“A gente não vai perder o bonde da história, como muitas vezes o Brasil
perdeu”, afirmou o presidente
O presidente Lula (PT) participou nesta segunda-feira (10) de
uma reunião com reitores e reitoras de universidades federais e, em discurso,
disse que o Brasil vive um “momento extraordinário”, destacando conquistas do
governo no campo econômico. “Em quatro meses nós geramos 911 mil empregos
formais, mais do que em muitos anos. Nós voltamos a recuperar o poder de compra
do salário mínimo, estamos vendo a massa salarial crescer quase 11% nesse país,
estamos vendo a inflação controlada, estamos vendo a entrada de investimentos
externos aqui no Brasil e estamos com o PAC começando a funcionar”.
Segundo o presidente, os dados positivos geram “um
otimismo nesse país de que a coisa vai acontecer”. Lula afirmou que o país não
pode desperdiçar o “novo ciclo de desenvolvimento” que se apresenta com a
janela de oportunidades relacionadas à transição energética. “Eu posso dizer,
as coisas vão acontecer, porque têm que acontecer. O Brasil não vai jogar fora
esse novo ciclo de desenvolvimento que se apresenta para o Brasil, com essa
coisa da transição energética. A gente não vai perder o bonde da história, como
muitas vezes o Brasil perdeu. E para isso a gente precisa ter mais
universidades, mais alunos estudando, mais institutos federais. E por isso tem
que ser feito com uma certa rapidez. Esse é o apelo que eu faço a vocês: que a
gente coloque esse dinheiro para gerar emprego, sala de aula, laboratórios,
qualquer coisa. Que o dinheiro seja aplicado rapidamente”.
Professores universitários estão em greve há mais
de 50 dias e os técnicos-administrativos há quase 90 dias
O ministro da Educação, Camilo Santana,
afirmou que o governo federal abriu canais de diálogo com o objetivo de acabar
com a greve dos servidores públicos federais do setor, mas ressaltou que não
será possível recompor “todo um processo histórico de anos de relação à
defasagem salarial em um curto espaço de tempo”.
“A última proposta que foi
negociada com os docentes, que inclusive um dos sindicatos assinou, com os 9%
que foram dados no ano passado, a variação até 2026 de reajuste dos professores
varia de 23% a 43%. E lembrar que nós não podemos, em um ano e meio o governo
está colocando aqui, nós não podemos recompor todo um processo histórico de
anos de relação à defasagem salarial em um curto espaço de tempo”, disse Camilo
nesta segunda-feira (10), durante o lançamento do PAC Universidades, que
destinará R$ 5,5 bilhões no Novo PAC para investimentos em universidades
federais e hospitais universitários.
“Eu não via, nem via anteriormente ao início da greve,
necessidade, porque esse é um governo que depois de seis anos sem reajuste
salarial, deu um reajuste de 9% no seu primeiro ano de governo. Para vocês
terem uma ideia, 9% de aumento salarial só para os servidores da educação tem
um impacto de mais de R$ 8 bilhões no orçamento do MEC. Quando a gente fala em
orçamento, é importante os reitores e reitoras terem a compreensão de que o
orçamento não é só o custeio. É custeio, é investimento, é pessoa, é tudo que
entra no MEC. Então esse foi um governo que reabriu todas as mesas de
negociação com todas as categorias de servidores públicos. Então eu acho que a
greve é quando não há mais diálogo, quando não há mais condições de debater ou
discutir qualquer”, ressaltou.
Ainda segundo Camilo, “há um esforço enorme do governo do
presidente Lula, quero deixar isso muito claro, e lembrar que essa negociação
que foi feita com os docentes e a proposta que será apresentada amanhã aos
técnicos administrativos terá um impacto de mais de R$ 10 bilhões. Estamos
falando em quase R$ 20 bilhões de aumento no orçamento das universidades
federais só em questão de pessoal. Então é bom só lembrar o impacto que isso
tem no orçamento que isso tem”.
Os professores universitários estão em greve há mais de 50 dias,
e os técnicos-administrativos há quase 90 dias. Nesta segunda-feira (10), o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúniu com reitores das
universidades e institutos federais para discutir o futuro do financiamento e
da infraestrutura dessas instituições. Na terça-feira (11), está prevista uma
reunião de representantes do governo com os técnicos administrativos. Já houve
um encontro com os docentes.
