terça-feira, 11 de junho de 2024

Lotéricas vão vender viagem de ônibus com financiamento da Caixa

 Iniciativa busca, numa primeira etapa, alcançar os consumidores de São Paulo, Rio e Espírito Santos

Agência lotérica
Agência lotérica (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

Por Jamille Niero, Infomoney As agências lotéricas do país vão passar a vender passagens de ônibus. A medida é resultado de uma parceria entre a Caixa Econômica Federal e a fintech BusPay.

Na primeira fase do projeto, a compra poderá ser feita em agências lotéricas do Rio de Janeiro, para linhas operadas pela Itapemirim.

Fornecedora do equipamento que viabiliza a compra das passagens, a fintech espera atingir, no curto prazo, pelo menos 190 lotéricas em estados como São Paulo, Rio e Espírito Santo, até levar o projeto para as 13 mil lotéricas da Caixa no Brasil. “Depois desse primeiro lote de lotéricas, começamos a expandir para outras cidades. A nossa ideia é trazer inovação para os meios de pagamentos da mobilidade e também atender as comunidades. Foi por causa desse viés social que procuramos a Caixa”, afirmou Adriano Barros, diretor-executivo da BusPay.

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Como vai funcionar?

A compra da passagem poderá ser feita com a utilização de empréstimo da Caixa, o que hoje não está acessível nos guichês das rodoviárias. A opção inclui parcelamento de longo prazo e estará disponível para correntistas, segundo divulgou a BusPay.

A compra dos bilhetes pode ser feita nas casas lotéricas habilitadas com a maquininha de emissão das passagens – semelhante às que aceitam cartões. O comprador sai da lotérica já com o tíquete impresso em mãos e pode realizar a aquisição para mais de uma pessoa.

Para Julio de Assis, diretor de Operações da Itapemirim, o sistema de vendas da Buspay vai permitir muitas facilidades para o cliente, como parcelamento de passagens. “Nosso foco é a classe D e E. As pessoas precisam de crédito, já que o tíquete médio é acima de R$ 600. A ideia é facilitar a vida do nosso cliente. Além da rota da Rocinha, temos outros 800 destinos que atendemos”, afirmou.

Para Marcelo Gomes de Oliveira, presidente do Sindicato das Casas Lotéricas do Estado do Rio de Janeiro, a parceria fortalece as lotéricas. “Temos uma grande capilaridade e contamos com muita confiança do consumidor. Temos o diferencial do atendimento e do cliente fiel, o que vai enriquecer o nosso portfólio de serviços. A Buspay traz também esse reforço na comunicação desse novo serviço, o que vai facilitar a venda final”, explica.

Procurada pelo InfoMoney, a Caixa Econômica Federal não respondeu aos questionamentos da reportagem até esta publicação.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Porto Alegre tem a maior inflação do país após enchentes

 Capital do Rio Grande do Sul registrou alta de 0,87% no IPCA

Enchente em Porto Alegre
Enchente em Porto Alegre (Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini)

Como consequência das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, Porto Alegre foi a capital do país onde a inflação mais subiu em maio. Divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (11), o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) registrou alta de 0,87% na cidade, informa o Globo.

A alta da inflação foi puxada pelo aumento do preço do botijão de gás, que ficou 7,39% mais caro. O produto, assim como a gasolina, com alta de 1,80%, sofreu com dificuldades de distribuição porque a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), que atende à região, fica em Canoas, um dos municípios mais atingidos pelas cheias. A batata inglesa teve alta de 23,94%.

