit sem comprometer a capacidade de investimento público.

A reforma tributária vai tornar nosso regime mais justo e eficiente, deixando de penalizar os mais pobres e dando mais competitividade à economia.

Mas sabemos que a economia não existe no vácuo.

O mercado não é uma entidade abstrata apartada da política e da sociedade.

Nada disso se sustenta sem estabilidade política e social.

Felizmente, demonstramos nossa resiliência frente à maior provação que o Brasil enfrentou em sua história recente.

Nossas instituições sobreviveram à tentativa de desmonte do Estado brasileiro e a democracia prevaleceu sobre os ataques de forças extremistas.

O governo reatou o pacto federativo com Estados e Municípios, retomou o diálogo com o Congresso e voltou a respeitar o Judiciário.

Por meio do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, a sociedade voltou a ser ouvida na definição de diretrizes e na formulação de políticas públicas.

Recuperamos a capacidade de planejar o desenvolvimento e enfim pudemos nos concentrar novamente no que realmente importa: melhorar a vida das pessoas.

Para isso, foi preciso recolocar o pobre no orçamento.

Restabelecemos a política de valorização do salário mínimo e reestruturamos programas sociais.

O desemprego no trimestre fevereiro a abril foi o menor desde 2014.

O tema deste Fórum é “investir na dignidade”. Essa é nossa prioridade.

Henry Ford já ensinava que os empresários só prosperam se os trabalhadores puderem consumir o que produzem.

De nada adianta construir ilhas de prosperidade cercadas de miséria.

Muito dinheiro na mão de poucos significa fome, doença, analfabetismo e criminalidade.

Mas se muitos têm pelo menos um pouco, a sociedade muda para melhor.

Em um cenário internacional de tantas incertezas, o Brasil se firma como porto seguro.

Somos um país amante da paz e avesso a rivalidades geopolíticas.

Dialogamos e negociamos com todos os que possam e queiram contribuir para o progresso do país e do mundo.

Em qualquer constelação de poder que se forme no panorama global, a estrela do Brasil continuará brilhando.

Estaremos lá para construir pontes e encurtar distâncias.

É esse o espírito das nossas presidências do G20 e dos BRICS e da COP do Clima em Belém.

O G20 é o lugar onde o Norte e o Sul se encontram para buscar consensos que tragam benefícios coletivos.

É espaço privilegiado para combater as desigualdades que persistem dentro de nossos países e entre eles.

A COP30 será um evento determinante para o planeta. Sem o esforço de todos, conforme suas responsabilidades e capacidades, o aquecimento global poderá atingir níveis catastróficos.

Estamos vivenciando isso em primeira mão com as enchentes do Rio Grande do Sul, cuja reconstrução demandará investimentos maciços do governo e do setor privado.

Não há negacionismo capaz de refutar a tragédia que se abateu sobre nossos irmãos gaúchos.

O investimento público é decisivo para induzir o desenvolvimento.

Mas o capital privado pode ser um aliado dinâmico, se Estado e empresariado convergirem em torno de uma mesma visão de futuro.

O Brasil que vislumbramos é um gigante da sustentabilidade e um peso pesado da segurança alimentar.

É um país capaz de ampliar sua produtividade agrícola com respeito ao meio ambiente e de renovar sua vocação industrial a partir da energia limpa e da inovação tecnológica.

O mapa do caminho para esse Brasil está desenhado no novo Programa de Aceleração de Crescimento e no Nova Indústria Brasil.

O novo PAC vai criar as condições necessárias para aumentar a competitividade da economia brasileira.

Entre fontes públicas e privadas, serão investidos recursos da ordem de 320 bilhões de dólares, 75% dos quais até 2026.

Vamos promover a modernização de nossa infraestrutura logística, construindo e ampliando rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos, e da rede elétrica, levando luz para todos.

Vamos tornar nossas cidades mais resilientes e aprimorar a infraestrutura de prestação de serviços sociais.

Também investiremos na integração física com nossos vizinhos, por meio de cinco rotas multimodais que cruzarão toda a América do Sul, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico.

A Nova Indústria Brasil vai mobilizar linhas de financiamento, compras governamentais e melhorias regulatórias para fomentar setores estratégicos para nosso desenvolvimento sustentável.