Ambos os grupos reivindicam não apenas melhores salários e
a reestruturação de suas carreiras, mas também um aumento nos investimentos
destinados às universidades.
Três 'torcedores' do Valencia foram condenados à
prisão nesta segunda-feira por proferirem insultos racistas contra Vinícius
Júnior, do Real Madrid
O jogador brasileiro Vinícius Júnior
repercutiu pelo X, antigo Twitter, a decisão da Justiça espanhola de prender
três 'torcedores' do Valencia. Eles foram condenados por proferirem insultos
racistas a Vini Jr., do Real Madrid, em um jogo entre as duas equipes no
Estádio Mestalla, em maio do ano passado. Eles foram sentenciados a oito meses
de reclusão e ficarão dois anos sem entrar em estádios de futebol, além de
arcar com os custos do processo.
Na postagem, o brasileiro afirma:
"muitos pediram para que eu ignorasse, outros tantos disseram que minha
luta era em vão e que eu deveria apenas 'jogar futebol'. Mas, como sempre
disse, não sou vítima de racismo. Eu sou algoz de racistas. Essa primeira
condenação penal da história da Espanha não é por mim. É por todos os pretos.
Que os outros racistas tenham medo, vergonha e se escondam nas sombras. Caso
contrário, estarei aqui para cobrar. Obrigado a La Liga e ao Real Madrid por
ajudarem nessa condenação histórica. Vem mais por aí…".
Procurador federal dos Direitos do Cidadão encaminhou à PGR a representação que aponta afronta à liberdade de pensamento, extrapolação de atribuições militares e ausência de competência legislativa de SP
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), órgão do Ministério Público Federal (MPF), alertou que a lei que cria o Programa Escola Cívico-Militar, em São Paulo, é inconstitucional. Para o procurador Nicolao Dino, que encaminhou a representação ao procurador-geral da República, a lei traz “sérias violações” à Constituição, como a extrapolação dos limites de atuação de policiais militares, a interferência na liberdade de pensamento, a ausência de competência legislativa do estado de São Paulo para tratar desse assunto e a falta de respaldo na lei federal de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN).
Agora, cabe à PGR a decisão de acionar ou não o Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a constitucionalidade da lei. Uma ação semelhante já foi feita pelo PSOL, que entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) pedindo a suspensão da legislação. Na última sexta (7), o ministro Gilmar Mendes deu o prazo de dez dias para o governo de São Paulo prestar esclarecimentos sobre o programa.
A Lei Complementar Estadual 1.398/2024 foi sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas no dia 27 de abril, depois de uma aprovação marcada por protestos e confusão na Assembleia Legislativa. Durante a votação, estudantes foram agredidos por policiais nos corredores da Alesp. O projeto de lei foi apresentado pela gestão Tarcísio como resposta à decisão do presidente Lula de encerrar o programa federal de escolas cívico-militares proposto por Jair Bolsonaro.
Mas, segundo a PFDC, o programa, que prevê implementar escolas cívico-militares nas redes estadual e municipais, fere o modelo de educação nacional previsto na Constituição Federal, além de violar outros dispositivos constitucionais.
“Ao revés, incorre em sérias violações ao Texto Constitucional, seja pela presença de vícios de ordem formal – exigência de lei federal para tratar da matéria e ausência de competência legislativa concorrente do Estado de São Paulo para tanto – seja pelos vícios materiais de que padece seu conteúdo – extrapolação das atribuições constitucionais da força militar estadual (CF, art. 144, §5º) e afronta aos princípios constitucionais da liberdade de pensamento (CF, art. 5º, inciso IX, c/c art. 206, incisos II e III); da valorização do profissional da educação”, diz trecho da representação.
Nicolao Dino, irmão do ministro do STF Flavio Dino, e que assumiu a titularidade da PFDC no final de maio, destacou o artigo 22 da Constituição, que diz que “compete privativamente à União legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional”.
— A Constituição Federal não permite aos estados estabelecerem modelo de educação diverso daquele definido pela LDBEN. Não está no escopo da competência legislativa concorrente dos entes federados a criação de um programa híbrido alternativo, como esse cívico-militar de São Paulo — afirmou Dino.
Além da falta de previsão legal para que o estado de São Paulo interfira em atribuições exclusivas da União, a representação aponta que, de acordo com a Constituição, a atividade policial se restringe ao policiamento ostensivo e à preservação da ordem pública. Assim, ao entregar a gestão de escolas a policiais, haveria desvio de função da força militar estadual, segundo a Procuradoria.