Porto Alegre tem peso de 8,61% na composição da inflação nacional. É a quarta de maior relevância entre as 16 capitais pesquisadas pelo IBGE - atrás apenas de São Paulo, Rio e Belo Horizonte.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

 

Apenas Adélio esteve envolvido no evento de Juiz de Fora contra Bolsonaro, conclui a PF

 

"Houve apenas um responsável, já condenado e preso. A Polícia Federal manifestou-se pelo arquivamento do Inquérito Policial", diz a corporação, em nota

Jair Bolsonaro e Adélio Bispo
Jair Bolsonaro e Adélio Bispo (Foto: Reprodução | Ricardo Moraes/Reuters)

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (11) mais uma operação relacionada ao caso Adélio Bispo, autor do evento de Juiz de Fora contra Jair Bolsonaro (PL) em 2018. Segundo a Folha de S. Paulo, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, disse a jornalistas que a operação desta manhã encerra o caso de Adélio e mira um advogado que teria relações com o crime organizado. No entanto, este fato não estaria diretamente relacionado ao evento de Juiz de Fora. "O advogado é ligado ao crime organizado. Mas [não há] nenhuma vinculação desse advogado com a tentativa de assassinato do ex-presidente. Nós informamos ao Judiciário, sugerindo o arquivamento dessa parte do inquérito", disse Andrei.

A Polícia Federal divulgou nota anunciando o fim das investigações: "Adélio agiu sozinho", disse Rodrigues.

Nota da Polícia Federal - Após retomada de investigações para identificar possíveis envolvidos no atentado contra o então candidato à Presidência da República Jair Messias Bolsonaro em 2018, a Polícia Federal concluiu que houve apenas um responsável pelo ataque, já condenado e preso.

Durante as diligências, foram cumpridos mandados de busca e apreensão para nova análise de equipamentos eletrônicos e documentos. Outros possíveis delitos foram descobertos, relacionados a um dos advogados de defesa do envolvido no ataque, mas sem qualquer ligação com os fatos investigados.

Por conseguinte, o relatório final foi apresentado, atendendo a novas solicitações do Ministério Público Federal, e agora aguarda a manifestação do Juízo. A Polícia Federal manifestou-se pelo arquivamento do Inquérito Policial.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

 

Sobre Michelle disputar a Presidência em 2026, Bolsonaro é taxativo: “Só deixaria concorrer se fosse minha ex-mulher”

 Ex-presidente só aceitaria retornar ao Palácio do Planalto se ele mesmo fosse o candidato e teria resistência em desempenhar papel secundário numa eventual administração de sua esposa

Impedido de disputar eleições até 2030, após ser condenado duas vezes pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Jair Bolsonaro tem uma resposta pronta para quem o pergunta em conversas reservadas sobre as chances de a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro se candidatar à Presidência da República: “Só deixaria concorrer se fosse minha ex-mulher”.


Segundo a coluna de Malu Gaspar, no jornal O GLOBO, foi isso que ouviu um interlocutor que conhece Bolsonaro há muitos anos, em um encontro recente.


Apesar do tom irônico, o comentário é interpretado como um sinal de que Bolsonaro só aceita retornar ao Palácio do Planalto se ele mesmo for o candidato – e teria ainda mais resistência se fosse para desempenhar um papel secundário numa eventual administração de sua mulher.


Pesquisas internas nas mãos da cúpula do PL apontam que Michelle seria uma candidata competitiva à Presidência da República. Ela teria como maiores ativos políticos o fato de ser uma “novidade” jamais testada nas urnas – além de carregar o sobrenome do marido, é claro.


Mas também por conta disso, enfrenta uma forte rejeição de parcela do eleitorado que torce o nariz para o retorno do clã ao comando do país.


As mesmas pesquisas internas mostram que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tem bom apelo junto ao eleitorado de direita e menos rejeição, o que daria a ele mais chances de vencer uma disputa presidencial da qual Bolsonaro não participasse.


Na opinião de interlocutores de Michelle ouvidos pela equipe da coluna, Bolsonaro até toparia uma eventual candidatura da ex-primeira-dama ao Planalto, mas a resistência viria de outro lugar. “O problema mesmo são os filhos, e não ele”, diz um aliado, em referência à conflituosa relação de Michelle com Carlos, Flávio e Eduardo Bolsonaro.