Em 16 meses de governo, já foram aprovados 15 bilhões de dólares para projetos voltados à inovação, sustentabilidade e ampliação da produtividade e da capacidade exportadora brasileira.

Em um mundo cujas bases econômicas serão revolucionadas pelas transições energética e digital, o Brasil desponta como celeiro de oportunidades.

Nossa visão de desenvolvimento sustentável para a Amazônia, um dos biomas mais importantes do planeta, está alicerçada no potencial da bioeconomia.

Somos hoje um dos países com a matriz energética mais limpa.

88% de nossa eletricidade provêm de fontes renováveis como a biomassa, a hidrelétrica, a solar e a eólica.

Fizemos a opção pelos biocombustíveis há quarenta anos, muito antes que a discussão sobre alternativas a combustíveis fósseis ganhasse tração.

Há alguns dias inauguramos a maior planta de etanol de segunda geração do mundo.

Fomos os pioneiros e continuamos na vanguarda da bioenergia.

Isso nos coloca em vantagem para ocupar espaços em outros nichos importantes como o da produção do hidrogênio verde e de minerais críticos.

O Brasil tem potencial para se tornar o maior produtor de hidrogênio verde do mundo. E temos grandes reservas de minerais estratégicos como nióbio, grafite, níquel e terras raras.

Buscamos parceiros interessados em agregar valor a esses recursos em nosso território.

A condição de mero exportador de matérias-primas não nos convém.

Podemos produzir localmente aço verde e componentes de baterias elétricas e gerar assim mais renda para nossa população.

Os veículos elétricos são o motor do atual renascimento da indústria automotiva brasileira.

Não queremos simplesmente instalar maquiladoras. Somos perfeitamente capazes de produzir peças e componentes no país.

Já somos líderes em vários setores ligados à alta tecnologia.

Nossa competência é amplamente reconhecida na produção de ônibus elétricos e aeronaves.

O potencial da indústria aeronáutica brasileira é tão grande que já estamos falando nos primeiros protótipos de veículos elétricos de decolagem e pouso vertical.

Estamos prontos para explorar novas fronteiras tecnológicas.

Vamos elaborar um plano nacional sobre inteligência artificial, que vai mapear a infraestrutura de processamento necessária para atender áreas estratégicas.

Essas são as razões que explicam porque o Brasil se tornou o segundo maior destino de investimentos estrangeiros diretos em 2023.

Vejo no relacionamento com a Arábia Saudita grande potencial de ganhos recíprocos e quero que seja exemplo modelar para as relações sul-sul que almejamos promover.

Há claros pontos de convergência entre nossos projetos de desenvolvimento.

O objetivo da “Visão 2030” de diversificar a economia e fazer crescê-la com inovação, é também o que nos move.

Temos grandes expectativas em relação à criação do Fundo bilateral para Investimentos em Oportunidades Especiais, que fortalecerá ainda mais a parceria entre nós.

A Arábia Saudita sempre terá no Brasil um sócio privilegiado.

Tenho certeza que este evento proporcionará proveitosos debates e negócios e convido todos a investirem, cada dia mais, em nosso país.

Muito obrigado.

Fonte: Brasil 247

Campos Neto confirma que sabota Lula e sinaliza que pode ser ministro de Tarcísio

 

Presidente do Banco Central admitiu seu projeto político de assumir um posto em um governo bolsonarista

Roberto Campos Neto
Roberto Campos Neto (Foto: Adriano Machado/Reuters)

Apesar de ter despistado sobre o seu futuro após deixar o comando do Banco Central, o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, começou a traçar um caminho político, sugerindo que aceitaria ser ministro da Fazenda em um eventual governo comandado pelo atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Campos Neto deixará o BC ao final deste ano, quando termina seu mandato. 

Segundo informações da Folha de S. Paulo, o presidente do BC, que é bolsonarista, assim como Tarcísio, sugeriu ao "amigo" que se "consolide" no Palácio dos Bandeirantes para se lançar à presidência da República "consagrado". 

O governo do presidente Lula vem cobrando de Campos Neto cortes na taxa básica de juros, a Selic, enquanto o presidente do BC diz que não é possível adiantar novas reduções. Ele também vem sendo premiado por bolsonaristas e proferindo discursos em defesa do "Estado mínimo".