O programa prevê dois núcleos, um civil e outro militar composto por militares estaduais da reserva, para gerir as escolas. Ao prever a seleção de militares da reserva para o exercício de atividades pedagógicas sem aprovação em concurso público ou formação específica, a lei afronta o princípio de valorização dos profissionais de educação, segundo Dino, que ainda destacou, na representação, as violações constitucionais da liberdade de pensamento e da gestão democrática das escolas, o que “possibilita a pluralidade de ideias e concepções pedagógicas”.
O procurador complementou que não existem estudos ou evidências científicas que atestem a melhora do ensino no modelo cívico-militar
— É necessário levar em conta, ainda, a ausência de razoabilidade na presença de força militar estadual na escola com vistas à contenção da criminalidade e ao aumento do controle social em áreas periféricas, considerando a existência de meios próprios, inerentes às atividades de segurança e policiamento, que não se confundem com a militarização dos processos pedagógicos para a promoção e garantia da segurança pública — concluiu.
Eles também foram proibidos de entrar em estádios de futebol no país europeu durante dois anos
Três espanhóis foram condenados nesta segunda-feira (10) a oito meses de prisão por injúrias racistas contra o jogador brasileiro Vinicius Jr.
A sentença é a primeira condenação na Espanha por um caso de racismo no futebol. E também a primeira da onda de casos de racismo contra o brasileiro no ano passado no país europeu, onde ele joga pelo Real Madrid.
A sentença também proíbe os condenados a entrar em qualquer estádio de futebol na Espanha durante dois anos.
Os três foram identificados entre os torcedores do Valencia que xingaram Vinicius Jr. de “macaco” durante um jogo do time contra o Real Madrid, equipe do brasileiro, em maio do ano passado durante um jogo na Espanha.
Um deles foi identificado pelo próprio Vinicius Jr. ao final do jogo. A polícia encontrou outros dois através de câmeras instaladas no estádio.
“A LaLiga conseguiu a primeira sentença condenatória na Espanha por insultos racistas no futebol”, disse, em comunicado, a LaLiga, a liga espanhola de futebol profissional espanhola que participou com parte na acusação no processo.
Os advogados dos condenados não haviam informado, até a última atualização desta reportagem, se recorrerão da sentença.
Racismo
No ano passado, casos de racismo contra Vinicius Jr. na Espanha ganharam grande repercussão, principalmente depois da partida de maio entre o Real Madrid e o Valencia. Na ocasião, após ser insultado por torcedores, Vini Jr. reclamou imediatamente com o juiz, que interrompeu o jogo.
Uma confusão se formou, e um jogador do Valencia deu uma chave de braço em Vinicius Jr., que, ao se desvencilhar, atingiu outro adversário no rosto e foi expulso.
O brasileiro se queixou ao final da partida, cobrando a liga espanhola por diversos casos de racismo que ele sofreu nos últimos meses, mas foi duramente criticado pelo presidente da LaLiga — a entidade responsável por organizar o principal campeonato espanhol –, Javier Tebas.
Diante da repercussão mundial do caso, que abriu um grande debate sobre o racismo no futebol, Tebas recuou e pediu desculpas.
A polícia espanhola também se mobilizou e identificou e deteve torcedores que fizeram os insultos racistas no Mestalla e outros que, meses antes, penduraram pelo pescoço um boneco preto com a camisa de Vinicius Jr. em um viaduto em Madri.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o episódio e cobrou mais ações antirracistas no futebol, e o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, também manifestou solidariedade com Vinicius Jr.
O percentual de famílias endividadas no Brasil subiu pelo terceiro mês consecutivo e atingiu 78,8% em maio deste ano. Em abril, a taxa era de 78,5%, enquanto que, em maio de 2023, a proporção de endividados era de 78,3%. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Com o resultado de maio, divulgado hoje (10) no Rio de Janeiro pela CNC, o percentual de famílias com dívidas no país atingiu o maior patamar desde novembro de 2022. A pesquisa considera endividados aqueles que possuem qualquer dívida, ainda que ela não esteja em atraso, como, por exemplo, compras no cartão de crédito ou financiamentos.
Para a CNC, o dado mostra que as famílias continuam aumentando sua demanda por crédito, aproveitando o menor custo com os juros. A meta da taxa básica de juros (Selic) vem caindo a cada reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), desde agosto do ano passado (quando recuou de 13,75% para 13,25%). Atualmente, está em 10,50%.