Hoje, o cenário considerado mais provável é Michelle disputar uma cadeira no Senado pelo Distrito Federal para reforçar a bancada bolsonarista na Casa a partir de 2027.


Em entrevista ao site Pleno News publicada na última terça-feira, a própria Michelle afastou a possibilidade de disputar a presidência e voltou a defender a candidatura do marido.


Reversão da inelegibilidade


“O Jair está mais ativo do que nunca, nós estamos trabalhando para reverter as injustiças que ele vem sofrendo e eu acredito que ele será o nosso próximo presidente”, declarou.

“Eu afirmei que desconfiava de antecipações exageradas relativas às eleições de 2026. Disse isso por uma razão bem específica: penso que tem alguém – ou “alguéns” – muito interessado em acelerar o processo de apresentação de nomes de prováveis presidenciáveis. Parece até uma tentativa de diminuir a importância do nome do meu marido no cenário político nacional.”


Aliados de Bolsonaro querem emplacar no Senado ao menos um candidato conservador por cada estado, já que são duas vagas em jogo em 2026, quando ⅔ da Casa vai ser renovada. Mas em alguns redutos do bolsonarismo, como Paraná, Santa Catarina e o Distrito Federal, a torcida é para que as duas vagas das disputas regionais fiquem nas mãos de aliados do ex-presidente.


Nesse cenário, aliados de Bolsonaro teriam votos suficientes no Senado para, por exemplo, abrir um processo de impeachment contra integrantes do STF na próxima legislatura – cenário que o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), favorito a assumir a presidência da Casa no ano que vem, diz nos bastidores considerar bastante provável a partir de 2027.


Por enquanto, Bolsonaro segue inelegível. Ele foi condenado no TSE por abuso de poder político e econômico e uso indevido dos meios de comunicação, por ter convocado uma reunião com embaixadores para atacar o sistema eleitoral, além de transformar em comício as comemorações do bicentenário da Independência.


Integrantes do TSE ouvidos pela coluna consideram pouco provável que ele consiga reverter a inelegibilidade, ainda que o tribunal seja presidido em 2026 pelo ministro Kassio Nunes Marques, com André Mendonça na vice-presidência – os dois foram indicados por Bolsonaro.


Isso porque a palavra final de uma eventual candidatura de Bolsonaro ficaria nas mãos do Supremo, que a partir de 2025 será presidido por Edson Fachin – e onde Kassio e Mendonça são apenas dois entre 11 ministros.


Antes de disputar qualquer cargo nas eleições de 2026, Michelle será confrontada com a conclusão de inquéritos policiais que podem provocar estragos à sua imagem.


Na mira da PF


Conforme revelou o blog, a ex-primeira-dama deve escapar de um indiciamento no relatório final do inquérito das joias, que será apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) até o final de junho. Os investigadores até agora não reuniram provas de que a ex-primeira-dama sabia, autorizou ou foi conivente com a operação ilegal de venda dos artigos de luxo.


Mas Michelle ainda é alvo de outra investigação, que apura o uso irregular do cartão corporativo da Presidência da República, e no material há extratos e outros documentos que podem complicar a vida dela.


Integrantes do PL, porém, minimizam o impacto das investigações para a popularidade do clã Bolsonaro, sob a alegação de que os eventuais indiciamentos já foram “precificados”.


Fonte: Agenda do Poder com informações da coluna da jornalista Malu Gaspar, no jornal O Globo

Banco Central registra mais um vazamento no Pix, com exposição de dados de quase 20 mil chaves

 Este foi o 5º vazamento do ano; vítimas são clientes da Instituição de Pagamento S.A. (IUGU) e da PAGCERTO Instituição de Pagamento

O Banco Central (BC) comunicou novamente o vazamentos de dados no Pix. Desta vez, foram expostos dados cadastrais de quase 20 mil chaves Pix que estavam sob responsabilidade da Instituição de Pagamento S.A. (IUGU) e da PAGCERTO Instituição de Pagamento. Este foi o quinto comunicado do BC de vazamentos de dados no Pix neste ano.