De acordo com pesquisa Quaest divulgada no mês passado, o presidente Lula teria 46% de intenções de voto em 2026, enquanto Tarcísio de Freitas teria 40%. 8% disseram que votariam em nulo ou branco, e 6% não souberam ou não responderam. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

 

STF analisa na próxima semana se torna irmãos Brazão e delegado réus pelo assassinato de Marielle Franco

 

Se a acusação for aceita, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, juntamente com o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, se tornarão réus

Chiquinho e Domingos Brazão e Marielle Franco
Chiquinho e Domingos Brazão e Marielle Franco (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | Reprodução/Marielle, o documentário | Mídia NINJA)

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para a próxima terça-feira (18) o julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os supostos mandantes dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorridos em 2018. O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes. A informação é do g1.

Se a acusação for aceita, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, juntamente com o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, se tornarão réus e responderão a uma ação penal pelos crimes.

A PGR acusa os irmãos Brazão e o delegado Barbosa de serem os mandantes do crime que chocou o país e gerou uma grande mobilização social e política. Segundo a denúncia, elaborada pelo Ministério Público, os três orquestraram os assassinatos, motivados por interesses políticos e econômicos.

O ministro Alexandre de Moraes já iniciou os procedimentos legais, concedendo um prazo de 15 dias para que as defesas dos acusados apresentem suas alegações iniciais. Este período é crucial para que os advogados dos acusados possam contestar as acusações e tentar evitar que o processo avance para a fase de julgamento.

A aceitação da denúncia pelo STF resultará na abertura do processo penal contra os acusados, o que permitirá a coleta de provas, a realização de audiências e o julgamento dos réus. Caso a denúncia seja rejeitada, a ação será encerrada, mas ainda haverá a possibilidade de recurso por parte da PGR.

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

Morre atriz Ilva Niño, a “Mina” de Roque Santeiro, aos 90 anos

 

Ela estava internada no Hospital Quali, em Ipanema, desde o dia 13 de maio, quando fez uma cirurgia cardíaca

Ilva Niño, a "Mina", de Roque Santeiro
Ilva Niño, a "Mina", de Roque Santeiro (Foto: Reprodução / TV Globo)

Morreu nesta quarta-feira (12) a atriz Ilva Niño, a empregada “Mina” da novela Roque Santeiro, aos 90 anos, informa o G1. Ela estava internada no Hospital Quali, em Ipanema, desde o dia 13 de maio, quando fez uma cirurgia cardíaca.

A atriz teve uma vasta carreira na televisão, participando de mais de 30 novelas e várias séries. Ela se apaixonou pelo teatro na década de 60 e começou a carreira no Movimento de Cultura Popular do governo Miguel Arraes em Pernambuco.

No entanto, seu papel mais conhecido foi “Mina”, a empregada doméstica e confidente da viúva Porcina, de Roque Santeiro, em 1985. Após a novela, se consolidou como uma das atrizes mais conhecidas da televisão brasileira, atuando em novelas como  "Água Viva",1980; "Partido Alto", de 1984; "O Outro", 1987; "Bebê a Bordo", de 1988, e "Sexo dos Anjos", de 1989.

A previsão é que o corpo de Ilza Niño seja cremado nesta quinta-feira, mas o local e a hora ainda não tinham sido definidos até a última atualização desta reportagem.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

 

Juscelino Filho nega acusações de corrupção e compara indiciamento pela PF ao 'modus operandi' da Lava Jato

 

Supostos crimes atribuídos ao ministro teriam sido cometidos quando ele ocupava uma cadeira na Câmara dos Deputados

Ministro das Comunicações, Juscelino Filho, nega  suspeita de irregularidades em emendas parlamentares
Ministro das Comunicações, Juscelino Filho, nega suspeita de irregularidades em emendas parlamentares (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O Ministro das Comunicações, Juscelino Filho, negou nesta quarta-feira (12) as acusações de desvio de emendas parlamentares e comparou o seu indiciamento pela Polícia Federal (PF) às ações conduzidas durante a Operação Lava Jato. Segundo Juscelino, a investigação é movida por interesses políticos.