O percentual de famílias que se consideram muito endividadas chegou a 17,8% em maio último, acima dos 17,2% de abril.
Já as pessoas com dívidas ou contas em atraso são consideradas inadimplentes. O percentual de inadimplência entre as famílias brasileiras ficou em 28,6% em maio deste ano, o mesmo nível de abril, mas abaixo dos 29,1% de maio do ano passado.
Entre o total de famílias, aquelas que não terão condições de pagar suas dívidas, o percentual ficou em 12% em maio, abaixo dos 12,1% do mês anterior, mas acima dos 11,8% de maio de 2023.
Dívidas
Entre os fatores de endividamento das famílias destacam-se o cartão de crédito, (86,9% dos casos), os carnês (16,2%) e o crédito pessoal (9,8%). Um dos destaques positivos foi o cheque especial, que estava presente nas dívidas de apenas 3,9% das famílias, o menor percentual desde o início da pesquisa em 2010.
A previsão da CNC é que o percentual de endividados siga crescendo até dezembro, quando deverá atingir a parcela de 80,4%.
Os proprietários de veículos que tiveram perda total por conta das enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul, entre o fim de abril e o mês de maio de 2024, podem pedir a devolução de parte do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2024. A solicitação também pode ser feita pelos proprietários de veículos inutilizados pelas enchentes que ainda não quitaram o IPVA 2024.
Nesse caso, a Secretaria da Fazenda (Sefaz) avaliará se haverá valor a ser restituído ou não, isto porque a restituição é feita proporcionalmente aos meses do ano de 2024 em que os contribuintes deixaram de exercer a posse ou a propriedade sobre aquele veículo. O procedimento está previsto na legislação estadual.
Os proprietários que não souberem o paradeiro dos veículos levados pelas enchentes devem fazer o registro de ocorrência na Polícia Civil, que fornecerá orientações sobre como proceder.
No caso de veículos segurados, não haverá restituição de IPVA. A seguradora pode optar por não realizar a baixa definitiva, buscando a recuperação do veículo ou a transferência para terceiros.
O procedimento de baixa é necessário para que o governo estadual deixe de cobrar tributos sobre o veículo também nos próximos anos. O veículo relacionado à restituição não pode ter sido transferido para a seguradora antes da baixa no Detran.
Como pedir
Antes de solicitar a restituição do IPVA, o veículo deve estar baixado no Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran-RS) por perda total por sinistro, caso contrário, o pedido de devolução não será aceito pela Receita Estadual. A baixa é definitiva e irreversível e não gera débitos futuros para o proprietário.
A comunicação para baixa do veículo como sucata deve ser feita pelo proprietário, pelo comprador de veículos irrecuperáveis ou destinados à desmontagem ou pela companhia seguradora.
Para fazer a solicitação, não é necessário que sejam quitadas multas ou pendências relacionadas ao IPVA. No entanto, os débitos permanecem vinculados ao Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) do proprietário.
Se o veículo perdido tiver a cobertura de um seguro, o proprietário deve entrar em contato com a seguradora e informar o sinistro. A única maneira de saber se o seguro auto cobre o sinistro causado pela enchente é consultando o documento da apólice. Nesse caso, a seguradora assumirá a obrigação de dar baixa no veículo, porque vai adquirir sua propriedade.
Outra via para dar baixa no veículo, é o proprietário procurar um dos mais de 400 Centros de Desmanches de Veículos (CDVs) credenciados ao Detran, que farão a avaliação e poderão adquirir o veículo no estado em que está, de maneira integral. A partir do interesse pelo centro de desmanche, o estabelecimento poderá buscar o veículo onde estiver e providenciar a baixa.
· documento de transferência - Certificado de Registro de Veículo (CRV);
· documento de rodagem - Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV), se houver;
· recorte com a numeração do chassi (indispensável);
· plaquetas de identificação;
· placas.
Após finalizar a baixa pelo Detran, os proprietários devem fazer a solicitação online de restituição de parte do IPVA à Receita estadual, pelo Portal de Pessoa Física e fazer o login com o cadastro do portal do governo federal Gov.br. No menu, acessar Serviços disponíveis, clicar no link Devolução de tributos e em Devolução de tributos – IPVA – enchentes e anexar o formulário de solicitação e os demais documentos indicados.