Não foram expostos dados sensíveis, como senhas ou saldos. As informações vazadas são cadastrais, como CPF, número de conta, que não permitem a movimentação de recursos ou o acesso às contas.


Segundo o BC, foram adotadas as ações necessárias para apurar o vazamento. “Serão adotadas as medidas sancionadoras previstas na regulação vigente”, diz a autoridade financeira em nota.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.

Desvio de centenas de doações para beneficiar políticos é descoberto no RS e esquemas levam a ao menos seis pré-candidatos, diz MP

Investigação em quatro cidades já resultou em apreensões e 12 suspeitos

Desde a segunda metade de maio, diferentes operações integradas do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (Gaeco/MPRS), algumas delas com apoio da Polícia Civil gaúcha, miraram pelo menos 12 pessoas investigadas por supostos esquemas de desvio de doações que deveriam ter sido destinadas às vítimas das chuvas históricas.


Promotores e policiais encontraram indícios de envolvimento de pelo menos seis políticos e pré-candidatos às próximas eleições municipais. Centenas de donativos, que seriam entregues em troca de votos, foram apreendidas em quatro cidades.


Ao todo, até última atualização do dia 5 de junho, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul contabilizava mais de 3,7 milhões de itens doados, entre garrafas d’água, alimentos, cestas básicas, colchões e cobertores, material de higiene etc. Eldorado do Sul, uma das cidades mais castigadas pela tragédia, e onde há suspeita de desvios, só não recebeu mais donativos que a capital Porto Alegre. O estado afirma que já arrecadou, até segunda-feira, R$ 121,5 milhões via pix.


Dias 4 e 8 de junho, Palmares do Sul: três pré-candidatos investigados


Em menos de uma semana, entre os últimos dias 4 e 8 de junho, Gaeco e Polícia Civil realizaram duas ações, batizadas de Desvio 1 e 2, que aconteceram no contexto das investigações sobre possíveis esquemas de descaminho de donativos em Palmares do Sul. Três pré-candidatos são investigados: o vereador Filipe Lang (PT-RS), pré-candidato à prefeitura do município, Polon Backes de Oliveira (União Brasil-RS), pré-candidato a vice na chapa de Lang, e, na primeira parte da operação, o vereador Manoel Antunes Neto (PL-RS).


Além dos políticos, o secretário municipal de Administração da cidade, a esposa de um dos vereadores e um parente dele também são investigados. De acordo com os promotores Mauro Rockenbach e Leonardo Rossi, os donativos não teriam sequer passado oficialmente pela prefeitura.


Agentes do Gaeco apreenderam grande quantidade de doações que teriam sido desviadas em Palmares do Sul (RS) — Foto: Divulgação / Gaeco/MPRS

Agentes do Gaeco apreenderam grande quantidade de doações que teriam sido desviadas em Palmares do Sul (RS) — Foto: Divulgação / Gaeco/MPRS


A polícia, comandada na ação pelo delegado Antônia Carlos Ractz Jr., apreendeu uma grande quantidade de donativos entregues por vários estados brasileiros. As denúncias, repassadas inicialmente à Promotoria de Justiça de Palmares do Sul, apontam que os investigados se aproveitaram dos cargos que ocupam para desviá-los para residências e oferecer em troca de votos para pelo menos um dos três suspeitos.

— Não descartamos e estamos apurando a participação de mais envolvidos nesse desvio. Isso porque são vários os relatos da população que mencionam diversos vereadores se aproveitando dessa tragédia para benefício próprio e eleitoral — disse Rockenbach, após as operações.


Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão nas duas ações. Com um dos investigados, o vereador Filipe Lang, agentes acharam uma pistola e ele acabou preso por posse irregular de arma de fogo. Já liberado, ele se defendeu através das redes sociais.


— No sábado, dia 8 de junho, tive um mandado de busca e apreensão na minha casa, ainda relacionada à operação que o nosso município está sofrendo, junto à prefeitura municipal, sobre possíveis irregularidades na distribuição de cestas de alimento. Estiveram na minha casa, procuraram e não acharam absolutamente nada vinculado a irregularidade na distribuição de cestas de alimento — disse Lang. — Apenas acharam um revólver do ano de 1945, que meu avô, há três anos atrás, me deixou de presente antes de morrer. Infelizmente, foram noticiadas informações falsas.


O Gaeco apura crimes de apropriação indébita, peculato e associação criminosa. Procurados, os promotores do MPRS não quiseram dar maiores detalhes sobre as investigações. A reportagem não conseguiu contato com as defesas dos demais investigados.


Quantias em dinheiro foram apreendidas pelo Gaeco em ação que mira esquema de desvio de doações em Palmares do Sul, no RS — Foto: Divulgação / MP-RS

Quantias em dinheiro foram apreendidas pelo Gaeco em ação que mira esquema de desvio de doações em Palmares do Sul, no RS — Foto: Divulgação / MP-RS


Dia 23 de maio, em Barra do Ribeiro: ‘centenas de produtos apreendidos’

Os investigadores do Gaeco descobriram que havia um esquema de desvio de doações que eram repassadas pela Defesa Civil do RS ao município de Barra do Ribeiro. Segundo a promotoria, os produtos foram entregues indevidamente a uma entidade ligada a um pré-candidato às próximas eleições municipais. Três suspeitos foram alvo de mandados de busca e apreensão no dia 23 de maio.


A operação ocorreu no local onde estavam armazenados os itens desviados e na casa de dois suspeitos. Além da apreensão de centenas de produtos, também foram recolhidos documentos, celulares e mídias eletrônicas que servirão como provas do desvio de doações e, segundo o MP, ajudarão nas investigações, que continuam.


Agentes do Gaeco e da Brigada Militar durante cumprimento de mandados de busca e apreensão em Barra do Ribeiro (RS) — Foto: Divulgação / Gaeco/MPRS

Agentes do Gaeco e da Brigada Militar durante cumprimento de mandados de busca e apreensão em Barra do Ribeiro (RS) — Foto: Divulgação / Gaeco/MPRS


25 de maio, Eldorado do Sul: dois pré-candidatos suspeitos

O Gaeco também investiga desvio de doações encaminhadas para a cidade de Eldorado do Sul, uma das mais atingidas pela maior tragédia climática já enfrentada pelo estado. De acordo com as investigações, no esquema sob apuração, os donativos eram entregues somente com o objetivo de contemplar futuros eleitores dos investigados. Os três suspeitos integram a Defesa Civil municipal, sendo dois deles pré-candidatos às próximas eleições.


Foram cumpridos na ocasião nove mandados de busca e apreensão na prefeitura da cidade, em depósitos e nas casas dos três investigados. A gravidade do caso e os fortes indícios encontrados levaram o Ministério Público estadual a mediar uma reunião, com a presença de representantes da prefeitura de Eldorado do Sul, onde foi solicitada a intervenção do Exército Brasileiro na entrega de doações às vítimas da enchente no município.


Agentes do Gaeco durante cumprimento de mandados de busca e apreensão na prefeitura de Eldorado do Sul, em investigação sobre desvio de doações — Foto: Divulgação / Geco/MPRS

Agentes do Gaeco durante cumprimento de mandados de busca e apreensão na prefeitura de Eldorado do Sul, em investigação sobre desvio de doações — Foto: Divulgação / Geco/MPRS


19 de maio, Cachoeirinha: ‘Envolvimento político’

Entre os dias 19 e 26 de maio, o Gaeco realizou operações de busca e apreensão num depósito ligado a uma ONG do município de Cachoeirinha e encontrou indícios de irregularidade.