A Polícia Federal (PF) indiciou Juscelino nesta quarta-feira por supostos desvios de recursos destinados a obras da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Os investigadores alegam que o ministro se beneficiou do asfaltamento de ruas que dão acesso à fazenda de sua família, localizada em Vitorino Freire, no Maranhão. Os supostos crimes teriam sido cometidos quando ele ocupava uma cadeira na Câmara dos Deputados.

Juscelino foi indiciado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O inquérito foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e terá o ministro Flávio Dino como relator.

"O indiciamento é uma ação política e previsível, que parte de uma apuração que distorceu premissas, ignorou fatos e sequer ouviu a defesa sobre o escopo do inquérito”, disse o ministro por meio de uma nota oficial. Ainda segundo ele, “é importante deixar claro que não há nada, absolutamente nada, que envolve minha atuação no Ministério das Comunicações, pautada sempre pela transparência, pela ética e defesa do interesse público”.

Na nota, Juscelino destaca que durante o seu depoimento à PF “o delegado responsável não fez questionamentos relevantes sobre o objeto da investigação. Além disso, o encerrou abruptamente após apenas 15 minutos, sem dar espaço para esclarecimentos ou aprofundamento”, o que, segundo ele, “isso suscita dúvidas sobre sua isenção, repetindo um modus operandi que já vimos na Operação Lava-Jata e que causou danos irreparáveis a pessoas inocentes”.

Confira a íntegra da nota de Juscelino Filho sobre o caso:

“A investigação, que deveria ser um instrumento para descobrir a verdade, parece ter se desviado de seu propósito original. Em vez disso, concentrou-se em criar uma narrativa de culpabilidade perante a opinião pública, com vazamentos seletivos, sem considerar os fatos objetivos.

O indiciamento é uma ação política e previsível, que parte de uma apuração que distorceu premissas, ignorou fatos e sequer ouviu a defesa sobre o escopo do inquérito.

É importante deixar claro que não há nada, absolutamente nada, que envolve minha atuação no Ministério das Comunicações, pautada sempre pela transparência, pela ética e defesa do interesse público.

Trata-se de um inquérito que devassou a minha vida e dos meus familiares, sem encontrar nada. A investigação revira fatos antigos e que sequer são de minha responsabilidade enquanto parlamentar.

No exercício do cargo como deputado federal, apenas indiquei emendas parlamentares para custear obras. A licitação, realização e fiscalização dessas obras são de responsabilidade do Poder Executivo e dos demais órgãos competentes.

Durante o meu depoimento, o delegado responsável não fez questionamentos relevantes sobre o objeto da investigação. Além disso, encerrou abruptamente após apenas 15 minutos, sem dar espaço para esclarecimentos ou aprofundamento.

Isso suscita dúvidas sobre sua isenção, repetindo um modus operandi que já vimos na Operação Lava-Jata e que causou danos irreparáveis a pessoas inocentes.

É importante lembrar que o indiciamento não implica em culpa. A Justiça é a única instância competente para julgar, e confio plenamente na imparcialidade do Poder Judiciário. Minha inocência será comprovada ao final desse processo, e espero que o amplo direito de defesa e a presunção de inocência sejam respeitados.

Juscelino Filho."

Fonte: Brasil 247

 

PF deve abrir investigação para apurar possíveis irregularidades no leilão do governo para compra de arroz importado

 O governo federal anunciou a anulação do leilão devido a suspeitas de fraude relacionadas à compra de 263 mil toneladas do grão

Brasil vai importar arroz para segurar preço
Brasil vai importar arroz para segurar preço (Foto: Marcello Casal Jr/Ag. Brasil )

A Polícia Federal (PF) deve instaurar ainda nesta quarta-feira (12) uma investigação sobre possíveis irregularidades no leilão promovido pelo governo federal para a aquisição de arroz importado. Segundo informações da corporação, serão investigadas empresas e a participação de servidores públicos no processo.

O governo federal anunciou na terça-feira (11) a anulação do referido leilão devido a suspeitas de fraude relacionadas à compra de 263 mil toneladas do grão.

No leilão, o preço médio de cada saco de arroz de 5 quilos foi de aproximadamente R$ 25. Na ocasião, empresas sem histórico prévio de atuação no mercado de cereais participaram do certame e adquiriram lotes.

Poucos dias após o início das inundações que atingiram o Rio Grande do Sul, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu importar arroz. O estado gaúcho é responsável por 70% da produção nacional do grão, mas já havia colhido 80% do cereal antes das enchentes. 

De acordo com o ministro Carlos Fávaro, da Agricultura, o governo federal determinou a compra de arroz para evitar que os preços aumentem diante das dificuldades do estado em transportar o cereal para outras regiões do país durante a crise climática.

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

“É possível triplicar produção agrícola do Brasil sem derrubar uma árvore”, diz Marina Silva

 

A ministra também comemorou o êxito do governo Lula em reduzir em 50% o desmatamento da Amazônia

Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva
Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira (12) que o Brasil pode triplicar sua capacidade de produção agrícola “sem derrubar uma árvore”. A declaração foi dada em entrevista ao programa “Bom dia, Ministra” após ser questionada sobre a conciliação entre desenvolvimento da produção agrícola e as demandas de uma nova ordem global sustentável.

Marina reforçou o papel do governo federal em liderar a construção de um novo pacto ambiental na reformulação de um modelo econômico e também das gestões locais de estados e municípios. Ela acrescenta que a preocupação com a sustentabilidade é também uma responsabilidade de todos os atores econômicos, e não só o setor agrícola.

A ministra também comemorou o êxito do governo Lula em reduzir em 50% o desmatamento da Amazônia, mas ressaltou que ainda é preciso avançar para preservação de outros biomas. Segundo ela, destruir biomas como Pantanal, Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pampas equivale a destruir também nossa capacidade de produção.

Sobre as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul durante o mês de maio, Marina Silva afirmou que alertas disparados há décadas não foram ouvidos e ações de prevenção não foram executadas. Além disso, ela disse que a situação é resultado de uma “guerra entre o homem e a natureza”.

Fonte: Brasil 247

 

Lula projeta Brasil como a sexta economia do mundo ao fim de seu mandato

 

O PIB brasileiro manteve um ritmo de expansão acima das previsões

Fernando Haddad e Lula
Fernando Haddad e Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (14) que buscará terminar o seu mandato tendo colocado o Brasil na sexta posição entre as maiores economias do planeta. Em março deste ano, o país voltou a figurar entre as 10 maiores. 

"Nosso PIB cresceu 2,5% nos últimos 12 meses, contrariando expectativas pessimistas", disse Lula no FII Priority Summit, no Rio de Janeiro. "Estamos caminhando para ser a oitava maior economia do mundo e podemos ser a sexta até o final do mandato". 

A economia brasileira registrou um crescimento de 0,8% nos primeiros três meses de 2024, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no início deste mês. Este resultado coloca o Brasil em uma posição de destaque no cenário econômico global, especialmente quando comparado às economias dos Estados Unidos e da Europa. 

O PIB brasileiro manteve um ritmo de expansão acima das previsões. No acumulado dos últimos 12 meses, o PIB cresceu 2,5%. O país deverá recuperar neste ano o posto de oitava maior economia global, de acordo com estimativas da Austin Rating, com projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI). 

Fonte: Brasil 247

 

Lula reforça a empresários compromisso com equilíbrio fiscal

 Presidente destacou em discurso a empresários os benefícios da reforma tributária

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a sessão de abertura do Fórum de Investimentos Prioridade 2024 do Instituto da Iniciativa de Investimentos Futuros (FII Institute), no Copacabana Palace, Rio de Janeiro - RJ
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a sessão de abertura do Fórum de Investimentos Prioridade 2024 do Instituto da Iniciativa de Investimentos Futuros (FII Institute), no Copacabana Palace, Rio de Janeiro - RJ (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou nesta quarta-feira (12) que o governo federal busca assegurar o equilíbrio fiscal através de uma redução do déficit, sem comprometer os investimentos públicos. Nesse sentido, ele defendeu mais cortes na taxa básica de juros, e destacou os benefícios da reforma tributária.

"Estamos arrumando a casa e colocando as contas públicas em ordem para assegurar equilíbrio fiscal. O aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros permitirão a redução do déficit sem comprometer a capacidade de investimento público. A reforma tributária vai tornar nosso regime mais justo e eficiente, deixando de penalizar os mais pobres e dando mais competitividade à economia", frisou Lula em discurso no FII Priority Summit, no Rio de Janeiro. 

Aprovada no ano passado, a reforma tributária passa agora pelo processo de regulamentação no Congresso Nacional em vários de seus pontos. A expectativa do Ministério da Fazenda é de que a aprovação ocorra até 8 de julho. 

Fonte: Brasil 247

Para a PGR, já há provas suficientes para denunciar Bolsonaro no caso das joias

 

Diretor-geral da Polícia Federal revelou que as investigações envolvendo Jair Bolsonaro serão concluídas em breve

Jair Bolsonaro e presídio federal de segurança máxima
Jair Bolsonaro e presídio federal de segurança máxima (Foto: Reuters | Agência Brasil )

 A Procuradoria-Geral da República (PGR) "recebeu com tranquilidade", segundo Ricardo Noblat, do Metrópoles, a informação de que as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) envolvendo Jair Bolsonaro (PL) estão perto do fim. Em um café da manhã com jornalistas realizado nesta terça-feira (11), o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, revelou que quatro inquéritos de alta relevância estão prestes a ser concluídos, com prazo estimado entre junho e agosto deste ano:

  • Fraude no cartão de vacina: alegações de que Bolsonaro teria falsificado registros de vacinação contra a covid-19 para poder entrar nos Estados Unidos.
  • Comércio ilegal de joias da União: investigação sobre o suposto envolvimento de Bolsonaro na comercialização de joias que pertencem ao patrimônio da União.
  • Tentativa de golpe: abertura de inquérito sobre tentativas de Bolsonaro de subverter o processo democrático durante seu mandato.
  • Abin paralela: Acusações de que uma Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) paralela teria sido usada para fins pessoais.

"Com base nas provas públicas, a PGR, liderada por Paulo Gonet, considera que as investigações sobre o comércio de joias são suficientes para oferecer denúncias. Assim, essas apurações não serão reabertas caso a PF solicite indiciamento", diz Noblat.

Os outros três inquéritos ainda estão sendo finalizados pela PF, e a PGR aguarda a conclusão dessas apurações antes de tomar qualquer posição. 

Assim que os inquéritos forem oficialmente encerrados, a PGR estará preparada para agir com rapidez. A expectativa é de que a apresentação de denúncias ao Supremo Tribunal Federal (STF) ocorra de forma acelerada, dado que o STF geralmente estipula prazos curtos para a manifestação da PGR após o término dos inquéritos.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

 

Leilão do arroz: Neri Geller, que foi exonerado da Agricultura, nega irregularidades



Segundo Neri Geller, faltou "organização" e "orientação" para o leilão ser bem-sucedido

Neri Geller
Neri Geller (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

Reuters - Neri Geller, que deixou a Secretaria de Política Agrícola do Ministério de Agricultura em meio à crise gerada pelo leilão de arroz importado, afirmou nesta quarta-feira que não aceitará ser "bode expiatório" do certame que foi anulado em meio a notícias sobre conflito de interesse.

Em entrevista à BandNews TV, ele negou ter pedido demissão do cargo, contrariando fala do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, na véspera.

Ao negar qualquer suspeita de irregularidade no processo do leilão, Geller afirmou que não permitirá que seja jogada no "lixo" a sua experiência de 30 anos junto ao setor agropecuário, como líder classista na Aprosoja, deputado federal, secretário de Política Agrícola por duas vezes e ministro da Agricultura na gestão Dilma Rousseff.

O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, e o ministro da Agricultura citaram na terça-feira, em entrevista a jornalistas, questionamentos sobre a capacidade técnica e financeira das empresas ganhadoras do leilão, ao justificar a anulação da operação que poderia movimentar 1,3 bilhão de reais se efetivada.

Ao comentar o cancelamento do leilão, Fávaro também deu explicações sobre um eventual conflito de interesse de Geller com o representante de empresas que deram lances no certame, o ex-assessor Rodrigo França, sócio de seu filho em uma empresa.

Geller disse que explicou ao ministro que França, proprietário da corretora que participou do leilão, foi seu assessor há quatro anos, e que ele não tem qualquer relação com o corretor. Ele também negou envolvimento do filho no processo.

"O meu filho, que estava sendo ventilado que ele teria participado do leilão, que ele abriu uma corretora em agosto do ano passado, conversei com meu filho, e ele categoricamente me falou que essa corretora não foi ativada do ponto de vista de operacionalização, não fez nenhuma operação, não participou de nenhum leilão, nem público e nem privado", afirmou.

Geller, que disse ter sido apoiador de primeira hora da campanha eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva, sendo importante articulador com o setor do agronegócio, afirmou ainda que o presidente foi mal orientado sobre o leilão de arroz, ainda que tenha reconhecido ser legítimo o interesse do governante de garantir alimento barato à população mais pobre.

"A demissão partiu do ministério, partiu do governo, não fui eu que pedi demissão... não sei se a decisão foi do Lula, o que posso falar é que tenho bastante carinho e respeito (por ele), acho que o presidente foi mal orientado nesta questão, até porque o preço do arroz é globalizado, a importação mexe em um primeiro momento, em um segundo, não mexe", afirmou.

Segundo Geller, faltou "organização" e "orientação" para o leilão ser bem-sucedido.

"As posições técnicas não foram seguidas, foram de forma muito açodadas, para que o arroz chegasse às periferias dos grandes centros", disse o ex-secretário, lembrando que o Rio Grande do Sul já havia colhido cerca de 80% das áreas de arroz quando aconteceram as enchentes e que o Centro-Oeste ampliou sua produção.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Relator no TCU vota por aprovar, com ressalvas, contas do governo Lula em 2023

 

Plenário do Tribunal de Contas da União Contas analisa as contas do governo referentes ao exercício de 2023 nesta quarta-feira

Tribunal de Contas da União
Tribunal de Contas da União (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo votou pela aprovação com ressalvas das contas do primeiro ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O plenário do TCU está analisando, nesta quarta-feira (12), as contas do presidente relativas ao exercício financeiro de 2023. Vital do Rêgo é o relator responsável por essa análise.

Durante a sessão, segundo o Metrópoles, Vital do Rêgo destacou que sob a ótica das variáveis macroeconômicas "pode-se dizer que o ano de 2023 seguiu o curso esperado". Ele ressaltou que a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o ano em 4,62%, posicionando-se na parte superior da meta de inflação estipulada para o ano. Além disso, a taxa básica de juros (Selic) encerrou 2023 em 11,65%, uma redução de dois pontos percentuais em comparação ao ano anterior.

No entanto, o relator apontou algumas ressalvas, mencionando "distorções contábeis" no Balanço-Geral da União. Ele também identificou "indícios de irregularidades" na concessão de benefícios tributários pelo Executivo, o que levantou preocupações sobre a conformidade com as normas fiscais e orçamentárias.

Após a apreciação pelo TCU, o relatório e o parecer prévio são enviados ao Congresso Nacional para o julgamento da Prestação de Contas do presidente da República.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

APUCARANA: Luminárias de LED são implantadas no “Villagio Di Roma”

 

A Prefeitura de Apucarana está avançando com o Programa de Modernização da Iluminação Pública. Nesta semana, os serviços foram executados no Loteamento Residencial Villagio Di Roma, que fica entre a FAP e a Unespar. As luminárias antigas foram substituídas por novas, no padrão LED.

O prefeito Junior da Femac destaca que o programa já transformou a iluminação pública em dezenas de bairros e distritos, além de parques, praças, avenidas, trechos urbanos de rodovia e outros espaços públicos. Junior da Femac reitera que a atual administração busca proporcionar, aos moradores dos bairros, a mesma qualidade de iluminação da área central. “É a valorização do bairro, das famílias e dos moradores destas localidades, que ganham qualidade de vida com luminárias modernas de LED”, frisa Junior da Femac.

De acordo como engenheiro eletricista Lafayete Luz, superintendente municipal de iluminação pública, no “Villagio Di Roma” foram substituídas 70 luminárias. “As antigas, que eram de vapor de sódio com braços de um metro, foram trocadas por luminárias LED de 100 watts e 120 watts, com braços de 2 metros e 3 metros. É uma antiga reivindicação dos moradores, que proporcionou uma grande melhoria na iluminação”, assinala Lafayete.

Fonte: Prefeitura de Apucarana