O governo do estado esclarece que o veículo relacionado à restituição, na data do sinistro, deve ter pertencido à mesma pessoa que está solicitando o serviço. O ressarcimento será feito por Pix, desde que a chave seja o seu próprio CPF.
Chanceler brasileiro destacou a necessidade de
reforço do multilateralismo de organizações como a ONU e o BRICS para
confrontar os problemas globais e dar mais voz ao Sul Global
Sputnik - Mauro
Vieira participou nesta segunda-feira (10) de um encontro de chanceleres do
BRICS em Nizhny Novgorod, Rússia.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil felicitou a
presença dos homólogos do Egito, dos Emirados Árabes Unidos, da Etiópia e do
Irã.
"Esta reunião ocorre contra o pano de fundo de um mundo em
desordem. Um mundo que não conseguiu superar a fome e a pobreza, que está
caminhando para um ponto de inflexão no aquecimento global e que não evitou a
eclosão de conflitos e desastres humanitários", disse Vieira,
acrescentando que "as Nações Unidas e outras instituições multilaterais
estão marginalizadas ou paralisadas, e o direito internacional, incluindo
princípios humanitários básicos, está sendo flagrantemente desconsiderado, como
estamos testemunhando em Gaza".
No entanto, aponta ele, "contra todas as
probabilidades", o BRICS "materializa a crescente influência do Sul
Global nos assuntos internacionais".
"A Declaração da Cúpula de Joanesburgo II [de 2023] suprime
uma base sólida para avançarmos. Estou confiante de que a cúpula de Kazan
reafirmará os principais princípios de nossa frutífera colaboração sob os três
pilares: segurança política; cooperação econômica e financeira; e cooperação
cultural e entre povos."
"Primeiro, nossos líderes pediram que os ministros
das Finanças e os presidentes dos bancos centrais considerassem a questão das
moedas, dos instrumentos de pagamento e das plataformas locais. Esse é um tema
que foi levantado pelo presidente Lula [da Silva] em Joanesburgo e no qual o
Brasil espera que os novos membros estejam totalmente engajados. Certamente
também será um tópico importante da presidência brasileira do BRICS no próximo
ano", afirmou o ministro Vieira.
Mauro Vieira pediu igualmente o reforço do multilateralismo,
particularmente nas Nações Unidas, e sugeriu uma "categoria de associação
ao BRICS", que, segundo ele, "responderia ao crescente interesse de
muitos países do Sul Global em participar do BRICS".
"Nossos sherpas [representantes] têm discutido
possíveis princípios orientadores, padrões, critérios e procedimentos.
Acreditamos que chegaremos a um consenso até a cúpula de Kazan", em
outubro de 2024, referiu.
"Tenha certeza, sr. presidente
[Lula], de que o Brasil continua totalmente comprometido em trabalhar de forma
construtiva sob sua orientação para concluir a tarefa que nos foi confiada. O
Brasil valoriza o BRICS, que se tornou indispensável para o avanço dos
interesses do Sul Global. Continuaremos total e construtivamente engajados no
reforço dessa plataforma. Muito obrigado", concluiu o alto responsável
brasileiro.
O movimento se posiciona contra as “cidades
temporárias”, solução proposta pela Prefeitura de Porto Alegre para abrigar as
vítimas da enchentes
O Movimento dos
Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocupou no último sábado (8) o antigo prédio do
Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), no Centro Histórico de Porto
Alegre, informa o jornal Sul 21. A ocupação foi batizada com o nome da economista Maria da
Conceição Tavares, que faleceu no sábado (8), e tem como objetivo cobrar do
poder público uma solução digna para as vítimas das enchentes no Rio Grande do
Sul.
O movimento se posiciona contra a solução proposta pela
Prefeitura de Porto Alegre, que quer criar “cidades temporárias” com estruturas
semelhantes a barracas em espaços da cidades para abrigar as vítimas das cheias
que perderam as suas casas. Foram cerca de 160 mil pessoas afetadas na cidade,
segundo levantamento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e
Sustentabilidade (Smamus).
Na avaliação do MTST, as cidades temporárias violam uma série de
direitos básicos da população, reduzindo o acesso ao transporte público,
equipamentos de saúde, assistência social e educação. Outro problema seria o
alto risco sanitário em reunir um grande número de pessoas durante o inverno
gaúcho, quando a proliferação de doenças respiratórias aumenta.
A solução proposta pelo movimento indica a adaptação de
imóveis como o que foi ocupado. “O MTST ocupou para mostrar que a adaptação
desses imóveis para moradia popular é possível. Assim como as demais
organizações políticas da classe trabalhadora, o nosso movimento provou o
potencial de organização coletiva que foi fundamental para as ações de resgate,
alimentação e acolhimento de diferentes demandas da população em tempos de
eventos climáticos extremos. Queremos juntos construir um futuro digno e com garantia
de direitos para toda a sociedade gaúcha”, disse a coordenadora nacional do
MTST Cláudia Ávila.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Sul 21
Dupla teria divulgado informações falsas durante a campanha eleitoral de 2020
A informação é do jornalista Ancelmo Gois em seu blog no jornal O Globo.
Ancelmo revela que Marcelo Crivella, ex-prefeito do Rio, e o deputado federal Otoni de Paula foram condenados pela Justiça do Rio de Janeiro a indenizar o diretório municipal do PSOL no Rio.
A dupla foi punida pelas informações falsas divulgadas durante a campanha eleitoral de 2020, quando acusaram o partido de distribuir um suposto “kit gay” e associaram a sigla à pedofilia. Ambos terão de pagar R$ 60 mil.
Eles foram sentenciados a oito meses de reclusão e
ficarão dois anos sem entrar em estádios de futebol
Vinícius Júnior denuncia atos racistas em jogo contra o Valencia (Foto: Reuters/Pablo Morano)
Três torcedores do Valencia foram condenados à prisão nesta
segunda-feira (10) por proferirem insultos racistas contra Vinícius Júnior, do
Real Madrid, em um jogo entre as duas equipes no Estádio Mestalla, em maio do
ano passado. Eles foram sentenciados a oito meses de reclusão e ficarão dois
anos sem entrar em estádios de futebol, além de arcar com os custos do processo,informa o Globo.
Antes de serem condenados, os acusados leram uma carta em
que pediram desculpas ao jogador, à liga espanhola e ao Real Madrid.
“Esta sentença é uma ótima notícia para a luta contra o racismo na
Espanha, pois repara os danos sofridos por Vinicius Jr. e envia uma mensagem
clara para aquelas pessoas que vão a um estádio de futebol para insultar que a
Liga irá detectar, denunciar, e haverá consequências penais para eles”, afirmou
o presidente de La Liga, Javier Tebas, em declarações reproduzidas pelo Marca.
O episódio que levou à prisão dos
torcedores ocorreu no dia 21 de maio de 2023, em uma partida válida pelo
Campeonato Espanhol. Vinícius Júnior denunciou os insultos racistas que vieram
da torcida do Valencia, chegando a interromper o jogo. Após uma denuncia de La
Liga, os torcedores foram identificados com a ajuda das imagens de câmeras de
segurança do estádio.
Fonte: Brasil 247 com informações do
jornal O Globo
Expectativa para a alta do IPCA passou de 3,88%
para 3,90% neste ano. Estimativa de crescimento para o Produto Interno bruto
foi melhorada em 0,04 ponto percentual, a 2,09%
Banco Central do Brasil (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Reuters - A
expectativa do mercado para a inflação voltou a subir na pesquisa Focus
divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira, com os especialistas vendo
também menos afrouxamento monetário em 2025.
O levantamento, que capta a percepção do mercado para
indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA passou a
3,90% em 2024 e 3,78% em 2025, de 3,88% e 3,77% antes.
Na sexta-feira, o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel
Galípolo, ressaltou que o Brasil tem tido surpresas positivas no desempenho do
mercado de trabalho, mas alertou que evidências mostram que esse cenário pode
gerar um processo de desinflação mais custoso e lento.
Para 2026 e 2027, a conta permaneceu respectivamente em
3,60% e 3,50%. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, enfatizou no fim de
semana a importância de se observar as expectativas para os preços à frente na
condução da política monetária.
O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é
de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou
menos.
A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou
ainda que eles seguem vendo a taxa básica de juros em 10,25% ao final deste
ano, com um último corte na reunião deste mês do Comitê Política Monetária, de
0,25 ponto percentual. A Selic está atualmente em 10,50%.
Mas para 2025 as indicações são de menos afrouxamento, com a
Selic estimada agora em 9,25%, de 9,18% na mediana das projeções da semana
passada.
Já a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB) em 2024 melhorou em 0,04 ponto percentual, a 2,09%, permanecendo em 2,0%
em 2025.