Promotores do MPRS realizaram buscas por doações supostamente desviadas através de ONG ligada a grupo político em Cachoeirinha (RS) — Foto: Divulgação / MPRS

Promotores do MPRS realizaram buscas por doações supostamente desviadas através de ONG ligada a grupo político em Cachoeirinha (RS) — Foto: Divulgação / MPRS


Documentos, celulares e mídias foram apreendidos, e os promotores começaram uma investigação que apontou para uma “ação criminosa motivada para fins políticos”. Três suspeitos são alvo do MP. Dois dias antes da ação, o Gaeco recebeu uma denúncia sobre a irregularidade, e flagrou quando uma carreta transportando donativos de outro estado foi descarregada em um depósito que não era um ponto de coleta oficial.

“Foram detectados fortes indicativos da apropriação indevida pelos suspeitos, que têm envolvimento com a política no município”, informou o MP-RS. As investigações estão em andamento.


Mortos e desaparecidos


Até agora, 175 mortes provocadas pelas chuvas já foram confirmadas pela Defesa Civil do RS. As duas últimas vítimas foram encontradas nesta segunda-feira. Há ainda pelo menos 38 pessoas desaparecidas. O estado estima que 2,38 milhões de gaúchos, em 478 cidades, tenham sido afetados de alguma forma pela maior tragédia climática que já assolou o estado.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo


Deputada do PSOL que foi assessora de Marielle recebe ameaça de morte racista via e-mail da Alerj

 Texto com xingamentos racistas e misóginos é assinado por um homem que alega ser menor de idade

Renata Souza, deputada estadual pelo PSOL do Rio de Janeiro, irá registrar amanhã na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) do estado uma ocorrência referente a uma ameaça de morte recebida por meio de seu e-mail institucional da Alerj, informa o colunista Lauro Jardim, do jornal O GLOBO.

Enviada hoje de madrugada, a mensagem também foi endereçada aos contatos da equipe da parlamentar e a contas pessoais dela na internet. O conteúdo é assinado por um internauta supostamente identificado e possui trechos racistas e misóginos.


Para pedir que a Decradi investigue o episódio, Renata vai entregar uma cópia do texto pessoalmente na delegacia. A deputada, que foi candidata à prefeitura da capital fluminense em 2020, entrou na política por meio intermédio de Marielle Franco: era assessora da vereadora, morta em 2018.


A ameaça enviada à Renata é assinada por um homem, que chega a informar o próprio nome e afirma ser menor de idade (por isso, aliás, ele conta com a impunidade diante dos crimes que narra no e-mail).


O remetente diz ter tido acesso a “todos os dados pessoais” de Renata e envia à ela um endereço de uma plataforma de “doxing” (o vazamento on-line de informações sensíveis). Ele também a chama de “macaca vagabunda”, “puta preta” e fala que ela será uma “mulher morta”. A íntegra está abaixo, suprimidos a plataforma em questão e o nome do suposto autor do e-mail.


“Oi, sua macaca vagabunda… Estou te adiantando o que farei no seu gabinete! Já estou cansado de ser governado por putas pretas e gorilas como você, dePUTAda. Para minha sorte eu moro no RJ, já consegui um (revólver) .38 pra espalhar os seus miolos na rua. Já tenho o seu endereço e todos seus dados pessoais (…). Estou estudando o terreno antes de te pegar desprevenida e dar um tiro certeiro na sua cabeça. Nada pode me parar, sou menor, réu primário. Vai dar em cesta básica. Você é uma mulher morta, aproveite bem os dias enquanto eu não tomo sua vida à força. Lembre-se do meu nome, pois não tenho medo de nada (…). E sou eu quem vou te tirar dessa pra uma melhor, pele de merda”.


Fonte: Brasil 247 com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo